27.02.2020 Views

Ecos de Belem 00

Todos os assuntos do eixo Belém­-Ajuda nos importam, como moradores destes bairros, porque representam uma única entidade histórica, patrimonial e social, bem como nos interessa toda a actualidade contemporânea e global, como percursores que fomos do mundo “enfim redondo e uno”. Esta revista será a sua voz impressa e este, o número zero, o da apresentação.

Todos os assuntos do eixo Belém­-Ajuda nos importam, como moradores destes bairros, porque representam uma única entidade histórica, patrimonial e social, bem como nos interessa toda a actualidade contemporânea e global, como percursores que fomos do mundo “enfim redondo e uno”.
Esta revista será a sua voz impressa e este, o número zero, o da apresentação.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

19

A Exposição

do Mundo

Português

Esta grandiosa exposição enquadrou-se

num propósito

ideológico bem definido

do Estado Novo e estava associada

às Comemorações do Duplo

Centenário da Fundação (1140)

e da Restauração (1640).

Inaugurada em 1940, solenemente,

pelo então presidente general

Carmona, pretendeu transmitir

uma imagem de unidade e

estabilidade do Império Português,

enquanto o resto do mundo se

dilacerava com a 2ªGuerra Mundial,

e para o efeito é construída

a Praça do Império idealizada por

Duarte Pacheco.

Em 1936 foram projectados os

pavilhões ocupando 450 mil metros

quadrados na Barra do Restelo,

em Belém. Foram mobilizados

5000 operários e incontáveis escultores,

pintores, decoradores, costureiras,

aderecistas e outros técnicos

e a direcção da obra entregue

a 15 engenheiros e 17 arquitetos,

destacando-se como membros da

Comissão Executiva, Júlio Dantas,

Cottinelli Telmo e António Ferro.

Será encarada, segundo a linguagem

da época, como uma “antologia

poética da alma e da raça

portuguesas”. Em 1938, Salazar

define os objetivos, pretendendo

uma exposição histórica, “grande

documentário de civilização”. Para

o mesmo efeito publica-se a Revista

dos Centenários entre 1938 e 1940.

Os pavilhões temáticos que constituíam

a Exposição incluíam o da

Fundação de Portugal e da Independência,

ambos da autoria de Raul Rodrigues

Lima, da Colonização de Carlos

Ramos, do Brasil de Raul Lino,

da Honra e de Lisboa de Cristino

e Silva, dos Portugueses no Mundo

de Cottinelli Telmo, arquiteto-

-chefe de todo o programa, e o Padrão

dos Descobrimentos. Este foi

um dos monumentos mais visitado

e admirado e dos poucos que escaparam

ao efémero.

MONUMENTAL

INVERNO 2016 Ecos de Belém

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!