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Revista Penha | abril 2018

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.

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<strong>Revista</strong> Mensal<br />

Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />

jf-penhafranca.pt<br />

f Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />

nr. 25<br />

abr‘ 18<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 1 18/04/18 10:01


Propriedade<br />

Junta de Freguesia da<br />

<strong>Penha</strong> de França<br />

Directora<br />

Sofia Oliveira Dias<br />

Subdiretor<br />

Manuel dos Santos Ferreira<br />

Coordenadora<br />

Teresa Oliveira<br />

Design e Grafismo<br />

Remarkable<br />

Fotografia<br />

André Roma<br />

Impressão<br />

WCC<br />

Tiragem<br />

23.500 exemplares<br />

Distribuição Gratuita<br />

Depósito Legal 408969/16<br />

SEDE DA JUNTA DE FREGUESIA<br />

Travessa do Calado, nº 2<br />

1170-070 Lisboa<br />

Telefone: 218 160 720<br />

Email: geral@jf-penhafranca.pt<br />

Secretaria: 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 18h<br />

ESPAÇO MULTIUSOS<br />

Avenida Coronel Eduardo Galhardo (sob<br />

o viaduto da Avenida General Roçadas)<br />

Telefone: 218 100 390<br />

Email: multiusos@jf-penhafranca.pt<br />

Horário: 2.ª a 6.ª feira, das 9h30 às 22h<br />

Sábado, das 10h às 19h<br />

Secretaria: 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 17h<br />

ESPAÇO NOVA ATITUDE<br />

Quinta do Lavrado, Avenida Marechal<br />

Francisco da Costa Gomes<br />

Telefone: 210 532 377<br />

Email: espaco.n.atitude@jf-penhafranca.pt<br />

Horário: 2.ª a 6.ª feira das 9h30 às<br />

13h e das 14h às 17h30<br />

O Polo Morais Soares está encerrado por tempo indeterminado.<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 2 18/04/18 10:01


EDITORIAL<br />

PARABÉNS À PENHA!<br />

A <strong>Penha</strong> de França faz cem anos. Um<br />

centenário que nos enche de orgulho<br />

pelo sentimento de pertença a uma<br />

comunidade com história, com presente<br />

e com sentido de um futuro centrado<br />

nas pessoas, nas suas necessidades<br />

e expectativas. Somos um território<br />

rico na diversidade, no pulsar da sua<br />

comunidade e num sentido solidário que<br />

envolve novas realidades da vida em<br />

meio urbano. Novas dinâmicas e novas<br />

consciências sobre o mundo no nosso<br />

tempo.<br />

Na verdade, e apesar de não<br />

oficialmente, a <strong>Penha</strong> de França já<br />

existe desde a construção da pequena<br />

ermida que, mais tarde, daria lugar aos<br />

imponentes igreja e convento de N. Sra.<br />

da <strong>Penha</strong> de França.<br />

Foi essa ermida do séc. XVI, em<br />

homenagem a N. Sra. da <strong>Penha</strong> de<br />

França, que deu o nome ao território<br />

onde agora habitamos, exercemos a<br />

nossa profissão ou estudamos.<br />

Longe estaria António Simões, o<br />

escultor de imagens sagradas que em<br />

Alcácer Quibir fez o voto de construir<br />

esta imagem de N. Sra. se voltasse são<br />

e salvo, de imaginar o futuro que se<br />

reservava a este território.<br />

Aliás, ainda há cem anos, quando a<br />

freguesia foi criada, os terrenos da<br />

<strong>Penha</strong> de França eram maioritariamente<br />

agrícolas, compostos por quintas de<br />

cultivo e veraneio. Seria a deslocação<br />

para Lisboa de milhares de pessoas<br />

à procura de melhores condições de<br />

vida, no início do séc. XX, a mudar<br />

definitivamente a face da <strong>Penha</strong>.<br />

E a <strong>Penha</strong> de França nasceu a 13 de<br />

<strong>abril</strong> de 1918, pelo empenho de um grupo<br />

de moradores do Alto do Pina, uma das<br />

primeiras zonas do nosso território a ser<br />

urbanizada. Curiosamente, a freguesia<br />

que busca a sua designação no nome<br />

de N. Sra. foi a primeira freguesia laica<br />

da República, e a única a ser criada em<br />

Lisboa até 1959.<br />

Como qualquer território, a <strong>Penha</strong> foi<br />

palco de muitas vivências e contou com<br />

o contributo de muitas pessoas. Ainda<br />

hoje, o contributo de cada um é decisivo<br />

para que a soma das nossas vivências<br />

no espaço público seja uma experiência<br />

positiva, segura e sem problemas de<br />

mobilidade. É por isso que valorizamos a<br />

participação dos cidadãos e a valorização<br />

do espaço público como plataforma da<br />

coesão social e territorial.<br />

Somos o somatório de muitas origens,<br />

vivências e histórias, sempre com<br />

relevância para a cidade de Lisboa e<br />

para o país. Por exemplo, o Convento<br />

da <strong>Penha</strong> de França, à altura Quartel<br />

General da Legião Portuguesa, foi um<br />

dos palcos do impulso libertador do 25 de<br />

Abril de 1974.<br />

Cem anos depois da criação da<br />

Freguesia da <strong>Penha</strong> e quarenta e quatro<br />

anos passados sobre o resgate da<br />

Liberdade e da Democracia, invocamos<br />

a memória de todos os que contribuíram<br />

SOFIA OLIVEIRA DIAS<br />

Presidente da Junta de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França<br />

sofia.dias@jf-penhafranca.pt<br />

para a história da nossa comunidade<br />

e para os que contribuem para<br />

a realidade actual do nosso<br />

território. Qualquer que seja o nível<br />

de responsabilidade, individual,<br />

comunitária ou institucional, todos<br />

temos um contributo a dar para a<br />

nossa freguesia. Para continuarmos<br />

a melhorar as condições de vida,<br />

para estarmos sempre focados nas<br />

pessoas e para lançarmos sementes<br />

de futuro. Pelas pessoas e pelo<br />

território da <strong>Penha</strong>, ontem, hoje e<br />

amanhã. Sempre!<br />

1<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 1 18/04/18 10:01


ONZE NOVOS<br />

PARCEIROS<br />

NA COMISSÃO<br />

SOCIAL<br />

O 5.º Plenário da Comissão Social de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França,<br />

realizado no auditório do CED D. Maria Pia, da Casa Pia de Lisboa, teve<br />

início com a atuação de um grupo de cantoras deste centro.<br />

Este Plenário ficou marcado pela entrada de 11 novos parceiros e pela<br />

aprovação dos planos de ação para este ano nos grupos de Crianças e<br />

Jovens, Envelhecimento, Deficiência e Empregabilidade.<br />

ACRAS - Associação Cristã de Reinserção e Apoio Social, APPACDM<br />

- Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental,<br />

Associação Ares do Pinhal, APDP - Associação Protetora dos Diabéticos<br />

de Portugal, Delta Cafés, Escola Superior de Saúde da Cruz<br />

Vermelha, Farmácia Dimar, GAT Portugal - Grupo de Ativistas em Tratamentos,<br />

