Boletim Setcepar 19
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A N O 1 1 - N º 1 0 7<br />
BOLETIM<br />
A G O S T O · 2 0 1 7<br />
SETCEPAR LANÇA<br />
O PRIMEIRO MBA<br />
A DISTÂNCIA DO PAÍS<br />
DIRECIONADO AO TRC<br />
Página 7<br />
Reforma trabalhista:<br />
o antes e o depois<br />
Página 8<br />
<strong>Setcepar</strong> Entrevista:<br />
Novo delegado da Furtos<br />
e Roubos de Cargas<br />
Página 6<br />
O presidente do <strong>Setcepar</strong> Marcos Battistella e o diretor-presidente<br />
do Opet José Antonio Karam assinam contrato do MBA
EDITORIAL<br />
INCT<br />
ÍNDICE NACIONAL DE CUSTOS DO TRANSPORTE<br />
Reflete a variação de custos fixos e variáveis das empresas, sem levar<br />
em conta perdas e falta de reposição anterior.<br />
Médias Distâncias<br />
Marcos Battistella,<br />
Presidente do Sindicato das<br />
Empresas de Transporte de<br />
Cargas no Estado do Paraná<br />
(<strong>Setcepar</strong>)<br />
Parece mesmo que o Brasil anda um passo para frente<br />
e dois para trás. Se de um lado comemoramos a modernização<br />
das leis trabalhistas, que trarão benefícios tanto<br />
para empresários quanto para trabalhadores, também<br />
lamentamos o corte no orçamento da Polícia Rodoviária<br />
Federal, que complica ainda mais a situação do roubo de<br />
cargas em nosso país.<br />
Ainda que comemoremos as conquistas, devemos<br />
sempre ter um olhar crítico. Por isto, nesta edição do <strong>Boletim</strong><br />
<strong>Setcepar</strong>, nós trazemos um mapa das estradas brasileiras<br />
para mostrar a situação real. Especificamente, abordaremos<br />
o motivo de o Paraná ser o segundo estado com<br />
mais acidentes envolvendo caminhões, indo para o corte<br />
de orçamento na PRF e suas consequências, finalizando<br />
com uma esclarecedora entrevista do delegado Ademair<br />
Cruz Braga Junior, titular na Delegacia de Furtos e<br />
Roubos de Carga de Curitiba.<br />
Mas também falamos de coisas boas. Por isso, você<br />
saberá todos os detalhes da festa de lançamento do<br />
primeiro MBA direcionado ao transporte rodoviário de<br />
cargas, ficará por dentro das principais mudanças da<br />
reforma trabalhista e conhecerá mais um associado em<br />
foco: a CSI Cargo.<br />
Uma ótima leitura e nos vemos na edição de setembro!<br />
EXPEDIENTE<br />
Presidente: Marcos Egídio Battistella | 1° Vice-presidente: Aldo<br />
Fernando Klein Nunes | 2° Vice-presidente: Silvio Kasnodzei<br />
1ª Diretora Financeira: Rosana Machiavelli | 2º Diretor Financeiro:<br />
Leonir Melnik | Diretores Efetivos: Altair Vailati, Cecílio Gonçalves,<br />
Geraldo Fernandes Junior, Osvaldo H. Brehm, Orlando Zem | Diretores<br />
Suplentes: Gerson Medeiros, Affonso Dotti | Membros Efetivos do<br />
Conselho Fiscal: Amadeu Clóvis Greca, Gilberto Antonio Cantú,<br />
Francisco Bezerra de Vasconcelos Neto | Membros Suplentes do<br />
Conselho Fiscal: Flórido Antônio Kowalski, Edilson Carraro |<br />
Delegados representantes junto a: Agronegócio: Perícles Machado |<br />
Entidades Sindicais: Nestor Ferens | Sintramotos: Pedro Luiz Capilé |<br />
Órgãos de Trânsito (DER/DETRAN/URBS): Glênio Marcelo Cogo |<br />
Resp. Social, Qualidade e Meio Ambiente: Deborah Christine C.<br />
Correa | Superintendente: Antônio da Rocha.<br />
Redação: Talk Assessoria de Comunicação Ltda.<br />
Marisa Valério DRT 5287/RS | Rodrigo de Lorenzi DRT 0011<strong>19</strong>6/PR<br />
www.talkcomunicacao.com.br<br />
Projeto Gráfico e Diagramação: Direção de Arte – design<br />
Agência Zero<br />
Fotografias: Agência Zero | Anderson Walter Borges<br />
AWB Produções | Arquivo <strong>Setcepar</strong><br />
Tiragem: 5.000 exemplares | Gráfica: Gráfica Malires<br />
<strong>Setcepar</strong> - Rua Almirante Gonçalves, <strong>19</strong>66 – Rebouças<br />
80250-150 | Curitiba – PR/ Tel.: (41) 3014- 5151<br />
setcepar@setcepar.com.br<br />
Carga Lotação<br />
Carga Fracionada<br />
Operação Urbana<br />
Carga Fracionada<br />
Operação Rodoviária<br />
Carga Frigorificada<br />
Combustíveis<br />
Variação<br />
Junho (%)<br />
Variação<br />
últimos 12<br />
meses (%)<br />
- 0,39 + 2,84<br />
- 0,11<br />
- 0,24<br />
Não fornecida<br />
Não fornecida<br />
+ 3,07<br />
+ 3,13<br />
Fonte: NTC&Logística - Junho/2017<br />
GENERALIDADES DO TRANSPORTE<br />
Tipo de Cobrança<br />
Mês de referência<br />
1. TAS - Taxa de Adm. SEFAZ por conhecimento<br />
2.<br />
TDE - Taxa de Dificuldade<br />
Entrega<br />
- até o valor de<br />
R$ 298,73 cobrar<br />
Forma de<br />
Cobrança<br />
sobre o frete<br />
original<br />
por conhecimento<br />
Junho<br />
2017<br />
Sugestão de<br />
cobrança<br />
R$ 3,56<br />
40%<br />
R$ 1<strong>19</strong>,49<br />
1. TAXA DE ADMINISTRAÇÃO SEFAZ | TAS – Destina-se<br />
a ressarcir os custos administrativos dos transportadores<br />
criados pelos entraves fiscais, exigências burocráticas<br />
em todo os estados da Federação. Forma de cobrança:<br />
valor fixo por conhecimento emitido.<br />
2. TAXA DE DIFICULDADE NA ENTREGA | TDE – Destina-se<br />
a ressarcir o transportador pelos custos adicionais<br />
sempre que a entrega for dificultada por um ou mais dos<br />
seguintes fatores: 1) Recebimento por ordem de chegada,<br />
independentemente da quantidade; 2) Recebimento<br />
precário, que gere longas filas e tempo excessivo na<br />
descarga; 3) Exigência de separação de itens no recebimento;<br />
4) Exigência de tripulação superior à do veículo<br />
para carga e descarga; 5) Disposições contratuais que<br />
agravem o custo operacional. A aplicação da TDE não<br />
deve excluir a cobrança da estadia, pois suas finalidades<br />
são diferentes. Forma de cobrança: percentual do frete<br />
original.<br />
Sugestões de pauta podem ser encaminhadas para:<br />
rodrigo@talkcomunicacao.com.br<br />
Confira na página 10 o endereço das regionais do<br />
<strong>Setcepar</strong> em Londrina, Umuarama, Paranavaí,<br />
Campo Mourão e Paranaguá.<br />
2 | BOLETIM SETCEPAR
Corte no orçamento da PRF<br />
complica ainda mais a vida<br />
do transportador<br />
Por Marcos Battistella,<br />
Presidente do <strong>Setcepar</strong><br />
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou redução<br />
no policiamento das estradas federais por falta de verbas.<br />
Em nota divulgada no início de julho, a corporação informou<br />
