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ATUACAO148

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Ano XVI | Edição 148 | Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 | Distribuição Dirigida

NESTA EDIÇÃO:

PAG.

2

PALAVRA DO PRESIDENTE

Considerações do Forum

para Campanha Nacional 2020

Bancários aprovam

e entregam minuta

de reivindicações

PAGs.

4|5

PAGs.

6|8

22ª Conferência

Nacional dos Bancários


PALAVRA DO PRESIDENTE

Considerações do Fórum*

para Campanha Nacional

dos Bancários 2020

Garantir a continuidade da # mesa

única que possibilitou manter e também

avançar e conquistar muitos direitos

para categoria.

Mesmo com bilhões provisionados,

um quadro econômico recessivo, os

bancos tiveram lucros e ainda obtiveram

um aporte trilionário do governo.

Itaú, Bradesco, Branco do Brasil,

Caixa Econômica Federal e Santander

lucraram R$18 bilhões no primeiro

trimestre de 2020. Por isso, o # aumento

real deve ser mantido como prioridade.

Assim como a valorizar a # PLR.

Precisamos romper o teto de 2,2 salários

e ampliar o percentual de 2,2% do lucro

líquido na parcela adicional que não

deve ser limitada, por ser linear.

Por causa da pandemia pelo novo

coronavírus milhões de pessoas

perderam seus # empregos e milhares

perderam a # vida por causa da inoperância

do governo de Bolsonaro.

Por isso, devemos atuar fortemente

pela manutenção dos postos de

trabalho que tem dois aspectos

importantes: gera renda na economia

local e tem uma função de responsabilidade

social, algo que os banqueiros

ignoram.

Por causa da pandemia, a realidade

foi antecipada e o # Home Office chegou

a todos os lugares do Brasil, algo

inimaginável em municípios com menos

de 50 mil habitantes, por exemplo.

Mas quem trabalha em casa é

cobrado da mesma maneira e o pior, não

há uma regulamentação para proteger

estes bancários e bancárias e nem

acesso do Sindicato. E o mais preocupantes

que os futuros trabalhadores

contratados neste modelo poderão ficar

sem acesso algum dos seus representantes

o que reforçará o caráter

individualista e isolacionista praticado

pelo capitalismo.

É fundamental aprofundarmos esse

debate.

Os bancos fazem propagandas sobre

o novo normal, mas na realidade

continuam velhas práticas.

A cobrança de metas e resultados

não para. Aumenta e cada vez a

categoria adoece e consideramos essa

relação de trabalho um assédio moral

institucionalizado.

Por isso, defendemos o fim destas

cobranças.

Parabenizamos a CONTRAF CUT por

trazer para 22ª Conferência Nacional dos

Bancários Guilherme Boulos, Fernando

Haddad, Flávio Dino e o Presidente Lula que

mostraram que a alternativa para sairmos

da crise é coletiva e que temos mais

convergências do que divergências e que

estas devem ser superadas pela esquerda,

seja no movimento sindical ou na esfera

política para retomar o projeto político que

resgate a Soberania do país com geração de

emprego e renda, derrotar o Fascismo já

nesta eleição e fortalecer a Democracia

garantindo direitos diversos que estão

sendo constantemente retirados após o

Golpe de abril de 2016.

Uma saudação especial a todos os

bancários e bancárias que também estão na

linha de frente como outras categorias e em

especial os trabalhadores e trabalhadoras

da Caixa Econômica Federal que estão

sendo essenciais neste momento de realizar

os pagamentos do auxílio-emergencial.

Fora Bolsonaro!

Contra as Privatizações!

Pelo fortalecimento dos bancos

públicos, sempre fundamentais para

enfrentar as crises do capitalismo!

Por um mundo mais justo e menos

desigual!

Bancários e Bancárias: “Seguimos juntos

porque UNIDOS SOMOS FORTE!”.

Fórum*

Sindicato dos Bancários e das Bancárias Angra dos Reis

Coletivo do Sindicato dos Bancários e das Bancárias da

Baixada Fluminense

Sindicato dos Bancários e das Bancárias Itaperuna

Sindicato dos Bancários e das Bancárias Macaé

Sindicato dos Bancários e das Bancárias Nova Friburgo

Sindicato dos Bancários e das Bancárias Três Rios

Max José Neves Bezerra

Presidente SEEB-Nova Friburgo e Região

+5522992049017

de 2ª a 6ª, de 9h às 18h

@maxxbezerra

«Se você é

capaz de tremer

de indignação

a cada vez que

se comete

uma injustiça

no mundo,

então somos

companheiros."