Gebalis, Médicos do Mundo e Proteção Civil de Lisboa são<br />

as instituições que, desde 26 de março, fazem parte da Comissão Social de<br />

Freguesia, tendo o seu número aumentado de 32 para 43 parceiros.<br />

Os planos de ação para <strong>2018</strong>, no Grupo de Crianças e Jovens, passam pela<br />

implementação de sistemas de intervenção com as famílias garantindo uma<br />

maior proteção das crianças/jovens e desenvolvimento de um programa integrado<br />

de competências parentais.<br />

No âmbito do Envelhecimento, pretende-se promover a autonomia e inclusão<br />

social na comunidade, bem como fomentar o envelhecimento ativo e a<br />

participação cívica dos idosos e a promoção de respostas adequadas aos<br />

interesses e necessidades dos mesmos.<br />

2<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 2 18/04/18 10:01


No que diz respeito à Deficiência, o objetivo é<br />

contribuir para a inclusão social ativa, promovendo<br />

a vida independente através da inclusão<br />

a título voluntário de jovens/adultos portadores<br />

de deficiência em valências da Junta de Freguesia<br />

da <strong>Penha</strong> de França. Pretende-se, ainda,<br />

continuar a desenvolver projetos de melhoria<br />

da acessibilidade e mobilidade.<br />

Quanto à Empregabilidade, continuaremos<br />

a promover formação de forma a valorizar as<br />

competências pessoais e avançaremos com o<br />

GIP - Gabinete de Inserção Profissional.<br />

Da reunião constou ainda um balanço das atividades<br />

realizadas em 2017, de que são exemplo<br />

as sessões ‘<strong>Penha</strong> à Conversa’, ações de sensibilização<br />

e qualificação, as comemorações do<br />

Dia Mundial da Saúde e do Dia Mundial do Idoso,<br />

os passeios e convívios.<br />

3<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 3 18/04/18 10:01


A NOVA VIDA DO<br />

CENTRO SOCIAL DE<br />

S. JOÃO EVANGELISTA<br />

O apoio aos idosos do CENTRO SOCIAL E PARO-<br />

QUIAL DE S. JOÃO EVANGELISTA foi nascendo<br />

aos poucos. Há quatro décadas, primeiro como um<br />

centro de convívio “para umas quarenta pessoas”,<br />

conta a irmã Ângela Lopez das Franciscanas Missionárias<br />

de Maria, diretora técnica e a alma desta<br />

casa.<br />

Irmã, que tendo começado a trabalhar no antigo<br />

bairro da Curraleira em 1974, é parte integrante<br />

da história do Centro. A atual configuração existe<br />

desde 1991, recorda, lembrando que foi inaugurado<br />

“na mesma altura do massacre de Santa Cruz,<br />

em Timor”. A própria igreja de S. João Evangelista<br />

era também muito recente, de 1989.<br />

Na altura, foi a Santa Casa da Misericórdia que<br />

impulsionou a criação do centro de dia, que abriu<br />

já “com cerca de oitenta utentes”. A Santa Casa<br />

assegurava o apoio a noventa utentes do serviço<br />

de apoio domiciliário, mas era da cozinha do Centro<br />

de S. João Evangelista que saíam as refeições<br />

para estas cento e setenta pessoas. “E só estavam<br />

quatro pessoas na cozinha!”.<br />

Agora, foi tempo de renovação, de tornar o espaço<br />

mais luminoso. “O Centro já precisava de obras”<br />

consideram as assistentes sociais e animadoras<br />

Soraia Rebelo e Inês Silva. E os “utentes gostaram”<br />

deste espaço com uma nova vida.<br />

Neste momento, o Centro alberga cem seniores,<br />

todos autónomos porque ali têm de chegar pelo seu<br />

pé. A utente mais idosa tem 93 anos e há pessoas<br />

que a irmã Ângela conhece desde a Curraleira.<br />

Almoçam, lancham, têm serviço de enfermagem,<br />

4<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 4 18/04/18 10:01


acompanhamento a consultas médicas ou<br />

outras deslocações necessárias, convivem<br />

e têm à sua disposição diversas atividades<br />

lúdico-recreativas.<br />

Têm aulas de teatro, cantam num coro<br />

do Centro Social, há trabalhos manuais,<br />

aprendem inglês, os princípios básicos de<br />

informática, e alguns deles frequentam o<br />

projeto ‘Memórias do Bairro’, promovido<br />

pela Biblioteca Municipal da <strong>Penha</strong> de<br />

França. Fazem intercâmbios com várias<br />

entidades: o coro, por exemplo, vai cantar<br />

a outra instituição, que retribui o convívio.<br />

A irmã Ângela com<br />

as assistentes sociais<br />

Inês e Soraia<br />

O inglês é uma das atividades apreciadas.<br />

“Há um sentimento de conquista quando<br />

dizem uma palavra, os idosos sentem que<br />

conseguem assimilar e aprender”, conta<br />

Soraia. Inês acrescenta que “há uma competitividade<br />

entre os utentes, mas também<br />

entreajuda, e ganham autoestima com estas<br />

atividades”. “Precisam de afeto”, conclui<br />

Soraia.<br />

Outra vertente do Centro é a distribuição<br />

do Banco Alimentar, sendo apoiadas duzentas<br />

famílias de “todas as idades”.<br />

Para o futuro próximo, com a casa renovada,<br />

as técnicas gostariam que esta<br />

fosse equipada com mobiliário adequado<br />

às novas instalações e de “ter uma carrinha,<br />

para ir buscar pessoas com menos<br />

mobilidade, porque a rua é inclinada e os<br />

acessos são difíceis”. Também seria importante<br />

que a paragem do autocarro 730<br />

“fosse mesmo em frente ao Centro, porque<br />

os utentes que vêm de autocarro têm<br />

de andar muito”.<br />

“Que os nossos utentes se sintam felizes<br />

e não tenham falta de nada”. É este é o<br />

sonho da irmã Ângela.<br />

5<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 5 18/04/18 10:01


MARCHA<br />

DO ALTO<br />

DO PINA:<br />

PRESENTE!<br />

Confirmada a presença da Marcha do Alto<br />

do Pina nas Marchas de Lisboa de <strong>2018</strong>,<br />

o trabalho vai ser árduo, mas o empenho<br />

dos marchantes é a dobrar. Na sexta, dia 6,<br />

houve um ensaio de voz no Ginásio do Alto<br />

do Pina e a motivação e alegria de todos<br />

foi visível. Com letra, música e arranjos nas<br />

mãos dos ‘gigantes’ da música portuguesa<br />

José Luís Gordo, Nuno Nazareth Fernandes<br />

e Carlos Alberto Moniz, o ensaio, figurino<br />

e cenografia a cargo de Hugo Barros,<br />

o cavalinho dirigido por Ricardo Pedras e<br />

Margarida Rendeira, a Marcha do Alto do<br />

Pina e os seus marchantes estão certamente<br />

motivados para dar espetáculo no Altice<br />

Arena e na Avenida. Boa sorte a todos!<br />

6<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 6 18/04/18 10:01


APRESENTADA<br />

A MARCHA<br />

DA PENHA DE<br />

FRANÇA<br />

A apresentação da Marcha da <strong>Penha</strong> de França <strong>2018</strong>, no<br />

