Revista Penha | abril 2018
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França. Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
O que acontece, quem são as pessoas que marcam a Freguesia e ainda algumas curiosidades sobre a Penha de França.
Uma revista editada pela Junta de Freguesia da Penha de França.
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<strong>Revista</strong> Mensal<br />
Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França<br />
jf-penhafranca.pt<br />
f Freguesia<strong>Penha</strong>DeFranca<br />
nr. 25<br />
abr‘ 18<br />
<strong>Penha</strong>_25.indd 1 18/04/18 10:01
Propriedade<br />
Junta de Freguesia da<br />
<strong>Penha</strong> de França<br />
Directora<br />
Sofia Oliveira Dias<br />
Subdiretor<br />
Manuel dos Santos Ferreira<br />
Coordenadora<br />
Teresa Oliveira<br />
Design e Grafismo<br />
Remarkable<br />
Fotografia<br />
André Roma<br />
Impressão<br />
WCC<br />
Tiragem<br />
23.500 exemplares<br />
Distribuição Gratuita<br />
Depósito Legal 408969/16<br />
SEDE DA JUNTA DE FREGUESIA<br />
Travessa do Calado, nº 2<br />
1170-070 Lisboa<br />
Telefone: 218 160 720<br />
Email: geral@jf-penhafranca.pt<br />
Secretaria: 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 18h<br />
ESPAÇO MULTIUSOS<br />
Avenida Coronel Eduardo Galhardo (sob<br />
o viaduto da Avenida General Roçadas)<br />
Telefone: 218 100 390<br />
Email: multiusos@jf-penhafranca.pt<br />
Horário: 2.ª a 6.ª feira, das 9h30 às 22h<br />
Sábado, das 10h às 19h<br />
Secretaria: 2.ª a 6.ª feira, das 9h às 17h<br />
ESPAÇO NOVA ATITUDE<br />
Quinta do Lavrado, Avenida Marechal<br />
Francisco da Costa Gomes<br />
Telefone: 210 532 377<br />
Email: espaco.n.atitude@jf-penhafranca.pt<br />
Horário: 2.ª a 6.ª feira das 9h30 às<br />
13h e das 14h às 17h30<br />
O Polo Morais Soares está encerrado por tempo indeterminado.<br />
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EDITORIAL<br />
PARABÉNS À PENHA!<br />
A <strong>Penha</strong> de França faz cem anos. Um<br />
centenário que nos enche de orgulho<br />
pelo sentimento de pertença a uma<br />
comunidade com história, com presente<br />
e com sentido de um futuro centrado<br />
nas pessoas, nas suas necessidades<br />
e expectativas. Somos um território<br />
rico na diversidade, no pulsar da sua<br />
comunidade e num sentido solidário que<br />
envolve novas realidades da vida em<br />
meio urbano. Novas dinâmicas e novas<br />
consciências sobre o mundo no nosso<br />
tempo.<br />
Na verdade, e apesar de não<br />
oficialmente, a <strong>Penha</strong> de França já<br />
existe desde a construção da pequena<br />
ermida que, mais tarde, daria lugar aos<br />
imponentes igreja e convento de N. Sra.<br />
da <strong>Penha</strong> de França.<br />
Foi essa ermida do séc. XVI, em<br />
homenagem a N. Sra. da <strong>Penha</strong> de<br />
França, que deu o nome ao território<br />
onde agora habitamos, exercemos a<br />
nossa profissão ou estudamos.<br />
Longe estaria António Simões, o<br />
escultor de imagens sagradas que em<br />
Alcácer Quibir fez o voto de construir<br />
esta imagem de N. Sra. se voltasse são<br />
e salvo, de imaginar o futuro que se<br />
reservava a este território.<br />
Aliás, ainda há cem anos, quando a<br />
freguesia foi criada, os terrenos da<br />
<strong>Penha</strong> de França eram maioritariamente<br />
agrícolas, compostos por quintas de<br />
cultivo e veraneio. Seria a deslocação<br />
para Lisboa de milhares de pessoas<br />
à procura de melhores condições de<br />
vida, no início do séc. XX, a mudar<br />
definitivamente a face da <strong>Penha</strong>.<br />
E a <strong>Penha</strong> de França nasceu a 13 de<br />
<strong>abril</strong> de 1918, pelo empenho de um grupo<br />
de moradores do Alto do Pina, uma das<br />
primeiras zonas do nosso território a ser<br />
urbanizada. Curiosamente, a freguesia<br />
que busca a sua designação no nome<br />
de N. Sra. foi a primeira freguesia laica<br />
da República, e a única a ser criada em<br />
Lisboa até 1959.<br />
Como qualquer território, a <strong>Penha</strong> foi<br />
palco de muitas vivências e contou com<br />
o contributo de muitas pessoas. Ainda<br />
hoje, o contributo de cada um é decisivo<br />
para que a soma das nossas vivências<br />
no espaço público seja uma experiência<br />
positiva, segura e sem problemas de<br />
mobilidade. É por isso que valorizamos a<br />
participação dos cidadãos e a valorização<br />
do espaço público como plataforma da<br />
coesão social e territorial.<br />
Somos o somatório de muitas origens,<br />
vivências e histórias, sempre com<br />
relevância para a cidade de Lisboa e<br />
para o país. Por exemplo, o Convento<br />
da <strong>Penha</strong> de França, à altura Quartel<br />
General da Legião Portuguesa, foi um<br />
dos palcos do impulso libertador do 25 de<br />
Abril de 1974.<br />
Cem anos depois da criação da<br />
Freguesia da <strong>Penha</strong> e quarenta e quatro<br />
anos passados sobre o resgate da<br />
Liberdade e da Democracia, invocamos<br />
a memória de todos os que contribuíram<br />
SOFIA OLIVEIRA DIAS<br />
Presidente da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França<br />
sofia.dias@jf-penhafranca.pt<br />
para a história da nossa comunidade<br />
e para os que contribuem para<br />
a realidade actual do nosso<br />
território. Qualquer que seja o nível<br />
de responsabilidade, individual,<br />
comunitária ou institucional, todos<br />
temos um contributo a dar para a<br />
nossa freguesia. Para continuarmos<br />
a melhorar as condições de vida,<br />
para estarmos sempre focados nas<br />
pessoas e para lançarmos sementes<br />
de futuro. Pelas pessoas e pelo<br />
território da <strong>Penha</strong>, ontem, hoje e<br />
amanhã. Sempre!<br />
1<br />
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ONZE NOVOS<br />
PARCEIROS<br />
NA COMISSÃO<br />
SOCIAL<br />
O 5.º Plenário da Comissão Social de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França,<br />
realizado no auditório do CED D. Maria Pia, da Casa Pia de Lisboa, teve<br />
início com a atuação de um grupo de cantoras deste centro.<br />
Este Plenário ficou marcado pela entrada de 11 novos parceiros e pela<br />
aprovação dos planos de ação para este ano nos grupos de Crianças e<br />
Jovens, Envelhecimento, Deficiência e Empregabilidade.<br />
