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ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE Nº197 Mensal • Janeiro 2021
Neve nas montanhas madeirenses
“Aprendi com os
melhores”
Exposição Presépios
O Natal na Casa da Calçada
João Canada
Aldeia Natal
Praça do Município
Evento
Madeira a Vespar
Nº197 Mensal
Janeiro 2021 • €2,50
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Director
Edgar Rodrigues de Aguiar
Redação
Dulcina Branco Miguens
Secretária de Redação
Maria Camacho
Depart. Imagem
O Liberal
04 O interesse e a paixão pela
música levaram-no a começar muito
jovem a atividade de dj onde viria a
tornar-se um pioneiro e um
profissional reconhecido pelo seus
pares ao nível mundial. João Canada
conta-nos um pouco na entrevista da
sua vida cheia de experiências.
08 Imagens das montanhas
madeirenses cobertas de neve
12 Retratos a preto e branco de
Lisboa confinada pela pandemia
14 Santuário de Fátima em
janeiro de 2021 pela objetiva de
António Cruz
16 Exposição ‘Natal na Casa da
Calçada’
19 ’Vamos enfeitar a árvore de natal’
20 Decorações natalícias nas
ruas e praças de Porto Santo
23 ’Aldeia Natal’ na Praça do
Município
www.revistafiesta.pt
24 A ‘Madeira by Wheels’ de Tiago
Camacho
26 Imagens do Natal 2020 na
Madeira
31 Natal de Isabel Borges
embelezou Funchal
34 Concentração nacional de
Vespas na Madeira
36 Agenda Cultural da Madeira
Janeiro 2021
41 Fiesta!Aconteceu
Forum Madeira Fashion’18
42 Fiesta!LifeStyle
Beleza Feminina – Sri Lanka
43 Fiesta!7Arte
Filme de animação madeirense recebeu
menção honrosa internacional
44 Fiesta!Décor
‘So natural’, o regresso ao essencial
45 Cocktail Olim: ‘Queen’
46 Momentos DDiArte
‘Chuva’
Design Gráfico
O Liberal
Departamento Comercial
O Liberal
Estatuto Editorial
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Luísa Agrela
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Secretariado, Publicidade,
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ISSN 0873-7290
Registado no Instituto da Comunicação
Social com o nº 124584
Membro da Associação da Imprensa
Não Diária - Sócio P-881
Fiesta!
Fiesta!
É uma revista mensal de informação
geral que dá, principalmente
através da imagem,
uma ampla cobertura
dos mais importantes e significativos
acontecimentos
regionais, com especial incidência
para os eventos
festivos, espetáculos e às
pessoas, não esquecendo temáticas
que, embora saindo
do âmbito regional, sejam
de interesse geral, nomeadamente
para os conterrâneos
espalhados pelo mundo;
Fiesta!
Fiesta!
É um projeto jornalístico e dirige-se
essencialmente aos
quadros médios e de topo,
gestores, empresários, professores,
estudantes, técnicos
superiores, profissionais
liberais, comerciantes, industriais,
marketing e recursos
humanos;
Identifica-se com os valores
da autonomia, da democracia
pluralista e solidária,
defendendo o pluralismo de
opinião, sem prejuízo de poder
assumir as suas próprias
posições;
Mais do que a mera descrição
dos factos, tenta descortinar
as razões por detrás dos
acontecimentos, antecipando
tendências, oportunidades
informativas;
Fiesta!
Fiesta!
Fiesta!
Pauta-se pelo princípio de
que os factos e as opiniões
devem ser claramente separadas:
os primeiros são intocáveis
e as segundas são livres;
Como iniciativa privada, tem
como objetivo o resultado,
pois só assim assegura a sua
independência editorial;
Através dos seus acionistas,
direção, jornalistas e fotógrafos,
rege-se, no exercício
da sua atividade, pelo cumprimento
rigoroso das normas
éticas e deontológicas
do jornalismo.
Tiragem
10.000 exemplares
[Nova Ortografia]
3
João
Canada
“Vale sempre a pena
dar o primeiro passo”
• Dulcina Branco
• Fotos: gentilmente cedidas pelo entrevistado
4
Profissional incontornável da noite madeirense, pioneiro
e premiado. João Canada brilhou na música através das
mesas de mistura que dominou como poucos. Conquistou
competições internacionais, inaugurou discotecas e clubes
de renome na Madeira, continente português e na Europa.
