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Livro da Rogéria

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01<br />

01 - INTRODUÇÃO<br />

Neste primeiro capítulo, tomo a liber<strong>da</strong>de de escreve-lo, não na forma impessoal dos verbos,<br />

como é recomen<strong>da</strong>do pelas normas de re<strong>da</strong>ção de trabalhos de pesquisa, mas sim na primeira pessoa<br />

do singular, pois farei aqui, inicialmente, uma breve revisão <strong>da</strong> minha trajetória, não apenas relembrando<br />

o meu caminho como estu<strong>da</strong>nte, mas também o meu percurso profissional até os dias de hoje.<br />

Minha infância foi vivi<strong>da</strong> em uma pequena ci<strong>da</strong>de do interior de Minas – Pirapetinga – MG – onde<br />

tudo era bastante restrito, inclusive as oportuni<strong>da</strong>des na área educacional.<br />

Cresci entre livros, cadernos, quadro, giz e um desejo enorme de ser professora. A minha vi<strong>da</strong><br />

escolar começou muito cedo. Aos seis anos, eu já era aluna <strong>da</strong> primeira série. Não fiquei no terceiro<br />

período, pois quando entrei para a escola já sabia ler, escrever, dominava a tabua<strong>da</strong> e as operações<br />

básicas. Tudo isso me foi ensinado pelos meus pais. Meu pai estudou e se formou em Contabili<strong>da</strong>de<br />

depois de casado e pai de dois filhos e minha mãe, costureira, cursou somente até a quarta série primária.<br />

A preocupação de ambos é que eu chegasse à escola já sabendo muitas coisas que iriam ser ensina<strong>da</strong>s<br />

para que não encontrasse dificul<strong>da</strong>de. O método usado pelos dois para essa iniciação escolar<br />

foi o método <strong>da</strong> decoreba para a tabua<strong>da</strong> (me vejo até hoje com um livrinho de tabua<strong>da</strong>, an<strong>da</strong>ndo pela<br />

casa “cantando” alto os fatos para poder decorar), <strong>da</strong> prova dos nove para a verificação <strong>da</strong>s operações<br />

e <strong>da</strong> cartilha para a alfabetização. Lembro-me até hoje: “O sapato é do vovô”. “Vivi viu a uva”. Nas quatro<br />

primeiras séries do Ensino Fun<strong>da</strong>mental, tive duas professoras: D. Apareci<strong>da</strong> e D. Ivete. Foram<br />

exemplos de educadoras e marcaram to<strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>. Com seu carinho e dedicação, elas me incentivaram<br />

a ir atrás de um sonho: o de ser professora.<br />

Iniciei a quinta série na minha ci<strong>da</strong>de. Logo depois, meus pais foram para Volta Redon<strong>da</strong> e a<br />

sexta série cursei lá. Nos dois últimos anos do Ensino Fun<strong>da</strong>mental já havíamos mu<strong>da</strong>do para a ci<strong>da</strong>de<br />

de Mariana, onde estou até hoje, e é em Mariana que terminei o Ensino Fun<strong>da</strong>mental e fiz o Ensino<br />

Médio.<br />

Em 1978, com 14 anos, iniciei o curso de Magistério, no Colégio Providência, onde hoje atuo<br />

como professorado Ensino Médio. Aos 16 anos terminei o Magistério. Queria lecionar. Não conseguia.<br />

A pouca i<strong>da</strong>de era um problema e ficava sempre em último lugar nas colocações. Na época que terminei<br />

o curso de Magistério desejei fazer vestibular na Universi<strong>da</strong>de Federal de Ouro Preto, mas não tive<br />

como realizar. Diante de tal situação, me dediquei a aulas particulares, fazendo umas substituições<br />

aqui e ali, até completar 18 anos. Durante muitos anos trabalhei com crianças na Educação Infantil e no<br />

Ensino Fun<strong>da</strong>mental I. Nesse nível, trabalhei durante treze anos com crianças entre 9 e 10 anos, lecionando<br />

Matemática e Ciências. A minha paixão pela Matemática já vinha desde muito cedo e aumentou<br />

ain<strong>da</strong> mais nesse período.

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