08.09.2020 Views

ATUACAO149

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ano XVI | Edição 149 | Nova Friburgo, Setembro de 2020 | Distribuição Dirigida

Em 1951, foram

69 DIAS DE GREVE.

Em 2020, com a

mobilização virtual,

mantemos

nossos direitos.

NESTA EDIÇÃO:

PAG.

2

PALAVRA DO PRESIDENTE

Mais uma batalha

vencida, outras virão!

PAGs.

4|5

Veja os principais

pontos da CCT que

foram negociados

PAGs.

6|7

Veja como estão

as negociações

para o BB e a Caixa

PAG.

8

Reajuste deve injetar mais

de R$8 bi na economia


PALAVRA DO PRESIDENTE

Mais uma

batalha vencida,

outras virão...

Nunca foi fácil, a adversidade sempre marcou nossa jornada. Por isso,

é fundamental nos situarmos na conjuntura política e econômica e as

reformas promovidas desde o Golpe de 2016.

PEC dos Gastos - congelamento por 20 anos dos investimentos do

governo;

Reforma Trabalhista - fim dos direitos garantidos na CLT e os direitos

trabalhistas;

Reforma da Previdência - restrição do acesso a aposentadoria por

aumentar o tempo de contribuição e idade para homens e mulheres.

A pandemia pelo novo coronavírus acentuou aquilo que já estava

ruim para classe trabalhadora e o veto de Bolsonaro em relação ao fim da

ultratividade na MP 936 foi uma pá de cal para todos.

Foram 15 rodadas de negociação nesta Campanha Nacional dos

Bancários e Bancárias. Aliado e alinhado à ideologia política neoliberal

do (des)governo de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, os banqueiros desde

o início dos debates propuseram retirar direitos e reajuste zero.

Enquanto os bancos públicos sinalizavam que não queriam manter a

mesa única.

Com o risco real de um possível ajuizamento e perder direitos, os

bancários no Comando Nacional, com respaldo da categoria, conseguiram/conseguimos

a manutenção da mesa única e das nossas conquistas

na CCT e reajustes.

Parabéns a todos nós, foi uma GRANDE VITÓRIA! Vencemos mais

esta batalha, porém a luta continua. Neste ano teremos eleições e a

busca por um mundo mais justo e menos desigual começa pela nossa

cidade e nosso trabalho que estão diretamente ligados as escolhas

políticas que fazemos.

Seguimos juntos lado a lado,

Max José Neves Bezerra

Presidente SEEB-Nova Friburgo e Região

+5522992049017

de 2ª a 6ª, de 9h às 18h

@maxxbezerra

“Pecar

pelo silêncio,

quando

se deveria

protestar,

transforma

homens em

covardes.”

EXPEDIENTE

Abraham Lincoln

Informativo Mensal do

Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo

CNPJ: 30.557.946/0001-14

Tel: (22) 2522-7264 | Fax: (22) 2522-5869

E-mail: seeb.nova.friburgo@gmail.com

http://seeb-nf.blogspot.com

Facebook: SEEB Nova Friburgo e Região

Presidente: Max Bezerra

Secretário Geral: Luiz Gabriel Velloso

Finanças: Dalberto Louback

Jurídico: Mariza Teixeira

Imprensa: Eduardo Marchetti

Fotos: SEEB-NF

Diagramação: Natasha Angelo

natashaartes@gmail.com

Em função da pandemia, essa edição

terá publicação apenas eletrônica.

2 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Setembro de 2020 - Ed. 149


#NENHUMDIREITOAMENOS

Por ampla maioria, em todo o país

bancários aprovaram a Convenção

Coletiva de Trabalho Nacional (CCT)

que garante direitos para os bancários

de norte a sul do Brasil. A categoria

aprovou a proposta final negociada

pelo Comando Nacional dos Bancários

com a Federação Nacional dos Bancos

(Fenaban). Também foram aprovados

os acordos coletivos dos bancos

públicos (Caixa, Banco do Brasil,

Banrisul e Banco do Nordeste).

Em julho, o presidente, Bolsonaro,

sancionou com vetos o texto aprovado

pelo Senado que institui o Programa

Emergencial de Manutenção do

Emprego e da Renda. Entre os vetos,

estava a ULTRAATIVIDA (É a garantia da

validade de um acordo coletivo até sua

renovação.).

Assim, sem o novo acordo, a CCT

dos bancários perderia sua validade em

31 de agosto deste ano, um dia antes

da data base da categoria e estivemos

em risco de começar o mês de setembro

com todos os nossos direitos

zerados.