ERNESTO CHE GUEVARA

[1928-1967]

EXPEDIENTE

Informativo Mensal do

Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo

CNPJ: 30.557.946/0001-14

Tel: (22) 2522-7264 | Fax: (22) 2522-5869

E-mail: seeb.nova.friburgo@gmail.com

http://seeb-nf.blogspot.com

Facebook: SEEB Nova Friburgo e Região

Presidente: Max Bezerra

Secretário Geral: Luiz Gabriel Velloso

Finanças: Dalberto Louback

Jurídico: Mariza Teixeira

Imprensa: Eduardo Marchetti

Fotos: SEEB-NF

Diagramação: Natasha Angelo

natashaartes@gmail.com

Em função da pandemia, essa edição

terá publicação apenas eletrônica.

2 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148


NOSSO SINDICATO NA PANDEMIA

A pandemia foi decretada pela OMS no dia 11/03 e no

dia 12/03 iniciou-se o processo de negociação entre o

Comando e a Fenaban. Várias mediadas foram negociadas

para proteger as vidas dos bancári@s.

Nosso Sindicato, em reuniões com a diretoria executiva,

começamos a nos organizarmos para buscarmos, junto

com a Contraf-CUT, os protocolos, negociados com os

bancos, em defesa e proteção dos bancários e bancárias de

nossa base. Fizemos ofícios para os bancos e secretários de

saúde; informes e mensagens de esclarecimentos aos

bancários, clientes, usuários e população em geral, mediante

carro de som e chamadas na Radio Sucesso e Radio

Friburgo; distribuição de máscaras aos bancários em toda

nossa base e população em geral; as demandas particulares

dos bancários e bancárias, como também fiscalização

dos protocolos para a proteção dos bancários e bancárias

de nossa base.

No meio disso tudo, começamos nossa Campanha

Nacional dos Bancários 2020, que envolveu muita gente

em todos os estados, em assembleias, conferências

regionais, estaduais e nacional, feitos de forma virtual,

respeitando o distanciamento.

Bezerra, com a presença de todos os diretores (videoconferência

no dia 04/07);

- Consulta Nacional dos Bancários 2020;

- 22ª Conferência Nacional dos Bancários 2020, por videoconferência

nos dias 17 e 18/07, com a participação dos

diretores Mariza Teixeira e Max Bezerra (Max discursou no

momento das correntes políticas sobre conjuntura e

estratégicas. O Sindicato faz parte da corrente Fórum do

Interior).

E o nosso Sindicato sempre presente!!!

- Assembleias eletrônicas dos bancos Santander, Itaú e

Banco do Brasil;

- Encontro Nacional dos bancos Santander, Caixa

Econômica Federal, Bradesco (Gabriel), Banco do Brasil,

Itaú Unibanco;

- 22ª Conferência Interestadual RJ/ES, coordenado pelo

nosso presidente e secretário geral da Fetraf RJ/ES Max

O Comando Nacional dos Bancários entregou para os

representantes dos bancos nesta quinta-feira (23/07) a

minuta com as reivindicações da categoria. Na reunião,

realizada por videoconferência, foi enviado o documento

para a Comissão de Negociação da Federação Nacional dos

Bancos (Fenaban).

Mesmo com a pandemia os bancos tem

condições de manter as nossas conquistas!!!

Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148

ATUAÇÃO 3


Bancários aprovam minuta de reivindicações

Bancários vão reivindicar reajuste de 5% de aumento real (inflação + 5%); também

aprovaram a inclusão de uma cláusula na minuta para regular o teletrabalho

A histórica 22ª Conferência Nacional

dos Bancários, a primeira realizada por

videoconferência, foi encerrada na noite

deste sábado (18/07), após uma série de

debates, que culminou com a aprovação

da minuta de reivindicações e do plano

de lutas da categoria.

