Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Centro-Sul esmaga
594,88 milhões de toneladas
Moagem é praticamente a mesma verificada na safra 2019/20. Aumento de volume
será definido pelo que for processado antes do início da próxima safra em abril
Aquantidade de canade-açúcar
processada
pelas usinas do
Centro-Sul totalizou
no acumulado desde o início
da safra até 1º de dezembro
deste ano, 594,88 milhões de
toneladas, crescimento de
3,32% no comparativo com o
mesmo período do último ciclo
agrícola.
“A moagem observada até o
momento é praticamente a
mesma verificada no final da
safra 2019/20. Portanto, o aumento
de volume na safra
2020/21 será definido pela
quantidade de cana-de-açúcar
a ser processada entre dezembro
e março de 2021”, analisa
o diretor técnico da União da
Indústria de Cana-de-Açúcar
(Única), Antonio de Padua Rodrigues.
A qualidade da matéria-prima
processada no acumulado até
1º de dezembro permanece
em patamar superior ao observado
no ciclo 2019/20: aumento
de 4,24%, atingindo
145,13 kg de Açúcares Totais
Recuperáveis (ATR) por tonelada
de cana.
Em relação ao número de usinas
em operação, 61 empresas
encerraram a moagem na
segunda quinzena de novembro.
No acumulado desde o
início da safra até 1º de dezembro,
já são 214 unidades
com a safra 2020/21 encerrada,
ante 206 verificadas no
mesmo período de 2019. Para
a próxima quinzena, outras 32
empresas devem finalizar as
operações.
A produção acumulada de
açúcar na safra 2020/21 atingiu
a marca de 38,09 milhões
de toneladas, com elevação
de 44,16% em relação ao
ciclo 2019/20. O índice representa
um recorde histórico da
quantidade de adoçante produzido.
Como reflexo, 46,30% da
cana-de-açúcar foram destinados
à produção de açúcar
até o 1º de dezembro, ante
34,59% registrados na mesma
data de 2019. A despeito
desse fato, na safra 2020/21
a maior par-te da cana-deaçúcar
processada (53,70%)
continua a ser direcionada
para a fabricação de etanol.
No acumulado desde o início
da safra até 1º de dezembro,
a produção de etanol alcançou
28,91 bilhões de litros,
dos quais 19,51 bilhões de litros
de etanol hidratado e 9,41
bilhões de litros de etanol anidro.
Na segunda quinzena de
novembro, 176,27 milhões de
litros de etanol hidratado
foram convertidos em etanol
anidro, aumentando a oferta
do biocombustível. “A fraca
demanda por hidratado estimulou
a desidratação do produto
e a conversão em etanol
anidro, que deve ter oferta garantida
na entressafra. A produção
interna é suficiente para
garantir a mistura obrigatória
durante o período de pausa na
moagem sem a necessidade
de importação de produto”,
explicou o executivo da Unica.
Em relação ao etanol de
milho, desde o início da safra
2020/21 até 1º de dezembro,
a produção somou 1,64 bilhão
de litros, com um aumento
de 84,85% sobre o
volume apurado para o
mesmo período de 2019. Rodrigues
esclarece que “se
mantido o ritmo de produção
observado até o momento, a
fabricação de etanol de milho
pode quase dobrar na comparação
do ciclo 2020/2021
com o volume ofertado em
2019/2020”.
O volume comercializado na
segunda metade de novembro
de 2020 somou 1,40 bilhão
de litros (-3,19% em relação
ao mesmo período de 2019).
Desse total, as exportações
representam 102,43 milhões
de litros (+26,06%) e 1,29
bilhão de litros (-4,93%) foram
negociados dentro do território
nacional.
A quantidade comercializada
de etanol anidro na quinzena
registrou aumento de 4,85%,
o que equivale a 449,23 milhões
de litros, contra 428,46
milhões de litros em 2019.
As vendas de etanol hidratado,
por outro lado, retraíram
6,58% na segunda metade
de novembro, com total
de 948 milhões de litros entregues
pelas unidades produtoras.
O etanol destinado a outros
fins permanece em trajetória
ascendente, com 55,01 milhões
de litros comercializados,
alta de 36,71% frente a
mesma quinzena de 2019. No
acumulado da safra, o crescimento
é de 33,33%, com 908
milhões de litros vendidos até
1º de dezembro.
A despeito da alta no consumo
de etanol não carburante,
o volume total de etanol
comercializado até o término
de novembro do atual
ano safra apresenta queda de
11,75% em relação ao ciclo
agrícola anterior. No total, são
20,47 bilhões de litros vendidos,
dos quais 13,78 bilhões
referem-se a etanol hidratado
(-15,10%) e 6,69 bilhões a
etanol anidro (-3,96%).
“Essa maior venda de etanol
não carburante no mercado
interno e o aumento das exportações
não foram suficientes
para reverter a queda
nas vendas totais de etanol
na atual safra. O impacto da
Covid-19 na demanda por
combustíveis no início da safra
foi severo e repercutiu no
total comercializado pelas
usinas do ciclo 2020/2021”,
destacou Rodrigues.
Jornal Paraná 5