Importante destacar que a mobilização

da categoria bancária nas redes

sociais foi fundamental para reverter à

retirada de direitos que os bancos

insistiam em impor e resultou em uma

proposta com reajuste salarial e abono

em 2020, como também aumento real

em 2021, e ainda, conquistamos a

manutenção de todos os direitos

clausulados na Convenção Coletiva de

Trabalho e nos acordos específicos dos

bancos públicos.

Conquistamos uma batalha dura,

em um momento, totalmente adversa

para a categoria. Mas, todos sabem que

haverá, no dia a dia, sempre uma luta a

conquistar. Por isso, temos que estar

sempre atentos e mobilizados para

obter os esclarecimentos e informações

precisas para cada dúvida que

aparecer.

´ ` ´

UM SALVE AOS BANCARIOS E AS BANCARIAS!!!

Nova Friburgo, Setembro de 2020 - Ed. 149 ATUAÇÃO 3


#NALUTAPORVOCÊ

#NENHUMDIREITOAMENOS

#NALUTAPORVOCÊEPELAVIDA

Após 14 rodadas de negociação,

o C o m a n d o N a c i o n a l d @ s

Bancári@s e a Federação Nacional

dos Bancos (Fenaban) conseguiram

fechar uma proposta que garante

que nenhum direito da categoria

fosse derrubado. Também prevê

reajuste de 1,5% para salários, com

abono de R$ 2 mil para este ano.

Para 2021, os bancos propõem

reajuste da inflação e ganho real de

salário de 0,5%.

Em uma conjuntura desfavorável

para a classe trabalhadora, os

bancários mostraram mais uma vez

sua força, garantindo uma proposta

que mantém todas as conquistas

históricas da categoria.

Veja os principais pontos

da CCT que foram negociados

üReajuste de 1,5% e abono de R$

2.000,00 em 2020.

üReposição integral da inflação

(INPC/IBGE), mais 0,5% de aumento

real em 2021 para os salários e todas as

verbas.

üPLR 2020 – PLR regra básica – 90%

do salário mais R$ 2.524,62 limitado a

R$ 13.543,37. Se o total ficar abaixo de

5% do lucro líquido, salta para 2,2

salários, com teto de R$ 29.795,39.

üPLR parcela adicional – 2,2% do

lucro líquido dividido linearmente para

todos, limitado a R$ 5.049,25.

üAntecipação da PLR – Primeira

parcela depositada até dez dias após

assinatura da Convenção Coletiva.

Regra básica – 54% do salário

reajustado em setembro de 2020, mais

fixo de R$ 1.514,78, limitado a R$

8.126,01 e ao teto de 12,8% do lucro

líquido – o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional equivalente a 2,2% do

lucro líquido do primeiro semestre de

2020, limitado a R$ 2.524,62.

üPLR 2021 – Para PLR e antecipação

da PLR- mesmas regras, com reajustes

dos valores fixos e limites pelo

INPC/IBGE de setembro/2020 a

agosto/2021, acrescido de aumento

real de 0,5%, com data de pagamento

de pagamento final até 01/03/2022.

4 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Setembro de 2020 - Ed. 149


Pisos 2020

üPiso portaria após 90 dias – R$

1.699,49.

üPiso escritório após 90 dias – R$

2.437,79.

üPiso caixa/tesouraria após 90 dias –

R$ 3.293,13 (salário acrescido de

gratificação, mais outras verbas de

caixa).

üGratificação de função - Seria

rebaixada de 55% para 50% e no final

foi mantida os 55% de gratificação.

Home Office

Todos os direitos previstos na CCT por

dois anos garantidos.

üCompromisso: quem está em

teletrabalho permanecerá durante

toda a pandemia

*Não conseguimos evoluir para uma

cláusula especifica na Convenção sobre

os demais pontos que reivindicamos,

mas conseguimos compromisso de

alguns bancos de negociar o home

office com garantia de respeito à

j o r n a d a ; m ó v e i s a d e q u a d o s ;

fornecimento de equipamentos; ajuda

de custo etc.

Vales e Auxílios 2020

üAuxílio-refeição – R$ 37,71.

üAuxílio-cesta alimentação e 13ª

cesta – R$ 653,60

üAuxílio-creche/babá (filhos até 71

meses) – R$ 502,00

üGratificação de compensador de

cheques – R$ 189,22.

üRequalificação profissional – R$

1.685,39

üAuxílio-funeral – R$ 1.130,87.

