42 | turismo Múmias Reais Em uma sala na penumbra e com temperatura controlada, estão as múmias reais da 17ª a 21ª dinastias, incrivelmente bem preservadas, incluindo Tutmés II, Seti I e o todo po<strong>de</strong>roso e onipresente Ramsés II. É possível observar a textura da pele, os cabelos e ver em <strong>de</strong>talhes a expressão <strong>de</strong> seus rostos. Em cada sala ou galeria do museu, o visitante verá fabulosas estátuas, sarcófagos — alguns simples, outros ricamente trabalhados –, mais múmias, objetos <strong>de</strong>corativos e cotidianos, esfinges e mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s monumentos. A experiência é singular. equipados com sistema <strong>de</strong> som e enfeitados com luzes coloridas. Você os verá lotados com as pessoas dançando animadamente enquanto navegam. Aproveite a vista noturna da cida<strong>de</strong> do Cairo iluminada e refletida nas águas do rio ao longo <strong>de</strong> suas margens e, claro, a diversão <strong>de</strong> dançar ao som <strong>de</strong> animadas músicas egípcias como é o costume local. 3˚ dia – Pirâmi<strong>de</strong>s 2˚ dia - Khan el Khalili e El Mouiz Street Depois <strong>de</strong> passar o dia inteiro no museu e, com certeza, não ter conseguido ver tudo, você po<strong>de</strong> ainda retornar no dia seguinte. Caso tenha pouco tempo, melhor explorar outros lugares da cida<strong>de</strong> como Khan el Khalili, um imenso mercado <strong>de</strong> estreitas ruelas com milhares <strong>de</strong> pequenas tendas e as mais variadas mercadorias como joias, roupas, sapatos, tecidos, especiarias, objetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração, móveis, repletas <strong>de</strong> gente e mesas nas portas dos cafés e restaurantes. Uma <strong>de</strong>stas ruas é El Mouiz Street, consi<strong>de</strong>rada o maior museu ao ar livre do mundo com monumentos islâmicos antiquíssimos como as mesquitas El Hakim e El Aqmar, além <strong>de</strong> Bab El Fetouh, um dos portões históricos construídos em volta do Cairo no século XI. No fim do dia, não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> navegar pelo Rio Nilo nos barcos E, finalmente, para encerrar <strong>de</strong> modo triunfante esse pequeno roteiro, você estará diante <strong>de</strong> uma das Sete Maravilhas do Mundo: as Pirâmi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Gizé, localizadas no Planalto <strong>de</strong> Gizé, na periferia do Cairo. Neste sítio arqueológico, existem três gran<strong>de</strong>s pirâmi<strong>de</strong>s que foram os túmulos dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, pai, filho e neto. A maior <strong>de</strong>las é a <strong>de</strong> Quéops com 160 metros <strong>de</strong> altura (equivalente a 49 andares) e peso estimado em 5 milhões <strong>de</strong> toneladas, erguida por cerca <strong>de</strong> <strong>10</strong>0 mil homens ao longo <strong>de</strong> 20 anos. Existem cerca <strong>de</strong> 1<strong>10</strong> pirâmi<strong>de</strong>s conhecidas no Egito, mas o país com o maior número <strong>de</strong> construções <strong>de</strong>sse tipo, no entanto, é provavelmente o vizinho Sudão – chamado na antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Núbia, a mais antiga civilização negra na África –, com cerca <strong>de</strong> 220 pirâmi<strong>de</strong>s. As três gran<strong>de</strong>s Pirâmi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Gizé, Patrimônio Mundial da Unesco, encontram-se alinhadas <strong>de</strong> forma precisa com a Constelação <strong>de</strong> Orion e escon<strong>de</strong>m um complexo sistema <strong>de</strong> labirintos. Foram criadas várias câmaras sem saída e corredores inúteis para dificultar um possível saque aos bens do faraó. Você po<strong>de</strong> entrar na pirâmi<strong>de</strong> <strong>de</strong> Queóps e conhecer um <strong>de</strong> seus salões, percorrendo agachado uma gran<strong>de</strong> parte do caminho formado por túneis e passarelas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Estima-se que as pirâmi<strong>de</strong>s contenham aproximadamente 2,3 milhões <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> pedra, com peso variável entre 2 a 30 toneladas. Alguns dos blocos <strong>de</strong> pedra utilizados nas <strong>de</strong> Gizé pesam, no entanto, 50 toneladas. Uma das teorias apresentadas por pesquisadores da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Amsterdã afirma que os trabalhadores <strong>de</strong>slizavam as pedras pela areia molhada, o que facilitava o trabalho. No mesmo lugar, está a famosa e misteriosa Esfinge, corpo <strong>de</strong> leão e cabeça humana, esculpida em um único bloco <strong>de</strong> pedra, cuja i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> ainda <strong>de</strong>sperta questionamentos. O monumento já esteve soterrado na areia, e ninguém sabe ao certo quem <strong>de</strong>struiu uma parte <strong>de</strong> seu nariz. Algumas lendas dizem que teria sido atingido por balas <strong>de</strong> canhão da artilharia <strong>de</strong> Napoleão. Ao final da viagem, talvez você leve consigo mais perguntas do que respostas, mas afinal o que é a vida sem um bom mistério? Coletiva | junho • julho / <strong>2019</strong>
Coletiva | junho • julho / <strong>2019</strong> 43