004 - O FATO MANDACARU - ABRIL 2018 - NÚMERO 4

More documents

Recommendations

Info

Pág. 4 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição 004 | Maringá, abril de 2018 ULISSES MAIA “CARREGA” A PREFEITURA PARA O BAIRRO Sétima edição do projeto “Prefeitura no Bairro” reúne mais de 300 pessoas no Cidade Alta II “Cada vez que a gente faz um “Prefeitura no Bairro”, temos um raio-X da região. Fica fácil de acertar o que a população deseja” O FATO MANDACARU foi até o Cidade Alta ll na noite de quarta, 21 de março. O clima estava agradável, mas o trânsito era caótico no semáforo do contorno sul. Queríamos conhecer esse projeto que leva a prefeitura até o bairro. O encontro estava marcado para as 19,30 na quadra coberta do bairro. Chegamos com antecedência e pudemos ver o pessoal da prefeitura preparando as cadeiras, o som e tudo mais, tinha até um cafezinho. (Ulisses Maia) Ligiane Ciola MARINGÁ • Aos poucos as pessoas começaram a chegar. O calor “incentivou” as famílias a saírem de casa. Logo, começaram a chegar também, vereadores, presidentes de bairros, secretários municipais, os representantes da guarda municipal e da PM. O vice Scabora também chegou com antecedência. No momento exato, a quadra estava cheia; estima-se que haviam cerca de 300 pessoas. De repente o volume da música aumentou e Ulisses chegou. Abraços, cumprimentos, fotos e bate-papo. É o prefeito mesmo que se encarrega junto com o pessoal da secretaria de assuntos comunitários da prefeitura, de convocar todos a sentarem-se. Pouca cerimônia e até pedidos de silêncio: “Nós viemos aqui para ouvir vocês”. Enquanto os moradores se organizavam em fila para as perguntas, o prefeito homenageava uma mulher que em 1976 conseguiu o Vice-Prefeito Edson Scabora, Prefeito Ulisses Maia e o Vereador Belino Bravin feito fenomenal de conquistar uma cadeira na câmara municipal de Maringá. Lizete Pereira da Costa foi a primeira mulher a eleger-se vereadora na cidade. Hoje não temos nenhuma. Por quê? Um talvez vem do prefeito: “Talvez falte até mais participação da mulher”. Vinicius foi o primeiro da fila. Ele, e todos os outros queriam saber como e quando se fará algo para resolver o caos do contorno sul. O prefeito respondeu pedindo compreensão: “Esse problema existe há 30 anos. Nós conseguimos viabilizar junto com os vereadores, 13 milhões de reais e vamos fazer uma ‘reforma boa’ e já neste contorno sul. Primeiro precisamos fazer a licitação. Daqui três meses começaremos a reforma.” O prefeito, porém deixou claro que a solução definitiva para a estrada “vai demorar mais, porque tem que ser feito outro contorno sul”. A prefeitura diz já ter um projeto que inclui a construção de um contorno com pistas duplas, acostamentos, 7 viadutos, galerias de águas, drenagem, em resumo: tudo aquilo que o atual não tem. “É uma obra muito cara, custará 150 milhões de reais. Nós não temos o dinheiro, mas vamos buscar recursos, disse o prefeito”. Nem todos os problemas são enormes e suas soluções não dependem de tanto dinheiro. Os moradores do Cidade Alta II cobraram do prefeito, a realização do “campinho” ao lado do ginásio. Ulisses respondeu que “em breve o campo estará à disposição da comunidade”, e completou dizendo que, “o vereador Bravin, aqui do meu lado, está me dizendo que foi um projeto dele. Tá certo. A gente não faz nada sozinho. A câmara nos ajuda muito.” A maioria das questões levantadas pelos moradores encontraram respostas diretamente da boca do prefeito e quando não, respondia um secretário. Entre os pedidos e reclamações estão: Atuação da patrulha do som para coibir abusos nas festas que acontecem em chácaras nos fins de semana, uma moradora do jardim paraíso reclamou do atendimento no posto de saúde, teve quem pediu uma ATI, mas também, quem como o Flávio que pediu respeito no uso das vagas de estacionamento destinadas a pessoas com necessidades especiais no centro da cidade. Flávio é pai de uma