ü I n d e n i z a ç ã o p o r m o r t e o u

incapacidade decorrente de assalto –

R$ 166.599,06

üAjuda deslocamento noturno – R$

116,62.

ü2021 – Os valores vigentes em

31/08/2021 serão reajustados pelo

INPC/IBGE de setembro/2020 a

agosto/2021, acrescido de aumento

real de 0,5%.

Obs.: Nos itens corrigidos pelo INPC,

considerou-se a mais recente estimativa

do Banco Central do Brasil para a database,

de 2,74%.

Fonte: Contraf-CUT

Nova Friburgo, Setembro de 2020 - Ed. 149 ATUAÇÃO 5


Unidade da categoria impede corte da PLR no BB

NEGOCIAÇÕES DO BANCO DO BRASIL AVANÇAM

Resumo das negociações

com o Banco do Brasil

Reajuste: conforme negociado na mesa

única da Fenaban

Proposta inicial: reajuste ZERO

Proposta final: 2020 - Reajuste de 1,5%

para salários + abono de R$ 2 mil para

todos. Garante em 12 meses valores

acima do que seria obtido apenas com a

aplicação do INPC para salários até R$

11.202,80, o que representa 79,1% do

total de bancários (isso já considerando o

pagamento de 13°, férias e FGTS). INPC

sobre VR, VA, valores fixos e tetos da PLR.

2021 - Reposição da inflação + 0,5% de

aumento real para salários e demais

verbas, como VA, VR e auxílio-creche.

Todos os direitos da Convenção Coletiva de

Trabalho e do Acordo Coletivo de Trabalho

foram mantidos

PLR

Proposta inicial: Redução da distribuição

do lucro líquido (parcela linear) para 2%

Após negociação: Mantida PLR como

está no acordo atual (4% lucro líquido

mais 45% salário, mais módulo variável

determinado pelo Banco do Brasil por

semestre)

A mobilização da categoria conseguiu

reverter, após as negociações da

Comissão de Empresa dos Funcionários

do Banco do Brasil na reunião com o

Banco do Brasil, ocorrida nesta sexta-feira

(28), as tentativas do Banco do Brasil de

cortar pela metade a Participação nos

Lucros e/ou Resultados (PLR) e reduzir o

c i c l o a v a l i a t ó r i o d a G e s t ã o d e

Desempenho Profissional (GDP). O

Comando Nacional dos Bancários

recomenda a aprovação da proposta.

“Conseguimos evitar que o banco

reduzisse o percentual de distribuição do

lucro entre os funcionários e evitar que o

banco facilitasse o descomissionamento

por desempenho dos funcionários”,

avaliou o coordenador da CEBB, João

Fukunaga. “Na atual conjuntura, com um

governo que discrimina o funcionalismo

e busca reduzir seus salários e direitos, é

uma grande vitória termos conseguido

reverter esses dois pontos”, completou.

“O que o banco e o governo buscavam

com a redução do ciclo avaliatório

era promover uma grande onda de

descomissionamentos e, com isso, a

redução dos rendimentos dos trabalhadores.

Barrar esse ataque foi uma grande

vitória”, ponderou a secretária da

J u v e n t u d e e r e p r e s e n t a n t e d a

CAMPANHA NACIONAL 2020

GDP

Proposta inicial: 1 ciclo avaliatório para

descomissionamento.

Após negociação: Mantidas as três

avaliações negativas para descomissionamento

por desempenho (3 GDPs).

Intervalo intrajornada

Proposta inicial: 15 a 30 minutos com

registro para todos os funcionários de seis

horas.

Após negociação: Até uma hora com

registro apenas para quem fizer opção.

Faltas abonadas

Proposta inicial: 2020 e 2021 – cinco

faltas não conversíveis e não acumuláveis.

Após negociação: Regra de transição,

com conversão em pecúnia do saldo de

abonos adquiridos até primeiro de

setembro de 2020. Os adquiridos a partir

de primeiro de setembro de 2021 terão

que ser usufruídos até agosto de 2022,

inclusive nas férias, mas sem conversão

em pecúnia ou acumulação. Os abonos já

adquiridos e acumulados permanecem

com as regras anteriores.

C o n f e d e r a ç ã o N a c i o n a l d o s

Trabalhadores do Ramo Financeiro

(Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Para

avaliarmos com maior precisão, é bom

juntarmos os avanços obtidos na mesa da

Fenaban (Federação Nacional dos

Bancos)”, completou.

