Hempada #15 - Trip na Meca

Hempada | 32
pra ele o que significa, em sua opinião,
o conceito de Rafiki, nome do projeto.
Arranhando no inglês, falei sobre a necessidade
de iniciativas como essas no
Brasil e ele se propôs na hora trazer o
modelo para cá.
Questionei a opinião dele sobre a
legalização da maconha e a resposta
veio na linha de que “é importante pois
diminui a guerra às drogas, que serve
como forma de oprimir encarcerar justamente
a população com a qual trabalhamos
aqui”, se referindo a pobres, negros
e jovens – no geral com problemas diante
da justiça.
Saindo de lá perambulei pelas ruas
de San Francisco até achar um grafite
incrível na esquina da rua Alice com
14th. A cidade é repleta de obras de
arte a céu aberto. Coloridos e ultra realísticos,
os desenhos são como uma
identidade pra cidade que mescla contracultura
e arte há muitas décadas.
Acabamos almoçando num restaurante
de comida Tailandesa. Um copo grande
de água chegou junto com o cardápio
– cortesia da casa. O prato saiu
por volta de 13 dólares.
No começo da noite cheguei à casa
em que ficaria hospedado pelos primeiros
dias dessa viagem. Tratava-se de
uma edícula muito bem adaptada para
ser residência de hóspedes. Qualquer
um poderia morar ali por vários anos,
sem dúvida. Um charmosíssimo quarto,
sala/cozinha e banheiro conjugado
no coração de Berkeley, localizado no
quintal de um funcionário de alta patente
da equipe de tecnologia do Twitter – é,
estamos mesmo no Vale do Silício. A
Blueberry cantou noite adentro e uff...
esse foi só o primeiro dia da viagem.
No dia 31 aproveitei a estadia
para conhecer a maior loja de discos
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