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Bem Estar Hortensias ed. 135

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ANO 10 • Nº <strong>135</strong> • JUNHO 2020<br />

JORNAL DE COLEÇÃO • TEL. (54) 9 9946.4888 • WWW.NOSSOBEMESTAR.COM<br />

Distribuição gratuita<br />

CIRCULA<br />

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SÃO FRANCISCO DE PAULA<br />

E NOVA PETRÓPOLIS<br />

<br />

As lições da<br />

pandemia<br />

AULAS ONLINE<br />

Uma tendência que se<br />

consolida durante o<br />

isolamento social<br />

<br />

HOMEOPATIA<br />

M<strong>ed</strong>icamentos vem sendo<br />

aliados na prevenção de<br />

doenças respiratórias<br />

Ganhamos um tempo para repensar o nosso propósito<br />

como indivíduos e como seres em inter-relacionamento<br />

social e com o Planeta. E com ele...<br />

SOLÉ BICYCLES/UNSPLASH/BE<br />

/SenacEADoficial<br />

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960H<br />

CONHEÇA TODOS OS


Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 2<br />

transitiva & direta<br />

Nanda Barreto<br />

A revolução do cuidado<br />

HORTÊNSIAS<br />

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a nós agora mesmo!<br />

É da natureza humana: se não houver quem cuide, jamais<br />

haverá quem cresça - em todos os sentidos<br />

A<br />

importância do cuidado nunca<br />

esteve tão evidente na<br />

nossa experiência coletiva. O<br />

mundo pandêmico devolveu<br />

o cuidado ao patamar de onde jamais<br />

deveria ter saído: o centro das nossas<br />

vidas, a base da existência humana. Cuidar<br />

de si, do outro, da nossa casa, da<br />

comunidade, do planeta Terra.<br />

Justo agora que estamos distantes,<br />

reconhecer a nossa interdependência<br />

é caminho mais curto para superarmos<br />

o grave desafio que se apresenta. Está<br />

claro como água: cuidar de mim é cuidar<br />

de você. Estamos isolados em nossas<br />

casas para não contrair o novo coronavírus<br />

e - em igual m<strong>ed</strong>ida - para não<br />

sermos agentes de propagação. Mesmo<br />

que a gente não adoeça, podemos ser<br />

um risco para o outro. E vice-versa.<br />

Como temos visto, esta dimensão<br />

do cuidado compartilhado parece não<br />

ter valor para algumas pessoas - notadamente<br />

para as que acr<strong>ed</strong>itam que a<br />

Terra é plana, o que realmente faz algum<br />

sentido: nessa lógica, bastaria varrer<br />

o vírus para além das beiradas. Assim<br />

como todo o lixo produzido pelo<br />

nosso consumo inconsciente, claro.<br />

Ironias à parte, entendo que existem<br />

inúmeros motivos pelos quais muitos<br />

de nós têm dado de ombros para as<br />

recomendações da Organização Mundial<br />

da Saúde: a necessidade de garantir<br />

o sustento, sem dúvida, é um imperativo.<br />

Mas eu queria aqui tratar de algo<br />

que me parece ser o pano de fundo<br />

desta situação em que nos metemos: a<br />

desconexão com nós próprios e - consequentemente<br />

- com o outro.<br />

Como bem sintetizou o espetaculoso<br />

Leonardo Boff no livro Saber<br />

Cuidar, Ética do humano - compaixão<br />

pela terra, "o cuidado serve de crítica à<br />

nossa civilização agonizante e também<br />

de princípio inspirador de um novo paradigma<br />

de convivialidade".<br />

Então, é preciso voltar algumas casas<br />

no jogo e começar pela autocrítica.<br />

Os erros são civilizatórios e este ônus<br />

também nos diz respeito. Cada um/a<br />

é parte fundamental na transformação<br />

deste modelo individualista de soci<strong>ed</strong>ade.<br />

Isso precisa se dar no nosso zelo<br />

de práticas rotineiras - nas dimensões<br />

física, mental e espiritual - nas r<strong>ed</strong>es de<br />

afeto e comunitárias.<br />

Mas de NADA adiantará usar máscara<br />

e álcool gel se a gente continuar<br />

LAVANDO as mãos frente ao descaso<br />

agravado pelo pensamento neoliberal<br />

Cada um/a é parte fundamental<br />

na transformação deste modelo<br />

individualista de soci<strong>ed</strong>ade.<br />

Isso precisa se dar no nosso<br />

zelo de práticas rotineiras - nas<br />

dimensões física, mental e<br />

espiritual - nas r<strong>ed</strong>es de<br />

afeto e comunitárias.<br />

que exalta a propri<strong>ed</strong>ade privada, encarcera<br />

nossos sonhos, esgota os recursos<br />

naturais e menospreza o bem-<br />

-viver como um direito universal.<br />

Só existe um aparente paradoxo<br />

entre cuidar da economia ou das pessoas<br />

porque nos colocamos à serviço<br />

desta entidade escravagista chamada<br />

mercado financeiro, que concentra<br />

mais de 70% da riqueza mundial às custas<br />

da nossa mão de obra e da evasão<br />

(legal) de impostos. Não sei vocês, mas<br />

eu não tenho dúvidas de quem deve pagar<br />

a conta da crise: é preciso, sim, taxar<br />

as grandes fortunas. E, a partir daí,<br />

investir prioritariamente na saúde pública<br />

- e todos os demais serviços.<br />

Em outras palavras, é dever de todes<br />

que têm acesso à informação CO-<br />

BRAR radicalmente a revitalização do<br />

Estado na sua missão de cuidar da soci<strong>ed</strong>ade.<br />

E isso precisa florescer no cerne<br />

de cada ser humano - especialmente nos<br />

do gênero masculino. A pandemia tem<br />

escancarado também esta desigualdade<br />

na gestão do cuidado: em todas as áreas,<br />

as mulheres estão na linha de frente.<br />

Dentro de casa ou no atendimento<br />

público à saúde, a responsabilidade<br />

pelo cuidado sempre coube a nós - uma<br />

sobrecarga injusta que precisa ser reparada.<br />

Sobre esta desigualdade especificamente<br />

pretendo me debruçar numa<br />

próxima coluna.<br />

Para finalizar, convido quem chegou<br />

até este ponto da leitura a dar um primeiro<br />

passo, oferecendo a sua contribuição<br />

para que a reflexão sobre quem<br />

cuida e quem é cuidado se transforme<br />

em uma prática cotidiana e, principalmente,<br />

num debate público. O interesse<br />

no assunto não poderia ser mais<br />

nobre: garantir a continuidade da nossa<br />

própria espécie.<br />

NANDA BARRETO é jornalista, instrutora de yoga,<br />

feminista y otras cositas más! Nas r<strong>ed</strong>es sociais, é<br />

@transitiva<strong>ed</strong>ireta. Na vida real, é poeta.<br />

/transitiva<strong>ed</strong>ireta<br />

@transitiva<strong>ed</strong>ireta<br />

UNITED NATIONS /UNSPLASH/BE<br />

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EDIÇÃO ESPECIAL DIGITAL<br />

Esther Atz<br />

Editores<br />

Carolina Atz Haas<br />

Diretora Admnistrativa<br />

William Garcia Matos<br />

Diagramador<br />

Escritório de Advocacia Atz<br />

Assessoria de Cobrança<br />

Contato: (54) 99946 4888<br />

hortensias@jornalbemestar.com.br<br />

CENTRAL BEM ESTAR<br />

INFORMAÇÕES DE QUALIDADE<br />

Max Bof<br />

Jornalista Responsável<br />

Diretor de Operações<br />

Érico Vieira<br />

Diretor de Relacionamento<br />

Jaqueline Bica<br />

(ARS DESIGN EDITORIAL)<br />

Diagramação<br />

Informes publicitários, textos e colunas<br />

assinadas não correspondem necessariamente<br />

à opinião do jornal e são de responsabilidade<br />

de seus autores.<br />

Que todos os méritos gerados por<br />

esse trabalho beneficiem e tragam<br />

felicidade para todos os seres.