A abertura solene, foi transmitida ao

vivo pelo Facebook e Youtube da

C o n f e d e r a ç ã o N a c i o n a l d o s

Trabalhadores do Ramo Financeiro

(Contraf-CUT), contou com as presenças

do ex-presidente Luiz Inácio Lula da

Silva, do governador do Maranhão,

Flavio Dino, do ex-prefeito de São Paulo,

Fernando Haddad, e do coordenador

n a c i o n a l d o M o v i m e n t o d o s

Trabalhadores Sem Teto, Guilherme

Boulos.

“Tivemos muito trabalho para

realizar esta conferência totalmente

virtual. Foi uma experiência diferente, de

muito aprendizado. Conseguimos

realizar uma excelente conferência, com

debatedores que acrescentaram muito

na leitura da conjuntura, assim como

para elaborarmos e aprovarmos nossa

minuta de reivindicações, que agora

devem ser aprovadas em assembleias a

serem realizadas pelos sindicatos da

categoria em todo o país nesta segunda

e terça-feira (20 e 21/7)”, disse a

presidenta da Confederação Nacional

dos Trabalhadores do Ramo Financeiro,

Juvandia Moreira, que é uma das

coordenadoras do Comando Nacional

dos Bancários.

Após a aprovação pelas assembleias,

a minuta será apresentada à Federação

Nacional dos Bancos (Fenaban) na

quinta-feira (23), às 14h30.

Índice

Depois do debate sobre as propostas,

os delegados aprovaram a reivindicação

de reajuste de inflação mais 5% de

aumento real nos salários e todas as

cláusulas econômicas.

Home office

A 22ª Conferência também aprovou

a inclusão na minuta de uma cláusula

para regular o trabalho home office, que

não pode ser imposto pelo banco, para

estabelecer, entre outras coisas, que os

custos do teletrabalho sejam arcados

pelos empregadores, assim como o

fornecimento para os equipamentos de

trabalho e ergonômicos. A cláusula

também proíbe que sejam retirados

direitos dos trabalhadores que cumprirem

suas funções em suas casas, à

exceção do vale-transporte /combustível,

que deve ser fornecido com valor

proporcional aos dias de comparecimento

do trabalhador no banco,

definindo que estes tenham de realizar

suas atividades no próprio local de

trabalho, pelo menos, uma vez por

semana.

“Foi importante a aprovação da

inclusão desta cláusula, para impedir

que os bancos decidam, unilateralmente,

colocar os trabalhadores em trabalho

remoto e não se responsabilizem, por

exemplo, pelos custos e o fornecimento

de todos os equipamentos necessários,

inclusive mesas e cadeiras ergonômicas,

para evitar o adoecimento dos trabalhadores.

Também para que não haja cortes

de benefícios ou redução dos rendimentos

devidos”, explicou a presidenta da

Contraf-CUT.

Metas abusivas

A Conferência também aprovou uma

proposta para que seja feita uma

atualização da cláusula que trata sobre o

estabelecimento e a cobrança as metas

pelos bancos.

Uma vez que um dos eixos da

campanha será a luta pela saúde e

melhores condições de trabalho para a

categoria.

Outros eixos

A campanha terá como prioridade a

manutenção dos empregos e dos

direitos, a defesa dos bancos públicos e

o reajuste do valor da Participação nos

Lucros e/ou Resultados (PLR) pelo

mesmo índice da campanha.

Demais cláusulas

As demais cláusulas hoje presentes

na CCT foram mantidas na minuta de

reivindicações.

Moções

Os delegados também aprovaram

cinco moções. Uma em solidariedade às

famílias das vítimas do Covid-19; uma

contra o racismo estrutural e pelo fim da

violência policial; uma de repúdio ao

Banco Santander; e uma de apoio ao

meio ambiente, aos povos indígenas e

aos quilombolas.

Resoluções

Também foram aprovadas três

resoluções. Uma em defesa dos bancos

públicos; uma para conclamar dirigentes

e militantes sindicais a realizar um

efetivo engajamento nas eleições 2020 e

uma pelo Fora Bolsonaro!

4 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148


Bancários entregam minuta

de reivindicações para a Fenaban

Próxima reunião será no dia 31/07, para definir o calendário para as negociações.

