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Ano XVI | Edição 150 | Nova Friburgo, Outubro de 2020 | Distribuição Dirigida
NESTA EDIÇÃO:
PAG.
2
PALAVRA DO PRESIDENTE
Bancos descumprem compromisso
social e demitem milhares
PAG.
3
INFORME JURÍDICO
Sindicato recebe novo
superintendente da Caixa
PAGs.
contra
as demissões nos
bancos privados
4|5Campanha
PAG.
6
Contraf-CUT e Sindicatos
lançam campanha em
defesa do Banco do Brasil
PALAVRA DO PRESIDENTE
Bancos descumprem
compromisso social
e demitem milhares
Logo assim que houve o primeiro caso de COVID19 confirmado no Brasil e a
pandemia foi decretado pelas autoridades públicas, o movimento sindical
enviou uma carta solicitando um debate amplo com os bancos para resguardar
os nossos direitos (à vida, ao emprego…).
Os bancos aceitaram o debate, porém não assinaram praticamente nada.
Até hoje, os protocolos que não foram unificados minimamente e que
continuam a mudar por causa da evolução da pandemia, por isso mesmo ainda
não são claros para a categoria, afinal cada banco tem sua medida preventiva e
julga estar correto. Na nossa avaliação, os bancos podem e deve fazer muito
mais.
Diante da pandemia e para apresentar, como sempre, uma imagem
humanizada para sociedade, os bancos divulgaram amplamente através da
mídia que não demitiriam durante a pandemia, algo que o movimento sindical
reivindicou e queria uma assinatura desta “palavra”.
Começaram as negociações da Campanha Nacional e as propostas dos
bancos foram reajuste zero, retirar direitos, reduzir PLR pela metade.
Conquistamos aumento real, avançamos na PLR, mantivemos todos nossos
direitos, mas agora veio o golpe: demissões em massa em plena pandemia.
Ilude-se quem ainda acredita em banqueiro! Nunca nos enganamos quanto
à visão de mundo desses parasitas, ou seja, o lucro para os acionistas acima de
qualquer compromisso social. Neste ano foram mais de 12 mil demissões, no
Santander foram 2.045 desligamentos durante a pandemia.
As demissões causam apreensão nos trabalhadores (as) porque as pessoas
acham que serão a próxima, com o número reduzido, as metas que já são
enormes, são transferidas para quem continua e esse acúmulo acarreta em
adoecimentos relacionados, principalmente, à saúde mental.
Não bastasse essa situação caótica, os bancários e as bancárias sofrem com
a insensatez e crueldade de alguns trabalhadores que estão numa escala
hierárquica um pouco mais elevada nos bancos e praticam assédio moral no
ambiente de trabalho.
Por essas e pelas atitudes de sempre que continuaremos a cobrar dos
bancos sua responsabilidade, desnudar sua verdadeira face e protestar contra
suas mazelas.
Mais do que nunca, e neste momento tão delicado para todos, é
fundamental seguirmos juntos (e conectados)!
Max José Neves Bezerra
Presidente SEEB-Nova Friburgo e Região
+5522992049017
de 2ª a 6ª, de 9h às 18h
@maxxbezerra
“Onde quer que
haja mulheres
e homens,
há sempre
o que fazer,
há sempre
o que ensinar,
há sempre
o que aprender.”
EXPEDIENTE
Paulo Freire
Informativo Mensal do
Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo
CNPJ: 30.557.946/0001-14
Tel: (22) 2522-7264 | Fax: (22) 2522-5869
E-mail: seeb.nova.friburgo@gmail.com
http://seeb-nf.blogspot.com
Facebook: SEEB Nova Friburgo e Região
Presidente: Max Bezerra
Secretário Geral: Luiz Gabriel Velloso
Finanças: Dalberto Louback
Jurídico: Mariza Teixeira
Imprensa: Eduardo Marchetti
Fotos: SEEB-NF
Diagramação: Natasha Angelo
natashaartes@gmail.com
Em função da pandemia, essa edição
terá publicação apenas eletrônica.
2 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Outubro de 2020 - Ed. 150
Foi apresentado, ao Sindicato,
o novo superintendente da Caixa
SEEB-NF ajuiza ação coletiva
contra união federal para
os participantes e assistidos
da Funcef – equacionamento
Como é de conhecimento amplo,
a FUNCEF vem apresentando
consecutivos déficits, motivo pelo
qual, em 2016, novas contribuições
adicionais/extraordinárias, popularmente
conhecidas como equacionamento,
foram estipuladas,
reduzindo ainda mais os salários dos
participantes e assistidos dos planos
Reg/Replan saldado e Reg/Replan
não saldado.
Em 2017, por meio da Solução de
Consulta COSIT nº 354, a Receita
Federal entendeu que as contribuições
extraordinárias se enquadram
na regra de incidência tributária, e
passou, a partir de então, tributar
tais contribuições. E não somente
isso, entendeu também que as
contribuições adicionais sequer
podem ser deduzidas no ajuste
anual do Imposto de Renda.