que haverá diminuição do patrulhamento com viaturas,<br />
suspensão de resgates aéreos e fechamento de<br />
unidades pelo país.<br />
Na prática, ficam suspensas as rondas em todas as<br />
rodovias. Segundo a PRF, serão priorizados os atendimentos<br />
a acidentes com vítimas, os deslocamentos em<br />
casos de crime e de auxílios que sejam de competência<br />
exclusiva da Polícia Rodoviária.<br />
Não é preciso uma análise profunda para constatar que,<br />
para o transporte rodoviário de cargas, a decisão é mais<br />
um balde de água fria que poderá trazer consequências<br />
desastrosas. Afinal, sem fiscalização itinerante, o que<br />
será da segurança das nossas rodovias?<br />
Vamos aos dados: o roubo de cargas causou um prejuízo<br />
de mais de R$ 6,1 bilhões em todo o Brasil, de 2011 a<br />
2016, valor 5,1 vezes maior do que o investimento anunciado<br />
pelo Governo Federal em dezembro de 2016 para<br />
modernização e ampliação do sistema penitenciário<br />
brasileiro, por exemplo. Foram 97.786 ocorrências desse<br />
tipo no país neste período, segundo os dados de um<br />
estudo sobre o impacto econômico do roubo de cargas no<br />
Brasil, divulgado pelo Sistema Firjan.<br />
OPINIÃO<br />
Com este<br />
cenário, conseguimos<br />
perceber<br />
que o crime<br />
apenas aumenta,<br />
nunca diminui.<br />
Se mesmo com<br />
políticas de combate<br />
e encontros<br />
para discutir a<br />
segurança nas<br />
estradas os<br />
roubos de carga ocorrem, imagine-se o que acontecerá<br />
sem um policiamento efetivo e com verbas necessárias!<br />
Os bandidos, infelizmente, aparecem sempre com dez<br />
passos à nossa frente, cada vez mais tecnológicos,<br />
rápidos e, pasmem, com um gordo orçamento fruto do<br />
crime.<br />
É desanimador que após diversos debates do setor e<br />
discussões para encontrar soluções que diminuam o<br />
problema, o Brasil entre neste retrocesso sem igual, que<br />
certamente causará danos ainda maiores não somente<br />
para o transporte de cargas, mas para a sociedade.<br />
Embora nós, empresários do setor, não possamos e nem<br />
devamos fazer o papel do Estado, continuaremos a lutar<br />
com recursos próprios para evitar que este crime cresça<br />
ainda mais e assole nosso país.<br />
Em tempo, órgãos de segurança do Paraná passarão a<br />
integrar um comitê para combater o roubo de cargas no<br />
estado. A decisão foi tomada no final deste mês durante<br />
uma reunião entre dirigentes da Federação das Empresas<br />
de Transportes de Cargas do Paraná (Fetranspar) e do<br />
<strong>Setcepar</strong> com representantes da Divisão de Crimes<br />
contra o Patrimônio, da Polícia Rodoviária Federal (PRF),<br />
da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), da Polícia Militar do<br />
Paraná e da Secretaria de Defesa Social de Curitiba.<br />
SÓCIOS MANTENEDORES<br />
MASTER<br />
PREMIUM<br />
| 3
SEGURANÇA<br />
Mesmo em decréscimo,<br />
PR é o segundo estado com mais<br />
acidentes envolvendo caminhões<br />
Um levantamento realizado pela<br />
montadora de veículos Volvo mostra<br />
que o Paraná é o segundo estado<br />
com mais registros de acidentes<br />
envolvendo caminhões. Segundo os<br />
dados, em 2016, foram 3.<strong>19</strong>0 casos<br />
em todo o Paraná, ficando atrás<br />
apenas de Minas Gerais, com cerca<br />
de 4,5 mil ao todo. Esses acidentes<br />
causaram a morte de 260 pessoas.<br />
O ponto com maior concentração foi<br />
na BR-376, entre os km 667 ao 677,<br />
na descida da serra que liga Curitiba<br />
ao litoral norte de Santa Catarina.<br />
Cinco pessoas morreram neste<br />
trecho em 2016.<br />
De acordo com o engenheiro mecânico<br />
Rubem Penteado de Melo, especialista<br />
em prevenção de acidentes nas<br />
estradas, ao analisar os números é<br />
importante observar que, embora<br />
nenhuma quantidade de acidente,<br />
mortes ou feridos seja aceitável, ao<br />
menos há um decréscimo. "Entre 2012<br />
e 2016 o número de acidentes nas<br />
Rodovias Federais que cortam o<br />
Paraná diminuiu 55%, somente envolvendo<br />
caminhões, e 47% se considerado<br />
todos os tipos de veículos", explica.<br />
Bairros cortados por rodovias<br />
O maior risco de acidentes graves<br />
envolvendo caminhões está em<br />
rodovias. Mesmo os números de<br />
ocorrências em Curitiba se concentram,<br />
em sua maioria, em bairros<br />
cortados por rodovias, como é o<br />
caso da Cidade Industrial de Curitiba<br />
(CIC), a campeã em acidentes com<br />
caminhões (32 casos até o fechamento<br />
desta edição) — seguido do<br />
Sítio Cercado (11), Tatuquara (11),<br />
Boqueirão (5) e Xaxim (7), bairros da<br />
capital por onde passam os Contornos<br />
Sul e o Leste.<br />
Educação<br />
A pesquisa também apontou que<br />
as principais causas de acidentes<br />
são comportamentais. Entre elas<br />
estão a falta de atenção e a direção<br />
acima do limite de velocidade<br />
permitido, não respeitar a distância<br />
entre veículos e ultrapassagens<br />
proibidas. Para o presidente do<br />
<strong>Setcepar</strong>, Marcos Battistella, os<br />
motoristas precisam cooperar. "Se<br />
o motorista fizer sua parte, respeitar<br />
a sinalização de trânsito, respeitar<br />
os limites de velocidade e andar<br />
conforme o que o código de trânsito<br />
brasileiro diz, a chance de acontecer<br />
uma tragédia é muito pequena",<br />
disse.<br />
O engenheiro Rubem Penteado de<br />
Melo concorda. "O primeiro passo<br />
para iniciar uma redução significativa<br />
em todos os tipos de rodovias e<br />
vias urbanas é admitir que acidentes<br />
são evitáveis e que as causas<br />
sempre estarão relacionadas com o<br />
erro humano.<br />
Claro que também podem estar<br />
presentes fatores contribuintes<br />
relacionados à via, ao clima, ao<br />
veículo, à carga, mas em última<br />
análise, os riscos associados a<br />
estes outros fatores são conhecidos<br />
e podem ser tratados para reduzir a<br />
possibilidade de se tornarem<br />
causas determinantes de acidentes.<br />
A gestão de riscos e a prevenção<br />
dos erros emtodos os aspectos<br />
relacionados ao transporte são<br />
pilares de uma nova visão sistêmica<br />
que vem sendo adotada no mundo<br />
todo e já alcança algumas empresas<br />
brasileiras", falou.<br />
4 | BOLETIM SETCEPAR
