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Pessoas Professores Pandemia

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PESSOAS PROFESSORES PANDEMIA

revendo a docência agora e quando retornaremos

Cristiane Gleise Costa Nóbrega de Araújo

Como é incrível esta “Capacidade ou Característica”

de alguns humanos de se acomodar com as circunstâncias

e as situações, não sei se fazemos isso por medo

ou como instinto de proteção. Só sei que a maior

parte do tempo, procuramos esta que consideramos

“estabilidade” e só mudamos quando “puxam o nosso

tapete”, “quando nos sentimos sem chão”, “ quando estamos

encurralados”, “quando estamos entre a cruz e

a espada”, enfim são coisas que não esperamos e muito

menos desejamos vivenciar, é o que nos impulsiona a

voar e aprender, “somos como os passarinhos que são

tirados do ninho, para sua maior lição de vida, voar.

Assim como a frase acima citada, de Gandhi, o futuro

dependerá de nós, e respondendo à pergunta: “O que

será de nós quando pudermos voltar a ir para escola?”

Seremos o que quisermos ser.

“O futuro dependerá daquilo que

fazemos no presente”

MAHATMA GANDHI

Escolhi esta frase para falar das minhas impressões,

pois ao pesquisar sobre a vida de Gandhi, inicialmente

achava que Mahatma (ou Mahatman), era seu primeiro

nome, e este é meu conhecimento prévio, por

acreditar assim como meu nome é Cristiane Gleise

Costa Nobrega de Araujo, porém algo despertou a

minha curiosidade, foi então que descobri que o seu

nome era Mohandas Karamchand Gandhi, e melhor

que ter esse nome, é como as pessoas nos chamam, e

como somos reconhecidos por elas.

Mahatma (ou Mahatman), significa “uma grande

alma”, minha curiosidade gerou conhecimento e é assim

que também quero ser reconhecida, como “professora”

e me orgulho de ter feito esta escolha. O texto

é intrigante, começa com uma série de perguntas

e termina com mais perguntas, agora feitas por nós

mesmos.

A primeira pergunta é: “A Pandemia de COVID- 19

trouxe novas demandas para a educação?”. Como escrevi

e até mesmo já mencionei anteriormente em outras

impressões, não consigo ver só o lado negativo

deste momento que estamos vivendo, como relatado

no próprio texto: “Os resultados (positivos ou não) da

educação contemporânea são frutos do percurso histórico

da humanidade, num sentido amplo”, esta pandemia,

só escancarou o que não estava bom, o que

não funcionava, as mazelas sociais, entre outras situações

que necessitavam ser repensadas e mudadas.

Hoje a educação, assim como ontem, é considerada

um alicerce para a sociedade, cita “Claro que não é a

educação sozinha que reforma a sociedade, contudo, é

inegável sua participação estruturante no que fomos,

estamos e seremos”, por este motivo temos que ter em

mente a nossa responsabilidade nesta construção, este

é o momento de parar de responsabilizar os outros e

sermos responsáveis, conhecer e procurar reconhecer

as crianças e a comunidade, como autores e parte da

educação que desejamos.

Pensei em algumas sugestões, mas acredito que deve

ser refletido e acordado em grupo, assim como todas

as decisões e ações tomadas neste período, uma

delas foi essa possibilidade de que como cada turma

tem aproximadamente 35 crianças matriculadas, e

como já vem sendo dito, a frequência e o atendimento

presencial será definido por etapas, pensei que

poderíamos considerar alguns relatos trazidos pelos

participantes das jornadas pedagógicas, ocorridas em

25 e 26 de junho, que trouxeram as vivências de seus

países.

Entre as contribuições, destaquei o fato de ter um

adulto de referência para aquele determinado grupo

de crianças e famílias, não sei se será possível, acredito

que haverá famílias que se sentirão mais confortáveis

neste momento com o ensino remoto ou à distância,

por este motivo teremos que conciliar ambos.

Então, conciliar ambos propiciou refletir algumas

propostas: rodízio, por exemplo: uma semana a professora

da ponta fica responsável pelo presencial e a

do intermediário pelo “à distância ou remoto”, na outra

semana, a professora da ponta ficará responsável “à

distância ou remoto” e a do intermediário pelo presencial,

então as professoras terão um grupo que serão

responsáveis, tanto no atendimento presencial como

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no remoto, e as crianças terão um adulto de referência

que os acompanharão nesta trajetória e será melhor

para o monitoramento e orientação dos grupos.

E quanto aos objetos e materiais com higienização,

não vejo outro alternativa senão individualizar, colocando

nomes e fotos uma vez que nem todas as crianças

identificam o próprio nome, além de redobrar a

atenção.

As ações pensadas e refletidas quando acontecerem

revelarão cotidianamente novas adaptações e hábitos

que o vírus irá nos impor. Por enquanto, só nos resta

aludir sobre uma realidade ainda não vivenciada- o

retorno das aulas.

Foto: Milenna Tavares

Referência

GANDHI, M. “Minha vida e minhas experiências com a verdade”,

1927.

Foto: Fachada da EMEI Epitácio Pessoa

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