Ecos de Belem 00
Todos os assuntos do eixo Belém-Ajuda nos importam, como moradores destes bairros, porque representam uma única entidade histórica, patrimonial e social, bem como nos interessa toda a actualidade contemporânea e global, como percursores que fomos do mundo “enfim redondo e uno”. Esta revista será a sua voz impressa e este, o número zero, o da apresentação.
Todos os assuntos do eixo Belém-Ajuda nos importam, como moradores destes bairros, porque representam uma única entidade histórica, patrimonial e social, bem como nos interessa toda a actualidade contemporânea e global, como percursores que fomos do mundo “enfim redondo e uno”.
Esta revista será a sua voz impressa e este, o número zero, o da apresentação.
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O
jardim da Praça do Império
inscreve-se num quadrado
fronteiro ao Mosteiro dos
Jerónimos. Os grandes alinhamentos
de ciprestes em conjunto com as
oliveiras dão-lhe o carácter evocativo
da paisagem portuguesa.
Dos três lagos existentes, o central
é marcado pela Fonte Luminosa
- ou Fonte Monumental de Belém
- e os laterais pelos elementos
escultóricos.
Os pavimentos são em genuína
calçada portuguesa, evidente no
modo de execução e nos motivos
decorativos, destacando-se os signos
do Zodíaco em três das principais
entradas do jardim. Nas “caixas”
de roseiras existentes no lado
mais próximo dos Jerónimos, são
curiosos os motivos de mosaico-
-cultura executados em buxo, inspirados
nos ornamentos manuelinos
do mosteiro.
O jardim é ainda rodeado pelo
Centro Cultural de Belém, Museu
da Marinha, Planetário Calouste Gulbenkian
e Museu Nacional de Arqueologia.
O Jardim, inspirado no estilo clássico
dos jardins gregos e romanos,
foi construído para a Exposição do
Mundo Português em 1940, com
projecto de Cottineli Telmo, tendo
ficado os trabalhos de Jardinagem a
cargo de Gomes Amorim.
Jardim da Praça do Império
27
O jardim tem sofrido várias alterações
e benefícios ao longo dos anos,
como é o caso dos 30 brasões das
“cidades e províncias de Portugal Continental,
Insular e Ultramarino”, da
Cruz de Cristo e da Cruz de Aviz, realizados
em mosaico-cultura nos canteiros
envolventes à fonte luminosa.
Esses brasões surgiram depois da
Exposição de 1940, sem projeto, dependendo
apenas da imaginação e
habilidade de alguns dos jardineiros
da época.
A Fonte Luminosa foi totalmente
recuperada em 2004, aquando
do Campeonato Europeu de Futebol,
mantendo todo o mecanismo
original.
MONUMENTAL
INVERNO 2016 Ecos de Belém