Pessoas Professores Pandemia
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PESSOAS PROFESSORES PANDEMIA
PESSOAS PROFESSORES PANDEMIA
Ainda que nossas ações sejam a primeira vista pequenas,
pois é a soma delas que fazem a diferença. Sem
esquecer o momento que nos colocou nessa situação,
a pandemia da COVID 19, tivemos entre as famílias
que atendemos perdas, e com muita responsabilidade
e muito carinho, houve ligações, vídeo chamadas com
palavras de acalanto. O que não poderia ser diferente.
Houve também informativos e ações para contemplar
aqueles que por consequência da pandemia perderam
seus empregos e tiveram suas vidas transformadas por
questões financeiras. Por mais que essas ações tenham
sido pensadas para as famílias, podemos concluir que
por meio delas, nos fortalecemos enquanto Coletivo
Educacional, reafirmando que a educação não é isolada
dos processos que acometem nossa sociedade.
Outro ponto relevante em nosso fazer foi a organização
do próprio trabalho pedagógico do grupo, que
conseguiu uma organização fantástica através do roteiro
proposto pela coordenação. Quanto as nossas
formações, tenho certeza que sem elas estaríamos
mais ansiosas e menos esperançosas. Tenho ficado
cada vez mais feliz com nossos diálogos, com a escolha
dos textos muito pertinentes e enriquecedores.
E mesmo intercalando com os textos que tratam do
possível retorno, tem sido possível pensar no futuro
de uma maneira mais acalentadora, até porque, ainda
que não voltemos este ano, ainda que voltemos o ano
que vem e tenhamos que nos manter afastados sem
abraços, sem aconchegos, até que chegue a vacina...
uma hora ela vai chegar e nós teremos orgulho de ter
passado por tudo isso, sem deixar a peteca cair.
“Será que vai dar tempo?
Tempo, tempo, que te quero tempo
Tempo de juntar forças
De viver mudanças
No meu trabalho de formiga e cigarras
Para continuar nascendo todo dia.
Será que vai dar tempo?”
DISTANCIAMENTO X PLANEJAMENTO
Isleide de Macedo Gama, Hermita Pereira Gomes, Amanda
Cruz Lopes
Nesse período de isolamento social os nossos planejamentos
foram realizados de acordo com o documento elaborado pela
Secretaria Municipal de Educação e do estado de São Paulo
“Trilhas de Aprendizagens”, que tem como objetivo a interação
entre crianças, familiares e professores com sugestões de brincadeiras,
leituras e jogos de construção.
As atividades desenvolvidas por todas as professoras, como:
contação de histórias, músicas, construção de brinquedos (cabanas
com vários materiais, pistas de carrinhos, pega tampinhas
com pregador), confecção de massinha de modelar, leituras
de vários gêneros literários, serviram para complementar,
enriquecer e facilitar o entendimento do material “Trilhas de
Aprendizagens”.
Seguimos um cronograma para as postagens dessas atividades
na plataforma digital “Google/ Classroom”, para que fossem
acessadas pelas crianças juntamente com a família.
Começamos com mais intensidade a utilização da plataforma,
com postagens diárias, de início duas por dia (uma de cada
professora da turma) e no final apenas uma por dia por sugestão
da SME ( Secretaria Municipal de Educação) para que as
crianças não fiquem muito tempo diante das telas, e como já
havia sido alertado pela Coordenadora Bernardete, as famílias
estão com muitas dificuldades no manuseio da ferramenta e
por isso o acesso ainda está escasso.
Nossas produções e publicações ficaram a cada dia
mais “trabalhadas” no encantamento e na potência de
quem acredita que a educação é o único caminho para
travar as batalhas da vida. Os temas propostos foram
desafiadores e muito significativos. Acredito que o
grupo se esforçou bastante para que a qualidade das
produções fosse agradável para as famílias.
É possível perceber que no Google Class (Plataforma
oficial da Secretaria de Educação) tem algumas devolutivas
e no Facebook as visualizações, assim como o
relatório mostram que as famílias estão vendo o que
fazemos. Isso significa que apesar de todas as dificuldades,
elas têm carinho e respeito pelo nosso trabalho.
Tornando claro que o trabalho da educação caminha
sempre junto as famílias. Para concluir, cito uma parte
do poema de Madalena Freire, presente no livro Educador,
Educa a dor (2017):
Referência
FREIRE, M ‚”Educador, educa a dor”, 2008.
Foto: Equipe da Emei- Campanha do uso de máscaras
Mas independente das dificuldades, ficamos extremamente felizes,
com o comprometimento das famílias para com as crianças;
quando observamos os acessos via página institucional do
Facebook da escola, e percebemos que mesmo à distância, temos
impacto importante nas vidas das famílias, que se sentem
acolhidas e que podem contar com todos da escola.
As atividades postadas no Facebook obtiveram um grande número
de visualizações e devolutivas no formato de vídeos e fotos,
nos quais é possível observar a realização das atividades
em família, e o mais importante, a alegria das crianças ficou
evidente. As famílias estão se esforçando para dar continuidade
a educação escolar de seus filhos e fortalecendo o vínculo com
a escola.
Estamos trabalhando sempre para tentar oferecer, dentro das
possibilidades, o melhor para as crianças. E aprendendo todos
os dias a trabalhar na Educação Infantil de um jeito novo.
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