Hempada #18 - Especial em Natal

para toda a sociedade local.
Atualmente, Natal já conta com cerca
de 84 prescrições, completamente
legais, de maconha medicinal. Como
a ONG ainda não consegue fornecer
remédio a todas essas pessoas, muitas
ainda precisam arcar com os altos custos
da importação. Hoje em dia, parte do
trabalho de Felipe, com o coletivo Delta9,
é promover informação sobre a possibilidade
de prescrição indo diretamente
aos consultórios médicos. “É quase que
fazer um lobby para o uso da maconha
medicinal”, de fato. Segundo ele, a cada
dez profissionais de saúde visitados dois
ou três gostam da ideia. Três recusam de
imediato e o resto dá alguma atenção.
Podemos ver as plantas legalizadas
na Reconstruir e o espaço sendo implementado
para uma futura sede. Trocamos
ideias e fincamos raízes tão profundas
quanto a do pé de Argireya, que cresce
cobrindo toda a casa. Sem dúvidas, um
lugar onde se faz história.
Rastapé e Dunas:
No dia seguinte, a missão jornalística
era acompanhar o tradicionalíssimo passeio
de bugre, incluso no pacote do Micasa
420. A condutora Marlene pilota o
carrinho de motor de fusca há sete anos,
tendo passado em concurso público para
ser admitida, e chegou lá pra me buscar
às oito da manhã.
A caminho da primeira parada passamos
pela Praia de Miami, apelidada
na época da segunda guerra, quando a
população da cidade era de 50 mil habitantes,
sendo 10 mil vindos dos EUA. A
cidade fervilhava, nos áureos e conturbados
anos 40 do século passado. A guia
lembrou que, nessa época, viveu uma
mulher mitológica, apelidada Maria Boa,
responsável pelo primeiro cabaré normalizado
da história do país.
Fui buscar sobre a história e o ‘mito’
é real. Maria de Oliveira Barros, nasceu
em 1920 e de fato mexeu com o imaginário
de marujos e maridos da região,
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