O Comando Nacional dos

Bancários entregou para os

representantes dos bancos nesta

quinta-feira (23) a minuta com as

reivindicações da categoria. Na

reunião, realizada por videoconferência,

foi enviado o documento

para a Comissão de Negociação da

Federação Nacional dos Bancos

(Fenaban). Entre as reivindicações

apresentadas está a de aumento real de 5%, manutenção

dos direitos e da mesa única de negociação, além de

questões referentes à saúde dos trabalhadores.

“É a primeira vez que fazemos campanha em meio a

uma pandemia, na proporção que

essa crise tem, agravada no Brasil

com a ausência de uma coordenação

nacional. Temos mais de 82 mil

mortes e isso não são normais.

Quero prestar a nossa solidariedade

às famílias das vítimas dessa

pandemia, com destaque especial

para as famílias dos bancários e

bancárias”, disse na abertura a

presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores

do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira,

uma das coordenadoras do Comando Nacional dos

Bancários.

Debate com a base

Ao falar da minuta, Juvandia

destacou aos representantes dos

bancos que a minuta entregue representava

um processo de discussão com

a base bancária. “Foi um processo

muito rico, que envolveu muita gente

em todos os estados, em assembleias,

conferências regionais, estaduais e

nacional, feitos de forma virtual,

respeitando o distanciamento. Fizemos

uma consulta com quase 30 mil

bancárias e bancários na qual percebemos

quais as reivindicações e as

maiores preocupações da categoria”,

afirmou. Ela também destacou a

importância da negociação coletiva

dos bancario@s e da mesa única. A

pandemia foi decretada pela OMS no

dia 11/03 e no dia 12/03 iniciou-se o

processo de negociação entre o

Comando e a Fenaban. Várias mediadas

foram negociadas para proteger as

vidas dos bancári@s.

Além da presidenta da Contraf-CUT,

outros dois representantes do

Comando Nacional dos Bancários

falaram na reunião. A presidenta do

Sindicato dos bancários de São Paulo,

Osasco e Região, Ivone Silva, outra

coordenadora do Comando, destacou

alguns pontos da minuta. “Essa

campanha é importante para manter os

direitos dos bancários e bancárias de

todo o país, a mesa única, aumento real,

PLR. São coisas importantes para o

bancário e também para sociedade

porque esse dinheiro volta para

economia”, falou Ivone.

O papel dos bancos na crise

também foi questionado. “Só 18% das

micro e pequenas empresas conseguiram

crédito. São empresas responsáveis

por 54% dos empregos do país.

Como os bancos podem dar respostas

a isso?”, cobrou o presidente da

Federação dos Bancários da Bahia e

Sergipe, Hermelino Neto.

Negociações unificadas

O p r e s i d e n t e d a F e d e r a ç ã o

Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac

Sidney Menezes Ferreira, também

participou do encontro. Ele ressaltou a

importância da negociação única no

setor. “Temos uma experiência muito

exitosa de décadas de negociações

unificadas, no mais amplo processo de

negociação nas relações de trabalho

em todo o país. Temos sido reconhecidos

nos órgãos externos e pelo próprio

Ministério Público do Trabalho”,

declarou o representante dos bancos.

O C o m a n d o N a c i o n a l d o s

Bancári@s notou a ausência do

representante da Caixa Econômica

Federal no encontro. O diretor de

Políticas e Relações Trabalhistas da

Federação Brasileira de Bancos (Febraban),

Adauto de Oliveira Duarte,

explicou que os representantes

estavam ali não em nome de bancos,

mas pela comissão de negociação e

informou que a representante da Caixa

havia sido chamada para outra reunião.

O Comando Nacional vai pedir uma

reunião com o banco, para entregar a

pauta específica que deveria ser

entregue hoje. E esperam que a Caixa

não se negue a receber porque seria

uma falta de consideração com os mais

de 80 mil empregados que lá trabalham.

Na ocasião será definido um

cronograma para as negociações.