3 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />

SUPER GENGIBRE<br />

Uma raiz maravilhosa para tratar de forma natural várias doenças do aparelho<br />

digestivo, além de ser excelente para a imunidade.<br />

Conhecido como uma especiaria e<br />

condimento de cozinha, o gengibre<br />

(Zingiber officinale) é originário da<br />

Ásia, e é cultivado hoje em quase todas as<br />

regiões tropicais. É uma das plantas m<strong>ed</strong>icinais<br />

mais utilizadas em todo o mundo. Em<br />

Europa m<strong>ed</strong>ieval lhe foram atribuídas muitas<br />

propri<strong>ed</strong>ades curativas e acr<strong>ed</strong>itava-se<br />

que proc<strong>ed</strong>ia do Jardim do Éden.<br />

O gengibre é uma planta perene que<br />

pode atingir 60 cm de altura. Do gengibre<br />

aproveita-se seu rizoma fresco – de sabor<br />

picante e aroma agradável - que, quando<br />

convertido em pó é também usado como<br />

tempero na preparação de bolos e biscoitos,<br />

nas frutas cozidas e em conserva. É<br />

também um ingr<strong>ed</strong>iente essencial do curry,<br />

que também é utilizado para temperar ensopado<br />

e outros pratos com carne, típico<br />

da culinária indú.<br />

MUITAS PROPRIEDADES<br />

Junto com seu óleo essencial, composto<br />

por zingiberina e outras substâncias<br />

em proporções menores, o gengibre contém,<br />

também, oleoresinas: pectinas, amidos,<br />

açúcares, ceras e sais minerais.<br />

O gengibre destaca-se como eficaz antiinflamatório<br />

e ótimo estimulante circulatório.<br />

Mas o que lhe deu mais popularidade<br />

foi a sua eficácia no tratamento de distúrbios<br />

digestivos, nas náuseas, indigestões<br />

e gases, cólicas e enjoos causados ao viajar.<br />

É, portanto, uma planta carminativa eficaz<br />

que estimula o apetite e ativa os processos<br />

digestivos. Seu uso é indicado mesmo<br />

em casos de úlcera gástrica e dores de<br />

estômago.<br />

Para preparar uma infusão é preciso<br />

uma colher da raiz por cada xícara de água<br />

e deixar ferver de três a cinco minutos.<br />

Deve se beber três vezes ao longo do dia.<br />

O gengibre também é eficaz para tratar<br />

e prevenir várias doenças respiratórias<br />

como gripes e resfriados. Demonstrou-se<br />

sua eficácia para eliminar a tosse, aumentar<br />

a transpiração e baixar a temperatura<br />

corporal.<br />

Para aliviar o muco do peito, são de<br />

grande ajuda os cataplasmas preparados<br />

pela mistura de duas colheres de sementes<br />

de linhaça com uma de gengibre picado.<br />

Ambos ingr<strong>ed</strong>ientes devem ferver-se<br />

em meio copo de leite até obter uma massa<br />

grossa, que deve ser derramada sobre<br />

uma gaze. Deve ser envolvido num pano e<br />

aplicado bem quente sobre o peito.<br />

Como estimulante circulatório o gengibre<br />

é ideal para corrigir a má circulação<br />

nas mãos e pés e combater a pele rachada.<br />

Além disso, ao melhorar a circulação,<br />

ele indiretamente também ajuda a r<strong>ed</strong>uzir<br />

a pressão arterial. Em tais casos uma<br />

boa m<strong>ed</strong>ida é tomar banho de água quente<br />

preparado a partir da fervura durante<br />

cinco minutos de uma colher de gengibre,<br />

triturado ou em pó. Devem-se submergir<br />

alternativamente as mãos e os cotovelos<br />

em intervalos de cinco minutos, enquanto<br />

a água fica morna. É preferível realizar o<br />

processo com o estômago vazio.<br />

O gengibre é eficaz para tratar<br />

e prevenir várias doenças<br />

respiratórias como gripes<br />

e resfriados. Demonstrou-se<br />

sua eficácia para eliminar<br />

a tosse, aumentar a transpiração<br />

e baixar a temperatura corporal.<br />

Além disso, é um potente<br />

fortalec<strong>ed</strong>or da imunidade.


Comportamento<br />

Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 4<br />

AULAS ONLINE<br />

Uma tendência que se consolida durante o isolamento social<br />

A<br />

Covid-19 modificou a realidade<br />

das pessoas em todas as partes<br />

do mundo. E uma dessas mudanças<br />

está relacionada com o aumento<br />

de aulas online em variados segmentos.<br />

Você já participou de alguma delas?<br />

Devido à necessidade de isolamento<br />

social para conter o avanço da doença,<br />

muitos setores e profissionais levaram<br />

as suas atividades para o ambiente<br />

digital, o que gerou um aumento<br />

nas aulas escolares online, cursos<br />

em geral, aulas de academia, yoga, artes<br />

marciais, dança e teatro, aula de<br />

culinária, aromaterapia, entre outros.<br />

Os temas e a idade dos participantes<br />

são variados, e as aulas<br />

virtuais se tornaram<br />

uma oportunidade para<br />

ocupar parte do tempo<br />

livre, exercitar o corpo<br />

e a mente, desenvolver<br />

uma nova habilidade,<br />

e até melhorar a carreira<br />

com cursos profissionalizantes<br />

ou que aprimorem<br />

competências comportamentais.<br />

Quer saber<br />

mais sobre o assunto?<br />

Então,<br />

continue a leitura!<br />

A tendência dos<br />

cursos à distância<br />

O ensino à distância já estava em<br />

crescimento há alguns anos e um dos<br />

motivos para isso foi o avanço da tecnologia<br />

que facilitou a conexão com a internet<br />

a partir de computadores pessoais<br />

e smartphones. Uma pesquisa realizada<br />

pela Associação Brasileira de Educação<br />

à Distância identificou que, em<br />

2018, mais de 9 milhões de pessoas optavam<br />

pela modalidade EAD, tanto para<br />

cursos universitários quanto livres.<br />

Essa alternativa de aprendizado<br />

apresenta vantagens devido à maior flexibilidade<br />

para o estudo e mensalidades<br />

com um custo mais atrativo. Dessa forma,<br />

mesmo com uma rotina cheia ao<br />

longo da semana, é possível ser d<strong>ed</strong>icar<br />

ao aprendizado no fim do dia ou aos sábados<br />

e domingos.<br />

Contudo, devido ao avanço do coronavírus<br />

e a interrupção de cursos<br />

presenciais para evitar aglomerações,


5 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />

as aulas online se tornaram a principal<br />

forma de aprendizado, indo desde <strong>ed</strong>ucação<br />

infantil até aulas de academia e<br />

artesanato.<br />

E se a oferta é grande, o interesse<br />

das pessoas também não fica atrás. O<br />

Google Trend, ferramenta que monitora<br />

termos de pesquisas no Google, indica<br />

que houve um aumento de mais de<br />

100% no número de buscas sobre cursos<br />

online entre a segunda quinzena de<br />

março e o início do mês de abril.<br />

As aulas online são uma forma de<br />

ocupar o tempo livre durante o isolamento<br />

social e são positivas para aliviar<br />

o estresse e a ansi<strong>ed</strong>ade gerados por<br />

esse momento bastante delicado, que<br />

envolve preocupação com a própria<br />

saúde e a dos familiares, questões econômicas<br />

e insegurança quanto ao futuro.<br />

As novas tecnologias<br />

para os cursos à distância<br />

O crescimento dos cursos e aulas<br />

online só é possível com a tecnologia.<br />

Hoje em dia, há diversas ferramentas e<br />

plataformas que permitem a criação e<br />

a oferta de conteúdos online com mais<br />

facilidade, o que pode incluir videoaulas<br />

e materiais de apoio.<br />

As r<strong>ed</strong>es sociais são exemplos disso<br />

e, além de conteúdos gravados, que<br />

As aulas online são uma forma de ocupar o tempo livre durante o<br />

isolamento social e são positivas para aliviar o estresse e a ansi<strong>ed</strong>ade<br />