Sporting da <strong>Penha</strong>, contou com casa cheia. Muitos marchantes<br />

ansiosos pelo levantar do véu sobre o tema, as músicas<br />

e os figurinos pensados e orquestrados pela mesma equipa<br />

do ano passado. Desde João Carlos Mascarenhas como ensaiador,<br />

passando pelas letras de Joana Dionísio e música<br />

de Carlos Dionísio, os figurinos a cargo de Paulo Julião e o<br />

cavalinho representado por Paulo Rosa, tudo foi revelado, e<br />

o entusiasmo pairou no ar. Entusiasmo esse que será agora<br />

empregue nos ensaios e nos dias de trabalho que todos têm<br />

pela frente até à Altice Arena e à Avenida da Liberdade.<br />

Boa sorte a todos, desde a equipa técnica ao coração da<br />

marcha: os marchantes!<br />

7<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 7 18/04/18 10:01


CONTAMOS<br />

CONSIGO PARA<br />

MELHORAR A<br />

PENHA?<br />

Chegou a altura de votar no POP PENHA <strong>2018</strong>. Até ao próximo<br />

dia 30 de <strong>abril</strong> escolha os seus dois projetos favoritos e ajude a<br />

melhorar a freguesia.<br />

A lista completa dos projetos, que estão a votação, pode ser consultada<br />

nestas páginas. A maioria consiste em ideias para o espaço público,<br />

seguida de muito perto pelas sugestões para a promoção de atividades<br />

culturais. Mas também não foi esquecida a Educação e a Área Social.<br />

Recordamos que, neste programa de orçamento participativo, podem<br />

votar todos os cidadãos maiores de 16 anos que vivem, estudam ou<br />

trabalham na freguesia da <strong>Penha</strong> de França. A votação decorre no site<br />

www.pop-penha.pt, ao qual pode aceder no seu computador, na banca<br />

POP que está a percorrer a freguesia, e nos computadores disponíveis<br />

na Sede e no Espaço Multiusos da Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong><br />

de França.<br />

POP ESCOLAS<br />

18 de <strong>abril</strong> foi o dia escolhido para a realização da Assembleia<br />

Interescolar, onde os delegados das turmas participantes<br />

no POP Escolas irão defender a sua proposta e<br />

debater o conjunto das ideias apresentadas. No final desta<br />

Assembleia, os mesmos delegados irão votar, para apurar<br />

os projetos vencedores do POP ESCOLAS <strong>2018</strong>.<br />

Estão a participar neste orçamento participativo escolar<br />

23 turmas do 1.º ao 3.º ciclo do Ensino Básico dos estabelecimentos<br />

públicos da <strong>Penha</strong> de França, num total de cerca<br />

de 500 alunos envolvidos.<br />

Abril é, portanto, um mês dedicado à participação.<br />

Vamos, todos juntos, melhorar a <strong>Penha</strong>.<br />

8<br />

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PROJETOS A VOTAÇÃO<br />

NO POP PENHA <strong>2018</strong><br />

Informações mais detalhadas em www.pop-penha.pt<br />

Street Workout - Circuito de força e resistência<br />

Websérie Minha Freguesia, Minha <strong>Penha</strong> de França,<br />

uma homenagem aos residentes<br />

Colocação de cinzeiros em lugares públicos<br />

Dinamização de um Festival da Cultura<br />

a <strong>Penha</strong> de França<br />

Publicação da História e das Estórias da Freguesia<br />

Renovação do Mobiliário do Refeitório no<br />

Jardim de Infância e ATL – CSPPF<br />

Arranjo do canteiro junto ao Lar Virgílio Ferreira<br />

Revitalização do parque infantil da Av. General<br />

Roçadas<br />

Colocar corrimão e melhorar as escadinhas<br />

junto ao Edifício Concorde<br />

Mostra do comércio e serviços da <strong>Penha</strong> de França<br />

Cestos/Tabelas de basquetebol<br />

Homenagem ao Maestro Fernando Correia Martins,<br />

ilustre freguês da <strong>Penha</strong> de França<br />

Parque Canino - fase II<br />

Programa de Atividades em Família (0 aos 4 anos)<br />

Carnaval à <strong>Penha</strong><br />

Mais bancos na Praça Paiva Couceiro<br />

Dinamização de convívios e encontros<br />

intergeracionais na <strong>Penha</strong> de França<br />

Descobrir Lisboa - Dinamização de passeios<br />

turísticos para seniores<br />

Equipamentos de ginástica sénior no<br />

Jardim Bulhão Pato<br />

Campos de Férias Residenciais para Crianças<br />

e Jovens da <strong>Penha</strong> de França<br />

100 anos, 100 fotos - Comemoração do<br />

centésimo aniversário<br />

Reduzir a Poluição Sonora na Av. Marechal<br />

Francisco Costa Gomes - <strong>Penha</strong> de França<br />

Diversificar e aumentar o número de<br />

Máquinas de Fitness<br />

Melhorar o espaço público na Rua Joseph Piel<br />

Melhorar o Espaço Nova Atitude na<br />

Quinta do Lavrado<br />

Alteração de lancil na Av. Afonso III<br />

9<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 9 18/04/18 10:01


SABIA QUE...<br />

PENHA DE FRANÇA<br />

FAZ 100 ANOS<br />

“Atendendo ao que representaram diversos proprietários e moradores<br />

no aglomerado urbano do Alto do Pina, sito no 1.º bairro de Lisboa,<br />

freguesia do Beato, o Governo da República Portuguesa decreta,<br />

para valer como lei, o seguinte:<br />

É criada uma freguesia denominada da <strong>Penha</strong> de França, no 1.º bairro<br />

de Lisboa, cujos limites são: ao norte as extremas nortes da Quinta<br />

do Garrido e do Condeixa; ao nascente a linha férrea de cintura<br />

até à Rua do Sol (a Chelas), Azinhaga de Santo António e estrada de<br />

Chelas (divisão do cemitério do Alto de S. João); ao sul, Rua do Sol<br />

(a Chelas), estrada do Alto de São João, Rua de Morais Soares, seguindo<br />

depois pelo Caminho de Baixo da <strong>Penha</strong>, Travessa do Calado,<br />