ACRAS - Associação Cristã de Reinserção e Apoio Social, APPACDM<br />
- Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental,<br />
Associação Ares do Pinhal, APDP - Associação Protetora dos Diabéticos<br />
de Portugal, Delta Cafés, Escola Superior de Saúde da Cruz<br />
Vermelha, Farmácia Dimar, GAT Portugal - Grupo de Ativistas em Tratamentos,<br />
Gebalis, Médicos do Mundo e Proteção Civil de Lisboa são<br />
as instituições que, desde 26 de março, fazem parte da Comissão Social de<br />
Freguesia, tendo o seu número aumentado de 32 para 43 parceiros.<br />
Os planos de ação para <strong>2018</strong>, no Grupo de Crianças e Jovens, passam pela<br />
implementação de sistemas de intervenção com as famílias garantindo uma<br />
maior proteção das crianças/jovens e desenvolvimento de um programa integrado<br />
de competências parentais.<br />
No âmbito do Envelhecimento, pretende-se promover a autonomia e inclusão<br />
social na comunidade, bem como fomentar o envelhecimento ativo e a<br />
participação cívica dos idosos e a promoção de respostas adequadas aos<br />
interesses e necessidades dos mesmos.<br />
2<br />
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No que diz respeito à Deficiência, o objetivo é<br />
contribuir para a inclusão social ativa, promovendo<br />
a vida independente através da inclusão<br />
a título voluntário de jovens/adultos portadores<br />
de deficiência em valências da Junta de Freguesia<br />
da <strong>Penha</strong> de França. Pretende-se, ainda,<br />
continuar a desenvolver projetos de melhoria<br />
da acessibilidade e mobilidade.<br />
Quanto à Empregabilidade, continuaremos<br />
a promover formação de forma a valorizar as<br />
competências pessoais e avançaremos com o<br />
GIP - Gabinete de Inserção Profissional.<br />
Da reunião constou ainda um balanço das atividades<br />
realizadas em 2017, de que são exemplo<br />
as sessões ‘<strong>Penha</strong> à Conversa’, ações de sensibilização<br />
e qualificação, as comemorações do<br />
Dia Mundial da Saúde e do Dia Mundial do Idoso,<br />
os passeios e convívios.<br />
3<br />
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A NOVA VIDA DO<br />
CENTRO SOCIAL DE<br />
S. JOÃO EVANGELISTA<br />
O apoio aos idosos do CENTRO SOCIAL E PARO-<br />
QUIAL DE S. JOÃO EVANGELISTA foi nascendo<br />
aos poucos. Há quatro décadas, primeiro como um<br />
centro de convívio “para umas quarenta pessoas”,<br />
conta a irmã Ângela Lopez das Franciscanas Missionárias<br />
de Maria, diretora técnica e a alma desta<br />
casa.<br />
Irmã, que tendo começado a trabalhar no antigo<br />
bairro da Curraleira em 1974, é parte integrante<br />
da história do Centro. A atual configuração existe<br />
desde 1991, recorda, lembrando que foi inaugurado<br />
“na mesma altura do massacre de Santa Cruz,<br />
em Timor”. A própria igreja de S. João Evangelista<br />
era também muito recente, de 1989.<br />
Na altura, foi a Santa Casa da Misericórdia que<br />
impulsionou a criação do centro de dia, que abriu<br />
já “com cerca de oitenta utentes”. A Santa Casa<br />
assegurava o apoio a noventa utentes do serviço<br />
de apoio domiciliário, mas era da cozinha do Centro<br />
de S. João Evangelista que saíam as refeições<br />
para estas cento e setenta pessoas. “E só estavam<br />
quatro pessoas na cozinha!”.<br />
Agora, foi tempo de renovação, de tornar o espaço<br />
mais luminoso. “O Centro já precisava de obras”<br />
consideram as assistentes sociais e animadoras<br />
Soraia Rebelo e Inês Silva. E os “utentes gostaram”<br />
deste espaço com uma nova vida.<br />
Neste momento, o Centro alberga cem seniores,<br />
todos autónomos porque ali têm de chegar pelo seu<br />
pé. A utente mais idosa tem 93 anos e há pessoas<br />
que a irmã Ângela conhece desde a Curraleira.<br />
Almoçam, lancham, têm serviço de enfermagem,<br />
4<br />
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acompanhamento a consultas médicas ou<br />
outras deslocações necessárias, convivem<br />
e têm à sua disposição diversas atividades<br />
lúdico-recreativas.<br />
Têm aulas de teatro, cantam num coro<br />
do Centro Social, há trabalhos manuais,<br />
aprendem inglês, os princípios básicos de<br />
informática, e alguns deles frequentam o<br />
projeto ‘Memórias do Bairro’, promovido<br />
pela Biblioteca Municipal da <strong>Penha</strong> de<br />
França. Fazem intercâmbios com várias<br />
entidades: o coro, por exemplo, vai cantar<br />
a outra instituição, que retribui o convívio.<br />
A irmã Ângela com<br />
as assistentes sociais<br />
Inês e Soraia<br />
O inglês é uma das atividades apreciadas.<br />
“Há um sentimento de conquista quando<br />
dizem uma palavra, os idosos sentem que<br />
conseguem assimilar e aprender”, conta<br />
Soraia. Inês acrescenta que “há uma competitividade<br />
entre os utentes, mas também<br />
entreajuda, e ganham autoestima com estas<br />
atividades”. “Precisam de afeto”, conclui<br />
Soraia.<br />
Outra vertente do Centro é a distribuição<br />
do Banco Alimentar, sendo apoiadas duzentas<br />
famílias de “todas as idades”.<br />
Para o futuro próximo, com a casa renovada,<br />
as técnicas gostariam que esta<br />
fosse equipada com mobiliário adequado<br />
às novas instalações e de “ter uma carrinha,<br />
para ir buscar pessoas com menos<br />
mobilidade, porque a rua é inclinada e os<br />
acessos são difíceis”. Também seria importante<br />
que a paragem do autocarro 730<br />
“fosse mesmo em frente ao Centro, porque<br />
os utentes que vêm de autocarro têm<br />
de andar muito”.<br />
“Que os nossos utentes se sintam felizes<br />
e não tenham falta de nada”. É este é o<br />
sonho da irmã Ângela.<br />
5<br />
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MARCHA<br />
DO ALTO<br />
DO PINA:<br />
PRESENTE!<br />
Confirmada a presença da Marcha do Alto<br />
do Pina nas Marchas de Lisboa de <strong>2018</strong>,<br />
o trabalho vai ser árduo, mas o empenho<br />
dos marchantes é a dobrar. Na sexta, dia 6,<br />
houve um ensaio de voz no Ginásio do Alto<br />
do Pina e a motivação e alegria de todos<br />
foi visível. Com letra, música e arranjos nas<br />
mãos dos ‘gigantes’ da música portuguesa<br />
José Luís Gordo, Nuno Nazareth Fernandes<br />
e Carlos Alberto Moniz, o ensaio, figurino<br />
e cenografia a cargo de Hugo Barros,<br />
o cavalinho dirigido por Ricardo Pedras e<br />