gerados por esse momento bastante delicado, que envolve<br />

preocupação com a própria saúde e a dos familiares, questões<br />

econômicas e insegurança quanto ao futuro.<br />

podem ser acessados quando o usuário<br />

desejar, ainda há o formato de vídeos<br />

ao vivo, conhecidos como lives, que<br />

permitem uma maior interação entre<br />

os participantes.<br />

Os softwares para comunicação,<br />

como o Skype e o Zoom, também<br />

são positivos para os cursos online.<br />

O Zoom é uma das ferramentas<br />

que ganhou destaque durante o período<br />

de pandemia. Ela é bastante utilizada<br />

no mundo corporativo para videoconferência<br />

com equipes e profissionais<br />

que estejam em diferentes localidades.<br />

Contudo, tem sido útil para encontros<br />

com familiares e aulas online,<br />

já que permite reuniões virtuais com<br />

até 500 pessoas.<br />

Vari<strong>ed</strong>ade em época<br />

de isolamento social<br />

Além do ensino a distância para<br />

os alunos da <strong>ed</strong>ucação infantil, ensino<br />

médio e universitários, também houve<br />

um acréscimo em aulas virtuais dos<br />

mais variados temas.<br />

Algumas instituições e plataformas<br />

disponibilizaram gratuitamente cursos<br />

para ajudar a população a passar pelo<br />

isolamento social. Além disso, profissionais<br />

especializados aproveitaram a<br />

r<strong>ed</strong>e para dar aulas e conseguir uma<br />

fonte de renda, como professores de<br />

idiomas, personal trainers e instrutores<br />

de yoga.<br />

Praticar aulas online e desenvolver<br />

novas habilidades se tornaram estratégias<br />

significativas para preencher parte<br />

da rotina e manter a saúde mental<br />

em dia em épocas de isolamento social.<br />

Mas esse crescimento de aulas online<br />

pode ser positivo inclusive após<br />

a pandemia, já que permite a aproximação<br />

entre instrutores e alunos, localizados<br />

em qualquer parte do mundo.<br />

Além disso, a maioria das aulas virtuais<br />

pode ser realizada em qualquer<br />

período do dia ou aos finais de semana,<br />

permitindo adaptar o aprendizado<br />

a sua rotina.<br />

FOTOS: FREEPIK E ARTHURHIDDEN/FREEPIK/BE<br />

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M<strong>ed</strong>icina Alternativa<br />

Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 6<br />

HOMEOPATIA EM AÇÃO<br />

M<strong>ed</strong>icamentos homeopáticos vem sendo aliados na prevenção e tratamento de doenças respiratórias<br />

A<br />

Homeopatia é um método de<br />

tratamento criado pelo médico<br />

alemão Samuel Hahnemann,<br />

em 1796, que se fundamenta na Lei dos<br />

Semelhantes citada pelo Pai da M<strong>ed</strong>icina<br />

Hipócrates no ano 450 AC.<br />

Segundo esta lei, os semelhantes se<br />

curam pelos semelhantes, isto é, para<br />

tratar um indivíduo que está doente é<br />

necessário aplicar um m<strong>ed</strong>icamento<br />

que apresente (quando experimentado<br />

no homem sadio) os mesmos sintomas<br />

que o doente apresenta.<br />

A homeopatia reconhece os sintomas<br />

como uma reação contra a doença.<br />

A doença seria uma perturbação da<br />

energia vital e o tratamento homeopático<br />

promove o restabelecimento do<br />

equilíbrio.<br />

Os m<strong>ed</strong>icamentos homeopáticos<br />

são preparados a partir de substâncias<br />

extraídas da natureza, provenientes<br />

dos reinos mineral, vegetal ou animal.<br />

A consulta homeopática se caracteriza<br />

por ser mais demorada e abordar<br />

uma série de sintomas e perguntas<br />

muito abrangentes, cujas respostas vão<br />

nortear o médico homeopata a identificar<br />

o m<strong>ed</strong>icamento “semelhante”.<br />

No Brasil, a Homeopatia é considerada<br />

como especialidade médica<br />

desde 1980, reconhecida pelo Conselho<br />

F<strong>ed</strong>eral de M<strong>ed</strong>icina, e integra as<br />

Práticas Integrativas e Complementares<br />

disponibilizadas no Sistema Único<br />

de Saúde (PICs).<br />

COVID 19<br />

Há registros de uso de Homeopatia<br />

no Brasil há cerca de 200 anos, incluindo<br />

protagonismos em tempos de pandemia,<br />

como a gripe espanhola de 1918.<br />

Na atual pandemia, a comunidade<br />

de homeopatas brasileiros e de muitos<br />

países já identificaram várias substâncias<br />

homeopáticas para prevenção e ajuda<br />

no tratamento do coronavírus.


