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O Homem Perfeito - Linda Howard

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Shelley ficava lhe lançando olhares como se ele fosse alguma espécie exótica,

seu foco na busca pela faca dispersado.

Porém, ela finalmente abriu a gaveta certa e encontrou o que queria.

— Ah — disse Jaine, quase desinteressada. — Então é aí que elas estão.

Shelley se virou para encarar Sam, a faca numa mão e o pepino na outra.

— Vocês estão dormindo juntos? — perguntou ela num tom hostil.

— Shelley! — disse Jaine, irritada.

— Ainda não — respondeu Sam, cheio de confiança.

A cozinha foi tomada pelo silêncio. Shelley começou a descascar o pepino

com golpes curtos e raivosos.

— Vocês não parecem irmãs — observou Sam, como se ele não tivesse

dado a conversa por encerrada.

As duas passaram a vida escutando esse comentário, ou pelo menos

alguma versão dele.

— Shelley parece com papai, mas tem o cabelo e os olhos de mamãe, e eu

pareço com mamãe, mas tenho o cabelo e os olhos de papai — respondeu

Jaine, automaticamente.

Shelley era alta, quase treze centímetros maior que Jaine, magra e loura.

Os fios claros eram da farmácia, mas ficavam ótimos com os olhos castanhos

da irmã.

— Você vai ficar com ela hoje? — perguntou Sam a Shelley.

— Não preciso que ninguém fique comigo — disse Jaine.

— Sim — respondeu Shelley.

— Preste atenção e não deixe os jornalistas chegarem perto dela, está

bem?

— Não preciso que ninguém fique comigo — repetiu Jaine.

— Tudo bem — disse Shelley para Sam.

— Ótimo — retrucou Jaine. — Vocês só estão na minha casa. Não

precisam prestar atenção no que eu digo.

Shelley cortou dois pedaços de pepino.

— Incline a cabeça para trás e feche os olhos.

Jaine obedeceu.

— Achei que eu deveria deitar.

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