Conduta totalmente contrária à
legislação tributária.
Desse modo, com o objeto de
afastar a tributação indevida, em 07
de outubro de 2020 o Sindicado dos
Empregados em Estabelecimentos
Bancários de Nova Friburgo, através
de seu Departamento Jurídico,
ajuizou uma Ação Coletiva contra a
União Federal a fim de que o Poder
Judiciário se manifeste a respeito do
tema.
Mais informações ligar para
o Departamento Jurídico do
Sindicato e falar com Mariza
(Diretora do Jurídico)
pelo telefone:
22 2522.7264.
No último dia 16/10, a Direção do
Seeb Nova Friburgo se reuniu com os
representantes da Caixa em seu
auditório.
Na ocasião foram debatidas as
questões como cobranças por metas
em contraste aos serviços sociais
prestados única e exclusivamente pela
Caixa; quadro funcional reduzido,
home-office e, trabalho aos sábados; e
os protocolos estabelecidos para
prevenção e combate a COVID-19 entre
outros.
Os dirigentes afirmaram faltam
esclarecimentos em relação aos
protocolos da Caixa para prevenir e
combater a COVID-19 uma vez que esta
é o questionamento mais urgente
apurado pelo Sindicato.
Os representantes da Caixa respon-
EU
CURTO
MEU
SINDICATO
deram que farão os esclarecimentos
devidos aos empregados (as).
O Presidente do SEEB-NF, Max
Bezerra disse que o resultado da
reunião foi positivo uma vez que as
questões nacionais estão sendo
debatidas pela CEE-Caixa, Comando
Nacional e Contraf-CUT com a Caixa,
mas o diálogo com a superintendência
que sempre foi difícil e praticamente
inacessível foi aberto e espera que este
canal direto seja mantido para debater
as demandas da categoria.
Participaram da reunião pelo
Sindicato: Max Bezerra (Presidente)
Mariza Teixeira (Jurídico) e Dalberto
Louback (Finanças). Pela Caixa: Rychard
Denys Fully (Superintendente),
Leonardo Bernardino de Souza
(Gerente Regional) e Yang Grey Tavares
Ribeiro (Gerente Geral agência 0186).
SINDICALIZE-SE!
Nova Friburgo, Outubro de 2020 - Ed. 150
ATUAÇÃO 3
Campanha Contra as Demissões
nos Bancos Privados
Mobilização da
categoria bancária
movimentou Twitter,
Instagram e a televisão
O início da Campanha Nacional
Contra as Demissões nos Bancos Privados
começou no dia 15/10 com protestos
e repercussões na mídia e nas redes
sociais. Reportagens, protestos digitais
e entrevistas marcaram a ação do movimento
sindical bancário. Houve o tuitaço
com a hashtag #QuemLucraNãoDemite,
que movimentou tanto a categoria
bancária como a população em todo
o país.
No início da noite, a TVT fez reportagem
sobre a campanha. O repórter Jô
Miyagui, autor da reportagem, informou
que os três maiores bancos privados,
Itaú, Bradesco e Santander tiveram
juntos um lucro de R$ 21,7 bilhões no
primeiro semestre deste ano. As demissões,
de acordo com a reportagem,
atingiram 2.600 trabalhadores.
É nessa conjuntura que os bancos
privados iniciaram demissões, em
total desrespeito ao acordo firmado
na mesa de negociações com o movimento
sindical bancário, de não
demitir durante a pandemia. “Não
adianta os bancos privados fazerem
marketing para a população, para dizer
que eles têm um comportamento bom,
que têm linha de crédito social. O marketing
mais importante é garantir os
empregos. É o gesto que a sociedade
precisa nesse momento. É o melhor
marketing nesse momento. Empresa
que lucra não pode demitir”, disse a
presidenta da Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
Os bancos não vacilam em colocar
bancários entre os milhões de brasileiros
sem trabalho durante a combinação
de uma crise sanitária com uma econômica.
Além dos 14 milhões de desempregados
identificados no final de
setembro pelo IBGE, a população fora
da força de trabalho é bem maior e
soma 73,390 milhões. São pessoas que
não estavam trabalhando nem procurando
serviço. Em maio, eram 76,176
milhões.
Responsabilidade social é um princípio
que os bancos ignoram, apesar de
gastarem este ano mais de R$ 1,2
bilhão em publicidade, para melhorar a
imagem frente à população. São
empresas que lucram durante a pandemia
e demitem milhares de trabalhadores.
Além dos três grandes bancos,
outras instituições financeiras também
descumpriram o acordo do começo do
ano. “Também têm bancos pequenos
como o Carrefour, o Banco Original, o
C6 e outros bancos pequenos que
começaram também.