ESPECIAL<br />
Paraná cria comitê para combater o roubo de cargas no estado<br />
Órgãos de segurança do Paraná passarão a integrar um<br />
comitê para combater o roubo de cargas no estado. A<br />
decisão foi tomada no final de julho durante uma reunião<br />
entre dirigentes da Federação das Empresas de Transportes<br />
de Cargas do Paraná (Fetranspar) e do <strong>Setcepar</strong><br />
com representantes da Divisão de Crimes contra o Patrimônio,<br />
da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia<br />
Rodoviária Estadual (PRE), da Polícia Militar do Paraná e<br />
da Secretaria de Defesa Social de Curitiba.<br />
O grupo será coordenado pelo coronel Antonio Zanatta<br />
Neto, da PRE, e terá entre suas principais atribuições<br />
fazer um mapeamento dos casos por região, concentrar<br />
as informações dos boletins de ocorrência em um único<br />
órgão, aperfeiçoar sistemas de comunicação e incentivar<br />
os transportadores a registrarem as ocorrências na<br />
polícia, entre outras.<br />
ENTRE AS ATIVIDADES DEFINIDAS<br />
NA REUNIÃO ESTÃO:<br />
1 – Integração dos trabalhos das corporações criando um<br />
mapeamento do roubo por região;<br />
2 – Concentração em um único órgão das informações dos<br />
boletins de ocorrência referentes a roubo de cargas;<br />
3 – Partilha das ações eficientes já realizadas nas diferentes<br />
organizações, além das dificuldades de cada uma delas;<br />
4 – Aperfeiçoamento de sistemas de comunicação entre as<br />
corporações visando agilizar a informação sobre roubos de<br />
cargas;<br />
5 – Ações de incentivo ao transportador, para que façam o<br />
registro do boletim de ocorrências;<br />
6 – Aperfeiçoar o canal de comunicação entre empresários e<br />
sindicatos para que, quando ocorrer roubo, o transportador possa<br />
informar o sindicato da região, permitindo análise e características<br />
do crime por região geográfica do estado;<br />
O comitê é formado por representantes da Polícia Rodoviária Federal,<br />
Polícia Militar Rodoviária, Policia Civil e Guarda Municipal de Curitiba.<br />
Corte de orçamento da PRF deixa estradas mais<br />
perigosas para os motoristas<br />
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou no início<br />
de julho a suspensão de atividades importantes por falta<br />
de dinheiro, como resgate aéreo e fiscalização das irregularidades<br />
nas BRs. Segundo os policiais rodoviários, os<br />
dez helicópteros usados no patrulhamento e resgate em<br />
todo o país podem parar. A PRF diz também que não vai<br />
mais fazer a escolta de caminhões com carga gigante.<br />
O corte de quase metade do orçamento tem deixado as<br />
estradas brasileiras mais desprotegidas e, por isso, bem<br />
mais perigosas. Embora a PRF do Paraná tenha declarado<br />
que a decisão não afetará o estado consideravel-<br />
7 – Ações integradas nas estradas entre todas as corporações.<br />
mente, a fiscalização já diminuiu. É o que afirma o assessor<br />
de segurança do <strong>Setcepar</strong>, José Carlos de Oliveira.<br />
"Não temos dúvidas de que número de roubos, furtos e<br />
saques de cargas aumentará. Também já recebemos<br />
relatos sobre rodovias que estão completamente sem<br />
fiscalização", diz.<br />
Para Oliveira, será preciso uma integração entre empresários,<br />
Polícia Civil e Militar, além da Polícia Rodoviária<br />
Estadual para não deixar que o crime tome conta do<br />
Paraná. "O assunto é sério e nós devemos nos fortalecer<br />
para criar uma solução e não apenas lamentar. Também<br />
não basta só apelarmos para segurança privada, porque<br />
sem dúvida o valor dos seguros e de tecnologia de segurança<br />
vai aumentar consideravelmente", aconselha.<br />
| 5
ENTREVISTA<br />
O combate com<br />
inteligência ao roubo<br />
de cargas no Paraná<br />
O <strong>Setcepar</strong> entrevista Ademair Cruz Braga Junior, novo delegado-titular da<br />
Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas do Paraná (DFRC). Ele fala sobre os<br />
desafios da nova gestão, além do cenário do roubo de cargas no estado.<br />
<strong>Setcepar</strong>: A Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas<br />
foi inaugurada em janeiro de 2016 e já passou por<br />
quatro gestões diferentes. Qual o grande desafio?<br />
Ademair: Entre os principais desafios desta nova<br />
gestão estão a continuidade de tudo de positivo que foi<br />
iniciado e desenvolvido anteriormente e estreitar as<br />
relações com as empresas vítimas do desvio de cargas no<br />
Paraná, tendo sempre como foco a prevenção e a redução<br />
dos crimes.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Desde que o senhor assumiu, quais foram<br />
os principais resultados? Há uma média de quantas<br />
pessoas já foram presas e quanto em dinheiro já foi<br />
recuperado?<br />
Ademair: Nestes dois primeiros meses de gestão,<br />
obtivemos sucesso em diversas ações, mas o principal<br />
ponto que devemos considerar não é somente o dinheiro<br />
envolvido e, sim,como uma investigação bem elaborada e<br />
inquéritos bem estruturados podem levar criminosos à<br />
prisão. Assim, eles temem a força da justiça e têm conhecimento<br />
de que no Paraná bandido não se cria.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Como está o cenário de roubo de cargas<br />
no Paraná?<br />
Ademair: Iniciamos um trabalho de esclarecimento junto<br />
aos 399 municípios do Estado, tanto na Polícia Civil<br />
quanto na Polícia Militar, para que todos os boletins de<br />
ocorrência envolvendo desvio de cargas sejam efetivamente<br />
tratados como tal e não somente como um furto ou<br />
roubo comum e que a DFRC seja imediatamente comunicada.<br />
Com a efetivação deste procedimento, teremos uma<br />
plena avaliação do real cenário destes crimes no estado.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Como o corte no orçamento da PRF<br />
impacta a luta contra os crimes de roubos e furtos<br />
de cargas?<br />
Ademair: As reduções dos recursos destinados à<br />
PRF preocupam todos os segmentos da segurança<br />
pública, uma vez que é indiscutível a qualidade do<br />
trabalho na PRF, bem como da PRE, no atendimento,<br />
prevenção e orientação das situações envolvendo<br />
desvios de cargas e segurança nas estradas. Mas<br />
