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Museu da Existência - Criação da Amarelo Silvestre

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DE TANTO PEDALAR, CASEI-ME<br />

Partes de bicicleta<br />

Valor do objecto: Com a bicicleta, o Senhor António<br />

encontrou pretendentes mil e conquistou a esposa.<br />

Proprietário: <strong>Museu</strong> <strong>da</strong> <strong>Existência</strong>.<br />

Origem: Canas de Senhorim.<br />

Método e <strong>da</strong>ta de recolha: Em mão, por mim próprio, de<br />

meu nome Melo, a 17 de Dezembro de 2015.<br />

O Senhor António, 65 anos, contou-me: “Quando<br />

eu fiz 13 anos, os meus pais deram-me uma<br />

bicicleta nova, pareci<strong>da</strong> com uma pasteleira,<br />

com mu<strong>da</strong>nças, luz e tudo. Era uma loucura.<br />

Naquela altura, só tinha bicicleta quem podia e<br />

havia muitos ricos que não tinham. Eu vinha de<br />

Nelas para aqui [Canas de Senhorim] todos os<br />

domingos.” Para tentar “falar” com a Dona Céu,<br />

futura esposa. “Vinha por Algeraz, Vilar Seco,<br />

Santar, Carvalhal [Redondo], Canas [de Senhorim].<br />

De bicicleta.” Perto de 20 quilómetros<br />

para cá e outros tantos para lá. “Aquilo era uma<br />

alegria enorme. Vinha, estava aqui um bocado<br />

[em Canas de Senhorim], às vezes falávamos<br />

[Senhor António e Dona Céu], outras vezes não<br />

chegávamos a falar e eu voltava para Nelas”. Ao<br />

fim de muitas voltas, o Senhor António e a Dona<br />

Céu começaram a namorar. “Estamos casados<br />

há 44 anos”.

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