7 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />

M<strong>ed</strong>icina Alternativa<br />

Em Santa Catarina, os postos de<br />

saúde da cidade de Itajaí estão disponibilizando<br />

m<strong>ed</strong>icamentos homeopáticos<br />

com o objetivo de melhorar a imunidade<br />

da população. O município e outras<br />

entidades, porém, destacaram que não<br />

se trata de um remédio contra a doença<br />

Covid-19.<br />

O m<strong>ed</strong>icamento, por óbvio, não<br />

substitui nenhuma outra m<strong>ed</strong>ida de<br />

prevenção. Evitar aglomerações e lavar<br />

as mãos com frequência continuam recomendados,<br />

mesmo para quem usar a<br />

Homeopatia.<br />

Hoje, com o nível de metais<br />

pesados que temos no ar, na<br />

terra e na água e com o estilo<br />

alimentar moderno de baixo<br />

teor nutricional, precisamos<br />

desintoxicar e suplementar<br />

os pacientes para que a<br />

Homeopatia possa estimular de<br />

forma mais eficaz as enzimas<br />

do organismo responsáveis pelo<br />

restabelecimento do equilíbrio”<br />

EQUILÍBRIO BIOQUÍMICO<br />

A farmacêutica Márcia Biegelmeyer<br />

trabalha há mais de 30 anos na área de<br />

manipulação de m<strong>ed</strong>icamentos e ao<br />

longo deste tempo pôde ver ótimos<br />

resultados no uso de Homeopatia em<br />

casos agudos, com um rápida resposta<br />

evitando a uma progressão da doença,<br />

e também em casos crônicos, proporcionando<br />

uma melhora na qualidade de<br />

vida das pessoas. “A resposta é potencializada<br />

quando combinada com orientações<br />

nutricionais para que o equilíbrio<br />

bioquímico do corpo se restabeleça<br />

de uma forma mais rápida”, observa.<br />

Márcia acompanha o movimento<br />

do uso da Homeopatia no contexto<br />

da atual pandemia. Segundo ela vários<br />

médicos homeopatas de outros<br />

países estudaram os sintomas da Covid<br />

e elegeram m<strong>ed</strong>icamentos que pudessem<br />

tratar os mesmos. Porém não<br />

em sua totalidade. Por ser uma doença<br />

desconhecida ainda, no Brasil a Soci<strong>ed</strong>ade<br />

de Médicos Homeopatas vem<br />

se aprofundando nos estudos e elencaram<br />

m<strong>ed</strong>icamentos para os estágios<br />

da doença, mas seguem à procura de<br />

um novo m<strong>ed</strong>icamento que possibilite<br />

abranger a maior parte dos sintomas e<br />

proporcionar a prevenção e recuperação<br />

da saúde.<br />

NUTRIÇÃO<br />

Desde que começou a atuar como<br />

médica homeopata há 35 anos, Neiva<br />

Milani percebeu que alguns pacientes<br />

respondiam rapidamente ao tratamento<br />

e outros não. A constatação levou-a<br />

a buscar novas especializações nas áreas<br />

Ortomolecular e Antienvelhecimento.<br />

“Samuel Hahnemann, o criador<br />

da Homeopatia, já apontava no século<br />

XVIII a deficiência nutricional como um<br />

obstáculo à ação do remédio homeopático.<br />

Hoje, com o nível de metais pesados<br />

que temos no ar, na terra e na<br />

água e com o estilo alimentar moderno<br />

de baixo teor nutricional, precisamos<br />

desintoxicar e suplementar os pacientes<br />

para que a Homeopatia possa<br />

estimular de forma mais eficaz as enzimas<br />

do organismo responsáveis pelo<br />

restabelecimento do equilíbrio”, explica<br />

a médica.<br />

Neiva Milani lembra que o cientista<br />

francês Louis Pasteur foi um dos<br />

pioneiros a descobrir, ainda no século<br />

XIX, que doenças eram causadas por<br />

germes. Antes de morrer reconheceu<br />

que o que importa é o terreno, isto é,<br />

a imunidade do hosp<strong>ed</strong>eiro.<br />

E para manter uma boa imunidade,<br />

o pai da M<strong>ed</strong>icina, Hipócrates, ensinou<br />

há mais de 24 séculos: “Seja o alimento<br />

o teu remédio”.<br />

FOTOS: FREEPIK/BE<br />

YVONE CARDOSO<br />

NATUROPATIA CLINICA<br />

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Matéria de Capa<br />

As lições da<br />

pandemia<br />

Ganhamos um tempo para repensar o<br />

nosso propósito como indivíduos e como<br />

seres em inter-relacionamento social e<br />

com o Planeta. E com ele...<br />

Nossas crianças<br />

precisam de ajuda!<br />

Alimentação, <strong>ed</strong>ucação, segurança,<br />

saúde e lazer, estes são os<br />

direitos fundamentais assinalados<br />

no Estatuto da Criança e do Adolescentes<br />

e defendidos por meio<br />

da Constituição F<strong>ed</strong>eral. É dever<br />

das famílias, da soci<strong>ed</strong>ade e de governos<br />

(seja municipal, estadual ou<br />

f<strong>ed</strong>eral) assegurar esta garantia de<br />

direitos a todas as crianças e adolescentes<br />

do país. Com ênfase nessa<br />

diretriz que precisamos denúnciar<br />

estes casos (confirmados ou<br />

não) de abuso e violência infantil.<br />

A denúncia precisa existir para ser<br />

investigada.<br />

Confira, abaixo, a relação de<br />

órgãos que podem e devem ser<br />

procurados em caso de suspeita<br />

ou de confirmação de agressões físicas<br />

e psicológicas contra crianças<br />

e adolescentes. Estas entidades<br />

atuam em formato de r<strong>ed</strong>e, partilhando<br />

informações e prestando<br />

auxílio em todos os casos.<br />

*Polícia Civil<br />

*Brigada Militar<br />

*Conselho Tutelar<br />

*Escolas<br />

*R<strong>ed</strong>e de saúde<br />

*Creas<br />

*Cras<br />

*Caps<br />

*Ministério Público


Vera Mari Damian<br />

Paciência, resiliência e compreensão<br />

sobre a impermanência<br />

de todas as coisas.<br />

Refletir sobre o ter e o ser.<br />

Descobrir as maravilhas da simplicidade.<br />

Rever nossos hábitos de consumo,<br />

valorar nossas relações e preservar<br />

nossa saúde.<br />

Questionar sobre a terceirização<br />

da <strong>ed</strong>ucação dos filhos.<br />

Cozinhar, aprender a fazer pão e a<br />

ampliar o uso das tecnologias.<br />

Sentir falta de abraços e cuidar de<br />

quem lhe é caro.<br />

Transitar em meio a um baile de<br />

máscaras.<br />

Limpar, lavar, desinfetar.<br />

Se encantar com os golfinhos voltando<br />

a frequentar os canais de Veneza,<br />

com as imagens de animais selvagens<br />

rondando pelas cidades e com o pássaro<br />

tão diferente que pousa e canta no<br />

fio elétrico em frente à sua janela.<br />

Descobrir que as emissões de gases<br />

do efeito estufa r<strong>ed</strong>uziram em 17% por<br />

conta das quarentenas de diferentes países<br />

e constatar que podemos mudar o<br />

rumo ecocida da atual civilização.<br />

Temer pela crise econômica, mas<br />

se espantar com o paradoxo de que<br />

apenas 2.153 pessoas concentram mais<br />

riquezas do que 4,6 bilhões de pessoas<br />

no mundo.<br />

Constatar que nos últimos 30 anos<br />

surgiram cerca de 200 novas doenças,<br />

como o coronavírus, causadas pela relação<br />

pr<strong>ed</strong>atória de exploração de animais<br />

para consumo humano.<br />

Lamentar que a pandemia evidenciou<br />

uma epidemia igualmente vasta de<br />

vírus ideológicos que estavam adormecidos<br />

na nossa soci<strong>ed</strong>ade: fake news, teorias<br />

da conspiração, paranoias, racismo...<br />

Mas também, e acima de tudo, comemorar<br />

a explosão de solidari<strong>ed</strong>ade.<br />

Assumir a responsabilidade individual<br />

e ser protagonista na busca de um<br />

bem-estar coletivo.<br />

Colocar à prova nossa saúde mental,<br />

controlar as emoções, exercer a<br />

empatia e manter a flexibilidade.<br />

Chorar pelas mortes de milhares<br />

de pessoas pelo mundo. Mortes que<br />

poderiam ter sido evitadas.<br />

A lista de aprendizados não tem fim.<br />

E nessa <strong>ed</strong>ição do Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />

convidamos nossos leitores a responder<br />

à pergunta: QUE LIÇÕES APREN-<br />

DO COM ESSA PANDEMIA?<br />

As respostas de pessoas de 22 a 88<br />

anos são reveladoras de um sentimento<br />

de que podemos ser melhores.<br />

E ser melhor pode viralizar.<br />

a<br />

“Aprendi que tudo pode<br />

mudar como num passe de<br />

mágicas. Que a natureza é<br />

perfeita. Que não sentimos<br />

falta do que não falta, até que<br />

falte! Que em um momento de<br />

crise conhecemos realmente<br />

quem somos e todo nosso<br />

potencial, mas também as<br />

nossas sombras.”<br />

>> JOSI MARCOLIN<br />

SOLÉ BICYCLES E FRANK MCKENNA/UNSPLASH/BE<br />

FREEPIK/BE<br />

/SenacEADoficial<br />

@senaceadoficial<br />

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Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 10<br />