Folga Justiça Eleitoral

Proposta inicial: 60 dias para gozar a

folga.

Após negociação: 180 dias para gozar a

folga.

Prazo para realização

de perícia psicológica

Proposta inicial: 12 meses

Após negociação: Manutenção de 18

meses.

Horário de repouso

Proposta inicial: Apenas para atividades

repetitivas.

Após negociação: Manutenção de

atendentes de Sala de Auto Atendimento.

Outros pontos negociados

ŸMesa sobre bancos incorporados a ser

conduzida e iniciada a partir de outubro,

com apresentação de pautas em setembro/2020.

ŸMesa permanente sobre Teletrabalho e

Escritórios Digitais.

ŸMesa permanente sobre Saúde e

Segurança.

Fonte: Contraf-CUT

6 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Setembro de 2020 - Ed. 149


Nova proposta do Saúde Caixa preserva característica do plano

A Caixa apresentou na noite desta

sexta-feira (28), após diversos dias de

negociações, que se estenderam pela

madrugada, uma nova proposta para a

manutenção do plano de saúde. O

trabalho de construção da Comissão

Executiva dos Empregados da Caixa

(CEE/Caixa) com a direção do banco

permitiu a esta, que é a nona proposta,

a manutenção do modelo 70/30, do

pacto intergerecional, mutualismo e da

solidariedade do plano. Outra reivindicação

da Comissão, acatada pela Caixa,

foi a inclusão de todos os novos

empregados no plano.

Segundo a coordenadora da

CEE/Caixa e secretária da Cultura da

C o n f e d e r a ç ã o N a c i o n a l d o s

Trabalhadores do Ramo Financeiro

(Contraf-CUT), Fabiana Uehara

Proscholdt, o foco da Comissão foi de

garantir as premissas atuais e manter o

plano viável para todos. “O plano de

saúde é essencial para o empregado e

nesse momento em que estamos, de

pandemia, mais ainda. O Saúde Caixa

deve ser viável para todos os empregados,

desde aqueles que ganham menos

até os aposentados”, afirmou.

A nona proposta para o Saúde Caixa

conta com uma contribuição do titular

de 3,5% do salário e 0,4% por dependente,

com teto de 4,3%. A coparticipação

passa a ser 30% de cada dependente

e o teto por grupo familiar de R$

3.600. Além disso, não há mais a

coparticipação para internação e

tratamento oncológico e o atendimento

em pronto socorro, coparticipação

de R$ 75.

“A manutenção do teto para o

grupo familiar foi muito importante. É

uma construção fundamental para

manter o nosso plano de saúde para

todos os empregados. Foi um grande

avanço considerando que a Caixa

queria individualizar isso”, avaliou a

representante Fetrafi/MG na CEE,

Eliana Brasil.

O modelo inclui ainda a valorização

do Grupo de Trabalho (GT) do plano,

responsável por definir soluções para a

sustentabilidade do plano, com

participação dos empregados. Em

2022, será implementado

o que for definido em

c o n s e n s o e n t r e o s

empregados e a Caixa.

De acordo com o

médico consultor da CEE/

Caixa e da Federação

Nacional das Associações

do Pessoal da Caixa

E c o n ô m i c a F e d e r a l

(Fenae), Albucacis de

Castro Pereira, a negociação

foi difícil, mas a

CEE/Caixa conseguiu

manter o plano diante da

dificuldade que passa o

Brasil e o mundo em relação aos custos

de saúde que não acompanham o

aumento do salário do trabalhador.

“Apesar da dificuldade manteve-se a

característica do plano de mutualidade,

solidariedade, pacto intergeracional e o

70/30. Foi uma vitória da Comissão que

conseguiu o Saúde Caixa para todos os

empregados”, avaliou.

O médico consultor ainda salientou

a importância da oxigenação do plano,

com a entrada dos novos empregados.

PLR e PLR Social

A Caixa acatou a reivindicação da

CEE/Caixa e manteve a PLR e a PLR

Social para os empregados do banco. A

proposta acompanha o que foi pactuado

na mesa única da Fenaban. A Caixa

informou ainda que a Secretaria de

Coordenação e Governança das

Empresas Estatais (SEST) limitou a PLR e

PLR Social em no máximo três

Remuneração Básica (RB) por empregado.

O banco informou que a trava é em

decorrência da extrapolação do teto de

pagamento de PLR. Pra poder pagar a

PLR Social o SEST autorizou passar o

limite, com a contrapartida da restrição.

A CEE/Caixa protestou em relação a

restrição da SEST “Entendemos que é

um absurdo a SEST fazer essa limitação.