vamos conseguir.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Os bandidos estão cada vez mais tecnológicos<br />
e bem preparados. Como é o “modus operandi”<br />
dos grupos criminosos aqui no Paraná?<br />
Ademair: Temos observado que os crimes ocorrem<br />
principalmente quando os veículos se encontram estacionados<br />
em pátios de postos de gasolina nas rodovias,<br />
mas temos também situações de carregamentos<br />
de cargas em veículos clonados onde o próprio motorista<br />
apresenta documentações falsas.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Por fim, qual o principal foco da DFRC<br />
no momento?<br />
Ademair: Como não poderia deixar de ser, o controle<br />
da situação de desvio de cargas no estado do<br />
Paraná com o objetivo de reduzir os furtos e roubos,<br />
prender os criminosos envolvidos, instrumentar o<br />
poder judiciário para que estes criminosos paguem o<br />
que devem para a sociedade, evitar que novos criminosos<br />
se aventurem para este segmento e impedir<br />
que criminosos de outros estados migrem para o<br />
Paraná.<br />
6 | BOLETIM SETCEPAR
EDUCAÇÃO<br />
<strong>Setcepar</strong> lança oficialmente o<br />
primeiro MBA a distância do TRC<br />
Da esq. para a dir., Gilberto Zluhan, diretor de ensino superior do Opet, Marcos Battistella, presidente do <strong>Setcepar</strong>, José Antonio Karam, diretor-presidente<br />
do Opet, e Pedro Andriolli, diretor do núcleo de EAD do Opet.<br />
O <strong>Setcepar</strong>, em parceria com o Opet,<br />
lançou oficialmente o primeiro MBA a<br />
distância do Brasil direcionado exclusivamente<br />
ao transporte rodoviário de<br />
cargas. Durante o evento, que reuniu<br />
empresários do setor e educadores, o<br />
presidente do <strong>Setcepar</strong>, Marcos Battistella,<br />
assinou o contrato com o diretor-<br />
-presidente do Opet, José Antonio<br />
Karam, e formalizou a parceria.<br />
Marcos Battistella reforçou seu<br />
compromisso com a educação, seu<br />
principal pilar desde o início de sua<br />
gestão como presidente do <strong>Setcepar</strong>.<br />
“Eu bato sempre na tecla da educação.<br />
É somente assim que alcançaremos o<br />
sucesso. Este MBA permite aos profissionais<br />
do setor disponibilidade de<br />
tempo e locais acessível, que eram as<br />
grandes dificuldades relatadas por eles.<br />
Me sinto orgulhoso de poder afirmar<br />
que, apesar dos desafios que enfrentamos,<br />
o <strong>Setcepar</strong> é um sindicato atuante<br />
e pensa sempre no futuro”, disse.<br />
Para o diretor-presidente do Opet,<br />
José Antonio Karam, a parceria com o<br />
<strong>Setcepar</strong> é uma honra. “O programa foi<br />
desenvolvido pelos nossos docentes e<br />
pelos profissionais do segmento. Por<br />
isso, sem sombra de dúvidas nós vamos<br />
prestar um trabalho histórico, exclusivo e<br />
de muita qualidade”, declarou.<br />
O curso foi idealizado pelo diretor do<br />
Instituto <strong>Setcepar</strong> de Educação do<br />
Transporte (Iset), Wilson Rebello. "Possibilitar<br />
um MBA a distância é uma<br />
iniciativa para contribuir com a estruturação<br />
do nosso segmento de negócios,<br />
que tem grande peso estratégico na<br />
economia nacional", explicou.<br />
O evento reuniu empresários do setor de<br />
transportes e educadores<br />
Da esq. para a dir., Wagner Adriani de Souza,<br />
presidente do Sintropar, Marcos Battistella,<br />
presidente do <strong>Setcepar</strong>, Joarez Piccinini,<br />
superintendente de serviços financeiros do<br />
Banco Randon, Sérgio Malucelli, presidente da<br />
Fetranspar, Gilberto Cantú, diretor do <strong>Setcepar</strong>,<br />
Ari Rabaiolli, presidente da Fetrancesc, e<br />
Fernando Klein, vice-presidente do <strong>Setcepar</strong>.<br />
O futuro econômico<br />
Durante o lançamento, o superintendente<br />
de serviços financeiros do Banco<br />
Randon, Joarez José Piccinini, realizou<br />
uma palestra sobre o cenário econômico<br />
do país. Em tom positivo, Piccinini<br />
afirmou que o Brasil começa a melhorar.<br />
“Agora nós saímos da recessão e,<br />
embora não estejamos crescendo,<br />
paramos de piorar. Esta é a hora para o<br />
empresariado reagir”, aconselhou.<br />
Piccinini parabenizou o <strong>Setcepar</strong> pela<br />
ideia de criar um MBA para o transporte<br />
e ressaltou que iniciativas como esta é<br />
que fazem o país crescer. “A importância<br />
da qualificação da mão de obra em<br />
qualquer nível é o grande segredo para<br />
enfrentarmos qualquer crise. São os<br />
empresários que salvarão este país e<br />
projetos como este são o exemplo de<br />
como é possível fazer um Brasil<br />
melhor”, disse.<br />
O MBA<br />
O curso completo tem carga horária<br />
de 420 horas e o programa reúne<br />
conteúdos específicos do setor do<br />
transporte rodoviário de cargas,<br />
diferentemente de outros cursos que<br />
focam mais em logística. Além das<br />
aulas, o curso também oferecerá seminários<br />
online sobre gestão de multas,<br />
gestão estratégica de RH e responsabilidade<br />
civil e penal do TRC.<br />
Mais informações sobre inscrições e valores podem ser obtidas no site www.posopet.com.br pelos telefones (41) 3028-2828 (Opet)<br />
e 3014-5151 (<strong>Setcepar</strong>) ou pelo e-mail: adrianokleina@opet.com.br<br />
| 7
REFORMA<br />
Reforma trabalhista<br />
trará avanços<br />
para o transporte<br />
O presidente Michel Temer sancionou<br />
no último dia 13 de julho o projeto<br />
de reforma trabalhista aprovado pelo<br />
Congresso Nacional. A reforma muda<br />
a lei trabalhista brasileira e traz novas<br />
definições sobre férias, jornada de<br />
trabalho e outras questões. No transporte,<br />
a avaliação é de que o novo<br />
texto gere uma série de benefícios,<br />
potencializando o desenvolvimento<br />
do setor. Entre os pontos de destaque,<br />
estão a prevalência do negociado<br />
sobre o legislado (em questões<br />
como salários e jornadas de trabalho)<br />
e a redução de ações trabalhistas<br />
desnecessárias. Além disso, para os<br />
transportadores, a modernização da<br />
legislação era necessária, porque a<br />
Consolidação das Leis do Trabalho<br />
(CLT) estava ultrapassada e já não<br />
respondia às necessidades das<br />
atuais relações de trabalho.<br />
De acordo com o assessor jurídico<br />