odemos viver melhor e com<br />

“P menos, podemos estar no lar<br />

e no trabalho, distâncias evitadas e relações<br />

estreitadas. Aprendemos a conter.<br />

Entender cortes, na guerra. A pandemia<br />

é a 3 guerra mundial e todos estamos<br />

nela”.<br />

JAILZA DOS SANTOS MARTINS<br />

prendo a viver um dia de cada<br />

“A vez e a valorizar pequenas coisas,<br />

como uma comida feita em casa e o ter<br />

tempo para curtir meu filho de 4 anos”.<br />

“Essa pandemia veio para<br />

mostrar-nos, que só o ter, sem<br />

o ser, é ilusório; que é preciso<br />

fazer uma reforma interior, a<br />

partir do autoconhecimento;<br />

que a essência da vida está<br />

na simplicidade, que o seu<br />

significado está na partilha e que<br />

a razão do viver está no amar. ”<br />

>> VOLNEI FLÁVIO SOLDATELLI, 58 ANOS<br />

CRISTIANE, 42 ANOS<br />

eaprendo minha frase favorita:<br />

“R 'aos elogios do mundo, prefiro<br />

os aplausos da minha consciência'.<br />

LEVI, 22 ANOS<br />

uem sabe não conseguimos<br />

“Q até aproveitar para corrigir alguns<br />

graves problemas estruturais? Tomara.<br />

Eu sempre disse que nunca saímos<br />

os mesmos de uma depressão,<br />

mas não necessariamente para pior. Há<br />

coisas que até podemos melhorar depois<br />

de um período como este, da Covid-19.<br />

Talvez seja isso que vai acon-<br />

tecer com a humanidade. Estamos em<br />

uma espécie de depressão coletiva.<br />

Quando renascermos das cinzas, seremos<br />

diferentes - torço para que não necessariamente<br />

piores”. (veja mais no link<br />

no fim da matéria)<br />

SABRINA DIDONÉ, 31 ANOS<br />

stou me observando e observando<br />

o panorama mundial, nunca<br />

“E<br />

visto até então. Concluo que cada um de<br />

nós vive seu processo particular imerso<br />

dentro do contexto maior. O que ajuda?<br />

<strong>Estar</strong> equilibrado holisticamente,<br />

ou seja, emocional, corporal e espiritual<br />

para assentir ao que está acontecendo<br />

nesta pandemia mundial. Eu me sinto<br />

privilegiada e agradecida por ter me<br />

aberto a este aprendizado de estar disponível<br />

para o que tiver que acontecer ”.<br />

(veja mais no link no fim da matéria)<br />

ELIANA BORELLI, 62 ANOS<br />

prendi que tudo pode mudar<br />

como num passe de má-<br />

“A<br />

gicas. Que a natureza é perfeita. Que<br />

não sentimos falta do que não falta, até<br />

que falte! Que em um momento de crise<br />

conhecemos realmente quem somos<br />

e todo nosso potencial, mas também<br />

as nossas sombras. Que há um abismo<br />

dentro de mim, mas também há um paraíso<br />

e que posso passar de um estado<br />

para o outro em segundos. Cada decisão<br />

e atitude podem ser cruciais. Que<br />

podemos ser milagre na vida das pessoas.<br />

Que não há mais espaço em cima do<br />

muro. Que aprendo mais com minha filha<br />

do que ela comigo. Que muita gente<br />

sabe muito na teoria, mas a prática é<br />

bem diferente. Que apesar de tudo, tenho<br />

fé em um mundo melhor!”<br />

JOSI MARCOLIN, 40 ANOS<br />

TIM MARSHALL/UNSPLASH/BE


11 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />

Matéria de Capa<br />

cho que existem três aprendi-<br />

muito importantes, que<br />

“Azados<br />

juntos podem formar algo novo dentro<br />

de cada um. A primeira delas é a IM-<br />

PERMANÊNCIA das coisas, como as<br />

coisas mudam muito e a todo o instante.<br />

Outra é o DESAPEGO, a necessidade<br />

abrir mão do que não conseguimos<br />

TER ou CONTROLAR e, por fim,<br />

a TRANSFORMAÇÃO, como maneira<br />

de nos reestruturarmos dentro deste<br />

novo normal”.<br />

sse momento da vida tem me<br />

“E ensinado a viver com intensidade<br />

o amor familiar, o amor pela casa e<br />

o cuidado com ela, o amor com as roupas/vestes<br />

que precisam ser higienizadas,<br />

enfim viver de forma consciente e<br />

grata, pois a vida passa rápido. A morte<br />

faz parte. Todos vamos morrer um<br />

dia, mas o risco dela estar tão próxima<br />

gera movimentos diferenciados que nos<br />

movimenta a intensificar cada momento.<br />

Aprendo a todo instante que posso<br />

ser a cada dia mais gentil e carinhosa.<br />

VITOR RODRIGUES, 47 ANOS<br />

uando fechamos o universo<br />

“Q exterior temos que abrir o interior.<br />

O encontro consigo mesmo dependerá<br />

de como somos. Percebemos<br />

o mundo muito mais a partir do que<br />

somos do que como o mundo é”.<br />

ALBERTO BRACAGIOLI, 60 ANOS<br />

omo já desenvolvia minhas atividades<br />

profissionais na for-<br />

“C<br />

ma de tele trabalho e resido só, o isolamento<br />

não me trouxe muitas alterações<br />

de rotina, a não ser pelo fechamento<br />

dos espaços públicos de cultura<br />

e entretenimento que frequento. Sinto<br />

muita falta deles. Durante a pandemia,<br />

reforcei os laços de amizade e tentei<br />

auxiliar, dentro das minhas possibilidades,<br />

as pessoas que necessitam de algum<br />

tipo de apoio.<br />

RUBEM, 46 ANOS.<br />

prendo sobre a importância dos<br />

“A singelos e puros presentes que a<br />

mãe natureza nos oferece generosamente:<br />

ar, sol, árvores, chuva e os animais”.<br />

ELIS, 40 ANOS<br />

pandemia conseguiu exteriorizar<br />

o que há de melhor em al-<br />

“A<br />

gumas pessoas, mas também o que há<br />

de pior em outras. E vi, sobretudo, que<br />

a ciência e a informação séria e verídica<br />

“Acr<strong>ed</strong>ito que uma das<br />

principais lições é o quanto<br />

escolhas individuais podem<br />

ser determinantes na vida<br />

do outro; o quanto uma<br />

ação individual afeta<br />

profundamente o coletivo”.<br />

>> ALESSANDRA, 42 ANOS<br />

pandemia veio nos mostrar o<br />

quanto somos frágeis, o quanto<br />

necessitamos exercitar nossa fraternidade,<br />

o amor ao nosso próximo!<br />

Precisamos praticar o denunca<br />

foram tão necessárias. E a paz de<br />

espírito também”.<br />

MARLEI, 57 ANOS.<br />

ROSEMARI JOHAN, 62 ANOS.<br />

á um velho ditado que diz<br />

“H‘não deixe para amanhã o que<br />

pode ser feito hoje’. Ele é tão óbvio (alguém<br />