Margarida Rendeira, a Marcha do Alto do<br />
Pina e os seus marchantes estão certamente<br />
motivados para dar espetáculo no Altice<br />
Arena e na Avenida. Boa sorte a todos!<br />
6<br />
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APRESENTADA<br />
A MARCHA<br />
DA PENHA DE<br />
FRANÇA<br />
A apresentação da Marcha da <strong>Penha</strong> de França <strong>2018</strong>, no<br />
Sporting da <strong>Penha</strong>, contou com casa cheia. Muitos marchantes<br />
ansiosos pelo levantar do véu sobre o tema, as músicas<br />
e os figurinos pensados e orquestrados pela mesma equipa<br />
do ano passado. Desde João Carlos Mascarenhas como ensaiador,<br />
passando pelas letras de Joana Dionísio e música<br />
de Carlos Dionísio, os figurinos a cargo de Paulo Julião e o<br />
cavalinho representado por Paulo Rosa, tudo foi revelado, e<br />
o entusiasmo pairou no ar. Entusiasmo esse que será agora<br />
empregue nos ensaios e nos dias de trabalho que todos têm<br />
pela frente até à Altice Arena e à Avenida da Liberdade.<br />
Boa sorte a todos, desde a equipa técnica ao coração da<br />
marcha: os marchantes!<br />
7<br />
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CONTAMOS<br />
CONSIGO PARA<br />
MELHORAR A<br />
PENHA?<br />
Chegou a altura de votar no POP PENHA <strong>2018</strong>. Até ao próximo<br />
dia 30 de <strong>abril</strong> escolha os seus dois projetos favoritos e ajude a<br />
melhorar a freguesia.<br />
A lista completa dos projetos, que estão a votação, pode ser consultada<br />
nestas páginas. A maioria consiste em ideias para o espaço público,<br />
seguida de muito perto pelas sugestões para a promoção de atividades<br />
culturais. Mas também não foi esquecida a Educação e a Área Social.<br />
Recordamos que, neste programa de orçamento participativo, podem<br />
votar todos os cidadãos maiores de 16 anos que vivem, estudam ou<br />
trabalham na freguesia da <strong>Penha</strong> de França. A votação decorre no site<br />
www.pop-penha.pt, ao qual pode aceder no seu computador, na banca<br />
POP que está a percorrer a freguesia, e nos computadores disponíveis<br />
na Sede e no Espaço Multiusos da Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong><br />
de França.<br />
POP ESCOLAS<br />
18 de <strong>abril</strong> foi o dia escolhido para a realização da Assembleia<br />
Interescolar, onde os delegados das turmas participantes<br />
no POP Escolas irão defender a sua proposta e<br />
debater o conjunto das ideias apresentadas. No final desta<br />
Assembleia, os mesmos delegados irão votar, para apurar<br />
os projetos vencedores do POP ESCOLAS <strong>2018</strong>.<br />
Estão a participar neste orçamento participativo escolar<br />
23 turmas do 1.º ao 3.º ciclo do Ensino Básico dos estabelecimentos<br />
públicos da <strong>Penha</strong> de França, num total de cerca<br />
de 500 alunos envolvidos.<br />
Abril é, portanto, um mês dedicado à participação.<br />
Vamos, todos juntos, melhorar a <strong>Penha</strong>.<br />
8<br />
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PROJETOS A VOTAÇÃO<br />
NO POP PENHA <strong>2018</strong><br />
Informações mais detalhadas em www.pop-penha.pt<br />
Street Workout - Circuito de força e resistência<br />
Websérie Minha Freguesia, Minha <strong>Penha</strong> de França,<br />
uma homenagem aos residentes<br />
Colocação de cinzeiros em lugares públicos<br />
Dinamização de um Festival da Cultura<br />
a <strong>Penha</strong> de França<br />
Publicação da História e das Estórias da Freguesia<br />
Renovação do Mobiliário do Refeitório no<br />
Jardim de Infância e ATL – CSPPF<br />
Arranjo do canteiro junto ao Lar Virgílio Ferreira<br />
Revitalização do parque infantil da Av. General<br />
Roçadas<br />
Colocar corrimão e melhorar as escadinhas<br />
junto ao Edifício Concorde<br />
Mostra do comércio e serviços da <strong>Penha</strong> de França<br />
Cestos/Tabelas de basquetebol<br />
Homenagem ao Maestro Fernando Correia Martins,<br />
ilustre freguês da <strong>Penha</strong> de França<br />
Parque Canino - fase II<br />
Programa de Atividades em Família (0 aos 4 anos)<br />
Carnaval à <strong>Penha</strong><br />
Mais bancos na Praça Paiva Couceiro<br />
Dinamização de convívios e encontros<br />
intergeracionais na <strong>Penha</strong> de França<br />
Descobrir Lisboa - Dinamização de passeios<br />
turísticos para seniores<br />
Equipamentos de ginástica sénior no<br />
Jardim Bulhão Pato<br />
Campos de Férias Residenciais para Crianças<br />
e Jovens da <strong>Penha</strong> de França<br />
100 anos, 100 fotos - Comemoração do<br />
centésimo aniversário<br />
Reduzir a Poluição Sonora na Av. Marechal<br />
Francisco Costa Gomes - <strong>Penha</strong> de França<br />
Diversificar e aumentar o número de<br />
Máquinas de Fitness<br />
Melhorar o espaço público na Rua Joseph Piel<br />
Melhorar o Espaço Nova Atitude na<br />
Quinta do Lavrado<br />
Alteração de lancil na Av. Afonso III<br />
9<br />
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SABIA QUE...<br />
PENHA DE FRANÇA<br />
FAZ 100 ANOS<br />
“Atendendo ao que representaram diversos proprietários e moradores<br />
no aglomerado urbano do Alto do Pina, sito no 1.º bairro de Lisboa,<br />
freguesia do Beato, o Governo da República Portuguesa decreta,<br />
para valer como lei, o seguinte:<br />
É criada uma freguesia denominada da <strong>Penha</strong> de França, no 1.º bairro<br />
de Lisboa, cujos limites são: ao norte as extremas nortes da Quinta<br />
do Garrido e do Condeixa; ao nascente a linha férrea de cintura<br />
até à Rua do Sol (a Chelas), Azinhaga de Santo António e estrada de<br />
Chelas (divisão do cemitério do Alto de S. João); ao sul, Rua do Sol<br />
(a Chelas), estrada do Alto de São João, Rua de Morais Soares, seguindo<br />
depois pelo Caminho de Baixo da <strong>Penha</strong>, Travessa do Calado,<br />
Largo da <strong>Penha</strong> e Rua de Morais da Silva; ao poente, Rua de Heróis<br />
de Quionga, Rua de Edith Cawel e Azinhaga do Arieiro até a Quinta<br />
do Garrido (limite norte).<br />
Determina-se portanto que todas as autoridades, a quem o conhecimento<br />
e execução do presente decreto com fôrça de lei pertencer, o<br />
cumpram e façam cumprir e guardar tam inteiramente como nele<br />
se contêm.<br />
O Ministro do Interior e das demais repartições o façam publicar.<br />
