Crônicas de corrida

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Soprando meu dente-de-leão é natural. É professoral e chato. É inevitável. Tirar lições profundas e, sendo profundas, querer compartilhá-las. Se fosse eu a leitora, talvez pulasse o capítulo. Porque assim, em palavras, no conjunto, numa talagada só, ficam mais rasas. Um leitor dedicado tiraria mais proveito lendo uma a uma, com um intervalo de tempo ou de quilômetros suficiente para refletir. Para sentir. Para chegar às mesmas lições por outros caminhos. Para chegar a outras melhores, suas, universais. Mas a primeira delas é a que sigo aqui, sem teorizar demais: ouça seu instinto. Então, aqui estão minhas pílulas de sabedoria colhidas nas corridas. Em ordem aleatória, como me ocorreram. • Só conhece seus limites quem tenta ultrapassá-los. • Há dias para correr no circuito fechado. Outros, para caminhos livres. E outros para correr por caminhos que ainda não existem. • Seus joelhos podem lhe ensinar humildade. Mas só se quiser aprender. • Quem compete com outrem não alcança o final do percurso. Nem a melhor parte dele. 61
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Um livro vai para além de um objet
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