Fonte: Contraf-CUT

Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148

ATUAÇÃO 5


Abertura com a presença de Lula, Haddad, Boulos e Flavio Dino

mostra a importância da Campanha Nacional dos Bancários

Necessidade da união em defesa dos direitos dos trabalhadores, dos empregos e da democracia

foi unanimidade durante a abertura da 22ª Conferência Nacional dos Bancários

“Espero que a gente possa

todos nós, contribuir um pouco

para que a Contraf-CUT, possa

fazer um grande acordo no ano

de 2020, com todos os problemas”,

foi assim que o expresidente

Luiz Inácio Lula da

Silva, desejou boa sorte aos

b a n c á r i o s n a C a m p a n h a

Nacional 2020, na noite de

sexta-feira (17/07), durante a abertura

solene da 22ª Conferência Nacional dos

Bancários. “Companheiros bancários,

eu acho que outra vez vocês têm um

papel importante na história. Eu não

conheço nada de importante que

aconteceu de muitos anos para cá que

não tenha alguma categoria de

trabalhadores envolvida. Eu acho que

outra vez vocês vão ter que misturar a

luta política com a luta reivindicativa.

Porque não é possível a gente consertar

o Brasil, se a gente não consertar a

política”, afirmou o ex-presidente.

Lula lamentou o fato de a população

estar perdendo o direito de se indignar.

“É importante que os bancários saibam

que a gente não está fazendo críticas ao

Bolsonaro porque ele é presidente

deste país. A gente está fazendo crítica

ao Bolsonaro porque ele não tem

competência para governar esse país,

ele não tem competência de criar

solução para os problemas. A gente

precisa mostrar indignação

para o bem do Brasil. Eu acho

que nós precisamos recuperar

o direito a indignação.”

A o e n c e r r a r , o e x -

presidente deixou um recado

para a categoria bancária.

“Enquanto eu puder, estarei

junto com vocês nessa briga.

Porque não é possível que

depois do sonho que nós tivemos, de

construir um Brasil onde os pobres

fossem tratados com respeito, a gente

chegue à situação de hoje. Hoje a fome

voltou, tem muita gente dormindo na

rua, tem muita criança pedindo esmola

e tem muita gente sem esperança. Nós

temos que vender esperança para esse

povo e a esperança para o povo é

mudar o governo, porque com esse não

tem solução”, finalizou o ex-presidente

Lula.

Guerra alheia

O professor e ex-prefeito de São Paulo, Fernando

Haddad, também destacou que vivemos um momento

delicado no Brasil. “Nessa semana me chamou a atenção

o plano nacional de defesa, que é um novo problema

que está ressurgindo no país devido ao isolamento que

o Brasil enfrenta no cenário internacional”, observou.

Ele destacou a declaração do Comando Sul das

Forças Armadas Americanas, que disse que o governo

brasileiro pagava militares brasileiros para servir ao

governo americano, enquanto apresentava esse militar

ao presidente (Donald) Trump.

Para Haddad, o Plano Nacional de Defesa, que vazou

para imprensa, dá pista do que vai acontecer. “O

governo brasileiro está dizendo que nossa região não é

mais pacífica. Imersa em crise e tensões. Qual é a crise e

tensão militar na nossa região que envolve o Brasil pósguerra

do Paraguai? Assim como pagamos um militar

para servir aos Estados Unidos meu temor é que

estamos aumentando o orçamento do Ministério da

Defesa para comprar uma guerra que não é nossa”,

afirmou.

O ex-prefeito disse que chegou o momento que

temos que ir pra rua para defender os bancos públicos.

“Sem os bancos públicos o Brasil não tem como se

desenvolver”, disse. “Assim como temos que defender o

auxílio emergencial, que Bolsonaro quer acabar e é o que

minimamente está sustentando a economia, que está

em frangalhos”, completou. “Precisamos aproveitar que

a sociedade não está parada”, disse ao citar os movimentos

da educação, que evitou o corte no orçamento, e o

das torcidas organizadas, que juntou palmeirenses com

corintianos, vascaínos com flamenguistas juntos na

defesa da democracia e contra o fascismo.

6 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148


Entulho da ditadura

O governador do Maranhão, Flávio Dino, lembrou que

começou sua vida profissional como advogado no

Sindicato dos Bancários do Maranhão. “Vivi esse processo

da fusão de bancos, do desemprego, da automação

bancária como elemento de substituição de trabalhadores

e trabalhadoras”.