Paços do Govêrno da República, 13 de Abril de 1918. – Sidónio Pais –<br />
Henrique Forbes de Bessa – martinho Nobre de Melo – Francisco Xavier<br />
Esteves – José Carlos da Maia – Manuel José Pinto Osório – João<br />
Tamanigni de Sousa Barbosa – José Alfredo Mendes de Magalhães<br />
– José Feliciano da Costa Júnior – Eduardo Fernandes de Oliveira –<br />
António Maria de Azevedo Machado Santos”.<br />
Com este decreto, o n.º 4:112, publicado a 20 de <strong>abril</strong> de 1918, nascia a <strong>Penha</strong><br />
de França, a “primeira freguesia civil criada durante a I República”, revela<br />
o Gabinete de Estudos Olissiponenses da Câmara Municipal de Lisboa.<br />
Sem qualquer correspondência a uma paróquia, pela primeira vez na história,<br />
o nome da nova freguesia (denominação que era recente, pois só foi<br />
criada em 1916) é, portanto, laico, apesar de refletir a influência dos importantes<br />
Igreja e Convento de Nossa Senhora da <strong>Penha</strong> de França. Acabaria<br />
por “ter correspondência eclesiástica em 1937, com a criação da paróquia<br />
10<br />
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de N. Senhora da <strong>Penha</strong> de França” adianta também o Gabinete<br />
de Estudos Olissiponenses.<br />
O território que compõe a <strong>Penha</strong> de França de 1918, que nasceu<br />
a pedido de “diversos proprietários e moradores no aglomerado<br />
urbano do Alto do Pina”, provém das freguesias de Santa Engrácia,<br />
de S. Jorge de Arroios e de S. Bartolomeu do Beato.<br />
Face à vaga descrição do decreto, não foi possível ao Gabinete<br />
de Estudos Olissiponenses delinear os limites que a freguesia tinha<br />
na altura: “A maior parte da área, sobretudo a norte e leste,<br />
era composta por quintas e zonas agrícolas; nem sempre os topónimos<br />
[nomes das ruas] correspondem ao documento e algumas<br />
ruas ainda nem estavam construídas, nomeadamente a Heróis de<br />
Quionga e Edith Cavel”.<br />
Curiosamente, até mesmo naquela época houve dúvidas, o que<br />
obrigou o Governo, nove anos depois, a publicar novo diploma<br />
considerando as “várias reclamações (…) feitas pela comissão de<br />
melhoramentos do Alto do Pina”. Neste decreto, o n.º 14: 559,<br />
além das ruas, da linha do caminho de ferro e das quintas já citadas<br />
na lei anterior, acrescentam-se-lhe as quintas do Adrião, da<br />
Gouveia, de S. João, de Montachique e das Velhas.<br />
Só foi possível ao Gabinete apurar a “área administrativa da <strong>Penha</strong><br />
de França em 1936”, limites que, consideram, “poderiam ser<br />
semelhantes aos de 1918”. Era um território extenso, que ia de<br />
Sapadores ao Areeiro, traçando uma linha pelas atuais ruas Carvalho<br />
Araújo e Abade Faria, descendo depois pela ainda existente<br />
linha férrea até ao limite sul do cemitério do Alto de S. João, continuando<br />
pela Rua Dr. David Lopes, seguindo para o Alto da Eira e<br />
indo entroncar a Sapadores.<br />
Este território assim se manteve até à reorganização administrativa<br />
de 1959, altura em que são criadas as novas freguesias de<br />
S. João e do Alto do Pina, que provêm da <strong>Penha</strong> de França e das<br />
freguesias limítrofes de Santa Engrácia e do Beato.<br />
Mais de cinquenta anos depois, em 2012, é decidida a necessidade<br />
de um novo ordenamento administrativo para Lisboa, que tinha<br />
sofrido transformações profundas nestas cinco décadas. São unidas<br />
as freguesias de São João e da <strong>Penha</strong> de França, ficando a<br />
nossa freguesia com os seus atuais limites.<br />
Muitos parabéns à<br />
<strong>Penha</strong> de França pelo<br />
seu centenário!<br />
A área administrativa da <strong>Penha</strong> de França em 1936<br />
11<br />
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MARCO LOPES,<br />
CICLOFICINA A PEDAL<br />
WWW.FACEBOOK.COM/CICLOFICINAAPEDAL<br />
TELEFONE: 967 748 733<br />
‘SEMPRE ESTIVE<br />
LIGADO A<br />
BICICLETAS’<br />
A CICLOFICINA A PEDAL, uma oficina móvel<br />
para bicicletas, proporciona assistência<br />
prestada por um técnico, que também vai ter<br />
consigo de bicicleta. Projeto inovador em Lisboa,<br />
é apoiado pelo <strong>Penha</strong> Empreende. Se<br />
também precisar de ajuda para o seu negócio<br />
ou para concretizar a sua ideia, não hesite<br />
em marcar uma reunião através do email penhaempreende@jf-penhafranca.pt<br />
Como surgiu a ideia de criar uma oficina<br />
de bicicletas que vai ao encontro das pessoas?<br />
Surgiu da constatação que cada vez<br />
mais se valoriza o tempo e cada vez mais<br />
serviços optam por ir ao encontro do cliente,<br />
pois este é o futuro das empresas prestadoras<br />
de serviços. Já tinha visto este modelo<br />
de negócio em Londres, em 2008, e achei a<br />
ideia muito interessante.<br />
Qual é a sua experiência nesta área?<br />
Sempre estive ligado a bicicletas. Em criança<br />
aprendi a montar componentes e a repará-<br />
-las. Mas foi quando morei em Inglaterra que<br />
a paixão se intensificou: comecei a montar<br />
bicicletas de raiz, para mim e para vender,<br />
e pertenci a uma oficina comunitária. No regresso<br />
a Portugal fui trabalhar para um dos<br />
maiores produtores mundiais de componentes<br />
de bicicleta, a multinacional SRAM, onde<br />
estive cinco anos no laboratório de testes de<br />
transmissão e aprendi muito sobre mecânica,<br />
especialmente no mercado do topo de gama<br />
e nas afinações profissionais. Ao analisar<br />
toda a experiência, diria que consigo dar resposta<br />
a um público muito variado nas mais<br />
diversas bicicletas e isso é uma mais-valia do<br />
projeto.<br />
Quais são os seus objetivos? Conseguir<br />
uma cota de mercado nas reparações ao domicílio<br />
que deixe o projeto confortável a nível<br />
financeiro. A abertura de um espaço físico<br />
também é um dos grandes objetivos para<br />
<strong>2018</strong>, pois com isso sabemos que conseguimos<br />
chegar a ainda mais pessoas.<br />
Como conheceu o <strong>Penha</strong> Empreende?<br />
Através de um amigo que conhecia o programa<br />
e, vivendo eu na <strong>Penha</strong> de França, achei<br />
que ganhava em ir apresentar o projeto. É<br />
sempre bom saber que a nível local há programas<br />
e pessoas com conhecimentos que<br />
nos podem ajudar a pôr as ideias em prática<br />
