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Ecos de Belem 00

Todos os assuntos do eixo Belém­-Ajuda nos importam, como moradores destes bairros, porque representam uma única entidade histórica, patrimonial e social, bem como nos interessa toda a actualidade contemporânea e global, como percursores que fomos do mundo “enfim redondo e uno”. Esta revista será a sua voz impressa e este, o número zero, o da apresentação.

Todos os assuntos do eixo Belém­-Ajuda nos importam, como moradores destes bairros, porque representam uma única entidade histórica, patrimonial e social, bem como nos interessa toda a actualidade contemporânea e global, como percursores que fomos do mundo “enfim redondo e uno”.
Esta revista será a sua voz impressa e este, o número zero, o da apresentação.

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21

ra, 46 de comprimento, ocupa uma

área de 695 m2 e uma profundidade

média das estacas-fundação de 20m.

O Monumento homenageia os navegadores

portugueses e os diversos

protagonistas que, de alguma

forma, estiveram ligados aos descobrimentos.

O Padrão, como é vulgarmente

chamado, é pois mais um marco

que pretende enaltecer a nossa epopeia

marítima, enquanto projecto

que mobilizou uma nação.

Simboliza um barco, uma caravela

estilizada, pronta a partir, a navegar,

com o Infante D. Henrique

(1394-1460) ao comando, à proa,

no lugar mais destacado.

Tem nas mão uma pequena embarcação,

que transporta com enlevo

protector. É a mesma preocupação

obstinada, que se pode adivinhar no

olhar, que prescruta o horizonte, e

que foi imprescindível para a idealização

e a concretização do épico

projecto, que ele inicialmente dirigiu,

de chegar à Índia das especiarias

pelas via maritíma.

Aqui acompanham o Príncipe

Perfeito os seus principais nave

gadores, militares, geógrafos, matemáticos,

cosmógrafos, cronistas,

pintores, poetas, homens de leis,

evangelizadores e gente do povo.

Todas as figuras tem 7m de altura,

à excepção do Infante D.Henrique,

que tem 9m.

O Interior do monumento tem

sete pisos e inclui o auditório, a sala

de projecções, bar, salas de exposições

e o terraço, com uma espectacular

vista panorâmica. À frente da

porta de acesso do Padrão deparamo-nos

com a monumental figura

da Rosa dos Ventos, que além

das quatro direções fundamentais

e as intermédias, revela as viagens

mais marcantes desse período, as

rotas dos descobridores portugueses

nos séculos XV e XVI, assinalando

num grandioso mapa, datas,

percursos, personagens ricamente

ilustradas, salpicado por galeões

e sereias, num admirável trabalho

que junta, em doses certas, arte,

rigor histórico e fantasia.

Foi o governo da União da África

do Sul que, em 1960, concebeu

e ofereceu o projecto desta

Rosa-dos-ventos, com 50 metros

de diâmetro, trabalhada por calceteiros

portugueses em mármore

português.

MONUMENTAL

INVERNO 2016 Ecos de Belém

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