e trabalhista do <strong>Setcepar</strong>, o advogado<br />
Luís Cesar Esmanhotto, a reforma<br />
traz um novo conceito às relações de<br />
trabalho, permitindo que as partes<br />
tenham mais autonomia para negociarem<br />
as condições de trabalho.<br />
"Penso que este novo conceito deve<br />
gerar um incremento na economia,<br />
pois estávamos vivendo um verdadeiro<br />
temor empresarial da legislação<br />
e principalmente do judiciário trabalhista.<br />
As empresas e a economia já<br />
não estão mais aguentando pagar as<br />
pesadas condenações decorrentes<br />
de decisões judiciais, que pouco ou<br />
nada aceitavam no caminho da<br />
flexibilização", comenta.<br />
Ainda segundo Esmanhotto, as<br />
mudanças inseridas no processo do<br />
trabalho, a médio e longo prazo,<br />
devem reduzir o número de processos<br />
judiciais e principalmente o valor<br />
médio das condenações.<br />
VEJA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS<br />
Para saber detalhes de todas as alterações, basta acessar o site do <strong>Setcepar</strong>, na aba Comunicação.<br />
REMUNERAÇÃO<br />
Regra atual<br />
A remuneração por produtividade não pode ser inferior à<br />
diária correspondente ao piso da categoria ou salário<br />
mínimo. Comissões, gratificações, percentagens, gorjetas<br />
e prêmios integram os salários.<br />
Nova regra<br />
O pagamento do piso ou salário mínimo não será obrigatório<br />
na remuneração por produção. Além disso, trabalhadores<br />
e empresas poderão negociar todas as formas de<br />
remuneração, que não precisam fazer parte do salário.<br />
JORNADA<br />
Regra atual<br />
A jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais<br />
e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas<br />
extras por dia.<br />
Nova regra<br />
Jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de<br />
descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou<br />
48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais.<br />
FÉRIAS<br />
Regra atual<br />
As férias de 30 dias podem ser fracionadas em até dois<br />
períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10<br />
dias. Há possibilidade de 1/3 do período ser pago em<br />
forma de abono.<br />
Nova regra<br />
As férias poderão ser fracionadas em até três períodos,<br />
mediante negociação, contanto que um dos períodos seja<br />
de pelo menos 15 dias corridos.<br />
NEGOCIAÇÃO<br />
Regra atual<br />
Convenções e acordos coletivos podem estabelecer<br />
condições de trabalho diferentes das previstas na legislação<br />
apenas se conferirem ao trabalhador um patamar<br />
superior ao que estiver previsto na lei.<br />
Nova regra<br />
Convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre<br />
a legislação. Assim, os sindicatos e as empresas podem<br />
negociar condições de trabalho diferentes das previstas em<br />
lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os<br />
trabalhadores.<br />
8 | BOLETIM SETCEPAR
ASSOCIADO EM FOCO<br />
CSI Cargo:<br />
obcecados<br />
por qualidade<br />
A CSI Cargo, empresa curitibana que atua em soluções<br />
de terceirização logística integral, tem uma obsessão por<br />
qualidade. Por isso, em dez anos de atuação, se tornou<br />
um dos maiores operadores logísticos do país. Na última<br />
década, cresceu 445% e alcançou o faturamento de $<br />
350 milhões por ano.<br />
Para a empresa, a inteligência logística está no DNA.<br />
Dessa forma, a transportadora direcionou todos os esforços<br />
para entender às necessidades de cada operação.<br />
Com serviços de consultoria, transporte, armazenagem<br />
e distribuição, terceirização e logística, entre outros, a<br />
empresa está sempre focada em atingir a excelência<br />
operacional, sempre focado na qualidade.<br />
Em 2013, a CSI Cargo conquistou duas novas certificações,<br />
a ISO 14001:2004 e OHSAS 18001, que se<br />
referem aos sistemas de gestão ambiental e saúde e<br />
segurança ocupacional. Com a renovação da norma<br />
de qualidade ISO 9001:2008, a empresa passou a ter<br />
o Sistema de Gestão Integrado (SGI). Com ele, a a<br />
CSI Cargo integrou um seleto grupo de empresas<br />
que, além da gestão eficiente de processos, busca a<br />
preservação do meio ambiente e cuidado com a<br />
saúde e segurança de seus colaboradores e prestadores<br />
de serviços.<br />
Visando uma melhor padronização dos fluxos logísticos<br />
das operações, a CSI Cargo criou a ferramenta FOP<br />
(Folha Operacional de Processo), cujos principais benefícios<br />
é o descritivo passo a passo do processo, detalhamentos<br />
de fotos, registros e controles, mapeamento de<br />
riscos e identificação de EPIs obrigatórios.<br />
Para a CSI Cargo, não se trata apenas de responsabilidades<br />
legais, mas de um compromisso. O resultado<br />
disso tudo pode ser visto pelos inúmeros prêmios de<br />
clientes e certificações internacionais que atestam o<br />
compromisso com a qualidade total dos serviços.<br />
A CSI Cargo faz parte do Grupo Cargo, fundado em<br />
<strong>19</strong>80, na Argentina, com o nome Expreso Cargo, e<br />
iniciou suas operações com transporte de remessa<br />
expressa de correspondência e objetos.<br />
BBM Logística recebe<br />
novos certificados<br />
de segurança<br />
A BBM Logística, que tem como<br />
diretor o presidente do <strong>Setcepar</strong>,<br />
Marcos Battistella, conquistou novas<br />
certificações, agora pelo Instituto de<br />
Tecnologia do Paraná (Tecpar),<br />
empresa pública do governo do<br />
Estado que realiza pesquisa, desenvolvimento<br />
e inovação, contribuindo<br />
para a sustentabilidade tecnológica e<br />
social do país.<br />
Diversas unidades da BBM foram<br />
certificadas. Confira cada uma delas:<br />
Certificado SASSMAQ - Sistema de<br />
Avaliação de Segurança, Saúde,<br />
Meio Ambiente e Qualidade.<br />
Unidades avaliadas:<br />
São José dos Pinhais (PR)<br />
Mogi das Cruzes (SP)<br />
Osasco (SP)<br />
Guaíba (RS)<br />
NBR ISO 9001:2008 - Gestão<br />
de Qualidade.<br />
Unidades avaliadas:<br />
São José dos Pinhais (PR)<br />
Mogi das Cruzes (SP)<br />
Guaíba (RS)<br />
OCA 0009 - Gestão Ambiental<br />
Unidades avaliadas:<br />
São José dos Pinhais (PR)<br />
Mogi das Cruzes (SP)<br />
Guaíba (RS)<br />
NOVOS ASSOCIADOS<br />
G. A. Amaral Transportes e Logística – Londrina<br />