e que estão lá para nos apoiar e guiar.<br />
O <strong>Penha</strong> Empreende tem ajudado o seu<br />
negócio? Desde a primeira reunião que<br />
houve empatia e colaboração. Fui com dúvidas<br />
em relação ao plano de negócios e para<br />
além dessa ajuda ainda recebi dicas e conselhos<br />
sobre como levar para a frente o projeto.<br />
Desde então tenho sido acompanhado e tem<br />
sido sempre uma mais-valia quando tenho<br />
dúvidas ou preciso de ajuda.<br />
12<br />
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O MUNDO<br />
NA FLOR DE<br />
LÚPULO<br />
JOANA MARQUES,<br />
FLOR DE LÚPULO<br />
RUA HERÓIS DE QUIONGA, 66<br />
TELEFONE: 968 752 132<br />
É possível dar uma volta ao mundo bebendo<br />
cervejas? Na FLOR DO LÚPULO é. Este bar<br />
de cerveja artesanal nascido em novembro<br />
de 2017 tem ofertas de todo o mundo: Japão,<br />
Estados Unidos, Canadá… Mas também são<br />
cada vez mais as opções de cerveja artesanal<br />
portuguesa.<br />
“Em garrafa temos cervejas de todo o lado,<br />
à pressão temos dez torneiras, cinco portuguesas<br />
e cinco estrangeiras”, explica Joana<br />
Marques, que, com o marido, Tiago, é a proprietária<br />
do espaço.<br />
Tudo começou há cinco anos, quando Tiago<br />
decidiu fazer cerveja artesanal e se envolveram<br />
neste mundo que, neste período, foi<br />
crescendo em adeptos. “Em Lisboa começou<br />
a haver espaços dedicados à cerveja artesanal,<br />
também abriram fábricas de cerveja com<br />
salas de prova, mas não havia nenhum sítio<br />
onde se juntasse cerveja e comida de prato.<br />
Foi isso que fizemos”.<br />
Na Flor de Lúpulo há petiscos típicos portugueses,<br />
como moelas, pataniscas de vegetais<br />
(têm várias opções vegetarianas), ovos<br />
mexidos com farinheira, e, dependendo da<br />
‘patuscada da semana’, pica pau com batatas<br />
fritas ou ervilhas com ovos escalfados,<br />
por exemplo. A propósito, quando lá for, peça<br />
para lhe harmonizarem a comida com um tipo<br />
específico de cerveja. É que, tal como os vinhos,<br />
há cervejas destinadas a ser bebidas<br />
como aperitivo ou digestivo, e outras como<br />
acompanhamento de pratos.<br />
O mundo das cervejas é gigante. Só em Portugal<br />
já existem marcas do Algarve ao Minho,<br />
com sabores tão distintos como mosto, moscatel,<br />
cacau, fruta… Tudo a partir de quatro<br />
ingredientes: água, malte, levedura e, claro,<br />
lúpulo, uma planta que dá flor e existe em<br />
Portugal, nomeadamente a norte.<br />
O que distingue uma cerveja industrial de<br />
uma artesanal? “Tudo”, responde Joana, “as<br />
artesanais têm mais corpo, as industriais são<br />
‘mais aguadas’, os aromas, o sabor, os torrados…”.<br />
Um ponto que preocupa os proprietários<br />
é ter uma oferta que permita a todos<br />
saborearem uma boa cerveja artesanal. “Temos<br />
noção que é um produto caro, comparado<br />
com a cerveja industrial”, por isso estão<br />
a preparar-se para ter “uma cerveja da casa,<br />
fabricada por um dos seus fornecedores nacionais,<br />
o que permitirá vendê-la a preços<br />
mais baixos”.<br />
Pensam lançá-la nos Santos Populares, para<br />
uma grande festa com os clientes e vizinhos.<br />
“Houve senhoras do prédio que nos deram<br />
parabéns pelo bar e pessoas que dizem que<br />
conheceram mais vizinhos aqui do que durante<br />
todo o tempo em que cá viveram. Estamos<br />
muito felizes”.<br />
13<br />
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NAIR XAVIER, DESIGNER DE MODA<br />
CRIAR ROUPAS<br />
QUE SE MANTÊM<br />
RUA SABINO DE SOUSA, 29A / INFO@NAIRXAVIER.COM<br />
Foi no último ano da sua licenciatura, quando teve a disciplina de moda masculina, que NAIR XAVIER<br />
percebeu o que queria fazer: “Encontrei-me”, resume.<br />
“Hoje a moda de mulher é muito descartável” – explica – “e atraiu-me o facto de a roupa de homem durar<br />
muito mais tempo”. A importância desta durabilidade, desta longevidade do vestuário masculino, está ligada<br />
à sua preocupação pelo impacto da moda no planeta. Custa-lhe “que se pense pouco na parte ecológica,<br />
no desperdício e no lixo da indústria têxtil”, no impacto nos trabalhadores: “Entendo que as pessoas queiram<br />
sempre mais e mais, mas para comprar calças a 10€ há uma criança ou uma mulher que está a trabalhar<br />
sem rendimento”, desabafa.<br />
Outro ponto chave para a definição do seu percurso foi ter-se apercebido da componente técnica do vestuário<br />
masculino, que é mais complexa do que a moda para mulher. “Um blazer, um casaco de homem, tem<br />
tantos ou mais detalhes de construção do que um vestido de noite, por exemplo”, explica Nair. No final do<br />
curso, a opção estava tomada. As suas criações têm sido usadas por figuras públicas masculinas como o<br />
ator Carlos Oliveira, o cantor Carlão e o DJ Moullinex, que para a apresentação e tour do seu novo álbum,<br />
‘Hypersex’, teve o guarda-roupa exclusivo NAIR XAVIER.<br />
14<br />
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Nair iniciou o seu percurso há doze anos e, há quatro,<br />
criou a marca NAIR XAVIER. Tirou um curso profissional<br />
na Magestil, depois seguiu para Londres, de onde veio em<br />
2011 com uma licenciatura em moda pelo London College<br />
of Fashion. Já apresentou várias coleções na Moda<br />
Lisboa – Sangue Novo e Plataforma LAB –, foi uma das<br />
criadoras a vencer um dos Prémios Novos da Fundação<br />
Gulbenkian, é embaixadora da Agência Nacional para a<br />
Qualificação e o Ensino Profissional, já deu aulas de figurinismo<br />
no Chapitô, durante um ano foi a designer da marca<br />
de roupa de homem Dielmar, teve em 2017 uma parceria<br />
com a marca de alfaiates Diniz & Cruz, é regularmente<br />
mencionada em publicações nacionais e internacionais,<br />
como a Vogue Portugal ou a Forbes, e já vendeu roupa<br />
para a Bélgica, Chipre ou França.<br />
ROUPA CLÁSSICA, MAS CONTEMPORÂNEA<br />
Apesar do seu sólido currículo, o caminho que percorre não é fácil. “Em<br />
Portugal, na área da moda para homem são só dificuldades, o dobro das<br />
que há para a roupa de mulher”.<br />
O seu estilo é clássico, mas ao mesmo tempo contemporâneo e versátil,<br />
as suas criações são feitas a pensar nos detalhes e na qualidade, mas<br />
por cá são poucos os que optam por investir neste tipo de roupa. “Hoje<br />