garante que estará vivo amanhã?)<br />

que frequentemente ele é deixado um<br />

pouco de lado (não cabe aqui discutir o<br />

porquê). Esta pandemia veio para lembrarmos<br />

de que o nosso tempo é agora,<br />

não amanhã. Tempo é vida!”<br />

“A<br />

LIDIANE, 26 ANOS<br />

a<br />

JCOMP/FREEPIK/BE<br />

Dica de


Matéria de Capa<br />

Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 12<br />

“Eu percebo este período,<br />

como todo período de crise,<br />

de dificuldades, de ameaça<br />

à zona de conforto, como<br />

sendo de oportunidades.<br />

Oportunidade de mudança<br />

pessoal, oportunidade de<br />

novo negócio, de crescimento,<br />

enfim, oportunidade de algum<br />

aprendizado para a vida”.<br />

>> MARIO, 48 ANOS “A<br />

sapego aos bens materiais e dar valor ao<br />

que realmente importa. E nunca, jamais<br />

esquecer o quanto Deus é bom e justo!<br />

O mal não foi criado por Ele e sim pelo<br />

nosso atraso moral! Estamos na época<br />

da colheita... Esse vírus invisível que nos<br />

ataca quer chamar nossa atenção para o<br />

respeito às leis soberanas. Ao meu ver,<br />

só com o exercício fraterno de apoio<br />

mútuo que a humanidade vencerá o vírus!<br />

Esse é um tempo de avaliar o que<br />

realmente importa em nossas vidas!”<br />

MIRIAM, 63 ANOS<br />

prendi que o mundo nunca<br />

mais será o mesmo e que, para<br />

seguir em frente, será preciso ressignificar<br />

muitas coisas, a começar pelo nosso<br />

mindset. Aprendi a rever a forma como<br />

levava a minha vida, como me comunicava,<br />

como geria o meu tempo e como<br />

me relacionava. Aprendi a viver de maneira,<br />

ainda, mais sustentável". (veja mais<br />

no link no fim da matéria).<br />

LENORA SANTOS, 50 ANOS<br />

into que uma das grandes lições<br />

“S que estou tendo é a de abrir<br />

mão de projetos previamente estabelecidos<br />

e me abrir para viver o que a vida<br />

me oferece neste momento, mesmo<br />

sem nenhuma segurança em relação ao<br />

futuro, continuar tendo esperança, fé e<br />

confiando na benignidade da vida. Outra<br />

grande tomada de consciência está<br />

sendo em relação ao quanto minhas atitudes<br />

individuais, responsáveis ou irresponsáveis,<br />

afetam o todo, contribuindo<br />

para melhorar ou agravar a crise. Então,<br />

tenho conscientemente escolhido colaborar<br />

com o bem comum”.<br />

GINA RAQUEL MARTIN, 59 ANOS<br />

iver cada dia um dia. Sem perder<br />

a esperança e o sorriso no<br />

“V<br />

rosto. Toda crise tem um início, meio<br />

e fim. E essa também irá terminar. Mas<br />

como não sabemos quando, temos que<br />

viver com ela e fazer nosso melhor.<br />

Inovar, cuidar das pessoas que estão ao<br />

nosso r<strong>ed</strong>or. Todos esforços para continuarmos<br />

respirando quanto ser humano<br />

e empresa. Seguir multiplicando<br />

luz e amor no mundo.<br />

VERÔNICA, 31 ANOS<br />

ssa pandemia veio ressaltar a<br />

“E diferença entre ‘ter’ e ‘ser’. A<br />

maioria de nós, anseia ter. Ficou provado<br />

que não somos nada”.<br />

IVAN, 88 ANOS<br />

prendi e estou aprendendo a<br />

“A me valorizar, cuidar mais de<br />

mim para então poder cuidar do próximo”.<br />

CINTIA, 39 ANOS<br />

VERA MARI DAMIAN é jornalista e ambientalista.<br />

LEIA MAIS.<br />

Mais depoimentos dos<br />

aprendizados durante<br />

a pandemia<br />

você encontra no portal<br />

nossobemestar.com<br />

FREEPIK/BE


13 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />

Como proteger seu animal no inverno<br />

Mantenha a saúde do mascote em dia, nesta estação tão fria, tomando alguns cuidados simples. Leia e faça.<br />

©ISTOCKPHOTO.COM/NIKOLAY POZDEEVS<br />

“Os donos devem ficar atentos<br />

e tomar alguns cuidados para<br />

proteger o animal de doenças<br />

respiratórias, típicas do inverno”.<br />

Quando a temperatura<br />

começa a baixar, não<br />

são só os humanos que<br />

sentem frio e precisam de proteção,<br />

os animais também. Os<br />

mais afetados são os de pelagem<br />

curta, pois têm menos<br />

proteção natural.<br />

Os donos devem ficar<br />

atentos e tomar alguns cuidados<br />

para proteger o animal<br />

de doenças respiratórias,<br />

típicas do inverno.<br />

Caso da gripe canina<br />

ou tosse dos canis,<br />

conhecida tecnicamente<br />

por taqueobronquite<br />

infecciosa canina.<br />

Animais com gripe<br />

canina apresentam<br />

tosse<br />

seca aguda, seguida por movimentos que<br />

lembram os de vômito e engasgo. A doença<br />

é contagiosa, sendo transmitida de um<br />

animal a outro pelo simples contato. Por<br />

esse motivo, cães que frequentam ambientes<br />

com grande concentração de animais,<br />

como por exemplo, parques, hotéis e clínicas<br />

veterinárias, estão mais propensos a<br />

adquirir a doença. Fique atento aos sintomas<br />

e procure o veterinário<br />

de sua confiança em<br />

caso de suspeita.<br />

Importante:<br />

Como prevenir é<br />

o melhor remédio,<br />

os hospitais<br />

e clínicas veterinárias<br />

dispõem de uma<br />

vacina contra a gripe<br />

canina. Vacine o seu cão!<br />

DICAS PARA UM<br />

INVERNO TRANQUILO<br />

• Não deixe seu cão em ambientes<br />

úmidos e próximos a correntes de vento.<br />

Ninguém gosta de passar frio, não é mesmo?<br />

• A temperatura caiu um pouco, mas<br />

não deixe de passear com o seu animal. Ele<br />

precisa disso. Dê preferência para os dias e<br />

horários mais quentes.<br />

• Roupas, lenços e cachecóis são bem-<br />

-vindos, principalmente para animais de pelagem<br />

curta. Mas, lembre-se de escolher a<br />

numeração correta para o seu animal, para<br />

que ele não se sinta ‘amarrado’.<br />

• Não se esqueça, também, de seu<br />

lugar de dormir. Manter o animal aquecido<br />

em períodos frios é muito importante.<br />

Um cantinho bem quentinho para dormir é<br />

tudo de bom.<br />

• Evite banhos em dias muito frios e<br />

diminua a frequência de banhos no inverno.<br />

• Mantenha a pelagem do animal mais<br />

comprida no inverno, evitando tosas muito<br />

baixas. Esta é a proteção natural que<br />

ele tem.


