ANO 10 Nº 55 - Junho/Julho de 2019
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Educação Médica.<br />
Cooperados e cooperadas<br />
participam <strong>de</strong><br />
treinamento para<br />
protocolos<br />
<strong>de</strong> Sepse<br />
Diversas ativida<strong>de</strong>s voltadas para a atualização profissional são<br />
realizadas mensalmente pela Cooperativa<br />
A<br />
cooperada infectologista Marianna Peres Tassara ministrou a palestra<br />
“Treinamento <strong>de</strong> Atendimento Médico: Protocolo <strong>de</strong> Sepse” no dia 22 <strong>de</strong><br />
maio, no Espaço <strong>de</strong> Convivência do complexo administrativo da Unimed.<br />
O treinamento contou com a presença do diretor <strong>de</strong> Recursos Próprios, Washington<br />
Luiz Rios, e <strong>de</strong> médicos e médicas do Serviço <strong>de</strong> Atendimento Unimed, do<br />
Centro Clínico e da Unimed Criança.<br />
A sepse é um conjunto <strong>de</strong> manifestações graves em todo o organismo produzidas<br />
por uma infecção. Ela é conhecida popularmente por infecção generalizada,<br />
porém não é exatamente a infecção que está em todas as partes do<br />
organismo. Às vezes, po<strong>de</strong> se localizar em apenas um órgão, mas provoca em<br />
todo o organismo uma resposta por meio <strong>de</strong> uma inflamação, numa tentativa<br />
<strong>de</strong> combater o agente da infecção. Essa inflamação po<strong>de</strong> vir a comprometer o<br />
funcionamento <strong>de</strong> vários órgãos do paciente.<br />
A médica explicou que, em 2017, a Society of Critical Care Medicine<br />
(SCCM) e a European Society of Critical Care Medicine (ESICM) extinguiram<br />
o termo “sepse grave”, enten<strong>de</strong>ndo que não existem graus <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. “A<br />
sepse é uma disfunção orgânica que <strong>de</strong>ve ser combatida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros<br />
sinais para evitar sua letalida<strong>de</strong>”, esclarece.<br />
De acordo com o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), nas 227 unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> terapia intensiva (UTIs) brasileiras selecionadas aleatoriamente para representarem,<br />
<strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada, o cenário nacional, 30% dos leitos do País estão<br />
ocupados por pacientes com sepse ou choque séptico, e a letalida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> <strong>55</strong>%.<br />
O quadro <strong>de</strong> sepse <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado no reconhecimento <strong>de</strong> três critérios<br />
do qSOFA (quick, sepsis related, organ, failure, assesment), que tem como<br />
objetivo auxiliar na i<strong>de</strong>ntificação precoce <strong>de</strong> pacientes com maior risco <strong>de</strong><br />
evoluírem para sepse. Os critérios são pressão arterial sistólica menor que<br />
<strong>10</strong>0mmHg; frequência respiratória maior ou igual 22 irpm e alteração mental.<br />
Nesses casos, o médico <strong>de</strong>ve realizar a avaliação do paciente em <strong>de</strong>z minutos,<br />
e o protocolo “Pacote <strong>de</strong> 6 horas” <strong>de</strong>ve ser iniciado com base em seis ações:<br />
1. Coleta <strong>de</strong> exames laboratoriais, com resultado em até 60 minutos, para a<br />
pesquisa <strong>de</strong> disfunções orgânicas: gasometria e lactato arterial, hemograma<br />
completo, creatinina, bilirrubina e coagulograma;<br />
2. Hemoculturas antes do início da antibioticoterapia;<br />
Coletiva | junho • julho / <strong>2019</strong>