J. L. Pedroso Transportes / Trans Juju – Londrina<br />
JJC Comercial de Alimentos – Colombo<br />
LDB - Consultoria e Gestão de Negócios Ltda – Curitiba<br />
Logística e Transportes São Luiz – Curitiba<br />
Pacmix - Daluz Aparecida Siqueira & Cia – Curitiba<br />
Pacmix - Juliano Gabriel de Oliveira & Cia - Curitiba<br />
R. B. Logística e Transportes – Londrina<br />
Thima Transportes Rodoviários – Londrina<br />
Transminato Transportes – Pinhais<br />
Transportadora Radar – Londrina<br />
| 9
REGIONAIS<br />
Workshop sobre boas práticas de gestão<br />
No início de julho, a regional de Londrina promoveu um<br />
workshop com o tema “Boa Prática de Gestão – Alguns<br />
Caminhos para o Alcance de Melhor Desempenho e<br />
Resultados Organizacionais”, ministrado pela executiva<br />
da Target-Q, Josiane Lopes.<br />
Josiane abordou as melhores ferramentas para gestão estratégica,<br />
processo e mapeamento de gestão de risco, indicadores<br />
organizacionais, além da sua visão pessoal de mercado.<br />
O evento contou com a presença de empesas associadas<br />
e convidadas.<br />
Londrina oferece serviço de recrutamento<br />
A regional do <strong>Setcepar</strong> em Londrina agora também<br />
oferece o serviço de recrutamento e seleção de profissionais<br />
para trabalharem nas empresas associadas. A<br />
vantagem é a redução de custos e agilidade nos<br />
processos de contratação.<br />
Além deste serviço,há também avaliação psicológica<br />
com valores menores do que os praticados na<br />
região.<br />
Saiba mais detalhes pelos telefones (43) 3324-9077<br />
ou 3322 8552.<br />
Eventos de agosto<br />
• 16 Comissão de RH – Reforma Trabalhista - As Mudanças na CLT – Londrina<br />
• 17 Reforma Trabalhista - As Mudanças na CLT – Campo Mourão<br />
• 22 Curso de Amarração de Cargas – <strong>Setcepar</strong> Londrina<br />
Eventos de setembro<br />
• 15 e 16 Curso de CIPA – Londrina<br />
• 28 Reunião da Diretoria do <strong>Setcepar</strong> em Londrina.<br />
ONDE ESTÃO<br />
AS REGIONAIS<br />
SETCEPAR LONDRINA<br />
Rua Cambará, 423 | Centro | CEP: 86015-530<br />
Fone: (43) 3324-9077 / 3322-8552<br />
SETCEPAR UMUARAMA<br />
Rua Manoel Ramires, anexo Posto Gauchão | Sala 03<br />
CEP: 87.507-011<br />
Fone: (44) 3622-8963 / 98837-8750<br />
SETCEPAR CAMPO MOURÃO<br />
Rua Miguel Luiz Pereiro, 1496, anexo Posto Andrade<br />
CEP: 87305-360<br />
Fone: (44) 3523-4425 / 98837-8697<br />
SETCEPAR PARANAVAÍ<br />
Av. Militão Rodrigues de Carvalho, 536, anexo ao Auto Posto<br />
Sumaré - CEP: 87720-010<br />
Fone (44) 3446-6180 / 98837-8358<br />
SETCEPAR PARANAGUÁ<br />
Av. Gabriel de Lara, 925, anexo ao Posto Transcap<br />
Fone: (41) 3423-3607 / 98701.6029<br />
Paranaguá - PR: (43) 8818-4433<br />
10 | BOLETIM SETCEPAR
ISET<br />
Curso do Iset ajuda a entender<br />
a regulamentação de produtos perigosos<br />
Por Wilson Rebello, diretor do Instituto <strong>Setcepar</strong> de Educação do Transporte<br />
A resolução da ANTT 5232/16, que aprova as instruções<br />
complementares ao regulamento terrestre do transporte<br />
de produtos perigosos, deveria ter entrado em vigor no dia<br />
16 de julho, em substituição à conhecida 420/04, mas foi<br />
adiada para 16 de dezembro de 2017. Na realidade, são<br />
três resoluções que estão numa espécie de limbo. Mas o<br />
que está valendo, afinal?<br />
Resumindo: estão valendo a 3665/11 – que receberá em<br />
breveuma rodada de discussões públicas – e a 420/04. A<br />
5232/16 está suspensa até 16 de dezembroe deverá<br />
sofrer modificações que estarão concentradas mais no<br />
transporte de líquidos inflamáveis e embalagens, sendo<br />
este último um tema bastante sensível.<br />
Nos últimos meses, o Instituto <strong>Setcepar</strong> de Educação no<br />
Transporte (Iset) fez um estudo comparativo entre as<br />
resoluções 420 e 5232, focando nos principais agentes<br />
envolvidos. Conversando com especialistas em fiscalização<br />
da PRF e também do Instituto de Pesquisas Rodoviárias<br />
do DNIT, desenvolvemostrês cursos gratuitos básicos<br />
sobre o tema, que estão disponíveis na nossaplataforma<br />
em EAD.<br />
Para acessá-los, basta ir ao site do <strong>Setcepar</strong> e procurar,<br />
à direita, a opção “Cursos EAD” e fazer o cadastro. O<br />
conteúdo está dividido da seguinte forma:<br />
1 - Responsabilidade do Expedidor no Transporte de<br />
Produtos Perigosos;<br />
2 - Responsabilidade do Transportador no Transporte<br />
de PP;<br />
3 - Responsabilidade do Condutor no Transporte de PP.<br />
É evidente que o material que desenvolvemos não esgota<br />
o tema, mas oferece uma excelente referência para quem<br />
quer conhecer mais sobre o assunto e deseja evitar dores<br />
de cabeça futuras. Ao longo dos cursos, apresentamos<br />
quais são as obrigações do expedidor com relação à<br />
mercadoria, o que pertence de verdade ao transportador e<br />
quais as responsabilidades do condutor, além detudo o que<br />
já vem sendo fiscalizado e o que continuará, independente<br />
da saída da 420 e a entrada da 5232.<br />
Observamos que a legislação impõe deveres e obrigaçõesque<br />
se cruzam e acabam criando exigências legais<br />
que são comuns aos três atores mencionados, como a<br />
amarração e estiva da carga. São competências do expedidor,<br />
mas a resolução 552/16 obriga que o motorista a<br />
verifique ao longo da viagem. Assim, transfere parte deste<br />
papel para o profissional.<br />
Com a revisão da NBR 7500, que está em sua nova<br />
edição, criou-se uma simbologia especifica para o transporte<br />
em quantidade limitada, que está na 5232, mas não<br />
está na 420. A 5232 fala muito em cofre de carga para<br />
fracionados, já a 420 sequer menciona a problemática,<br />
mas a fiscalização se baseia em uma NBR, a 14.629, que<br />
trata da incompatibilidade química para fazer autuações<br />
sobre o uso do cofre, mas desconsidera a NBR 15.589,<br />
que detalha o cofre de plástico, porque esta norma não<br />
consta do regulamento. Dessa forma, cofres não precisam<br />
ser somente de plástico, mas podem ser de qualquer<br />
material que possa ser lacrado.<br />
Por tudo isso e muito mais, sugerimos que acessem à<br />
nossa plataforma on-line e assistam aos cursos básicos<br />
disponibilizados e, em caso de dúvidas, consultem o ISET.<br />
| 11
