Olericultura: A Arte de Cultivar Hortaliças
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
Esta obra é dirigida aos amantes das hortaliças, com informações básicas sobre as peculiaridades da atividade olerícola. Embora escrita em linguagem simples e ilustrada com fotos de forma a atender a curiosidade de leigos no assunto, as informações dessa publicação são fonte importante de conhecimento para estudantes do ensino técnico e também superior na área das ciências agronômicas.
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Lixiviação: significa a remoção de materiais em solução (nutrientes e/ou minerais) pela
passagem da água através do solo no movimento para baixo (percolação) levando-os, além
da zona de desenvolvimento das raízes, podendo alcançar o lençol freático. No caso dos
nutrientes presentes nos adubos, preocupação especial tem sido dedicada ao N (Nitrogênio),
o qual lixivia facilmente podendo contaminar mananciais de água, sobretudo, as águas
subterrâneas. Portanto, além do gasto desnecessário com adubos levando a prejuízos de
ordem econômica, podem causar danos ao ambiente, caso a aplicação seja realizada de
forma inadequada.
Voltando a adubação do meloeiro. Pela interpretação da análise do solo (Ribeiro et al.,
1999) tem-se que: o teor de matéria orgânica (MO) está médio; o de P (com base no teor de
argila), o de K e de Ca estão muito bons; o de Mg está bom; dos micronutrientes zinco (Zn),
ferro (Fe), manganês (Mn) e cobre (Cu) está alto e apenas o de boro (B) está baixo. Portanto,
tem-se que preocupar mais com a adubação desses que estão deficitários, no caso, a matéria
orgânica e B, principalmente.
Com base nas exigências da cultura (Ribeiro et al., 1999), tem-se que: para teor médio de
matéria orgânica, deve-se aplicar 30 t/ha de esterco de gado bovino bem curtido. Para teores
de P, K e de N no solo muito bom, deve-se aplicar:
- 120 kg/ha de P 2
O 5
,
- 100 kg/ha de K 2
O, e
100 kg/ha de N.
Para teor baixo de B, aplicar 10 kg/ha de bórax (fonte de B). Quanto ao Ca e o Mg, eles serão
aplicados via calagem. Todavia, como a relação Ca/Mg está muito alta (8,1:1), seria prudente
também colocar Mg (80 kg/ha de sulfato de magnésio).
Realizados os cálculos do que e quanto aplicar, deve-se definir quando aplicar esses
adubos.
Na adubação de plantio (Figura 6.3), realizada cerca de 10 dias antes do transplante das
mudas, deve-se aplicar: 30 t de esterco + 120 kg de P 2
O 5
+ 80 kg de sulfato de magnésio +
10 kg de K 2
O (10% da dose total) + 20 kg de N (20% da dose total). Esses adubos deverão ser
muito bem misturados ao solo e, caso não chova, fazer irrigação para promover a reação com
o solo.
Na adubação de cobertura, deve-se aplicar o restante do K (90%) e do N (80%); eles deverão
ser aplicados semanalmente, iniciando 15 dias após o transplante das mudas. O K deverá ser
parcelado em seis vezes, colocando 10, 10, 10, 15, 15 e 30% da dose, respectivamente, em cada
aplicação; o N deverá ser parcelado em cinco vezes, colocando 15, 15, 20, 20 e 10% da dose,
respectivamente.
Após cada aplicação das parcelas dos fertilizantes em cobertura, deve-se fazer irrigação
para promover a dissolução dos adubos e infiltração dos nutrientes no solo até a zona em que
se encontra o sistema radicular das plantas.