Passou música em míticos espaços de entretenimento
noturno mundiais e privou com os melhores. É um pouco
do extenso e distinto percurso profissional que procuramos
mostrar nesta entrevista a que o dj nos respondeu por
escrito.
Como se desenvolveu a ligação à
música e ao djiing?
- Ouvir música com 6 e 7 anos, poder
escolher os discos para ouvi-los
no gira-discos da sala de música do
meu padrinho, foi a base. Na adolescência,
comecei a colaborar no
programa desportivo de Acácio Pestana
“Rádio Totobola” na extinta
Estação Rádio da Madeira. Por esta
altura, nos anos setenta comecei
a passar música em festas particuares
que eram organizadas por
alunos do Liceu, do Caroço, para
adolescentes, músicas de Joe Dassin,
Procol Harum, Nilson...Enquanto
dj, iniciei-me no “Infinity”,
discoteca do hotel Miramar e que
foi uma escola de música para mim
ao níovel das bases musicais dos
tempos do Disco Sound e da “Studio
54”, a música Funk, os Slows,
a Reggae, os concursos de Rock n’
Roll... Inaugurei a discoteca “Barbarella”
em Março de 1980, com a
New Wave, o Pop Synth, casacheia
todas as noites. Seguiram-se as “Vespas”
no Ribeiro Seco, a “Zarco” na
Matur, de 1981 a 83. Pelo meio, as
primeiras e grandes festas temáticas
como a Festa Branca, a Festa do
Chapéu, a Festa do Pijama, a Festa
dos “New Romantic”...Em Setembro
de 1983 inaugurei uma discoteca
em Santa Cruz de Tenerife e
que foi o início de todo o meu percurso
internacional. Sair da ilha foi
um salto qualitativo. Fascinavam-
-me as discotecas das Canárias que
estavam nessa altura estavam 20
anos adiantadas em relação à Madeira.
Trabalhei nas melhores, como
a “Stress”, a “Prismas”, etc.. Em
1984, vou para Palma de Mallorca,
centro das melhores discotecas
da Europa. Aumentaram-me o salário,
viagem e apartamento à minha
disposição. Foi nesse momento
que senti que me tornara num DJ
de carreira Internacional. Seguiu-se
Paris. Participei no “Discom” - congresso
de Discotecas e DJs de França
– e estreio-me a tocar na melhor
discoteca da Europa dessa época:
o “La Scala”. Passaram-se 34 anos.
Muitos dos atuais DJ’s ainda não tinham
nascido e eu já era um Disc-
-Jockey de topo na Europa. Em
1985, vou parar à Alemanha, país
que mudaria a minha mentalidade
como pessoa e carreira. Trabalhei
na “KU” de Lippstadt e “KU”
de Hannover, onde se realizava o
famoso “Rock Pop Music Hall” da
ZDF na primeira, comigo lá como
DJ e onde atuaram Falco, OMD,
Sandra, Jennifer Rush, Roger Daltrey,
o Baltimora do “Tarzan Boy”,
Commodores, Robert Plant, Midge
Ure e tantos outros...Participei
no campeonato alemão de DJ’s que
venci, com Ben Liebrand no júri,
referência incontornável do “Mixing
DJ”… Passei por várias discotecas
como a “Go Go Park” de Herford,
o ‘Real Madrid’ das discotecas
da altura. Atuações destas tive um
pouco por todo o lado. Aproveitei
bem o título de Campeão da Alemanha
de “Disc-Jockeys”. No Verão
de 1986, fui inaugurar a super
colossal discoteca em Benidorm, a
“Star Garden” um local de animação
com helicóptero, piscina, restaurantes,
pizaria, geladaria... A discoteca
recebeu o certame de Miss
Espanha 86, onde fui responsável
pela colocação das músicas do
desfile. Trabalhei ainda na lindíssima
“Number One” em Benidorm.
Neste ano de 1986 começam a sair
os primeiros temas de “House Music”
de Chicago, tendo sido dos primeiros
DJ’s na Europa a receber e a
lançar o estilo inovador para aquela
época. Em 1987, trabalhei na famosa
“Ta Tue” de Duisburg (Alemanha),
na mesma cabine onde
trabalhou o melhor DJ da Europa
de todos os tempos e a minha grande
referência: Ben Liebrand. Em
1987 regresso à Madeira onde começo
a montar o meu estúdio de
som e dou vários cursos de DJ’s. Fico
a trabalhar no “Farol” até participar
no campeonato de Portugal
de DJ’s, que venci em fevereiro de
1988. Participei ainda no Campeonato
do Mundo e até finais de maio
fiz a Tour de Campeão de Portugal,
atuando de norte a sul do país.