Qual a lógica e necessidade disso?

Prejudica especialmente os empregados

com remuneração menor. É

absurdo que a SEST e governo façam

este tipo de coisa ainda mais considerando

que são os empregados da Caixa

que estão na linha de frente no pagamento

ao auxílio emergencial.”,

explicou Fabiana.

“A PLR Social é uma conquista dos

empregados da Caixa por todo o

trabalho desenvolvido pelo banco na

parte social. Enquanto existir desigualdade

no país, banco como a CAIXA é

mais que necessário. PLR Social é

reconhecimento disso. Entretanto,

considerando o momento de pandemia

gostaríamos que a direção da

empresa olhasse com mais preocupação

os colegas que estão na rede. Eles

estão extremamente estafados e

necessitam que a Caixa tenha um

cuidado maior”, afirmou a coordenadora

da CEE/Caixa.

Reivindicações

Na madrugada de sábado, a Caixa

garantiu a manutenção de todos os

benefícios que estão atualmente no

ACT.

Outra cobrança da Comissão foi o

fim da abertura aos sábados das

agências. A Caixa informou que o

pedido está em avalição e o objetivo é

adequar as próximas portarias para que

não haja a abertura. Até esse momento,

a intenção é trabalhar alternadamente

até excluir a portaria.

A Caixa voltou a sugerir que os

Fóruns e Grupos de Trabalho sejam

revistos e alguns Grupos de Trabalho

(GTs) encerrados. A proposta foi

recusada pela CEE.

Nova Friburgo, Setembro de 2020 - Ed. 149 ATUAÇÃO 7


Reajuste d@s bancári@s deve injetar

mais de R$ 8 bilhões na economia

Campanha salarial da categoria coloca mais dinheiro

em circulação no momento de crise financeira e sanitária

A proposta acordada nos dias 29 e

30 de agosto, entre o Comando

Nacional d@s Bancários e a Federação

Nacional dos Bancos (Fenaban), vai

ajudar a economia brasileira. Reajuste

de salários, vales e da Participação nos

Lucros e Resultados (PLR) terá um valor

total de R$ 8.098.464.934,10, de acordo

c o m d a d o s d o D e p a r t a m e n t o

Intersindical de Estudos e Estatísticas

Socieconômicas (Dieese).

Somente o impacto da PLR é de R$

6.211.796.397,21 na economia. O

reajuste salarial, incluído o abono, vai

implicar na injeção de outros R$

757.064.915,60.

Restaurantes, lanchonetes e supermercados

de todo o país também terão

um alívio com a injeção de outros R$

223.047.621,29, referentes ao reajuste

dos vales refeição e alimentação.

Negociações

As negociações entre o Comando

Nacional e a Fenaban terminaram na

madrugada deste domingo (30). Ficou

definido um reajuste de 1,5% para

salários, com abono de R$ 2 mil. E ainda

a reposição da inflação (estimada em

2,74% no período) para demais verbas,

como vales alimentação e refeição e

auxílio-creche/babá.

O reajuste de 1,5% nos salários +

abono de R$ 2.000,00 para todos estes

anos garante em 12 meses valores

acima do que seria obtido apenas com a

aplicação do INPC para salários até R$

11.202,80, o que representa 79,1% do

total de bancários. Isso já considerando

o pagamento de 13°, férias e FGTS. Para

2021, a proposta é de reajuste integral

do INPC e aumento real de salário de

0,5%. A orientação do Comando

Nacional d@s Bancári@s é pela aceitação

da proposta nas assembleias que

estão sendo realizadas neste domingo.

Todos ganham

“Quando o trabalhador ganha, toda

a sociedade ganha. Com esses valores,

os bancários vão consumir, o comércio

vai vender, vão reformar suas casas, vão

pagar suas dívidas. Ganha a economia e

ganha o governo, que arrecada mais,

quando a economia gira”, afirmou a

presidenta da Confederação Nacional

dos Trabalhadores do Ramo Financeiro

(Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

O resultado da negociação, de

acordo com Juvandia, foi positivo para a

categoria bancária. “Na conjuntura que

a gente fez a campanha, de pandemia,

de crise econômica, desemprego, de um

governo de extrema direita e que ataca

direitos, o resultado dessa campanha é

muito bom. A categoria manteve todos

os direitos. Isso se dá graças à nossa

organização nacional”, avaliou a

presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT com informações do DIEESE

8 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Setembro de 2020 - Ed. 149

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!