Largo da <strong>Penha</strong> e Rua de Morais da Silva; ao poente, Rua de Heróis<br />

de Quionga, Rua de Edith Cawel e Azinhaga do Arieiro até a Quinta<br />

do Garrido (limite norte).<br />

Determina-se portanto que todas as autoridades, a quem o conhecimento<br />

e execução do presente decreto com fôrça de lei pertencer, o<br />

cumpram e façam cumprir e guardar tam inteiramente como nele<br />

se contêm.<br />

O Ministro do Interior e das demais repartições o façam publicar.<br />

Paços do Govêrno da República, 13 de Abril de 1918. – Sidónio Pais –<br />

Henrique Forbes de Bessa – martinho Nobre de Melo – Francisco Xavier<br />

Esteves – José Carlos da Maia – Manuel José Pinto Osório – João<br />

Tamanigni de Sousa Barbosa – José Alfredo Mendes de Magalhães<br />

– José Feliciano da Costa Júnior – Eduardo Fernandes de Oliveira –<br />

António Maria de Azevedo Machado Santos”.<br />

Com este decreto, o n.º 4:112, publicado a 20 de <strong>abril</strong> de 1918, nascia a <strong>Penha</strong><br />

de França, a “primeira freguesia civil criada durante a I República”, revela<br />

o Gabinete de Estudos Olissiponenses da Câmara Municipal de Lisboa.<br />

Sem qualquer correspondência a uma paróquia, pela primeira vez na história,<br />

o nome da nova freguesia (denominação que era recente, pois só foi<br />

criada em 1916) é, portanto, laico, apesar de refletir a influência dos importantes<br />

Igreja e Convento de Nossa Senhora da <strong>Penha</strong> de França. Acabaria<br />

por “ter correspondência eclesiástica em 1937, com a criação da paróquia<br />

10<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 10 18/04/18 10:01


de N. Senhora da <strong>Penha</strong> de França” adianta também o Gabinete<br />

de Estudos Olissiponenses.<br />

O território que compõe a <strong>Penha</strong> de França de 1918, que nasceu<br />

a pedido de “diversos proprietários e moradores no aglomerado<br />

urbano do Alto do Pina”, provém das freguesias de Santa Engrácia,<br />

de S. Jorge de Arroios e de S. Bartolomeu do Beato.<br />

Face à vaga descrição do decreto, não foi possível ao Gabinete<br />

de Estudos Olissiponenses delinear os limites que a freguesia tinha<br />

na altura: “A maior parte da área, sobretudo a norte e leste,<br />

era composta por quintas e zonas agrícolas; nem sempre os topónimos<br />

[nomes das ruas] correspondem ao documento e algumas<br />

ruas ainda nem estavam construídas, nomeadamente a Heróis de<br />

Quionga e Edith Cavel”.<br />

Curiosamente, até mesmo naquela época houve dúvidas, o que<br />

obrigou o Governo, nove anos depois, a publicar novo diploma<br />

considerando as “várias reclamações (…) feitas pela comissão de<br />

melhoramentos do Alto do Pina”. Neste decreto, o n.º 14: 559,<br />

além das ruas, da linha do caminho de ferro e das quintas já citadas<br />

na lei anterior, acrescentam-se-lhe as quintas do Adrião, da<br />

Gouveia, de S. João, de Montachique e das Velhas.<br />

Só foi possível ao Gabinete apurar a “área administrativa da <strong>Penha</strong><br />

de França em 1936”, limites que, consideram, “poderiam ser<br />

semelhantes aos de 1918”. Era um território extenso, que ia de<br />

Sapadores ao Areeiro, traçando uma linha pelas atuais ruas Carvalho<br />

Araújo e Abade Faria, descendo depois pela ainda existente<br />

linha férrea até ao limite sul do cemitério do Alto de S. João, continuando<br />