RH<br />
Gestão da produtividade<br />
para vencer desafios<br />
Em um ambiente de crescimento rápido nos negócios, a gestão de produtividade<br />
dentro das empresas vem se tornando um tema cada vez mais importante.<br />
Por isso, em setembro, o <strong>Setcepar</strong> oferece mais um curso do módulo<br />
Formação em Liderança, exclusivo sobre o assunto.<br />
O <strong>Boletim</strong> <strong>Setcepar</strong> entrevistou o consultor Fernando Brito, executive coach<br />
e autor de artigos e materiais de ensino a distância EAD. Brito é sócio-diretor<br />
da Oportuniservice, consultoria especializada em gestão de processos, projetos<br />
e operações, que ministrará o curso do <strong>Setcepar</strong>. Confira!<br />
<strong>Setcepar</strong>: Você pode explicar brevemente o que é<br />
produtividade em gestão e o que os associados poderão<br />
esperar do curso?<br />
Fernando Brito: A produtividade envolve a aprendizagem<br />
e aplicação de conceitos, técnicas, ferramentas e<br />
indicadores que permitam o melhor uso dos recursos<br />
empresariais em busca de resultados consistentes e duradouros.<br />
Em nosso curso será abordado exatamente isso,<br />
ou seja, o que as melhores empresas estão utilizando para<br />
planejar melhor seus recursos e executar ações que permitam<br />
a extração do máximo de resultados a partir da mínima<br />
utilização de recursos, sejam humanos, financeiros ou<br />
tecnológicos e a importância da medição dos resultados.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Neste momento de crise econômica, como<br />
a produtividade em gestão ajuda os empresários?<br />
Fernando Brito: É neste momento que empresas mais<br />
produtivas podem utilizar o bom uso de seus recursos para<br />
se apresentarem ao mercado como a alternativa com<br />
melhor custo-benefício oferecido aos seus clientes. Quando<br />
comercialmente não conseguimos captar ou atingir nossas<br />
metas, olhar para dentro passa a ser uma alternativa vital.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Qual o maior erro dos empresários?<br />
Fernando Brito: Confundir redução de custos com<br />
corte de recursos e não com o aumento de eficiência e<br />
produtividade. Os empresários que apelam para o corte<br />
brusco e drástico de recursos num momento de crise,<br />
muitas vezes se despreparam para um momento de<br />
retomada e até entregam muitos destes bons recursos<br />
dispensados para a concorrência e sofrem para voltar<br />
aos patamares anteriores.<br />
<strong>Setcepar</strong>: Qual a importância do tema para os<br />
transportadores rodoviários de carga?<br />
Fernando Brito: Sob a ótica dos contratantes de<br />
transportes rodoviários, a empresa que oferecer o<br />
melhor custo-benefício e maior valor agregado ao<br />
cliente terá um diferencial crucial em relação aos<br />
seus concorrentes. Já sob a perspectiva do transportador,<br />
aumentar a produtividade é a melhor alternativa<br />
a ser praticada pelos gestores para preservação<br />
de sua margem de lucro mesmo frente à um mercado<br />
solicitando descontos, parcelamentos e redução de<br />
despesas.<br />
Como trabalhar em equipe<br />
Entendendo o e-Social<br />
EVENTOS RH<br />
O módulo do curso “Formação em Liderança” abordou a<br />
construção de equipes para uma performance eficiente dentro<br />
das empresas. O curso ocorreu no início de julho e teve como<br />
objetivo capacitar os participantes para o trabalho em equipe,<br />
bem como suas atuações frente ao cenário de mudanças<br />
rápidas e constantes atravessadas pelo ambiente corporativo. O<br />
módulo foi ministrado pelo consultor Marcelo Karam Guerra,<br />
docente da FAE Business School desde <strong>19</strong>97, além de consultor<br />
organizacional em gestão de pessoas.<br />
Para entender os detalhes do Sistema de Escrituração Digital<br />
das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial),<br />
a Comissão Técnica de RH promoveu uma reunião exclusiva<br />
para os associados do <strong>Setcepar</strong>. O encontro foi comandado por<br />
Lucelene Oliveira de Freitas, sócia da Mazeto & Freitas Auditores<br />
SS, empresa especializada em auditoria e consultoria<br />
empresarial, e sócia da G.A Hauer & Advogados Associados,<br />
escritório especializado em Direito Empresarial.<br />
12 | BOLETIM SETCEPAR
EVENTOS RH<br />
Curso para prospectar clientes<br />
Prospectar clientes é uma das práticas mais importantes<br />
para qualquer empresário. Por isso, o <strong>Setcepar</strong> trouxe aos<br />
associados um curso focado especialmente no assunto. O<br />
evento foi liderado por Alessandro Lunardon, vendedor,<br />
administrador de empresas, especialista em marketing,<br />
vendas e gestão estratégica, além de já ter palestrado<br />
para mais de 30 mil profissionais treinados.<br />
Comissão analisa PMSO das empresas<br />
A Comissão Técnica de Finanças se reuniu no final de julho<br />
para compartilhar o percentual de PMSO de suas empresas<br />
e elaborar um diagnóstico de comparação do segmento.<br />
Também houve apresentação de simulador de fluxo de<br />
caixa, ferramenta para controlar as finanças. A reunião foi<br />
comandada por Luiz André Vieira Almeida, CFO com vasta<br />
experiência na área administrativa e financeira e que atua<br />
nos segmentos industrial e de serviços em empresas familiares,<br />
S/A e S/A de capital aberto.<br />
Excel básico - novas turmas<br />
Depois do sucesso dos primeiros cursos, os treinamentos<br />
para utilizar a ferramenta Excel retornaram ao <strong>Setcepar</strong> com<br />
novas turmas. Em julho, começou o módulo básico.<br />
Em agosto (dia <strong>19</strong>), é a vez do módulo intermediário. O<br />
módulo custa R$ 80 e as inscrições devem ser feitas pelo<br />
e-mail treinamento@setcepar.com.br ou pelo site do <strong>Setcepar</strong>.<br />
Contas a pagar e receber<br />
Pensando nos profissionais que trabalham na área<br />
financeira das empresas, o <strong>Setcepar</strong> promoveu o curso<br />
"Contas a Pagar e Receber com Excel". O evento foi<br />
ministrado pelo especialista em cálculos financeiros Antonio<br />
Carlos Bellio, o professor Bellio.<br />
GRADE DE CURSOS<br />
AGOSTO<br />
5 Analista de Departamento Pessoal na Prática - R$ 250,00<br />
10 Negociação em Compras - R$ 150,00<br />