Dino recordou ainda que, em seus tempos de juventude,

a expressão “entulho autoritário” era um termo

utilizado para o que restou da ditadura militar no aparelho

institucional brasileiro. “Em um próximo governo progressista,

temos de remover o entulho autoritário. E um dos

elementos desse entulho é a legislação antissindical. Isso

não diz respeito aos sindicalistas apenas, mas a todos que

acreditam na democracia e na eliminação das desigualdades

sociais”, afirmou.

Flávio Dino também alertou para as ameaças às

políticas públicas que ainda restam no Brasil, como a Bolsa

Família. Ele defendeu a importância dessas políticas para

evitar um desastre ainda maior no Brasil. “Sem política

social, sem a Bolsa Família, sem o auxílio emergencial,

estaríamos vivendo saques, caos e desespero, como antes

já vivemos no Brasil. Eu me lembro como era o período de

seca no Nordeste”, afirmou o governador do Maranhão.

Ao final, o governador do Maranhão disse que é

importante ter ação nesse momento difícil. “Precisamos ter

energia. O Bolsonaro não deve nos assustar. Ele e o

bolsonarismo vão perder, tenho certeza”, finalizou.

Perda de Empregos

Guilherme Boulos, coordenador nacional do

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e candidato à

Prefeitura de São Paulo, abordou a gravidade do momento

que vivemos. “Nós estamos na maior crise, sem sombras

de dúvidas, da nossa geração. É, em primeiro lugar, uma

crise sanitária, uma crise de saúde pública e não algo

natural. O vírus se desenvolveu por circunstâncias imponderáveis,

mas muitas mortes poderiam ser evitadas se

houvesse uma disposição de governos do mundo todo,

sobretudo no Brasil, para proteger a vida das pessoas. Não

é por acaso que os três países com mais mortes no mundo

por Covid-19 são governados pela extrema direita. Brasil,

Estados Unidos e Reino Unido. Os três adotaram, uma

postura negacionista, é a gripezinha, é o 'E daí', vai passar.”

Para Boulous, neste caso, o que estamos vendo, é um

verdadeiro genocídio. “Aqui no Brasil, sobretudo, praticado

pelo governo Bolsonaro. A pandemia tem deixado um

rastro de morte e destruição. Mas aqui, além da pandemia,

nós temos que enfrentar um pandemônio. Ou seja, o

Bolsonaro – não contente em ter uma política destrutiva,

63 dias sem ministro da Saúde – não tem estratégia de

saúde, não tem testagem em massa, não tem monitoramento

epidemiológico. Mas, não contente do desastre

humano, ele quer se aproveitar para promover o autoritarismo

político.”

De acordo com ele todas essas crises que estamos

vivendo, de saúde, de política, social e econômica, elas se

resumem numa crise de destino, numa crise de modelo e

de valores. “A Pandemia vai deixar um rastro insuperável

de mortes, de perdas, de luto, de famílias destruídas e

desestruturadas. Agora o combate a pandemia deixou a nu

os valores do modelo que nos trouxe até aqui. O cenário da

pandemia mostrou a completa falência do mercado como

agente regulador das relações sociais. Isso ficou evidente. A

pandemia mostrou a importância do SUS, o que seria do

nosso país sem o SUS?”

Para Boulous, nós precisamos tirar lições e aprendizados

deste processo. “A pandemia mostrou muito bem o

papel da Caixa Econômica Federal neste processo. O que

seria do Brasil sem a Caixa Econômica e sem a Dataprev?

Nós teríamos milhares de pessoas morrendo de fome no

nosso Nova país.” Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148 ATUAÇÃO 7

Antes de encerrar, ele apontou três desafios que o

campo progressista, democrático e popular tem nesse

momento: “O nosso empenho em salvar vidas e defender

medidas que salvem vidas. O segundo desafio é que não há

salvação para o povo brasileiro com esse desgoverno, o

Bolsonaro é incorrigível, o Bolsonaro é um criminoso,

atenta contra a democracia brasileira. E por fim, o último

desafio é o desafio de a gente pensar e colocar na mesa o

debate de outro modelo de Brasil.”

Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148

ATUAÇÃO 7


Uso das redes sociais é tema

de debate na Conferência

Juvandia Moreira, Ivone Silva e Gerson Pereira defenderam

o uso das redes sociais para mobilizar a categoria bancária

Mobilizar à distância 450 mil

trabalhadoras e trabalhadores nos

bancos de todo o Brasil, em meio às

restrições sanitárias impostas pela

pandemia do Coronavírus (Covid-19),

para organizar uma campanha ativa e

combativa é o desafio que o Comando

Nacional dos Bancários tem para

utilizar das redes sociais. Foi com esse

espírito que correu o debate da mesa

sobre a Importância da Comunicação,

Estratégia e Organização nas Redes

Sociais da 22ª Conferência Nacional,

realizada na tarde deste sábado (18).

Participaram da discussão Juvandia

Moreira, presidenta da Confederação

Nacional dos Trabalhadores do Ramo

Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e uma

das coordenadoras do Comando

Nacional dos Bancários, Ivone Silva,

presidenta do Sindicato dos Bancários

de São Paulo, Osasco e Região e a outra

coordenadora do Comando, e Gerson

C a r l o s Pe r e i r a , s e c r e t á r i o d e

Comunicação da Contraf-CUT.

“As redes sociais são uma ferramenta

que a gente deve usar. Usamos na

campanha do Santander para denunciar

as demissões. No Itaú, as redes

denunciaram um caso de racismo e a

demissão de um companheiro que

tinha beijado o companheiro nas redes

sociais. A gente descobriu que o Banco

do Brasil estava destinando verbas de

publicidade para site que publica fake

news”, falou Juvandia, para exemplificar

como as redes sociais são um

instrumento de luta para a categoria

bancária.

Para Ivone Silvia, é fundamental a

categoria perceber como a luta política

que se dá nas redes é importante. “Os

bancários precisam entender a importância

da sua contribuição para a luta,

precisam entender que como são as

novas formas de organização. É

importante as pessoas seguirem seus

sindicatos e a Contraf-CUT para curtir e

compartilhar todo o material produzido

por nossas equipes.”

Tuitaço

Juvandia convidou os delegados da

Conferência a tuitarem as hashtags

#adistancianaonoslimita #santanderrespeiteobrasil

#seepubliceparatodos,

em um exercício fácil e eficiente

durante sua exposição e que mostrou a

força das redes para divulgar as lutas.

“A gente pediu para usar o Twitter, pois

nele as hashtags mais comentadas

daquele momento ganham destaque.

Com isso conseguimos romper a

bolha”, explicou presidenta. “Às vezes a

gente só fica conversando entre a

gente, só sabemos de nós. Essa questão

de a gente tuitar ou colocar nas redes

sociais, ela fura a bolha porque as

outras pessoas sabem o que está

acontecendo conosco”, completou

Ivone.

Arte da Campanha

Ainda durante a mesa, o secretário

de Comunicação da Contraf-CUT

apresentou a mídia o mote da

Campanha Nacional 2020 “Na luta com

você”. “O mote, definido por todo

Coletivo Nacional de Comunicação,

possibilita trabalharmos em todos os

sentidos: Na luta com você, na vida com

você, na saúde com você, na PLR com

você, é o sindicato com você!”, sugeriu.

“A ideia da campanha virtual é muito

forte, com materiais trabalhando todas

essas possibilidades”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Campanha Nacional dos Bancários

Homenagem

à memória

dos bancários

vítimas do

Covid-19

Durante a realização da 22ª

Conferência Nacional dos

Bancários, em meio á pandemia

do coronavirus, as delegações

dedicaram um momento

da programação para prestar

homenagem à memória das

companheiras e companheiros

bancários, vitimados pela

Covid-19 e as suas famílias.

Até agora, o Brasil, já contabilizou

mais de 80 mil mortos e

em diversos pontos do País, a

situação ainda está crítica. E é

por isso, que o Comando

Nacional, continuara protegendo

as vidas e a saúde dos

bancários. Estamos diante de

um inimigo invisível e implacável.

E ainda assim, com todo o

esforço para proteger os

bancários e as bancárias,

perdemos 30 colegas, 30

pessoas, com seus sonhos,

suas famílias, 30 pessoas que

merecem e precisam ser

lembradas.

Para que nunca nos esquecemos

de que cada vida importa.

Aos 30 bancários e bancárias

PRESENTE!!!

8 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Jul/Ago de 2020 - Ed. 148

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