pela Rua Dr. David Lopes, seguindo para o Alto da Eira e<br />

indo entroncar a Sapadores.<br />

Este território assim se manteve até à reorganização administrativa<br />

de 1959, altura em que são criadas as novas freguesias de<br />

S. João e do Alto do Pina, que provêm da <strong>Penha</strong> de França e das<br />

freguesias limítrofes de Santa Engrácia e do Beato.<br />

Mais de cinquenta anos depois, em 2012, é decidida a necessidade<br />

de um novo ordenamento administrativo para Lisboa, que tinha<br />

sofrido transformações profundas nestas cinco décadas. São unidas<br />

as freguesias de São João e da <strong>Penha</strong> de França, ficando a<br />

nossa freguesia com os seus atuais limites.<br />

Muitos parabéns à<br />

<strong>Penha</strong> de França pelo<br />

seu centenário!<br />

A área administrativa da <strong>Penha</strong> de França em 1936<br />

11<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 11 18/04/18 10:01


MARCO LOPES,<br />

CICLOFICINA A PEDAL<br />

WWW.FACEBOOK.COM/CICLOFICINAAPEDAL<br />

TELEFONE: 967 748 733<br />

‘SEMPRE ESTIVE<br />

LIGADO A<br />

BICICLETAS’<br />

A CICLOFICINA A PEDAL, uma oficina móvel<br />

para bicicletas, proporciona assistência<br />

prestada por um técnico, que também vai ter<br />

consigo de bicicleta. Projeto inovador em Lisboa,<br />

é apoiado pelo <strong>Penha</strong> Empreende. Se<br />

também precisar de ajuda para o seu negócio<br />

ou para concretizar a sua ideia, não hesite<br />

em marcar uma reunião através do email penhaempreende@jf-penhafranca.pt<br />

Como surgiu a ideia de criar uma oficina<br />

de bicicletas que vai ao encontro das pessoas?<br />

Surgiu da constatação que cada vez<br />

mais se valoriza o tempo e cada vez mais<br />

serviços optam por ir ao encontro do cliente,<br />

pois este é o futuro das empresas prestadoras<br />

de serviços. Já tinha visto este modelo<br />

de negócio em Londres, em 2008, e achei a<br />

ideia muito interessante.<br />

Qual é a sua experiência nesta área?<br />

Sempre estive ligado a bicicletas. Em criança<br />

aprendi a montar componentes e a repará-<br />

-las. Mas foi quando morei em Inglaterra que<br />

a paixão se intensificou: comecei a montar<br />

bicicletas de raiz, para mim e para vender,<br />

e pertenci a uma oficina comunitária. No regresso<br />

a Portugal fui trabalhar para um dos<br />

maiores produtores mundiais de componentes<br />

de bicicleta, a multinacional SRAM, onde<br />

estive cinco anos no laboratório de testes de<br />

transmissão e aprendi muito sobre mecânica,<br />

especialmente no mercado do topo de gama<br />

e nas afinações profissionais. Ao analisar<br />

toda a experiência, diria que consigo dar resposta<br />

a um público muito variado nas mais<br />

diversas bicicletas e isso é uma mais-valia do<br />

projeto.<br />

Quais são os seus objetivos? Conseguir<br />

uma cota de mercado nas reparações ao domicílio<br />

que deixe o projeto confortável a nível<br />

financeiro. A abertura de um espaço físico<br />

também é um dos grandes objetivos para<br />

<strong>2018</strong>, pois com isso sabemos que conseguimos<br />

chegar a ainda mais pessoas.<br />

Como conheceu o <strong>Penha</strong> Empreende?<br />

Através de um amigo que conhecia o programa<br />

e, vivendo eu na <strong>Penha</strong> de França, achei<br />

que ganhava em ir apresentar o projeto. É<br />

sempre bom saber que a nível local há programas<br />

e pessoas com conhecimentos que<br />

nos podem ajudar a pôr as ideias em prática<br />

e que estão lá para nos apoiar e guiar.<br />

O <strong>Penha</strong> Empreende tem ajudado o seu<br />

negócio? Desde a primeira reunião que<br />

houve empatia e colaboração. Fui com dúvidas<br />

em relação ao plano de negócios e para<br />

além dessa ajuda ainda recebi dicas e conselhos<br />

sobre como levar para a frente o projeto.<br />

Desde então tenho sido acompanhado e tem<br />

sido sempre uma mais-valia quando tenho<br />

dúvidas ou preciso de ajuda.<br />

12<br />

<strong>Penha</strong>_25.indd 12 18/04/18 10:01


O MUNDO<br />

NA FLOR DE<br />

LÚPULO<br />

JOANA MARQUES,<br />

FLOR DE LÚPULO<br />

RUA HERÓIS DE QUIONGA, 66<br />

TELEFONE: 968 752 132<br />

É possível dar uma volta ao mundo bebendo<br />

cervejas? Na FLOR DO LÚPULO é. Este bar<br />

de cerveja artesanal nascido em novembro<br />

de 2017 tem ofertas de todo o mundo: Japão,<br />

Estados Unidos, Canadá… Mas também são<br />

cada vez mais as opções de cerveja artesanal<br />

portuguesa.<br />

“Em garrafa temos cervejas de todo o lado,<br />

à pressão temos dez torneiras, cinco portuguesas<br />

e cinco estrangeiras”, explica Joana<br />

Marques, que, com o marido, Tiago, é a proprietária<br />

do espaço.<br />

Tudo começou há cinco anos, quando Tiago<br />

decidiu fazer cerveja artesanal e se envolveram<br />

neste mundo que, neste período, foi<br />

crescendo em adeptos. “Em Lisboa começou<br />

a haver espaços dedicados à cerveja artesanal,<br />

também abriram fábricas de cerveja com<br />

salas de prova, mas não havia nenhum sítio<br />

onde se juntasse cerveja e comida de prato.<br />

Foi isso que fizemos”.<br />

Na Flor de Lúpulo há petiscos típicos portugueses,<br />

como moelas, pataniscas de vegetais<br />

(têm várias opções vegetarianas), ovos<br />

mexidos com farinheira, e, dependendo da<br />

‘patuscada da semana’, pica pau com batatas<br />

fritas ou ervilhas com ovos escalfados,<br />

por exemplo. A propósito, quando lá for, peça<br />

para lhe harmonizarem a comida com um tipo<br />

específico de cerveja. É que, tal como os vinhos,<br />

há cervejas destinadas a ser bebidas<br />

como aperitivo ou digestivo, e outras como<br />

acompanhamento de pratos.<br />

O mundo das cervejas é gigante. Só em Portugal<br />

já existem marcas do Algarve ao Minho,<br />

com sabores tão distintos como mosto, moscatel,<br />

cacau, fruta… Tudo a partir de quatro<br />

ingredientes: água, malte, levedura e, claro,<br />

lúpulo, uma planta que dá flor e existe em<br />

Portugal, nomeadamente a norte.<br />

O que distingue uma cerveja industrial de<br />

uma artesanal? “Tudo”, responde Joana, “as<br />

artesanais têm mais corpo, as industriais são<br />

‘mais aguadas’, os aromas, o sabor, os torrados…”.<br />

Um ponto que preocupa os proprietários<br />

é ter uma oferta que permita a todos<br />

saborearem uma boa cerveja artesanal. “Temos<br />

noção que é um produto caro, comparado<br />

com a cerveja industrial”, por isso estão<br />

a preparar-se para ter “uma cerveja da casa,<br />

fabricada por um dos seus fornecedores nacionais,<br />

o que permitirá vendê-la a preços<br />

mais baixos”.<br />

Pensam lançá-la nos Santos Populares, para<br />

uma grande festa com os clientes e vizinhos.<br />

“Houve senhoras do prédio que nos deram<br />

parabéns pelo bar e pessoas que dizem que<br />

conheceram mais vizinhos aqui do que durante<br />

todo o tempo em que cá viveram. Estamos<br />

muito felizes”.<br />

13<br />

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NAIR XAVIER, DESIGNER DE MODA<br />

CRIAR ROUPAS<br />

QUE SE MANTÊM<br />

RUA SABINO DE SOUSA, 29A / INFO@NAIRXAVIER.COM<br />

Foi no último ano da sua licenciatura, quando teve a disciplina de moda masculina, que NAIR XAVIER<br />

percebeu o que queria fazer: “Encontrei-me”, resume.<br />

“Hoje a moda de mulher é muito descartável” – explica – “e atraiu-me o facto de a roupa de homem durar<br />

muito mais tempo”. A importância desta durabilidade, desta longevidade do vestuário masculino, está ligada<br />

à sua preocupação pelo impacto da moda no planeta. Custa-lhe “que se pense pouco na parte ecológica,<br />

no desperdício e no lixo da indústria têxtil”, no impacto nos trabalhadores: “Entendo que as pessoas queiram<br />

sempre mais e mais, mas para comprar calças a 10€ há uma criança ou uma mulher que está a trabalhar<br />

sem rendimento”, desabafa.<br />

Outro ponto chave para a definição do seu percurso foi ter-se apercebido da componente técnica do vestuário<br />

masculino, que é mais complexa do que a moda para mulher. “Um blazer, um casaco de homem, tem<br />

tantos ou mais detalhes de construção do que um vestido de noite, por exemplo”, explica Nair. No final do<br />

curso, a opção estava tomada. As suas criações têm sido usadas por figuras públicas masculinas como o<br />

ator Carlos Oliveira, o cantor Carlão e o DJ Moullinex, que para a apresentação e tour do seu novo álbum,<br />

‘Hypersex’, teve o guarda-roupa exclusivo NAIR XAVIER.<br />

14<br />

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Nair iniciou o seu percurso há doze anos e, há quatro,<br />

criou a marca NAIR XAVIER. Tirou um curso profissional<br />

na Magestil, depois seguiu para Londres, de onde veio em<br />

2011 com uma licenciatura em moda pelo London College<br />

of Fashion. Já apresentou várias coleções na Moda<br />

Lisboa – Sangue Novo e Plataforma LAB –, foi uma das<br />

criadoras a vencer um dos Prémios Novos da Fundação<br />

Gulbenkian, é embaixadora da Agência Nacional para a<br />

Qualificação e o Ensino Profissional, já deu aulas de figurinismo<br />

no Chapitô, durante um ano foi a designer da marca<br />

de roupa de homem Dielmar, teve em 2017 uma parceria<br />

com a marca de alfaiates Diniz & Cruz, é regularmente<br />

mencionada em publicações nacionais e internacionais,<br />

como a Vogue Portugal ou a Forbes, e já vendeu roupa<br />

para a Bélgica, Chipre ou França.<br />

ROUPA CLÁSSICA, MAS CONTEMPORÂNEA<br />

Apesar do seu sólido currículo, o caminho que percorre não é fácil. “Em<br />

Portugal, na área da moda para homem são só dificuldades, o dobro das<br />

que há para a roupa de mulher”.<br />

O seu estilo é clássico, mas ao mesmo tempo contemporâneo e versátil,<br />

as suas criações são feitas a pensar nos detalhes e na qualidade, mas<br />

por cá são poucos os que optam por investir neste tipo de roupa. “Hoje<br />

só quase um extraterrestre vai à modista e perdeu-se o hábito de juntar<br />

dinheiro para comprar uma peça em especial”.<br />

A indústria também não ajuda. “A indústria têxtil em Portugal é enorme,<br />

mas é muito difícil conseguir um patrocínio ou mesmo comprar cá tecidos,<br />

que maioritariamente são vendidos em grandes quantidades. Acabo por<br />

ter de ir comprar lá fora, por exemplo a Itália, que vende em quantidades<br />

menores, que são as que preciso”.<br />

NAIR XAVIER está numa fase de transição. Mudou-se para a <strong>Penha</strong> de<br />