só quase um extraterrestre vai à modista e perdeu-se o hábito de juntar<br />
dinheiro para comprar uma peça em especial”.<br />
A indústria também não ajuda. “A indústria têxtil em Portugal é enorme,<br />
mas é muito difícil conseguir um patrocínio ou mesmo comprar cá tecidos,<br />
que maioritariamente são vendidos em grandes quantidades. Acabo por<br />
ter de ir comprar lá fora, por exemplo a Itália, que vende em quantidades<br />
menores, que são as que preciso”.<br />
NAIR XAVIER está numa fase de transição. Mudou-se para a <strong>Penha</strong> de<br />
França, tendo trocado o seu atelier na LX Factory por um espaço amplo<br />
que partilha com o fotógrafo João Ferreira, dois stylists e outro amigo, que<br />
está a iniciar uma editora de discos.<br />
“É ótimo para mim, estou perto de tudo. Vou à Baixa num instante comprar<br />
alguma coisa que precise, a vizinhança é simpática, as senhoras<br />
mais velhas sentam-se aqui à porta no verão e metem-se connosco”.<br />
Neste momento, trabalha para mudar o percurso que tem feito até agora:<br />
“Eu não quero ser fotografada”, desabafa Nair, “quero mostrar e vender<br />
a minha roupa”.<br />
A designer de moda, que tem sido elogiada porque “percebe como os<br />
homens querem vestir”, tem um objetivo: “Daqui a 20 anos deparar-me<br />
com uma peça NAIR XAVIER ainda impecável, já vintage”.<br />
15<br />
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PATRICK DE PÁDUA, DESIGNER DE MODA<br />
ROUPA URBANA<br />
QUE VEM DO<br />
CAMPO RUA ACTOR VALE, 32C / TELEFONE: 211 912 496<br />
PATRICK DE PÁDUA gosta de arriscar.<br />
“Em 2015, decidi começar o meu desfile na<br />
Moda Lisboa com um manequim a passear<br />
um cão. Ficou tudo parvo e venci um prémio,<br />
que me permitiu ir apresentar uma coleção<br />
à Holanda, em Maastricht. Quando lá chego<br />
estava a imagem do manequim e do cão por<br />
todo o lado. Foi um bocado estranho, toda a<br />
gente perguntava pelo cão”.<br />
Nesse ano Patrick acabou por trazer outro<br />
prémio da Holanda, tendo conseguido uma<br />
visibilidade importante em mercados do norte<br />
da Europa. Ganhou o Kaltblut Award,<br />
o prémio de moda de uma revista alemã,<br />
atribuído pela primeira vez nesse ano, a<br />
mais importante no sector indie, dedicada à<br />
moda, arte e música. E o cão nada teve a<br />
ver com isso: “É um dos maiores talentos no<br />
mundo da moda neste momento. A sua roupa<br />
é excecional e incrivelmente bem-feita”,<br />
descreveu a Kaltblut.<br />
Patrick nasceu no Liechtenstein e veio viver<br />
para Portugal com 12 anos, para Vila Real<br />
de Santo António. Não foi fácil aterrar em<br />
Portugal, mas agora não quer outra coisa,<br />
especialmente Lisboa. A este cocktail de<br />
infância cosmopolita nos Alpes e adolescência<br />
no menos turístico sotavento algarvio,<br />
junta as raízes no Baixo Alentejo. Toda esta<br />
mistura se revela nas suas peças.<br />
O Patrick dos 16 anos queria ser cozinheiro,<br />
mas ia frequentando aulas de arte. Cozinha<br />
em Faro, aulas de arte em Vila Real de Santo<br />
António. Dois anos depois de andar de um<br />
lado para o outro, estourou, farto de se ver<br />
“enfiado numa cozinha”: “Isto é tudo muito<br />
bonito, mas não é para mim”, decidiu. Recomeçou<br />
do zero, repetiu o 12.º ano, desta vez<br />
em artes, e seguiu depois para a Modatex,<br />
16<br />
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para tirar um curso de design de moda. Curso acabado, começaram os estágios,<br />
em Lisboa e depois Porto. “Queria estar ligado à indústria, fiquei a trabalhar numa<br />
marca”.<br />
Acabou por regressar a Lisboa e em 2014 apresentou a sua primeira coleção na<br />
Moda Lisboa, na plataforma Sangue Novo para jovens designers. Depois voltou<br />
para o Porto. Estourado, pela segunda vez, resolveu voltar ao Algarve “para pensar<br />
na vida”. Decidiu que a moda era mesmo o que queria e passados poucos meses<br />
estava de volta a Lisboa para trabalhar em nova coleção para a Moda Lisboa,<br />
a tal de 2015. “Foi em grande, se era para voltar era para dar tudo”.<br />
Neste momento começou a vender as suas criações<br />
online, no seu site, e a remodelar a loja (precisa<br />
de um atelier maior, porque o atual está a rebentar<br />
pelas costuras), com a qual está satisfeito. “Sei<br />
que não é um sítio de passagem, quem vem aqui<br />
é porque conhece a minha marca” e onde vende<br />
desde “t-shirts de 25€ até peças muito mais caras”.<br />
Até 2017, criava apenas roupa de homem, mas que<br />
na verdade sempre foi unissexo. Aliás, praticamente<br />
desde o início incluiu mulheres no seu desfile, a<br />
vestir peças masculinas. Com a decisão de abrir a<br />
loja veio outra novidade: passou a desenhar para<br />
mulheres. Porquê? “Dá mais vida à coleção”. E a<br />
coleção é tudo.<br />
Pelo caminho trabalhou em call centres, em bares e discotecas, deu aulas. “É um<br />
meio muito difícil e as pessoas não têm noção disso”, diz. Paralelamente continuava<br />
a trabalhar nas suas coleções, com sucesso porque do Sangue Novo passou<br />
para o LAB, onde estão os criadores seniores. Logo na estreia ganhou o prémio de<br />
melhor coleção LAB, a de Primavera Verão 2017, apresentada em 2016. É escolhido<br />
como a melhor marca do ano pela revista Time Out, e bisa no ano seguinte.<br />
2017, O ANO DAS MUDANÇAS<br />
No ano passado decidiu “que estava na altura na altura de abrir uma loja”. Em<br />
dezembro de 2017 acabou por abrir portas na Rua Actor Vale e está “em casa”.<br />
“Sempre vivi nesta zona”, explica, “já morei em várias ruas, até mesmo em dois<br />
prédios da mesma rua, mas sempre aqui, a maior parte das vezes ao pé da escola<br />
António Arroio”.<br />
A marca Patrick de Pádua é de streetwear e sportswear, roupa urbana que frequentemente<br />
tem como inspiração a tradição portuguesa. Fado, caça, Alentejo,<br />
imagética tradicional reinventada, desconstruída, casacões que são iguais a capotes<br />
alentejanos, mas não são capotes alentejanos, ceifeiras citadinas, os lenços<br />
das fadistas numa versão minimalista, vestidos pelos seus manequins. Outras vezes<br />
são coleções mais duras, ligadas à estética rap ou a roupa militar.<br />
17<br />
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Curtas<br />
Curtas<br />
Curtas<br />
25 DE ABRIL<br />
SEMPRE!<br />
