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O Homem Perfeito - Linda Howard

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encontrara o vizinho saindo de casa. Se seguisse seu horário normal hoje, ele

já teria ido embora, não é?

Mas Sam tinha dito que estava numa força-tarefa e tinha horários

irregulares, o que significava que poderia ir para o trabalho a qualquer

momento. Seria impossível coordenar sua saída para não coincidir com a

dele; ela teria de fazer as coisas no horário de sempre e torcer para dar certo.

Talvez no dia seguinte fosse mais fácil encará-lo com certa compostura, mas,

hoje, não. Não com seu corpo agitado e suas glândulas salivares fazendo hora

extra. Ela simplesmente teria de esquecer o assunto e ir se arrumar.

Jaine parou na frente do armário e se descobriu diante de um dilema.

Qual é a roupa ideal para se encontrar com o vizinho que você acabou de ver

pelado?

Ainda bem que seu joelho estava ralado, decidiu ela, finalmente. Até que

ele sarasse, suas únicas opções eram calças ou saias longas, o que a impedia de

sair rebolando por aí em seu vestido preto de alcinha e acima do joelho,

geralmente guardado para festas, quando queria parecer elegante e

sofisticada. A peça era marcante, e parecia dizer algo como “veja só como eu

sou sexy”, mas de forma alguma era apropriada para o trabalho. O joelho

ralado a salvara de uma gafe terrível.

Por fim, Jaine decidiu que era melhor ser cautelosa e escolheu a calça

social mais sóbria que tinha. Não fazia diferença o fato de que ela sempre

gostara de como a calça realçava sua bunda, nem o fato de que sempre a fazia

receber alguns comentários elogiosos dos homens no trabalho; não

encontraria com Sam hoje. O desconforto do vizinho sobre o que acontecera

devia ser muito maior que o seu. Se alguém iria evitar alguém hoje, seria ele

quem a evitaria.

Mas um homem envergonhado teria aberto aquele sorriso safado? Ele

sabia que era gostoso; mais do que gostoso, droga!

Numa tentativa de se distrair da gostosura de Sam, Jaine ligou a televisão

para assistir às notícias enquanto se vestia e se maquiava.

Ela estava aplicando corretivo no hematoma da maçã do rosto quando a

âncora do jornal matutino local anunciou, numa voz animada: — Freud

nunca soube dizer o que as mulheres querem. Mas, se ele tivesse conversado

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