França, tendo trocado o seu atelier na LX Factory por um espaço amplo<br />

que partilha com o fotógrafo João Ferreira, dois stylists e outro amigo, que<br />

está a iniciar uma editora de discos.<br />

“É ótimo para mim, estou perto de tudo. Vou à Baixa num instante comprar<br />

alguma coisa que precise, a vizinhança é simpática, as senhoras<br />

mais velhas sentam-se aqui à porta no verão e metem-se connosco”.<br />

Neste momento, trabalha para mudar o percurso que tem feito até agora:<br />

“Eu não quero ser fotografada”, desabafa Nair, “quero mostrar e vender<br />

a minha roupa”.<br />

A designer de moda, que tem sido elogiada porque “percebe como os<br />

homens querem vestir”, tem um objetivo: “Daqui a 20 anos deparar-me<br />

com uma peça NAIR XAVIER ainda impecável, já vintage”.<br />

15<br />

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PATRICK DE PÁDUA, DESIGNER DE MODA<br />

ROUPA URBANA<br />

QUE VEM DO<br />

CAMPO RUA ACTOR VALE, 32C / TELEFONE: 211 912 496<br />

PATRICK DE PÁDUA gosta de arriscar.<br />

“Em 2015, decidi começar o meu desfile na<br />

Moda Lisboa com um manequim a passear<br />

um cão. Ficou tudo parvo e venci um prémio,<br />

que me permitiu ir apresentar uma coleção<br />

à Holanda, em Maastricht. Quando lá chego<br />

estava a imagem do manequim e do cão por<br />

todo o lado. Foi um bocado estranho, toda a<br />

gente perguntava pelo cão”.<br />

Nesse ano Patrick acabou por trazer outro<br />

prémio da Holanda, tendo conseguido uma<br />

visibilidade importante em mercados do norte<br />

da Europa. Ganhou o Kaltblut Award,<br />

o prémio de moda de uma revista alemã,<br />

atribuído pela primeira vez nesse ano, a<br />

mais importante no sector indie, dedicada à<br />

moda, arte e música. E o cão nada teve a<br />

ver com isso: “É um dos maiores talentos no<br />

mundo da moda neste momento. A sua roupa<br />

é excecional e incrivelmente bem-feita”,<br />

descreveu a Kaltblut.<br />

Patrick nasceu no Liechtenstein e veio viver<br />

para Portugal com 12 anos, para Vila Real<br />

de Santo António. Não foi fácil aterrar em<br />

Portugal, mas agora não quer outra coisa,<br />

especialmente Lisboa. A este cocktail de<br />

infância cosmopolita nos Alpes e adolescência<br />

no menos turístico sotavento algarvio,<br />

junta as raízes no Baixo Alentejo. Toda esta<br />

mistura se revela nas suas peças.<br />

O Patrick dos 16 anos queria ser cozinheiro,<br />

mas ia frequentando aulas de arte. Cozinha<br />

em Faro, aulas de arte em Vila Real de Santo<br />

António. Dois anos depois de andar de um<br />

lado para o outro, estourou, farto de se ver<br />

“enfiado numa cozinha”: “Isto é tudo muito<br />

bonito, mas não é para mim”, decidiu. Recomeçou<br />

do zero, repetiu o 12.º ano, desta vez<br />

em artes, e seguiu depois para a Modatex,<br />

16<br />

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para tirar um curso de design de moda. Curso acabado, começaram os estágios,<br />

em Lisboa e depois Porto. “Queria estar ligado à indústria, fiquei a trabalhar numa<br />

marca”.<br />

Acabou por regressar a Lisboa e em 2014 apresentou a sua primeira coleção na<br />

Moda Lisboa, na plataforma Sangue Novo para jovens designers. Depois voltou<br />

para o Porto. Estourado, pela segunda vez, resolveu voltar ao Algarve “para pensar<br />

na vida”. Decidiu que a moda era mesmo o que queria e passados poucos meses<br />

estava de volta a Lisboa para trabalhar em nova coleção para a Moda Lisboa,<br />

a tal de 2015. “Foi em grande, se era para voltar era para dar tudo”.<br />

Neste momento começou a vender as suas criações<br />

online, no seu site, e a remodelar a loja (precisa<br />

de um atelier maior, porque o atual está a rebentar<br />

pelas costuras), com a qual está satisfeito. “Sei<br />

que não é um sítio de passagem, quem vem aqui<br />

é porque conhece a minha marca” e onde vende<br />

desde “t-shirts de 25€ até peças muito mais caras”.<br />

Até 2017, criava apenas roupa de homem, mas que<br />

na verdade sempre foi unissexo. Aliás, praticamente<br />

desde o início incluiu mulheres no seu desfile, a<br />

vestir peças masculinas. Com a decisão de abrir a<br />

loja veio outra novidade: passou a desenhar para<br />

mulheres. Porquê? “Dá mais vida à coleção”. E a<br />

coleção é tudo.<br />

Pelo caminho trabalhou em call centres, em bares e discotecas, deu aulas. “É um<br />

meio muito difícil e as pessoas não têm noção disso”, diz. Paralelamente continuava<br />

a trabalhar nas suas coleções, com sucesso porque do Sangue Novo passou<br />

para o LAB, onde estão os criadores seniores. Logo na estreia ganhou o prémio de<br />

melhor coleção LAB, a de Primavera Verão 2017, apresentada em 2016. É escolhido<br />

como a melhor marca do ano pela revista Time Out, e bisa no ano seguinte.<br />

2017, O ANO DAS MUDANÇAS<br />

No ano passado decidiu “que estava na altura na altura de abrir uma loja”. Em<br />

dezembro de 2017 acabou por abrir portas na Rua Actor Vale e está “em casa”.<br />

“Sempre vivi nesta zona”, explica, “já morei em várias ruas, até mesmo em dois<br />

prédios da mesma rua, mas sempre aqui, a maior parte das vezes ao pé da escola<br />