A data que marcou um ponto de viragem na<br />
história do nosso país está próxima. Para<br />
assinalar o dia, a Comissão para as Comemorações<br />
do 25 de <strong>abril</strong> da Zona Oriental<br />
de Lisboa <strong>2018</strong> organizará, como já o tem<br />
feito ao longos dos anos, uma celebração<br />
na Praça Paiva Couceiro no dia 24. Uma<br />
celebração que contará com vários artistas<br />
convidados e terá início às 20h00. O dia 25<br />
de Abril ficará para sempre como a data em<br />
que a democracia, a liberdade e a vontade<br />
popular voltaram a fazer parte dos direitos<br />
de todos os portugueses e portuguesas.<br />
Venha comemorá-lo.<br />
18<br />
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Curtas<br />
Curtas<br />
Curtas<br />
COROS SOLIDÁRIOS<br />
Com o objetivo de ajudar a Associação Sol, já nos seus 25<br />
anos, juntaram-se na Igreja da Madre de Deus os coros<br />
Staccato e Ninfas do Lis. A Igreja foi pequena para tanta gente<br />
que quis escutar as vozes destes cantores, que interpretaram<br />
músicas tão variadas como ' Hallelujah’ ou ‘Circle of Life’, da<br />
banda sonora do filme Rei Leão. Uma tarde solidária, para mais<br />
tarde recordar.<br />
EXPO SAÚDE NA PENHA<br />
É já no próximo dia 20 de maio, entre as 14h30 e as<br />
18h30, que se realizará uma EXPO SAÚDE – ‘SAÚDE<br />
EM EXPOSIÇÃO’. Este extraordinário evento comunitário<br />
organizado pela Associação Internacional de Temperança,<br />
em colaboração com a Junta de Freguesia da <strong>Penha</strong> de<br />
França, terá lugar no Pavilhão Victor Varandas – Clube<br />
Futebol Varejense – localizado na Avenida Afonso III, 86, e<br />
tem como finalidade-mor promover estilos de vida saudáveis<br />
através da educação para a saúde e da prevenção de<br />
doenças comuns.<br />
CONHEÇA OS MISTÉRIOS DA PENHA<br />
Sabe que mistérios estão escondidos nos recantos e na<br />
história da <strong>Penha</strong> de França? Venha descobrir a sua freguesia,<br />
todos os últimos sábados de cada mês, até julho. A próxima<br />
data é no dia 28 de <strong>abril</strong>. Para mais informações ligue 919 997<br />
576 ou envie email para hq.associacao@gmail.com.<br />
A equipa organizadora é composta por vários profissionais<br />
de saúde e voluntários, devidamente formados, que<br />
realizarão uma série de exames de saúde totalmente<br />
gratuitos, oferecendo também aconselhamento médico<br />
sobre como melhorar os seus hábitos de vida. Desde a<br />
medição da percentagem de gordura corporal, da pressão<br />
arterial, da avaliação do colesterol, glicémia e função<br />
pulmonar, passando pelo teste de forma física de Harvard,<br />
experimentando uma massagem relaxante e terminando no<br />
cálculo da Idade pela Saúde, eis alguns dos muitos testes e<br />
serviços que poderá encontrar, gratuitamente, nesta EXPO<br />
SAÚDE organizada a pensar em si. Venha daí! A EXPO<br />
SAÚDE da <strong>Penha</strong> de França promete ser uma das melhores<br />
oportunidades para investir na sua saúde… e na sua vida.<br />
19<br />
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Curtas<br />
Curtas<br />
Curtas<br />
CACHORROS À<br />
PROCURA DE CASA<br />
DIVERSÃO NA PÁSCOA<br />
Como já é costume, as CAF, AAAF e a Ludobiblioteca continuaram<br />
durante as férias da Páscoa. De 26 de março a 6 de<br />
<strong>abril</strong>, em todas as escolas básicas da Freguesia, a diversão e<br />
a aprendizagem foram uma constante. Mas não só nas escolas<br />
se fizeram atividades! Muitas das crianças foram esticar as pernas<br />
com brincadeiras ao ar livre no campo do Operário. Agora,<br />
já regressaram às aulas para o último período do ano letivo.<br />
Desejamos bons estudos para todos!<br />
São dois, um menino e uma menina,<br />
ambos com apenas alguns<br />
meses e à procura de casa. O<br />
rapaz tem nome, é o César, a<br />
rapariga está à espera que a<br />
sua nova família lho dê. A sua<br />
companhia faria toda a diferença<br />
na vida destes animais. Se tem<br />
vontade e condições para adotar,<br />
não hesite: envie um email para<br />
bemestaranimal@jf-penhafranca.pt<br />
ou telefone para o 218 100 390.<br />
04 ABRIL a 03 MAIO das 9H às 20H<br />
PRAÇA PAIVA COUCEIRO<br />
FEIRA DO LIVRO<br />
Já reparou que a Feira do Livro está de volta à Paiva Couceiro?<br />
E lá vai ficar até dia 3 de maio. Este ano não são só os livros o<br />
principal ponto de interesse desta feira: a Associação Pais em<br />
Rede e duas editoras da nossa Freguesia, as Edições Fénix e<br />
a as Edições Vieira da Silva, ali estão a dinamizar várias atividades<br />
e apresentações. Dê um salto à Paiva Couceiro e quem<br />
sabe não encontra aquele livro de que anda à procura!<br />
20<br />
do rio à colina<br />
Para mais informações:<br />
Telefone: 218 100 390<br />
geral@jf-penhafranca.pt<br />
www.jf-penhafranca.pt<br />
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ASSEMBLEIA<br />
DE FREGUESIA<br />
Sessão<br />
Extraordinária<br />
celebra<br />
25 de Abril<br />
Mantendo a tradição, o 25 de Abril<br />
voltará a ser celebrado com uma<br />
sessão Extraordinária da Assembleia<br />
de Freguesia da <strong>Penha</strong> de França. Na<br />
comemoração do 44.º aniversário<br />
da Revolução dos Cravos, a sessão<br />
terá lugar a 23 de <strong>abril</strong> no edifício do<br />
Comando Nacional Nacional da PSP,<br />
que em 1974 era o Quartel General da<br />
Legião Portuguesa, um dos postos tomados<br />
pelos capitães de Abril a 25 de<br />
Abril de 1974 e extinta nesse mesmo<br />
dia pela Junta de Salvação Nacional,<br />
através do Decreto-Lei<br />
n.º 171/74.<br />
Celebra-se este mês um dos mais belos<br />
dias que Portugal já viveu: o 25 de Abril de<br />
1974. O fim da ditadura, da polícia política<br />
e da guerra, o reconhecimento histórico<br />
dos direitos das mulheres e a sua intervenção<br />
nas várias esferas da vida, são vitórias<br />
que, 44 anos passados, não podemos<br />
deixar de celebrar.<br />
Mas terá sido o Poder Local Democrático a<br />
conquista que mais contribuiu para o progresso<br />
e desenvolvimento do país, sendo<br />
responsável pelas mudanças mais directas<br />
e visíveis na vida de todos. Foi ao tornar<br />
as populações responsáveis por boa parte<br />
das decisões que as afectam no dia-a-dia,<br />
participando de forma livre e democrática<br />
