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Jornal Paraná Janeiro 2018

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Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou<br />

para cima sua estimativa para a produção global de açúcar<br />

na safra 2017/18, 184,949 milhões de toneladas contra<br />

179,636 milhões de toneladas no relatório anterior. Se confirmada<br />

a nova projeção, serão quase 13,5 milhões de toneladas<br />

a mais que na temporada 2016/17: de 171,472 milhões de toneladas.<br />

Entre os fatores para a revisão de safra global está a<br />

expectativa de aumento da produção brasileira no ciclo<br />

2017/18, que subiu de 39,650 milhões para 40,2 milhões de<br />

toneladas, por conta de clima favorável, melhora de tratos culturais<br />

e pelo menor uso da cana para etanol. Apesar do aumento<br />

na estimativa de consumo global de açúcar, de 171,559 milhões<br />

em maio para 174,223 milhões de toneladas, o superávit de<br />

oferta no mercado mundial passou de 8,07 milhões no relatório<br />

anterior para 10,7 milhões de toneladas no atual.<br />

Os produtores de milho dos<br />

EUA poderão entrar em<br />

breve no mercado japonês<br />

de biocombustíveis, ameaçando<br />

o domínio da canade-açúcar<br />

brasileira sobre<br />

um dos maiores consumidores<br />

de gasolina do mundo.<br />

O Ministério do Comércio<br />

Exterior do Japão planeja<br />

Açúcar<br />

Japão<br />

Fechada<br />

PET<br />

A Braskem está testando um<br />

processo químico renovável<br />

que pode fazê-la entrar em<br />

novo segmento de mercado,<br />

o de insumos para plásticos<br />

PET, muito usado em garrafas<br />

de bebidas e que possui uma<br />

demanda global de milhões e<br />

toneladas por ano. Maior petroquímica<br />

das Américas, a<br />

Braskem fez parceria com a<br />

especialista dinamarquesa em<br />

catalisadores Haldor Topsoe<br />

para construir uma fábrica em<br />

miniatura que testará a viabilidade<br />

de produção em larga<br />

escala do componente monoetilenoglicol<br />

(MEG), um dos<br />

permitir que suas refinarias<br />

usem o etanol americano,<br />

baseado no milho, em um<br />

aditivo misturado à gasolina.<br />

Atualmente, o Japão usa<br />

apenas cana-de-açúcar brasileira.<br />

O Japão busca diversificar<br />

suas fontes de abastecimento<br />

de gasolina para<br />

expandir o uso de energia<br />

sustentável no país.<br />

O número de usinas sucroalcooleiras<br />

que ficará de portas<br />

fechadas no Brasil na<br />

safra <strong>2018</strong>/19 deverá ser<br />

maior que no ciclo atual. A<br />

tendência ainda reflete a<br />

crise que abalou muitas empresas<br />

do setor na primeira<br />

metade desta década e que<br />

até hoje recai sobre a produtividade<br />

dos canaviais, mas<br />

também tem relação com os<br />

problemas climáticos que limitaram<br />

a produção nos últimos<br />

anos. De um total de<br />

444 usinas no país, 79 não<br />

ligarão as máquinas na próxima<br />

temporada, conforme<br />

levantamento da RPA Consultoria.<br />

Em 2017/18, 76<br />

unidades não operaram. Mas<br />

o número poderá ser maior,<br />

já que diversas companhias<br />

com poucos recursos em<br />

caixa ainda estão definindo<br />

sua programação.<br />

principais ingredientes do PET,<br />

atualmente produzido a partir<br />

de petróleo ou gás natural.<br />

Testes de laboratório e pilotos<br />

realizados pela Braskem demonstraram<br />

que o MEG a partir<br />

de açúcar tem um rendimento<br />

maior que o obtido a<br />

partir de etanol.<br />

Etanol de soja<br />

Desde 2012, quando a Caramuru<br />

Alimentos começou a<br />

produzir proteína concentrada<br />

de soja, no Mato Grosso, a empresa<br />

passou a aproveitar o resíduo,<br />

cerca de 230 toneladas<br />

diárias melaço de soja, para alimentação<br />

do gado e geração<br />

de energia. Agora decidiu produzir<br />

etanol de soja, um projeto<br />

pioneiro no País em escala industrial,<br />

para ser usado como<br />

combustível e matéria-prima na<br />

indústria química. Em parceria<br />

com o Finep, empresa pública<br />

de fomento à tecnologia e inovação,<br />

a Caramuru está implementando<br />

a fábrica, que começa<br />

a funcionar em dois<br />

anos, com capacidade de 6,8<br />

milhões de litros de etanol por<br />

ano e 3 mil toneladas de lecitina<br />

de soja. O investimento<br />

total será de R$115 milhões. A<br />

tecnologia para produção de<br />

etanol de soja é nacional.<br />

OPEP<br />

A demanda por petróleo<br />

crescerá a um “ritmo saudável”<br />

nos próximos cinco<br />

anos em meio à expansão<br />

mais veloz das fontes renováveis<br />

que o de todos os<br />

demais tipos de energia,<br />

disse a Organização dos Países<br />

Exportadores de Petróleo<br />

(Opep). A demanda bruta<br />

aumentará em média 1,2<br />

milhão de barris por dia até<br />

2022 e diminuirá para<br />

300.000 barris por dia entre<br />

2035 e 2040. A participação<br />

dos combustíveis fósseis<br />

na matriz energética<br />

global ficará em menos de<br />

80% em 2020 e cairá para<br />

75,4% em 2040.<br />

Estudo<br />

Um estudo publicado na revista<br />

“Nature Climate Change”<br />

mostrou que a expansão<br />

da produção de canade-açúcar<br />

entre 37,5 e 116<br />

milhões de hectares, com<br />

fins na conversão em etanol,<br />

poderia reduzir em até<br />

5,6% as emissões globais<br />

de dióxido de carbono, basicamente<br />

com a substituição<br />

do uso da gasolina. O<br />

estudo aponta ainda que a<br />

expansão do uso do etanol<br />

pode ser uma solução no<br />

curto prazo para que a meta<br />

ratificada no último acordo<br />

climático em Paris seja atingida.<br />

Vinhaça<br />

Um processo de tratamento<br />

da vinhaça por filtragem em<br />

materiais que permitem a<br />

melhoria das características<br />

poluentes desse resíduo e,<br />

com isso, seu uso para o<br />

cultivo em algas, é resultado<br />

de uma tecnologia recente<br />

desenvolvida na Universidade<br />

Federal de São Carlos<br />

(UFSCar). Tecnologia promete<br />

reduzir danos ambientais<br />

da indústria.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 15

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