garotinha que tem direito à vaga, mas toda vez que precisa ir ao centro encontra a vaga ocupada por quem não tem direito. Outras reclamações: A eterna falta de vagas nas creches, colocação de quebra-molas, mais rondas policiais nos bairros, construção de um centro comunitário no Jardim Madrid, interligação das ciclovias, construção dos parques lineares e demora no atendimento odontológico. Para tudo Ulisses teve uma resposta. Notamos que a maioria dos que fizeram pedidos e reclamações aproveitaram o momento para agradecer algo que a administração havia atendido. Foram muitos agradecimentos e até orações. A prefeitura no bairro funciona. Além do prefeito Ulisses Maia, participaram do encontro, o viceprefeito, Edson Scabora, os vereadores William Gentil, Mário Verri, Belino Bravin, Do Carmo e Sidnei Telles.■
Ano 01 | Edição 004 | Maringá, abril de 2018 | Jornal Comunitário de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 5 EDSON SCABORA UM VICE NA COLA DE ULISSES “Nós atendemos a agenda praticamente juntos, atuo até como conselheiro do prefeito.” (Edson Scabora) O FATO MANDACARU é um jornal comunitário do mundo que aborda temas de cunho social, e a política através do sistema democrático é o principal fator de construção de uma sociedade justa e igualitária. A figura do vice, em qualquer âmbito dos cargos públicos sempre foi renegada a um zero à esquerda, bem por isso, nossa redação decidiu conversar com o Vice- Prefeito de Maringá Edson Scabora, sobre suas reais funções na administração pública do município e entender também como ele pensa a cidade no senso de aglomeração humana. Ligiane Ciola, Jornalista Responsável na foto com o Vice-Prefeito Scabora Entrevista de: Ligiane Ciola e J.C . Leonel Ligiane Ciola: O que o senhor está fazendo para mudar o imaginário coletivo que vê o vice-prefeito como alguém que nada faz? Edson Scabora: “O viceprefeito geralmente é aquele sujeito que pagou a campanha ou pertence a um partido que tem um bom tempo de televisão; então, normalmente não tem nenhuma afinidade entre prefeito e vice, são meros acordos políticos. O problema é que após as eleições essa fórmula não funciona pois o prefeito passa a atuar praticamente sozinho, só na ausência do prefeito é que o vice assume mas não dá continuidade ao trabalho, aliás na maioria dos casos o vice não faz nada, fica lá no seu gabinete, é só uma figura que assina papéis. No meu caso e do Ulisses, é bem diferente. Existe uma cumplicidade muito grande entre nós. Eu estou no dia a dia, todo o tempo na sala dele. Nós atendemos a agenda praticamente juntos. Isso faz com que eu cumpra a real obrigação do vice-prefeito.” Ligiane Ciola: Mas qual é a verdadeira função do viceprefeito? Edson Scabora: “Eu acho que a função do vice-prefeito é justamente esta. Estar junto com o prefeito, atento a tudo e no meu caso até como conselheiro do prefeito. Não houve nesse um ano e dois meses de mandato, nenhuma ação do Ulisses que eu não tivesse ciência e aprovasse. Fica muito fácil quando ele sai de férias como aconteceu em janeiro, a minha atuação como prefeito interino. Para que vocês tenham uma ideia, o acordo com a TCCC fui eu que fechei, mas não fui eu que fechei, foi a administração que fechou, pois nós dois juntos havíamos tratado desse assunto. Essa é a maneira correta de governar uma cidade.” Ligiane Ciola: O senhor nunca havia exercido um cargo público. Como foi que o professor Scabora terminou na política? Edson Scabora: ”Por incrível que pareça não enfrentei nenhum tipo de conflito pois minha experiência é empresarial. Estou gerenciando uma escola há 30 anos e participo também do Rotary, Maçonaria, Associação Comercial; já o Ulisses, tem 30 anos de vida pública. Nós em modo natural juntamos o que há de bom na vida pública com a experiência empresarial. Para mim, a gestão é maravilhosa, estamos desburocratizando a máquina, agilizando processos e transformando Maringá em uma