Fui DJ residente da melhor discoteca
do país, a “Trigonometria” na
Quinta do Lago... Na Madeira, destaco
o “Baccará” (Casino da Madeira)
que inauguro em 1991 - a primeira
discoteca da Madeira com
raio laser, uma “Fashion Disco”
muito inovadora. Em 1995 regresso
ao “Farol” que foi um sucesso incrível
e por vários anos seguido no panorama
regional da animação.
A sua carreira está marcada pelo
facto de ter sido pioneiro na realização
desses grandes eventos na
noite madeirense...
- As primeiras grandes noites temáticas
dos “Hippies” e do “Halloween”
na Madeira na discoteca O Farol,
nos anos 90. A Festa dos ”Hippies”
na segunda-feira de Carnaval
com o banda “Sweet Lover’s” (Inês
Costa Neves, Luís Jardim, António
Trindade, Carlos Martins, Jorge
Martins, Manuel Brito e colaborações
de Carlos Vieira e Tiago Camacho)
a tocarem ao vivo, enquanto
eu fazia os “breaks” da banda
como DJ, também na mesma onda
musical, anos 60. Foi um estrondoso
sucesso durante vários anos.
O impacto causado extravasou para
o exterior, pois outras discotecas
e bares começaram a aproveitar es-
5
sa noite nos seus calendários de animação.
As primeiras ‘discotecas ao
vivo’ que foram realizadas na Madeira
foram criticadas, talvez porque
eu estava lá a animar, em cima
do palco. Senti comentários negativos,
quando pela primeira vez na
Madeira um DJ tocou em galas de
finalistas, e esse DJ era eu. As pessoas
não estavam habituadas, iam
de “smoking” para os hotéis mas
hoje é o que se vê mais, a juventude
quer é música de dança e os DJ’s
ao vivo tornaram-se moda, até nos
arraiais. Quer dizer, tem de haver
sempre uma primeira pessoa a fazê-
-lo. Não quero dizer com isto que
me consideraram um “desalinhado”
mas talvez um pioneiro. Mas
os pioneiros apanham muitas tempestades
pela frente até chegarem
a águas calmas. Quando hoje olho
para trás, digo aos meus amigos e
a DJ’s que levam o Djing a sério:
“Valeu a pena. Vale sempre a pena
dar o primeiro passo”. Os primeiros
tempos foram difíceis mas hoje são
milhares os que aplaudem essas iniciativas.
Sinto-me feliz por estar associado
a estas inovações.
Que diferenças encontra entre a
atividade de dj no seu tempo e a
atualidade?
- No meu tempo as pessoas saíam
para dançar todo o tipo de música
e nós não éramos DJ’s, éramos
“Disc-Jockeys”, terminologia anglo-
-saxónica cujo principal motivo era
descobrir canções novas, animar,
apresentar. Alguns cantavam em cima
das músicas e ainda eramos nós
a comandar as luzes das discotecas.
Hoje, temos os MC’s que cantam
ou apresentam os eventos, os Video
Jockey’s e os DJ’s, que são na maioria
produtores de estúdio a nível
global e produzem tudo no computador.
Por isso as músicas de antigamente
perduraram mais no tempo,
porque as pessoas sentem afinidade
por cantores e bandas. Antigamente,
quem trabalhava como “Disc-
-Jockey” o fazia como profissão única
e inteira. Não tínhamos o epíteto
de “artistas” mas tínhamos estatuto
de artistas. Os DJ’s da atualidade
não são DJ’s de carreira, têm outros
trabalhos. São raras as exceções. As
coisas mudaram, na minha opinião,
melhor em termos de tecnologia,
pior em termos de carreira, até porque
se fossem contratados como antigamente,
só para aquelas funções,
estariam agora salvaguardados nesta
fase crítica da Covid. Eu sempre
tive e assinei contratos de trabalho
como “Disc-Jockey”, os músicos e
os “Disc-Jockeys” contratados (contratos
assinados) estão mais protegidos
do que os “free lancers”, que infelizmente
são a maioria e vivem
momentos de angústia. No meu caso,
acho que fui inteligente a gerir a
minha carreira. A trabalhar e a ser
remunerado, com contrato de trabalho
e descontos para a segurança
social, foi no ano de 1977 no Hotel
Miramar. Fiz também uma coisa
muito boa que foi sindicalizar-
-me pelo que, sou um raro caso de
“Disc-Jockey” com carteira profissional!