CANELA<br />

FERNANDA MENDES RIBEIRO<br />

Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 14<br />

COMPARTILHANDO OLHARES, SABERES E EXPERIÊNCIAS<br />

Externar é preciso,<br />

mas com responsabilidade!<br />

A nova ordem natural<br />

provoca atitudes renovadas,<br />

pensamentos, estímulos,<br />

fundamentos e porque não incluir<br />

até experiências sensoriais?!<br />

O momento também<br />

exige introspecção. Realinhamento<br />

de nossas energias e<br />

equilíbrio para, sim, ‘sobreviver’<br />

diante desta austera realidade<br />

imposta.<br />

Mesmo já consciente de<br />

nossas próprias convicções,<br />

ainda assim somos vulneráveis<br />

a toda recepção de carga<br />

e força externas que se abate<br />

sobre nós. Não tenho dúvida<br />

que em maior ou menor<br />

grau, somos suscetíveis ao<br />

que identifico como “interferências”.<br />

A própria técnica<br />

Reiki, prática que usa a transmissão<br />

de energia para o corpo<br />

por meio da imposição das<br />

mãos, adota de forma positiva<br />

esta conexão com eficiência,<br />

seguindo a mesma lógica.<br />

Mas não é só isso. Mais<br />

que uma prece, intercessão<br />

ou qualquer ritual que venhamos<br />

à mentalizar – para bons<br />

ou maus momentos –, invocamos<br />

energias que extraímos<br />

de nossa essência. Codificamos<br />

ideias, pensamentos,<br />

reflexões que mais adiante,<br />

poderá ser expresso na<br />

forma verbal ou até se materializar.<br />

E, seja como for, impactará<br />

nas pessoas ou deixará<br />

alguma impressão. Por isso<br />

sempre reforço que palavras<br />

também transmitem energias.<br />

E que repito: para o bem ou<br />

para mal. Portanto, acima de<br />

tudo, responsabilidade no que<br />

exteriorizamos.<br />

Este fluxo da internalizar<br />

ou externar está muito ligado<br />

a nossa motivação ou estado<br />

emocional. E interliga-se<br />

com o ambiente<br />

onde nos situamos.<br />

Como o próprio novo<br />

Coronavírus forçou o<br />

distanciamento social e,<br />

por consequência, voltarmos<br />

para a nossa individualidade,<br />

precisamos<br />

exercitar mais do<br />

que nunca o espírito de<br />

coletividade e utilizando<br />

do atual subterfúgio<br />

propagado pelo conceito<br />

de empatia, aplicar<br />

não só em nossas trajetórias<br />

neste plano, mas<br />

para quem nos cerca.<br />

Claro de forma correta,<br />

no momento certo e<br />

adequado.<br />

Sugiro ao leitor, a título<br />

de conhecimento, um<br />

aprofundamento de relatos<br />

em torno dos conceitos<br />

quânticos, que emanam saltos<br />

de emissão ou absorção<br />

de energia, e que ganham forma<br />

a partir do advento da<br />

pandemia. Em meio a essa enxurrada<br />

de notícias oficiais e<br />

tão ruins que avassalam e nos<br />

contaminam, muitas vezes influenciando<br />

nosso estado de<br />

espírito, sempre é bom sorver<br />

de outras fontes.<br />

Sem teorizar aqui, só compartilho<br />

neste ensaio, o que<br />

na prática muitos adotam em<br />

suas vidas ou já é de conhecimento.<br />

Para provocar novas<br />

reflexões e proporcionar<br />

por aqui, um canal de interlocução.<br />

Para abrir caminhos<br />

e traçar novos rumos. Deixo<br />

aqui o mantra entre vários<br />

ideais que uso para mim: ‘a felicidade<br />

não é um destino, e<br />

sim a forma como se faz a viagem!<br />

Fernanda Mendes Ribeiro<br />

Advogada com especialização em<br />

direito empresarial e negócios internacionais,<br />

membro do Conselho da<br />

Mulher Advogada PoA/RS e idealizadora<br />

do Essência Feminina Empreend<strong>ed</strong>orismo<br />

@Fernanda.mendesribeiro


15 • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong><br />

GRAMADO<br />

ADRIANA SILVEIRA<br />

COMO ENTENDER AS PEDRAS<br />

Já contei aqui que gosto muito de estar<br />

na natureza. Isso começou quando<br />

passei a acompanhar meu marido,<br />

que pratica pesca esportiva, por<br />

lugares incríveis em que a natureza reina<br />

absoluta. Dia desses voltei no tempo<br />

e lembrei o quanto gostava de ir na casa<br />

da avó Olímpia (mãe do meu pai), tudo<br />

porque percorríamos um caminho diferente.<br />

Saíamos do bairro Planalto e íamos<br />

por uma trilha em meio à mata até bairro<br />

Pórtico. Eu e meu irmão corríamos caçando<br />

borboletas e descobrindo cada p<strong>ed</strong>acinho<br />

novo da “aventura”. Quando se<br />

é criança tudo tem uma dimensão maior<br />

e naquela época então... muito mais. Minha<br />

mãe sempre dava um jeito de fazer a<br />

gente se divertir no dia de visitar a “vó”.<br />

Fiquei feliz em relembrar disso, pois<br />

confirma que eu sempre tive essa conexão<br />

com o que é simples e incrivelmente<br />

belo. Correr pelo mato contando os<br />

passos para sentir o cheiro do café com<br />

bolinho de chuva mais gostoso do mundo<br />

ainda seguiria no meu trend topics de<br />

felicidade se ela estivesse viva. Recordações<br />

que se transformam em aprendizados.<br />

As andanças pela natureza têm me<br />

ensinado muito. Talvez porque para haver<br />

conexão é preciso aquietar e observar.<br />

No dia a dia pouco se observa<br />

e ouve. As pessoas escutam já pensando<br />

na resposta (melhor) que vão dar. Em<br />

nossas incursões pelos rios (brasileiros e<br />

argentinos, especialmente) meu marido<br />

pesca eu fotografo. Para acompanhá-lo<br />

é preciso ter disposição, são vários quilômetros<br />

em<br />

trechos que<br />

muitas vezes<br />

parecem impossíveis<br />

de<br />

serem vencidos.<br />

Da mata<br />

fechada eu<br />

já não tenho<br />

mais m<strong>ed</strong>o.<br />

As galochas<br />

me protegem<br />

e eu adoro<br />

sentir o<br />

cheio das flores<br />

do campo,<br />

do eucalipto,<br />

da macela. Descobri que adoro um<br />

trekking! Ah, e tem também a hora do piquenique,<br />

que foi instituído por mim e é<br />

um momento em que relaxamos e curtimos<br />

juntinhos paisagens incríveis.<br />

Mas atravessar os rios é algo que eu<br />

ainda estou aprendendo. Rios de pesca<br />

esportiva são, em sua maioria, rasos e<br />

não apresentam riscos. Mas é necessário<br />

ter uma habilidade ímpar para chegar ao<br />

outro lado da margem: é preciso entender<br />

as p<strong>ed</strong>ras. Entender as p<strong>ed</strong>ras é saber que<br />

elas estão lá aos milhares, de todos os tamanhos<br />

e formas. A água que corre entre<br />

elas adiciona<br />

um efeito<br />

especial, o<br />

limo, deixando-as<br />

lustrosas,<br />

muito lisas.<br />

Como<br />

passar sem<br />

cair?<br />

Eu já encarei<br />

as p<strong>ed</strong>ras<br />

do rio<br />

como um<br />

obstáculo. Já<br />

cai na água<br />

gelada e fiquei<br />

com raiva.<br />

Com o tempo passei a rir da minha falta<br />

de habilidade. Hoje eu encaro o rio de<br />

uma maneira diferente. Eu acolho, aceito<br />

cada p<strong>ed</strong>rinha que está ali. Antes eu queria<br />

passar ligeiro, ficava aflita com aquele<br />

momento, pisava em qualquer p<strong>ed</strong>ra sem<br />

prestar a atenção, e por isso caia.<br />

O Mateus me dizia “vai com calma,<br />

olha as p<strong>ed</strong>ras, depois escolhe em qual vai<br />

pisar”. Então eu comecei a perceber que<br />

era isso que faltava. Olhar para o rio, entender<br />

o movimento da água. Perceber<br />

que nem sempre a p<strong>ed</strong>ra grande é a mais<br />

segura. P<strong>ed</strong>ras menores bem acomodadas<br />

no fundo do rio são uma base mais segura<br />

de sustentação.<br />

Quando olhei para aquele desafio<br />

com inteligência encontrei a resposta. E<br />

comecei a atravessar sem cair na água.<br />

Compreendi que era preciso entender o<br />

papel de cada um, aceitar o que cada p<strong>ed</strong>ra<br />

tem a oferecer, agradecer e seguir o<br />

meu caminho.<br />

Creio que todos nós estamos sempre<br />

fazendo uma travessia. Seja no âmbito<br />

pessoal ou profissional, sempre haverá<br />

p<strong>ed</strong>ras pelo caminho. Elas podem nos<br />

fazer cair ou podem nos sustentar para<br />

chegarmos à outra margem. Só depende<br />

de como nós lidamos com elas.<br />

Adriana Silveira<br />

Jornalista - Gestora de Marcas<br />

Se você quer conversar comigo<br />

eu estou no<br />

fone: 54 98122.2593<br />

e.mail: adriana@adrianasilveira.com<br />

site: adrianasilveira.com


CAMPANHA SOLIDÁRIA<br />

SOU TETEO E TENHO 8 MESES<br />

Nosso <strong>Bem</strong> <strong>Estar</strong> • Nº <strong>135</strong> • Junho 2020 • 16<br />

