Rosa do abismo

Rosa do abismo
Os caminhos do Padre Leonardo Nunes
Logo após o desembarque, os padres iniciaram sua missão de
evangelizar, catequizar e arregimentar o rebanho que estava
abandonado e perdido nesta terra desconhecida. Após passar
um longo período em Ilhéus resolvendo questões indígenas,
Padre Leonardo Nunes rumou para o Sul.
Rumo ao Sul
Incansável, o Padre conseguiu arregimentar muitos meninos
para o Colégio, filhos de índios, mamelucos e filhos de colonos
portugueses e, mais tarde, os órfãos trazidos da Bahia
pelo Padre Manoel da Nóbrega. Os meninos aprendiam a ler
e escrever, cantar e tocar flauta.
Assim que pôde, Padre Leonardo embrenhou-se pelo sertão.
Seu companheiro de viagem foi Manoel Chaves, pois era perito
em línguas e precisava servir de intérprete para que o Padre
pudesse comunicar-se com os índios.
Nesse período, sem referências diretas, consta que o Padre
Leonardo Nunes esteve no campo, a 14 ou 15 léguas de São
Vicente, onde cristãos muito difíceis de lidar viviam com índios.
Tudo leva a crer que esse campo seria Santo André.
Avançando mais cinco léguas, chegou à Aldeia de Tibiriçá,
onde fez grande amizade e prometeu regressar. Conta-se que
nessa segunda viagem, durante missa rezada por Leonardo
Nunes, João Ramalho, excomungado por estar amancebado
com a índia Bartira, filha do Cacique Tibiriçá, e que teimava
em não se casar, foi impedido de entrar na igreja. Irado, João
Ramalho saiu, acompanhado de seus dois filhos mamelucos,
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