19.12.2018 Views

Jornal Cocamar Dezembro 2017

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Deixou de fazer<br />

adubação do seu jeito e agora<br />

segue a recomendação técnica<br />

da equipe da <strong>Cocamar</strong>,<br />

sendo acompanhado pelo técnico<br />

agrícola responsável pelo<br />

café, Tarcísio Andrade Machado,<br />

além de fazer controle<br />

fitossanitário e adubação foliar.<br />

“Se não tratar, não rende, como<br />

qualquer lavoura. Quem pensaria<br />

em plantar soja sem adubar?<br />

Se apenas extrair do solo,<br />

só vai diminuindo a produção”,<br />

afirma Mauro, ressaltando que<br />

não adianta achar que vai produzir<br />

café como antigamente.<br />

“Como qualquer outra lavoura,<br />

tem que acompanhar os avanços<br />

tecnológicos”.<br />

Os Maranho, que produzem<br />

uma média de 18 a 20 sacas por<br />

hectare ou 44 a 48 sacas por alqueire<br />

de café beneficiado, têm<br />

adotado o sistema de “safra<br />

zero”, esqueleteando de dois a<br />

três mil plantas por ano. Também<br />

vêm renovando o cafezal,<br />

adaptando à mecanização,<br />

tendo seis mil pés plantados há<br />

pouco tempo, com mudas produzidas<br />

no sítio. A renovação<br />

vem sendo feita por etapa por<br />

causa do alto custo e para não<br />

ficarem sem renda.<br />

A família também capricha na<br />

qualidade da produção, com<br />

95% dos grãos dando normalmente<br />

bebida dura. E sempre<br />

participa do Concurso de Café<br />

de Qualidade do Paraná, conseguindo<br />

em 2010 e 2014 o terceiro<br />

lugar regional.<br />

“Café é rentável”, garante<br />

Laércio, “mas tem que fazer<br />

certo”. “Se fosse só lavoura de<br />

soja com as terras que temos,<br />

Nem tudo é mecanizável<br />

A família Maranho tem investido<br />

há alguns anos para<br />

formar sua estrutura de mecanização<br />

da propriedade.<br />

Comprou lavador e secador<br />

de café para seis mil litros,<br />

abanadeira motorizada, trator,<br />

soprador, roçadeira manual,<br />

pulverizador motorizado<br />

costal e derriçadeira.<br />

Junto, tem adaptado e renovado<br />

o cafezal antigo. Os<br />

próximos investimentos serão<br />

a roçadeira e o pulverizador<br />

mecânicos e, quem<br />

sabe, conseguir trazer uma<br />

colhedora de café para a região.<br />

“Apesar de ser parcialmente<br />

mecanizada, esta estrutura<br />

já ajuda muito no serviço, facilitando<br />

a nossa vida”, conta<br />

Laércio. Antes, a família contratava<br />

mais seis a sete pessoas<br />

na colheita, por um<br />

passávamos fome”, comenta.<br />

Além de sete hectares de café,<br />

a família tem 2 hectares e meio<br />

de milho, um pedaço de pasto,<br />

onde mantém alguns bezerros,<br />

eucalipto e área de reserva.<br />

Também aproveita ao máximo<br />

a propriedade plantando arroz,<br />

feijão, milho, girassol, amendoim,<br />

quiabo, abóbora e tudo<br />

mais no meio do cafezal novo e<br />

tem criações de porco, galinha<br />

e carneiro.<br />

período maior. Agora, com<br />

mais duas pessoas consegue<br />

colher, em um tempo menor.<br />

“É mais para ajudar a juntar<br />

o café”, diz.<br />

Uma forma que os Maranho<br />

utilizam para reduzir os gastos<br />

com mão de obra na colheita<br />

é a troca de serviço<br />

com produtores vizinhos, um<br />

ajudando o outro na colheita.<br />

Também trabalham como<br />

Família segue recomendações dos técnicos da <strong>Cocamar</strong><br />

pedreiro, tratorista ou qualquer<br />

serviço nas horas vagas.<br />

Dos 28 mil pés de café existentes<br />

na propriedade das<br />

variedades Catuaí Rubi, Tupi,<br />

IPR 100, Catuaí e Iapar 98, só<br />

20 mil são mecanizáveis.<br />

Têm oito mil pés que foram<br />

plantados numa área mais<br />

acidentada e cheia de pedras,<br />

onde não será possível<br />

mecanizar totalmente.<br />

Inclusive, tem dois mil pés que<br />

foram plantados onde só tinha<br />

pedra. “Deu muito trabalho,<br />

mas conseguimos aproveitar<br />

esse um hectare”, afirma Mário.<br />

As covas foram abertas<br />

com enxadão e picareta e<br />

foram levadas 15 carroças de<br />

terra, cerca de 10 toneladas,<br />

para forrar o fundo da cova e<br />

plantar o café na pedra.<br />

J or n al d e S er vi ço Co c am ar | 2 3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!