Revista Santíssima Virgem Agosto 2020 - Edição 32

OFICINAS DE ORAÇÃO E VIDA
”O que faria Jesus no meu lugar”
Depoimento da coordenadora Cristiane Grandis
As Oficinas de Oração
e Vida são um serviço
eclesial da Igreja. Trata-
-se de uma escola de
oração, onde se aprende e se aprofunda
na arte de orar, de maneira
ordenada, metódica, sistemática
com um caráter experimental e
prático, desde os primeiros passos
da oração até as alturas da
contemplação.
É uma escola de vida, aonde o participante vai
superando, passo a passo, o mundo interior de angústias e
ansiedades, medos e tristezas e inundando-se de paz como
resultado de uma vivência profunda da fé e do abandono,
na oração. Como resultado faz-se uma escola apostólica,
pois consegue-se transformar muitos participantes em
agentes das próprias oficinas.
Em São Bernardo, o coordenador atual é Marcio
Custódio e a Guia Cristiane Aparecida de Grandis é a
responsável pelas oficinas em nossa paróquia.
A rotina antes da pandemia era a aplicação das
Oficinas de Oração e Vida presencialmente, com turmas
nas terças e quartas-feiras, com início sempre na primeira
semana de março e outra em agosto. Devido o isolamento
social, as turmas foram suspensas. Os guias se reúnem
semanalmente, aos sábados, das 20h30 às 21h30 em
oração intensiva, utilizando os áudios no WhatsApp. O
grupo “Rezando Juntos” se encontra aos domingos, das
19h às 20h, com os participantes da Oficina, também pelos
grupos do WhatsApp.
Enquanto não podemos dar as oficinas, temos um livro
“Conversão Permanente”, o qual temos o compromisso de
vivê-lo como se estivéssemos aplicando as oficinas. Para o
fortalecimento da espiritualidade dos participantes e guias,
foi autorizado pela Coordenação Internacional, Retiros
virtuais pelo Youtube.
Estão sendo avaliados o que pode ser
mantido e incorporado, como os grupos
para orar via WhatsApp, onde todos podem
participar, pela simplicidade da ferramenta.
Quando iniciamos a Oficina de Oração no
primeiro semestre de 2020, tínhamos cerca
de 60 inscritos, a maioria foi se dispersando
devido à criação de outros grupos de pastorais.
Conseguir alinhar o horário para orar com os
oficinistas ainda é um desafio. Não pudemos
fazer os encontros da Oficina virtuais, pois, está
fora do estatuto oficial das oficinas de oração.
Eu vivi a tristeza de ver fechar as portas
da igreja, por tempo indeterminado, quando
estava em Adoração Eucarística. Neste tempo
fiz parte do “Vicariato para a Caridade Social”
da Diocese, onde conheci pessoas maravilhosas. Na linha
de frente, pude ver pessoas desesperadas para pegar o
essencial para comer, algumas roupas e outros materiais.
Escutei muitos corações angustiados, revoltados,
agressivos e até falácias. Mas, me colocar no lugar do outro
e pensar “O que faria Jesus no meu lugar?”, me ajudou
a silenciar e orar por estes irmãos. Sentava na escada e
olhava o céu e rogava ao Pai por eles, e agradecia a missão
dos franciscanos (Pastoral da Caridade) e do Sopão Maná
em alimentar os irmãozinhos sem julgar. A regra era:
“Ninguém sai daqui com mãos vazias”. Chorei pelos
irmãos que partiram deste mundo sem a oportunidade
de se confessar, de pedir perdão, de receber a unção dos
enfermos, de receber a Eucaristia, o Corpo vivo de Cristo.
É hora de despertar para não deixar as coisas de Deus
para depois, o depois pode ser tarde demais.
Referências:
Siteinternacional: www.tovpil.org
Sitenacional: www.tovbrasil.com.br.
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
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