12 Adm. de Conflito - Formação em Liderança - R$ 290,00<br />
16 Comissão Técnica de RH - Gratuito<br />
<strong>19</strong> Excel - Intermediário - R$ 80,00<br />
<strong>19</strong> Analista de Departamento Pessoal - Continuação<br />
22 Gestão de Processos: Fluxos e Procedimentos - R$ 150,00<br />
24 Comissão Técnica de Finanças - Gratuito<br />
SETEMBRO<br />
2 Analista de Departamento Pessoal na Prática - R$ 250,00<br />
2 Produtividade em Gestão - Formação em Liderança - R$ 290,00<br />
13 Comissão Técnica de RH - Gratuito<br />
16 Excel Avançado - R$ 80,00<br />
16 Analista de Departamento Pessoal - Continuação<br />
21 Comissão Técnica de Finanças - Gratuito<br />
22 Atualização Sassmaq - R$ <strong>19</strong>0,00<br />
| 13
COMJOVEM<br />
Gestão de mudanças e suas influências no ambiente coorporativo e pessoal<br />
Por Camila Rangel - Integrante da ComJovem Curitiba<br />
Com a evolução diária do ambiente competitivo das organizações,<br />
necessitamos nos adaptar às mudanças. Para<br />
obter êxito no processo, estas mudanças devem ser claras,<br />
objetivas e motivadas pelos líderes das organizações.<br />
A gestão da mudança tem como foco o desempenho<br />
humano e engloba o processo de reestabelecer ou estruturar<br />
os processos da organização, com o objetivo de<br />
alterar algum ponto na sua cultura, estratégia, estrutura<br />
ou produto.<br />
O contexto mudança nos traz à jornada emocional, que<br />
estabelece as seguintes fases:<br />
Conforto e controle: o indivíduo encontra-se na zona<br />
de conforto, detém conhecimento técnico e de processos<br />
da empresa, mas se sente injustiçado e perseguido por<br />
falta de oportunidades.<br />
Temor e resistência: Nesta fase, o indivíduo reluta<br />
para aceitar as mudanças e a resistência prevalece. Sair<br />
do status quo ameaça os direitos adquiridos pelas pessoas.<br />
Os indivíduos que são afetados pela mudança experimentam<br />
certas desordens emocionais, envolvendo uma<br />
sensação de perda, incerteza e ansiedade.<br />
Investigação, experimentação e descoberta: Esta fase<br />
força o indivíduo a querer a mudança e enxergar a oportunidade,<br />
mas ele não detém uma visão clara do processo.<br />
Aprendizagem, aceitação e comprometimento:A fase<br />
da aceitação é a última. Perceber o novo, olhar para trás<br />
e ver a curva do aprendizado e todas as fases. Aceitar<br />
esta nova fase e internalizá-la é um fator positivo.<br />
No processo de mudança, devem-se utilizar as práticas<br />
que envolvam os colaboradores com o objetivo de alcançar<br />
o maior índice de aceitação e menor índice de rejeição.<br />
Para que a mudança seja positiva, devemos conduzir<br />
o processo utilizando a habilidade dos gestores para<br />
que em todas as fases se obtenham êxitos, sem perdas<br />
financeiras ou rejeição dos colaboradores.Os gestores<br />
de lideranças devem estar capacitados para formar uma<br />
equipe forte e concisa.<br />
Liderar é praticar a influência. Sem isso, há muito<br />
pouco ou talvez nada a ser feito para que os colaboradores<br />
entendam o processo transitório. A liderança deve<br />
estar presente e diluída em toda equipe, que efetivará a<br />
transformação. Liderar é ter criatividade.<br />
Se você é um jovem empresário ou<br />
executivo de empresas no setor de<br />
transporte de cargas e Logística, faça<br />
parte da Comjovem Curitiba. Para<br />
mais informações, entre em contato:<br />
(41) 3014-5151<br />
ou<br />
secretaria@setcepar.com.br<br />
14 | BOLETIM SETCEPAR
JURÍDICO<br />
Impossibilidade de inscrição na Serasa<br />
pela ANTT sem prévia Certidão da Dívida Ativa<br />
Por Lucimar Stanziola, advogada e assessora<br />
jurídica do <strong>Setcepar</strong><br />
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) faz<br />
inscrição de débitos no cadastro negativo da Serasa, proveniente<br />
de infrações das empresas transportadoras, sem que<br />
haja a prévia inscrição de Dívida Ativa.<br />
O assunto tem sido frequente em ações em que se discute<br />
a legalidade das multas impostas pela ANTT. A Agência<br />
costumeiramente alega que possui convênio junto à Serasa,<br />
que a autoriza a agir desta maneira. Porém, este convênio<br />
não permite a inscrição direta de multas nos cadastros de<br />
proteção ao crédito, mas somente permite a inscrição da<br />
Certidão da Dívida Ativa (CDA).<br />
Há várias decisões judiciais entendendo que a ANTT não<br />
deve fazer qualquer inscrição junto a esses órgãos sem antes<br />
ter inscrito em Dívida Ativa, para que assim possa extrair a<br />
CDA para a devida inscrição nos cadastros negativos.<br />
Veja-se o julgado recente:<br />
(...) Consoante o entendimento desta Corte a respeito do<br />
tema, a inclusão do devedor em cadastros privados de<br />
devedores ou órgãos de restrição ao crédito, pelo não pagamento<br />
de multa decorrente de infração administrativa,<br />
depende da prévia inscrição do<br />
respectivo valor em dívida ativa<br />
pela Fazenda Pública (...).<br />
(...) Na hipótese dos autos,<br />
em juízo de cognição sumária,<br />
ao que parece, não houve sequer a constituição definitiva do<br />
crédito decorrente da multa aplicada, razão pela qual a<br />
inclusão do nome da ora agravante no Serasa é absolutamente<br />
indevida. Assim, impõe-se o deferimento da tutela<br />
recursal, para determinar à ANTT que se abstenha de<br />
inscrever o agravante em órgãos de proteção ao crédito,<br />
especialmente o Serasa, bem como que suspenda os registros<br />
já existentes, até que o eventual crédito seja definitivamente<br />
inscrito em dívida ativa.<br />
Ante o exposto, defiro o pedido de antecipação de tutela<br />
recursal.<br />
Portanto, as empresas têm o direito de serem intimadas<br />
previamente da inscrição dos valores das multas na Dívida<br />
Ativa, quando o débito, então, passar a ser líquido e exigível<br />
com expedição da respectiva CDA e somente esta poderá<br />
ser inscrita nos cadastros negativos da Serasa.<br />
A ANTT poderá ser responsabilizada por danos materiais<br />
e morais em caso de inscrição naSerasa sem a prévia inscrição<br />
na Dívida Ativa. Da mesma forma, os servidores que<br />
deram causam a esta inscrição poderão responder por falta<br />
funcional, nos termos da Lei 8.112/90.<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K