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OLHARES

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O primeiro capítulo leva o título “O Tempo do<br />

Estranhamento” e é apresentado em quatro seções: A<br />

diversidade dos novos estudantes de Paris 8; Rupturas<br />

seus trabalhos, aprofundarem-se nas suas pesquisas e<br />

reflexões.<br />

Alain Coulon mantém, desde 1995, quando<br />

Interdisciplinaridade<br />

e Complexidade<br />

e mudanças de regras; Definir uma nova situação; e,<br />

como conclusão, Aprender a se tornar estudante. Nessa<br />

aqui esteve por primeira vez, contato regular com<br />

pesquisadores do Brasil. Fruto dessas articulações<br />

Jacques Gauthier 1<br />

<strong>OLHARES</strong><br />

parte, aprende-se que ser estudante é uma condição<br />

a ser conquistada pelo jovem ingressante na educação<br />

superior, na vida universitária; ou seja, não se faz um<br />

estudante apenas pelo ato da passagem num exame<br />

como o vestibular ou no ato da matrícula.<br />

No segundo capítulo – O Tempo da Aprendizagem<br />

- Coulon se dedica a apresentar aspectos que podem<br />

promover o abandono, a evasão, e as estratégias, as<br />

perspectivas, os desencantamentos que os estudantes<br />

vivenciam. Este capítulo está dividido em quatro seções<br />

que levam os títulos: As estratégias dos estudantes<br />

para seguir o currículo; As perspectivas dos estudantes;<br />

O desejo de abandonar; A aprendizagem do trabalho<br />

universitário.<br />

O terceiro tempo, denominado, no terceiro capítulo,<br />

acadêmicas, está, pois, esta edição, cuidadosamente<br />

realizada pela EdUfba, com tradução de Georgina<br />

Gonçalves dos Santos e Sônia Maria Rocha Sampaio.<br />

Ainda na perspectiva dos estudos desenvolvidos por<br />

Coulon, universidades da Bahia, Sergipe e Rio Grande<br />

do Norte visam estratégias de inclusão acadêmica e<br />

pedagógica que possibilitem a integração entre os<br />

grupos de docentes/pesquisadores da pós-graduação<br />

e da graduação, e a criação de um Observatório<br />

Regional do Estudante Universitário (OREU), como um<br />

Centro de Documentação e Informações (estatísticas<br />

e documentos de referência), no âmbito do Projeto<br />

“Tornar-se Universitário: do lugar, do sentido e do<br />

percurso do Ensino Médio e da Educação Superior”,<br />

desenvolvido pela UFRN em parceria com a Uneb/<br />

Resumo: A partir da Teoria do Pensamento Complexo, na perspectiva de<br />

Edgar Morin e Jean-Louis Le Moigne, o autor apresenta quatro critérios de<br />

cientificidade: a pertinência, ligada às intenções do modelizador; o globalismo,<br />

que impede de separar o objeto de conhecimento das suas relações com o<br />

meio global; a teleonomia, segundo a qual o comportamento do objeto de<br />

conhecimento está orientado por fins pressupostos; e, ainda, a agregatividade,<br />

que relativiza toda forma de conhecimento, inseparável das implicações do<br />

modelizador na sua construção. Argumentando a partir de desenvolvimentos<br />

recentes de várias ciências (física, biologia, antropologia cultural), o autor<br />

enfatiza as dimensões interculturais do conhecimento e incentiva os leitores<br />

a refletirem sobre os efeitos do Pensamento Complexo no Direito e no seu<br />

ensino, preferencialmente interdisciplinar.<br />

Palavras-chave: Complexidade, epistemologia, interdisciplinaridade,<br />

interculturalidade.<br />

ARTIGOS<br />

como “O Tempo da Afiliação”, desenvolve-se em três<br />

seções: Interpretar as regras; As propriedades das<br />

regras; e A afiliação intelectual. Aqui, Coulon aprofunda<br />

os conceitos que propõe para dar conta dessa trajetória<br />

do jovem que vem do ensino médio e ingressa na vida<br />

PPGEduC, a UFC/ Linha de Pesquisa: Educação, Currículo<br />

e Ensino e a UFS/PPG-Ed.<br />

Este livro é um convite à reflexão, à mudança, ao<br />

aprimoramento institucional, curricular, acadêmico<br />

e intelectual. Interessa a dirigentes, pesquisadores,<br />

O bom orientador aponta os vários caminhos a seguir,<br />

mas segue o coração de seu orientando.<br />

Jerry Matalawê Pataxó<br />

universitária, numa ambiência intelectual singular e<br />

própria da educação superior.<br />

Para finalizar este trabalho, Alain Coulon anuncia, na<br />

professores e estudantes de graduação e de pósgraduação.<br />

Seu tema atravessa todas as áreas do<br />

conhecimento, pois trata da cultura universitária, uma<br />

Confie na sua bondade.<br />

Chögyam Trungpa<br />

Conclusão Geral, as perspectivas para “uma pedagogia<br />

da afiliação”, destacando dois exemplos de atividades<br />

dimensão que ainda representa um grande desafio para<br />

os que trabalham e estudam nas instituições de ensino<br />

O conceito de Complexidade<br />

potencialmente capazes de facilitar o engajamento<br />

de estudantes no que ele denomina “[...] mundo das<br />

ideias, descobrindo que elas estão classificadas e que<br />

existem regras de acesso ao saber [...]”.<br />

Chega em boa hora esta tradução e publicação,<br />

pela EdUfba, do livro “A condição de estudante: a<br />

entrada na vida universitária” (2008), cuja primeira<br />

edição se deu em 1997. Vários dos seus livros<br />

traduzidos no Brasil já se encontram esgotados:<br />

“Etnometodologia”, “Etnometodologia e Educação” e<br />

superior.<br />

Nadia Hage Fialho – Doutora em Educação, Professora<br />

Plena da Universidade do Estado da Bahia (Uneb),<br />

Docente e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação<br />

em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC/Uneb).<br />

nadiahfialho@gmail.com<br />

Edgar Morin (1990, 1996) criou a Teoria do Pensamento Complexo, que Jean-Louis Le Moigne<br />

formalizou no site internet www.mcxapc.org. Uma apresentação dos desafios do pensamento complexo<br />

para a área da educação foi muito bem realizada por Hugo Assmann, na sua obra Reencantar a educação<br />

– rumo à sociedade aprendente (1998). Hoje vou seguir os passos de Jean-Louis Le Moigne, e meditar a<br />

partir dos seus quatro “critérios de cientificidade” (LE MOIGNE, 1994), que se opõem diretamente aos<br />

critérios enunciados por Descartes no seu célebre Discurso do Método.<br />

- O critério de pertinência, diretamente ligado à questão do contexto de enunciação: todo objeto de<br />

pensamento só pode ser definido a partir das intenções do pensador, ou seja, do sentido que ele deseja<br />

“A Escola de Chicago”. “A condição do estudante” abre<br />

uma nova possibilidade de acesso às suas ideias, às<br />

suas propostas; e possibilita, aos que já conheciam os<br />

1<br />

Filósofo e Doutor em Educação. Professor da disciplina Estudos Culturais do curso de Direito da UNIJORGE. Membro do Comitê Científico da ARIC,<br />

Associação Internacional de Pesquisa Intercultural, e membro do Comitê de Editoração da revista www.entrelugares.ufc.br. Contato: jacques.jupaty@<br />

terra.com.br<br />

UMA PUBLICAÇÃO DO NPPD I UNIJORGE I 12<br />

13 I UNIJORGE I UMA PUBLICAÇÃO DO NPPD

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