Meu nome é Natália Benavides,<br />

sou médica veterinária<br />

e resido atualmente<br />

em Gramado/RS.<br />

Estou aqui como porta voz de<br />

um bebê muito especial, Matteo<br />

Schmitz Piccin Jardim .<br />

Vou deixar que ele conte um<br />

resumo da sua história para vocês!<br />

SOU TETEO!<br />

TENHO 8 MESES ....<br />

“Oi!<br />

Meu nome é Matteo Schmitz<br />

Piccin Jardim, todos me chamam<br />

de Teteo. Nasci no dia 30 de setembro<br />

de 2019, em Porto Alegre/<br />

RS. Enquanto eu estava na barriga<br />

da minha mãe estava tudo muito<br />

bem, sem nenhuma complicação;<br />

ah, e os exames do pré-<br />

-natal estavam todos “ok”.<br />

A primeira surpresa<br />

que meus pais tiveram<br />

foi o diagnóstico de Síndrome<br />

de Down. Sim,<br />

meus pais só souberam<br />

quando eu nasci, mas<br />

a alegria de todos em<br />

me ver era algo muito<br />

maior! Meus pais e<br />

nossos familiares estavam<br />

tão felizes com<br />

a minha chegada!<br />

Claro que a rotina<br />

dos meus pais iria mudar<br />

um pouco, e já em<br />

casa nós começamos a<br />

nos conhecer melhor,<br />

adaptar as nossas vidas! Eu<br />

recebi várias visitas e muito<br />

amor de todos! Com alguns<br />

dias de vida veio a segunda surpresa<br />

para meus pais e para mim:<br />

comecei a apresentar sérias dificuldades<br />

respiratórias e minha capacidade<br />

motora não estava evoluindo<br />

como deveria. Foi depois<br />

de uma crise respiratória grave<br />

que precisei ser internado na UTI<br />

Neonatal por 57 dias (um tempão,<br />

né?! Eu sei!).<br />

Meus médicos estavam bastante<br />

preocupados, porque o meu<br />

quadro clínico os levava a pensar<br />

na possibilidade de eu ter outra<br />

doença concomitante com a Síndrome<br />

de Down. Após exames<br />

e testes a resposta chegou: sou<br />

portador da doença AME (atrofia<br />

muscular espinhal) uma doença genética<br />

rara, e eu possuo a do tipo<br />

I, a mais agressiva.<br />

Para explicar melhor vou listar<br />

algumas informações:<br />

SOBRE A AME<br />

(ATROFIA MUSCULAR<br />

ESPINHAL)<br />

- É uma doença neuromuscular<br />

caracterizada por degeneração<br />

e perda de neurônios motores da<br />

m<strong>ed</strong>ula espinhal e do tronco cerebral;<br />

- Causa fraqueza muscular progressiva<br />

e atrofia;<br />

- É uma das doenças mais letais<br />

na infância;<br />

- Afeta 1 a cada 10 mil recém-<br />

-nascidos, podendo levar à morte<br />

ou exigir o uso de aparelho de respiração<br />

artificial;<br />

· Talvez eu seja o único portador<br />

de Síndrome de Down e AME<br />

no mundo!<br />

- Ficamos sabendo<br />

de<br />

uma m<strong>ed</strong>i-<br />

cação<br />

que pode<br />

me ajudar, e<br />

muito! O nome dela é<br />

Zolgensma (nome é um pouco estranho,<br />

mas você se acostuma).<br />

SOBRE A ZOLGENSMA:<br />

- Desenvolvida pelo laboratório<br />

Novartis;<br />

- É uma terapia genética (um vírus<br />

transporta uma proteína para<br />

dentro das células motoras, corrigindo<br />

o DNA afetado, uma cura<br />

genética nos casos de tipo 1 (meu<br />

tipo).<br />

- Deve ser administrada até os<br />

2 anos de idade! Detalhe, já estou<br />

com 8 meses!!<br />

- Os tratamentos ainda não<br />

são capazes de recuperar os neurônios<br />

motores que foram perdidos,<br />

mas possibilita que nós, crianças<br />

que não andam e mal conseguem<br />

respirar sozinhas ganhem de<br />

volta a plena capacidade muscular<br />

e uma vida sem limitações.<br />

- O custo dela é de US$ 2,1<br />

milhões – sendo, hoje, a mais cara<br />

do mundo! (Pois é, o valor é este<br />

mesmo! Não estou mentindo).<br />

Assim que meus pais e meus familiares<br />

compreenderam toda a situação<br />

logo foi dado início a diversas<br />

ações, para arrecadar dinheiro<br />

e divulgar minha história. Isso<br />

mesmo, não pense que eles ficaram<br />

sentados chorando por causa<br />

do valor da m<strong>ed</strong>icação, não, não,<br />

não! Junto com<br />

um exército<br />

de<br />

amigos,<br />

familiares e<br />

pessoas do<br />

bem, meus<br />

pais começaram<br />

uma<br />

busca diária<br />

com uma<br />

única finalidade:<br />

conseguir<br />

a Zolgensma!<br />

Se você<br />

está lendo<br />

esta mensagem<br />

já deve<br />

estar desconfiando né, sim eu gostaria<br />

de ter você junto nesta luta,<br />

pois quanto mais pessoas envolvidas<br />

maiores são as chances de<br />

conseguirmos alcançar nosso objetivo!<br />

Atualmente sigo hospitalizado<br />

no Hospital Moinhos de Vento em<br />

Porto Alegre, onde passei quase<br />

dois meses na UTI, e hoje já estou<br />

no quarto, respirando com a ajuda<br />

de aparelhos. Neste meio tempo,<br />

meus pais conseguiram, através<br />

de uma ação judicial, que o nosso<br />

plano de saúde pagasse as doses<br />

da m<strong>ed</strong>icação Spinraza (ela auxilia<br />

para que a doença não evolua).<br />

Já recebi três doses iniciais, e<br />

os médicos dizem que é um “protocolo<br />

de ação”, recebo uma dose<br />

por mês e segundo eles, a partir<br />

da 4ª dose vou mostrar uma evolução!<br />

Mas como eu tenho muita<br />

vontade de melhorar e me esforço<br />

muito, já estou mostrando alguns<br />

sinais positivos: já mexo um pouco<br />

meus d<strong>ed</strong>inhos e minha cabeça<br />

(principalmente quando minha mamãe<br />

fala comigo!).<br />

Meus pais criaram uma Vaquinha<br />

virtual, “ação entre<br />

amigos” presencial e virtual,<br />

temos quatro contas bancárias<br />

disponíveis para doações.<br />

Estamos arrecadando<br />

itens para fazer<br />

um leilão virtual (já temos<br />

camisetas autografadas<br />

por jogadores<br />

de futebol, até o<br />

titio Cristiano Ronaldo<br />

doou uma!!). Tenho<br />

Instagram, Facebook<br />

e várias pessoas<br />

compartilhando minha<br />

história!<br />

Toda e qualquer<br />

forma para me ajudar é<br />

muito bem-vinda!! Caso<br />

queira me ajudar entre em<br />

contato com o fone (54) 9<br />

9616 2615 ou mvbena84@<br />

gmail.com com minha titia Natalia<br />

Benevides que esta lutando pela<br />

minha vida .<br />

Rezem muito por mim e pelos<br />

meus pais, precisamos de muita<br />

energia positiva ao nosso r<strong>ed</strong>or!<br />

Um grande beijo do Teteo!”.

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