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Rosa do abismo

9ª coletânea da Academia Peruibense de Letras

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53<br />

<strong>Rosa</strong> <strong>do</strong> <strong>abismo</strong><br />

O Lobisomem<br />

Boa Tarde, amigos ouvintes. Esta é a Rádio Virtual de São<br />

Pedro <strong>do</strong>s Patos, a rádio que só noticia fatos! Aqui fala Jatir<br />

Marques, são 18 horas e esta é a Hora <strong>do</strong> Espanto, que sempre<br />

traz uma reportagem externa de um assunto relevante e<br />

estranho.<br />

Como já foi noticia<strong>do</strong> nas rádios e tevês da região, apareceu<br />

um lobisomem no vilarejo de Água Santa, e a Rádio Virtual<br />

não poderia deixar de investigar. Para isso, foi mandada<br />

uma equipe de reportagem, chefiada pelo experiente repórter<br />

Joel Pereira, com técnicos de som, fotógrafos e cinegrafistas,<br />

da nossa TV Virtual e <strong>do</strong> Jornal Virtual. Lá, entrevistaram o<br />

senhor Juvenal Vieira que nos relatou essa história impressionante!<br />

É verdade? Não é? Julguem vocês mesmos após ouvirem<br />

o senhor Juvenal. Esta reportagem será mostrada ainda<br />

hoje no Jornal das Dez na TV Virtual.<br />

Vamos aos fatos!<br />

Boa noite, Joel, você está com o senhor Juvenal aí, certo?<br />

Estamos ao vivo na Hora <strong>do</strong> Espanto. Boa noite senhor Juvenal,<br />

seja bem-vin<strong>do</strong> ao nosso programa. A partir de agora, os<br />

amigos ouvintes e telespecta<strong>do</strong>res ficam com o Joel Pereira<br />

entrevistan<strong>do</strong> o senhor Juvenal Vieira de Água Santa.<br />

Boa noite, Jatir, boa noite a to<strong>do</strong>s. Estou aqui com o seu Juvenal<br />

e decidimos que ele vai nos relatar essa impressionante<br />

história <strong>do</strong> lobisomem de Água Santa, sem ser interrompi<strong>do</strong><br />

para ele não perder o fio da meada!. Ouçam o relato!<br />

- Tarde, pessoar! Eu chamo Juvenar Viera, fio <strong>do</strong> coronér<br />

Epitaço Viera e da <strong>do</strong>na Marvina Viera. Sô casa<strong>do</strong> cuma muié<br />

santa que se chama Maria! Já moro em Água Santa há munto<br />

tempo já. Liáis, desde que nasci! Re,re,re...Mais, vamo no que<br />

interessa, né emo? A minina Cacirda, fia <strong>do</strong> coronér Inocenço,<br />

um belo de um dia, apareceu de barriga, prenhe mesmo! Ah!<br />

Fartô gente pra vê o coronér brabo! O bicho ficava vermeio<br />

iguar a língua <strong>do</strong> Totó quan<strong>do</strong> lambe a xoxota da cadelinha da<br />

<strong>do</strong>na Ditinha, re,re,re. O coronér ficô iguar possuí<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sem<br />

Nome, cruiz cre<strong>do</strong>.<br />

Ele gritava: - eu vô matá o fiadaputa que emprenho minha<br />

fia, vô corta o bagúio <strong>do</strong> tar e fazê ele comê! Já pensô isso, seu<br />

Joer? Inté arrupiô os cabelo de iscuitá!

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