António Arroio”.<br />

A marca Patrick de Pádua é de streetwear e sportswear, roupa urbana que frequentemente<br />

tem como inspiração a tradição portuguesa. Fado, caça, Alentejo,<br />

imagética tradicional reinventada, desconstruída, casacões que são iguais a capotes<br />

alentejanos, mas não são capotes alentejanos, ceifeiras citadinas, os lenços<br />

das fadistas numa versão minimalista, vestidos pelos seus manequins. Outras vezes<br />

são coleções mais duras, ligadas à estética rap ou a roupa militar.<br />

17<br />

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Curtas<br />

Curtas<br />

Curtas<br />

25 DE ABRIL<br />

SEMPRE!<br />

A data que marcou um ponto de viragem na<br />

história do nosso país está próxima. Para<br />

assinalar o dia, a Comissão para as Comemorações<br />

do 25 de <strong>abril</strong> da Zona Oriental<br />

de Lisboa <strong>2018</strong> organizará, como já o tem<br />

feito ao longos dos anos, uma celebração<br />

na Praça Paiva Couceiro no dia 24. Uma<br />

celebração que contará com vários artistas<br />

convidados e terá início às 20h00. O dia 25<br />

de Abril ficará para sempre como a data em<br />

que a democracia, a liberdade e a vontade<br />

popular voltaram a fazer parte dos direitos<br />

de todos os portugueses e portuguesas.<br />

Venha comemorá-lo.<br />

18<br />

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Curtas<br />

Curtas<br />

Curtas<br />

COROS SOLIDÁRIOS<br />

Com o objetivo de ajudar a Associação Sol, já nos seus 25<br />

anos, juntaram-se na Igreja da Madre de Deus os coros<br />

Staccato e Ninfas do Lis. A Igreja foi pequena para tanta gente<br />

que quis escutar as vozes destes cantores, que interpretaram<br />

músicas tão variadas como ' Hallelujah’ ou ‘Circle of Life’, da<br />

banda sonora do filme Rei Leão. Uma tarde solidária, para mais<br />

tarde recordar.<br />

EXPO SAÚDE NA PENHA<br />

É já no próximo dia 20 de maio, entre as 14h30 e as<br />

18h30, que se realizará uma EXPO SAÚDE – ‘SAÚDE<br />

EM EXPOSIÇÃO’. Este extraordinário evento comunitário<br />

organizado pela Associação Internacional de Temperança,<br />

em colaboração com a Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />

França, terá lugar no Pavilhão Victor Varandas – Clube<br />

Futebol Varejense – localizado na Avenida Afonso III, 86, e<br />

tem como finalidade-mor promover estilos de vida saudáveis<br />

através da educação para a saúde e da prevenção de<br />

doenças comuns.<br />

CONHEÇA OS MISTÉRIOS DA PENHA<br />

Sabe que mistérios estão escondidos nos recantos e na<br />

história da <strong>Penha</strong> de França? Venha descobrir a sua freguesia,<br />

todos os últimos sábados de cada mês, até julho. A próxima<br />

data é no dia 28 de <strong>abril</strong>. Para mais informações ligue 919 997<br />

576 ou envie email para hq.associacao@gmail.com.<br />

A equipa organizadora é composta por vários profissionais<br />

de saúde e voluntários, devidamente formados, que<br />

realizarão uma série de exames de saúde totalmente<br />

gratuitos, oferecendo também aconselhamento médico<br />

sobre como melhorar os seus hábitos de vida. Desde a<br />

medição da percentagem de gordura corporal, da pressão<br />

arterial, da avaliação do colesterol, glicémia e função<br />

pulmonar, passando pelo teste de forma física de Harvard,<br />

experimentando uma massagem relaxante e terminando no<br />

cálculo da Idade pela Saúde, eis alguns dos muitos testes e<br />

serviços que poderá encontrar, gratuitamente, nesta EXPO<br />

SAÚDE organizada a pensar em si. Venha daí! A EXPO<br />

SAÚDE da <strong>Penha</strong> de França promete ser uma das melhores<br />

oportunidades para investir na sua saúde… e na sua vida.<br />

19<br />

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Curtas<br />

Curtas<br />

Curtas<br />

CACHORROS À<br />

PROCURA DE CASA<br />

DIVERSÃO NA PÁSCOA<br />

Como já é costume, as CAF, AAAF e a Ludobiblioteca continuaram<br />

durante as férias da Páscoa. De 26 de março a 6 de<br />

<strong>abril</strong>, em todas as escolas básicas da Freguesia, a diversão e<br />