Madruga Bancário
Após a reportagem da TVT, a campanha
contra as demissões também foi
pauta da live no Madruga Bancário,
perfil do Instagram (@madrugabancário)
bastante popular entre a categoria
bancária. Em um bate papo com o
Madruga, Juvandia explicou como surgiu
o acordo para não demitir durante a
pandemia, firmado com a Federação
4 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Outubro de 2020 - Ed. 150
para a economia que representam as
demissões. “É uma irresponsabilidade
social. Quanto mais gente empregada,
mais elas vão ter recursos para fazer a
economia girar. Isso é importante para
o país. Você vê que o auxílio emergencial
foi fundamental nesse momento de
crise. Se não fosse isso, estaríamos em
uma situação muito pior. Quando as
pessoas têm menos renda, o governo
arrecada menos também. Se todas as
empresas começarem a demitir, a economia
vai encolher cada vez mais”,
alertou a presidenta da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
Nacional dos Bancos (Fenaban), no
primeiro semestre de 2020. “Cobramos
equipamento e também a suspensão
das demissões porque mais importante
era garantir o emprego. O desemprego
já estava alto. Cobramos e os grandes
bancos se comprometeram. Eles falaram
que era um compromisso de mesa
e que não queriam se comprometer
com data. Mas, o acordo era de não
demitir na pandemia. A pandemia não
acabou e o compromisso está colocado”,
relatou a presidenta da Contraf-
CUT.
Além do rompimento do acordo,
Juvandia também destacou na conversa
com o Madruga Bancário os danos
Desde janeiro
os bancos já
promoveram mais
de 12 mil demissões
Nova Friburgo, Outubro de 2020 - Ed. 150
ATUAÇÃO 5
Contraf-CUT e sindicatos lançam
campanha em defesa do Banco do Brasil
Objetivo é mostrar a importância do Banco do Brasil e denunciar os
ataques que o banco vem sofrendo, com o objetivo de privatizá-lo
A Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),
sindicatos e federações de
bancários lançam na próxima terçafeira
(13) a campanha nacional “O bom
do BB é…” para mostrar a importância
do Banco do Brasil e denunciar os ataques
que o banco vem sofrendo, com o
objetivo de privatizá-lo.
“Todo governo neoliberal, que tenta
implantar a lógica de tudo para o mercado
e nada para o Estado, torna o risco
de privatização iminente. Foi assim no
governo FHC e está sendo assim agora,
no governo Bolsonaro. O BB hoje é o
maior banco de varejo do mercado e
faz frente aos principais bancos privados.
Nesse sentido, a instituição ocupa
um lugar estratégico”, disse João Fukunaga
(CEBB).
“Por outro lado, a importância de
um banco público se dá quando ele
atua no sentido do desenvolvimento
social e econômico do País. Recordemos,
por exemplo, como o BB foi
importante em momento de crise econômica
mundial, liberando crédito e
sem prejudicar sua estrutura. Pelo contrário,
a instituição cresceu muito
naquele momento e se tornou no principal
financiador de micro e pequena
empresa, além do agronegócio”,
comentou João Fukunaga.
“Além disso, programas sociais
como o Minha Casa Minha Vida só
acontecem devido a atuação dos bancos
públicos. Quando esse papel social
é esvaziado pelo governo, abre a brecha
para o discurso da privatização
como vemos nas declarações de Paulo
Guedes.”, explicou o coordenador da
Comissão de Empresa dos Funcionários
do Banco do Brasil (CEBB), João
Fukunaga.
“O BB é o primeiro banco do país.
Completa 212 anos no dia 12. E sua
história se mistura com o desenvolvimento
do país, com a criação da Petrobras,
da Vale (do Rio do Doce), enfim,
com o processo de industrialização e de
desenvolvimento regional, da educação,
e das políticas públicas de cunho
socioeconômico. O BB foi importante
para o crescimento do país e é importante
para que a gente consiga superar
o difícil momento que estamos vivendo”,
completou.
A campanha
A campanha foi lançada no dia
13/10, no primeiro dia do Seminário “O
Bom do BB é construir o Brasil, com
você – Banco do Brasil, há 212 anos de
parabéns”, que foi transmitido ao vivo
(live) pelas redes sociais (Facebook e
Youtube) da Contraf-CUT e retransmitido
por outras entidades que fazem
parte da campanha.
“Até o dia 16/10 a campanha se
desenvolverá de forma mais intensa e
após isso as entidades sindicais e associações
de funcionários darão continuidade
às ações, sob orientação e coordenação
da Contraf-CUT, por meio da
CEBB. Nossa intenção é buscar a interação
da sociedade e o apoio de personalidades
de nossa sociedade, seja no
meio político, seja artístico e social”,
explicou o presidente do Sindicato dos
Bancários de Brasília e Região, Kleytton
Morais, que é funcionário do Banco do
Brasil e faz parte da equipe de coordenação
da campanha.
Kleytton disse, ainda, que após a
primeira semana, a campanha se ampliará
e ganhará em caráter de defesa
permanente do Banco do Brasil e de
sua importância para as micros e
pequenas empresas, para a agropecuária,
para a educação, enfim para o
desenvolvimento do país, principalmente
nas regiões para as quais os
bancos privados não dão tanta importância.
Fonte: Contraf-CUT
6 ATUAÇÃO Nova Friburgo, Outubro de 2020 - Ed. 150