cidade melhor ainda do que ela já é.” Ligiane Ciola: Na edição anterior de O FATO MANDACARU, o presidente da Associação Comunitária do Jardim Alvorada disse que pretende reivindicar a criação de uma vice-prefeitura para o bairro, como o senhor vê essa ideia? Edson Scabora: “É uma das nossas ideias. Ouvindo a população a gente descobre o que ela quer e precisa. A ideia é muito bacana, agora nem tudo depende só do executivo e precisamos ouvir também o pessoal técnico da administração pública.” Ligiane Ciola: Hoje o senhor está diretamente envolvido em algum projeto da administração? Edson Scabora: “Aqui as coisas não funcionam assim, muitos me perguntam: Você é um secretário? Eu digo, não, sou o viceprefeito. Todas as ações da prefeitura eu estou junto com o Ulisses. Todas, não existe nenhuma obra, nenhum projeto que eu não saiba o que está acontecendo e eu não tenha efetiva participação.” J.C. Leonel: O senhor tem ambições políticas? (A essa pergunta Scabora reage com um largo sorriso antes de responder). Edson Scabora: “Rapaz, quem entra na política parece que é picado pela “mosquinha azul”. A gente tem sim ambições políticas, daqui há 3 anos nós tentaremos a reeleição e depois disso aí sim, quem sabe a gente se empolgue e se candidate a prefeito de Maringá.” J.C. Leonel: Quais são os projetos para 2018? Edson Scabora: “Muita coisa, muitas obras. Já vai sair esse ano ainda, até dezembro ficará pronto o Hospital da Criança, uma grande conquista para Maringá. Teremos também a duplicação da Avenida Carlos Borges que será a mais bonita de Maringá. Agora o que vislumbramos para Maringá são locais públicos belos como espaço de convivência nos bairros e atrativos para os turistas no centro. No total são 54 obras em andamento que somam aproximadamente R$ 150 milhões de investimento.” J.C. Leonel: O senhor fala de obras, mas nós estamos interessados em saber como a Maringá que lidera o ranking de IDH no Brasil, resolverá o problema dos mais de 300 moradores de rua que hoje temos? Quais são os projetos sociais que incluem esses seres humanos, cidadãos que por algum motivo foram empurrados para a margem da sociedade? Edson Scabora: “Existe uma comissão permanente que discute o problema, inclusive o promotor Kalache faz parte dela. O problema de moradores de rua, de usuários de drogas, é que eles só vão ao tratamento se eles se voluntariarem, essa é uma grande dificuldade. Há dinheiro para o tratamento e existem os locais, agora o que não existe é a vontade dessas pessoas quererem ir. Esse trabalho já é feito, já existe. Eu insisto, já é feito um trabalho através da SASC mas enquanto a pessoa não se voluntariar a ir se tratar, a gente não pode fazer nada. Infelizmente é assim que funciona a nossa lei. No meu ponto de vista, quem hoje usa drogas, tá numa situação psicológica que não tem mais força sobre si mesmo. Nesses casos não deveria existir o voluntariar-se. Eu acho que aí a pessoa deveria compulsoriamente ser levada a um local para se tratar, mas infelizmente a lei não é assim. A pessoa tem que querer mas muitas vezes se perde a vida da pessoa porque ele não quis ir e a lei não nos permite forçar a ida dele ao tratamento”. Ligiane Ciola: Como o senhor avalia esse primeiro ano de governo? Edson Scabora: “Tivemos uma revolução na saúde. Nós praticamente zeramos as filas das consultas especializadas. O Jair que é nosso secretário, entende muito da logística da saúde e com poucas mudanças obteve resultados relevantes. Nos serviços públicos, nós praticamente estamos cortando 10 vezes mais árvores e plantando praticamente o triplo do que plantava antes. Em resumo, avançamos muito apesar de ser nosso primeiro ano de mandato.”■
Page 1 and 2: Jornal Comunitário de Maringá | A
Page 3: Ano 01 | Edição 004 | Maringá, a
Page 7 and 8: Ano 01 | Edição 004 | Maringá, a

004 - O FATO MANDACARU - ABRIL 2018 - NÚMERO 4

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?