a aprendizagem foram uma constante. Mas não só nas escolas<br />

se fizeram atividades! Muitas das crianças foram esticar as pernas<br />

com brincadeiras ao ar livre no campo do Operário. Agora,<br />

já regressaram às aulas para o último período do ano letivo.<br />

Desejamos bons estudos para todos!<br />

São dois, um menino e uma menina,<br />

ambos com apenas alguns<br />

meses e à procura de casa. O<br />

rapaz tem nome, é o César, a<br />

rapariga está à espera que a<br />

sua nova família lho dê. A sua<br />

companhia faria toda a diferença<br />

na vida destes animais. Se tem<br />

vontade e condições para adotar,<br />

não hesite: envie um email para<br />

bemestaranimal@jf-penhafranca.pt<br />

ou telefone para o 218 100 390.<br />

04 ABRIL a 03 MAIO das 9H às 20H<br />

PRAÇA PAIVA COUCEIRO<br />

FEIRA DO LIVRO<br />

Já reparou que a Feira do Livro está de volta à Paiva Couceiro?<br />

E lá vai ficar até dia 3 de maio. Este ano não são só os livros o<br />

principal ponto de interesse desta feira: a Associação Pais em<br />

Rede e duas editoras da nossa Freguesia, as Edições Fénix e<br />

a as Edições Vieira da Silva, ali estão a dinamizar várias atividades<br />

e apresentações. Dê um salto à Paiva Couceiro e quem<br />

sabe não encontra aquele livro de que anda à procura!<br />

20<br />

do rio à colina<br />

Para mais informações:<br />

Telefone: 218 100 390<br />

geral@jf-penhafranca.pt<br />

www.jf-penhafranca.pt<br />

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ASSEMBLEIA<br />

DE FREGUESIA<br />

Sessão<br />

Extraordinária<br />

celebra<br />

25 de Abril<br />

Mantendo a tradição, o 25 de Abril<br />

voltará a ser celebrado com uma<br />

sessão Extraordinária da Assembleia<br />

de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França. Na<br />

comemoração do 44.º aniversário<br />

da Revolução dos Cravos, a sessão<br />

terá lugar a 23 de <strong>abril</strong> no edifício do<br />

Comando Nacional Nacional da PSP,<br />

que em 1974 era o Quartel General da<br />

Legião Portuguesa, um dos postos tomados<br />

pelos capitães de Abril a 25 de<br />

Abril de 1974 e extinta nesse mesmo<br />

dia pela Junta de Salvação Nacional,<br />

através do Decreto-Lei<br />

n.º 171/74.<br />

Celebra-se este mês um dos mais belos<br />

dias que Portugal já viveu: o 25 de Abril de<br />

1974. O fim da ditadura, da polícia política<br />

e da guerra, o reconhecimento histórico<br />

dos direitos das mulheres e a sua intervenção<br />

nas várias esferas da vida, são vitórias<br />

que, 44 anos passados, não podemos<br />

deixar de celebrar.<br />

Mas terá sido o Poder Local Democrático a<br />

conquista que mais contribuiu para o progresso<br />

e desenvolvimento do país, sendo<br />

responsável pelas mudanças mais directas<br />

e visíveis na vida de todos. Foi ao tornar<br />

as populações responsáveis por boa parte<br />

das decisões que as afectam no dia-a-dia,<br />

participando de forma livre e democrática<br />

nos órgãos de poder local, que o país ficou<br />

mais igual, que se levou água, electricidade,<br />

saneamento, acessos, transportes,<br />

escolaridade e tantos outros serviços a praticamente<br />

todos os cantos do país, a uma<br />

velocidade incrível. Foi também essa conquista<br />

que abriu caminho para que, ainda<br />

hoje, e depois de tantos anos de ataques<br />

por parte de Governos PS, PSD e CDS-PP,<br />

existam mais de 35.000 cidadãos eleitos<br />

em órgãos do poder local, numa recusa de<br />

voltar aos tempos de antigamente e deixar<br />

nas mãos de uma elite as decisões que a<br />

todos dizem respeito.<br />

Apesar destes avanços, muito falta cumprir.<br />

O Poder Local Democrático só se concretiza<br />

se, diariamente, exercermos o nosso<br />

direito de participação, o qual não se<br />

esgota nas eleições. É isso que os eleitos<br />

do PCP têm feito e apelado a que se faça:<br />

que, perante o desprezo a que as populações<br />

são votadas terminadas as eleições,<br />

não nos calemos. Que participemos, que<br />

denunciemos, que possamos ir às Assembleias<br />

de Freguesia, demonstrando que<br />

um mandato não é um livre-trânsito para<br />

se cometerem todos os atropelos. Apesar<br />

de só haver eleições daqui a 3 anos, não<br />

pode o Executivo dispensar dezenas de<br />

trabalhadores porque já não interessa tanto<br />

limpar as ruas, nem deixar ao abandono<br />

partes da freguesia, como a Quinta do<br />

Lavrado ou o Bairro Horizonte. Não pode<br />

deixar de fazer intervenções em São João<br />

enquanto a EMEL não se instala no bairro,<br />

ignorando que mesmo onde se instalou, os<br />

problemas de estacionamento continuam.<br />

Não pode acabar com Oficinas de Teatro<br />

com mais de 15 anos de presença e cultura<br />

na Freguesia nem afirmar que a <strong>Penha</strong><br />

está mais verde ou tem espaços de lazer<br />

por ter largado floreiras e bancos no meio<br />

de uns passeios. Não pode ignorar que há<br />

uma piscina municipal fechada por incúria<br />

do Executivo PS da Câmara Municipal<br />

de Lisboa. Na verdade, o Executivo pode<br />

tomar todas estas decisões. Cabe-nos a<br />

nós lutar para que sejam diferentes.<br />

Daniel Oliveira, Anabela Vogado, Carlos Tibúrcio,<br />

os eleitos do PCP na Assembleia de Freguesia<br />

21<br />

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VIVER COM QUALIDADE<br />

No dia 15 de maio a USF ORIENTE vai ter uma<br />

festa dupla: comemora o seu 6.º aniversário e realiza<br />

a 2.ª edição do Dia Aberto.<br />

Na USF Oriente coincide, no próximo dia 15 de maio, a realização<br />

da 2.ª edição do Dia Aberto com o seu 6.º aniversário<br />

de atividade.<br />

Este ano, o evento dedicado ao tema ‘Viver com qualidade’<br />

será direcionado para a população das freguesias da <strong>Penha</strong><br />

de França, Beato e São Vicente, abordando assuntos variados<br />

que, ainda que ultrapassem a atividade médica diária,<br />

são fundamentais para a promoção da saúde dos utentes.<br />

Com este tipo de iniciativa, a equipa da USF Oriente pretende<br />

desenvolver uma responsabilidade formativa, além<br />

de competências diárias, e fomentadora de estilos de vida<br />

saudáveis da sua população. Porque é preciso não esquecer<br />

que a saúde de todos começa no seu dia-a-dia.<br />

O Dia Aberto da USF Oriente será organizado por todos os<br />

profissionais desta instituição e decorrerá entre as 9h00 e<br />

as 17h00. Durante a manhã estão previstas atividades de<br />

envelhecimento ativo, risoterapia, prevenção de quedas,<br />

ideias para combater a solidão, entre outras.<br />

Contaremos ainda com a participação da Polícia de Segurança<br />

Pública para apresentar a sessão de esclarecimento<br />

‘Apoio 65’ e da Escola Profissional de Hotelaria para um<br />

showcooking. Durante a tarde convidamos a população a<br />

participar na caminhada que organizámos e na aula de Tai<br />

Chi.<br />

Contamos com a sua presença.<br />

Juntos pela sua saúde!<br />

A equipa da Unidade de Saúde Familiar Oriente<br />

USF Oriente<br />

Telefone: 218 10 10 10<br />

Avenida Afonso III, Lote 16<br />

22<br />

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A PENHA<br />

FOI À<br />

MONSTRINHA<br />

Uma raposa que não encontra a sua sombra, dois elétricos russos,<br />

um cão chamado Momo que se perde, um homem que cabe num<br />

bolso e uma boneca que dá a volta ao mundo... Hummm, bastante<br />

estranho, não é? Nem por isso! São tudo curtas de animação que<br />

viajaram mundo para serem apresentadas na MONSTRINHA<br />

<strong>2018</strong>. Da Alemanha às Filipinas, passando pela Rússia, França,<br />

Suíça e Geórgia, foram cinco as curtas-metragens de animação que<br />

cerca de 500 crianças das escolas da nossa freguesia assistiram no<br />

Cinema São Jorge. Cada uma das curtas tinha a sua mensagem e,<br />

no fim, difícil mesmo foi escolher uma favorita.<br />

23<br />

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PARA UM MUNDO<br />

SEM VIOLÊNCIA<br />

A violência sobre crianças e jovens ainda é uma realidade em<br />

Portugal. Pode acontecer ao seu lado ou atingir uma criança<br />

que conhece.<br />

Podemos contribuir para acabar com este flagelo dando a nossa<br />

atenção a sinais que nos perturbem, estando disponíveis e<br />

pacientes para ouvir o que as crianças nos tentam transmitir.<br />

Este tipo de violência pode traduzir-se em maus tratos em casa,<br />

diretamente contra as crianças ou presenciada por estas, com<br />

as inerentes marcas psicológicas; pode traduzir-se em negligência,<br />

quando as necessidades básicas da criança não são<br />

atendidas, o que vai desde a falta de alimentação ao absentismo<br />

escolar; pode traduzir-se em abusos sexuais.<br />

Abril é o MÊS INTERNACIONAL DA PREVENÇÃO DOS<br />

MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E JUVENTUDE. Aqui na <strong>Penha</strong><br />

de França, vai ser vivido com várias iniciativas, nomeadamente<br />

com o encontro ‘Diálogos sobre a Parentalidade Positiva’,<br />

no dia 19 de <strong>abril</strong>, às 18h, no Museu do Azulejo.<br />

Este mês, desafiamo-lo a usar na lapela um laço azul – o<br />

símbolo da prevenção da violência sobre crianças e jovens – ou<br />

a recortar o laço representado nesta página e colá-lo numa<br />

janela.<br />

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