Rosa do abismo

Rosa do abismo
para trás e espio os movimentos sutis na atmosfera do céu.
Cada mínima estrela que ousasse um brilho a mais eu a detectaria.
E saberia que não era uma estrela. Seriam eles chegando
em seus discos voadores.
Embora meus olhos não desgrudassem do céu, não pude perceber
o momento exato da aparição. Quando dei por conta já
estavam descendo em uma nave prateada, reluzente. Como
chegaram tão de repente, sem eu nem perceber? Esses discos
voadores e seus aliens sagazes são mesmo muito ágeis. Eles
nunca estão onde você pensa, embora estejam por todos os
lugares oferecendo arrebatamento barato, mas só no começo.
A porta da nave se abre e um deles desce pela rampa que se
estende até o solo. Aproximo-me devagar, mas não consigo
ver com clareza por causa das luzes da nave que me ofuscam.
Converso mentalmente com o alien, digo o que preciso. Alguns
outros aproximam-se. Quero muito dessa vez. Ele me
olha, quer saber o que tenho a oferecer em troca. Tenho o
bastante para pagar o que peço. Dessa vez vendi a geladeira da
minha mãe. Coloco o dinheiro na mão da criatura.
Percebo a chegada de mais naves. Para que tantas? Bem, não
importa. Parece que a festa será boa. Para comemorar minha
despedida. Vou embora deste país.
Os aliens comigo se assustam com a súbita chegada de mais
naves. Seriam seus inimigos? Os crocodilianos ou greys? Tentam
fugir, mas elas descem em alta velocidade e, antes de conseguirem
escapar, estamos todos cercados por muitos aliens
nos apontando pistolas fhasers. Eu nem consegui me mexer
do lugar. Ainda bem que não parecem ser os crocodilianos.
Estes são cinzentos, eu acho. Se bem que à noite todo alien é
cinza. Noto o formato esquisito da cabeça desses aliens intru-
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