nos órgãos de poder local, que o país ficou<br />
mais igual, que se levou água, electricidade,<br />
saneamento, acessos, transportes,<br />
escolaridade e tantos outros serviços a praticamente<br />
todos os cantos do país, a uma<br />
velocidade incrível. Foi também essa conquista<br />
que abriu caminho para que, ainda<br />
hoje, e depois de tantos anos de ataques<br />
por parte de Governos PS, PSD e CDS-PP,<br />
existam mais de 35.000 cidadãos eleitos<br />
em órgãos do poder local, numa recusa de<br />
voltar aos tempos de antigamente e deixar<br />
nas mãos de uma elite as decisões que a<br />
todos dizem respeito.<br />
Apesar destes avanços, muito falta cumprir.<br />
O Poder Local Democrático só se concretiza<br />
se, diariamente, exercermos o nosso<br />
direito de participação, o qual não se<br />
esgota nas eleições. É isso que os eleitos<br />
do PCP têm feito e apelado a que se faça:<br />
que, perante o desprezo a que as populações<br />
são votadas terminadas as eleições,<br />
não nos calemos. Que participemos, que<br />
denunciemos, que possamos ir às Assembleias<br />
de Freguesia, demonstrando que<br />
um mandato não é um livre-trânsito para<br />
se cometerem todos os atropelos. Apesar<br />
de só haver eleições daqui a 3 anos, não<br />
pode o Executivo dispensar dezenas de<br />
trabalhadores porque já não interessa tanto<br />
limpar as ruas, nem deixar ao abandono<br />
partes da freguesia, como a Quinta do<br />
Lavrado ou o Bairro Horizonte. Não pode<br />
deixar de fazer intervenções em São João<br />
enquanto a EMEL não se instala no bairro,<br />
ignorando que mesmo onde se instalou, os<br />
problemas de estacionamento continuam.<br />
Não pode acabar com Oficinas de Teatro<br />
com mais de 15 anos de presença e cultura<br />
na Freguesia nem afirmar que a <strong>Penha</strong><br />
está mais verde ou tem espaços de lazer<br />
por ter largado floreiras e bancos no meio<br />
de uns passeios. Não pode ignorar que há<br />
uma piscina municipal fechada por incúria<br />
do Executivo PS da Câmara Municipal<br />
de Lisboa. Na verdade, o Executivo pode<br />
tomar todas estas decisões. Cabe-nos a<br />
nós lutar para que sejam diferentes.<br />
Daniel Oliveira, Anabela Vogado, Carlos Tibúrcio,<br />
os eleitos do PCP na Assembleia de Freguesia<br />
21<br />
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VIVER COM QUALIDADE<br />
No dia 15 de maio a USF ORIENTE vai ter uma<br />
festa dupla: comemora o seu 6.º aniversário e realiza<br />
a 2.ª edição do Dia Aberto.<br />
Na USF Oriente coincide, no próximo dia 15 de maio, a realização<br />
da 2.ª edição do Dia Aberto com o seu 6.º aniversário<br />
de atividade.<br />
Este ano, o evento dedicado ao tema ‘Viver com qualidade’<br />
será direcionado para a população das freguesias da <strong>Penha</strong><br />
de França, Beato e São Vicente, abordando assuntos variados<br />
que, ainda que ultrapassem a atividade médica diária,<br />
são fundamentais para a promoção da saúde dos utentes.<br />
Com este tipo de iniciativa, a equipa da USF Oriente pretende<br />
desenvolver uma responsabilidade formativa, além<br />
de competências diárias, e fomentadora de estilos de vida<br />
saudáveis da sua população. Porque é preciso não esquecer<br />
que a saúde de todos começa no seu dia-a-dia.<br />
O Dia Aberto da USF Oriente será organizado por todos os<br />
profissionais desta instituição e decorrerá entre as 9h00 e<br />
as 17h00. Durante a manhã estão previstas atividades de<br />
envelhecimento ativo, risoterapia, prevenção de quedas,<br />
ideias para combater a solidão, entre outras.<br />
Contaremos ainda com a participação da Polícia de Segurança<br />
Pública para apresentar a sessão de esclarecimento<br />
‘Apoio 65’ e da Escola Profissional de Hotelaria para um<br />
showcooking. Durante a tarde convidamos a população a<br />
participar na caminhada que organizámos e na aula de Tai<br />
Chi.<br />
Contamos com a sua presença.<br />
Juntos pela sua saúde!<br />
A equipa da Unidade de Saúde Familiar Oriente<br />
USF Oriente<br />
Telefone: 218 10 10 10<br />
Avenida Afonso III, Lote 16<br />
22<br />
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A PENHA<br />
FOI À<br />
MONSTRINHA<br />
Uma raposa que não encontra a sua sombra, dois elétricos russos,<br />
um cão chamado Momo que se perde, um homem que cabe num<br />
bolso e uma boneca que dá a volta ao mundo... Hummm, bastante<br />
estranho, não é? Nem por isso! São tudo curtas de animação que<br />
viajaram mundo para serem apresentadas na MONSTRINHA<br />
<strong>2018</strong>. Da Alemanha às Filipinas, passando pela Rússia, França,<br />
Suíça e Geórgia, foram cinco as curtas-metragens de animação que<br />
cerca de 500 crianças das escolas da nossa freguesia assistiram no<br />
Cinema São Jorge. Cada uma das curtas tinha a sua mensagem e,<br />
no fim, difícil mesmo foi escolher uma favorita.<br />
23<br />
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PARA UM MUNDO<br />
SEM VIOLÊNCIA<br />
A violência sobre crianças e jovens ainda é uma realidade em<br />
Portugal. Pode acontecer ao seu lado ou atingir uma criança<br />
que conhece.<br />
Podemos contribuir para acabar com este flagelo dando a nossa<br />
atenção a sinais que nos perturbem, estando disponíveis e<br />
pacientes para ouvir o que as crianças nos tentam transmitir.<br />
Este tipo de violência pode traduzir-se em maus tratos em casa,<br />
diretamente contra as crianças ou presenciada por estas, com<br />
as inerentes marcas psicológicas; pode traduzir-se em negligência,<br />
quando as necessidades básicas da criança não são<br />
atendidas, o que vai desde a falta de alimentação ao absentismo<br />
escolar; pode traduzir-se em abusos sexuais.<br />
Abril é o MÊS INTERNACIONAL DA PREVENÇÃO DOS<br />
MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E JUVENTUDE. Aqui na <strong>Penha</strong><br />
de França, vai ser vivido com várias iniciativas, nomeadamente<br />
com o encontro ‘Diálogos sobre a Parentalidade Positiva’,<br />
no dia 19 de <strong>abril</strong>, às 18h, no Museu do Azulejo.<br />
Este mês, desafiamo-lo a usar na lapela um laço azul – o<br />
símbolo da prevenção da violência sobre crianças e jovens – ou<br />
a recortar o laço representado nesta página e colá-lo numa<br />
janela.<br />
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