A categoria é “Operador de
Som e Luzes”.
Conquistou importantes competições
nacionais e internacionais
– foi o melhor dj da Europa em
1988. O que representaram para si
estas distinções?
- Os meus títulos de DJ foram desvalorizados
por alguns. Nunca precisei
de participar em campeonatos
para me poder afirmar como um
bom DJ, apenas fazia-o porque adorava
competir, estava-me no sangue.
Aprendi com os melhores, sou
muito competitivo e quando se mete
algo na minha cabeça, sou muito
empenhado. Não é fácil me derrubarem.
Eu vinha da Alemanha de
mente aberta, com energia e ideias
para dar e vender, criatividade, trabalho
produtivo, empenho, um fanatismo
pelo culto do trabalho.
A destacar um momento alto
no seu percurso de vida ligado à
djjing que momento seria esse?
- Tantos... A atuação na maior discoteca
da Europa em 1984, o “La Scala”
de Paris, ter sido o DJ residente
na melhor discoteca do País, a “Trigonometria”
na Quinta do Lago no
Algarve, marcantes também as minhas
presenças no Mundial de DJ’s,
os meus títulos DMC da Alemanha
em 1985 e em Portugal no Porto
em 1988, o meu segundo título
de campeão de Portugal em 1990,
no Algarve. O ano de 1988 foi também
muito importante, quando saí
na revista DJ Mag, o meu 10º no
ranking mundial, a minha actuação
em Miami... Há também um momento
marcante para mim que foi a
grandiosa festa que ajudei a realizar
no Baccará (Casino da Madeira) no
início dos anos 90, com a banda de
Sérgio Borges, o Conjunto Académico
João Paulo. Atrevo-me a dizer
que foi a melhor festa alguma vez
feita no interior de uma discoteca
madeirense. Marcante também foi
a atuação em que eu tinha de atuar
de viseira fazendo misturas com 4
pratos, numa requintada festa com
modelos e convidados top, a “Fantasy
Luxury Experience”.
Como foi conciliar a atividade
profissional com a família?
- Atualmente sou casado, com uma
filha de 12 anos mas casei tarde.
Fugia aos compromissos dessa natureza.
Não podia criar laços porque
andava a saltitar de cidade para
cidade, de contrato para contrato.
Conheci pessoas extraordinárias,
maravilhosas, mas havia sempre
aquele receio. Aventureiro, trabalhador
intenso, sentido de responsabilidade
e entrega total até desfalecer,
em qualquer projeto. Fui
pai aos 48 anos, é uma sensação diferente
mas bem mais doce e adorável.
Tornei-me uma pessoa muito
calma, tranquila, madura. Gosto
muito de lhe dar conselhos, sou um
pai dedicado, já não ando em correrias
profissionais. O meu maior projeto
passou a ser a Leonor, a minha
filha.
Gosta da noite na atualidade?
- A noite está muito diferente. Antes
as pessoas saíam mais cedo, era
uma geração que vivia de forma
mais civilizada, social, colorida e
intensa a diversão. A noite perdeu
bom gosto, sensualidade e glamour.
Até a música mudou! Antes dançava-se
slows e atraía mais pessoas, hoje
dançam “Regatton” e outras coisas
que ainda não percebi o que é,
que convidam mais à confusão e
gritaria. Tragam as pessoas bonitas
e educadas para a noite, ofereçam
qualidade. Sei que me vão criticar
por dizer isto mas daqui a uns anos
vão dizer que o Canada tinha razão.
Quais são as suas grandes referências
musicais?
- Toda a música dos anos 60 e 70!
Beatles, Beach Boys, James Brown,
Elvis, Credence, Procol Harum,
Steve Wonder, George Backer, Rubettes,
Abba, os Sweet, Suzy Quatro,
Moroder, Cerrone, Kratwerk,
também o romantismo da música
francesa e italiana da década de
70, o Joe Dassin, I Santo California...
Tenho aquele lado marcante
das orquestras e dos chás dançantes
nos hotéis que o meu padrinho
me apresentava nos anos 60, essa
era a minha parte clássica, o Glen
Miller,o Sinatra, o Engelbert. Depois,
já na adolescência, Pink Floyd
e Jean Michel Jarre. Tudo isso me
deu o ecletismo que usei na profissão.
Quanto a DJ’s que me marcaram,
o John “Jellybean” Benitez
- de quem sempre fui um fan incondicional,
Ben Liebrand e o SANNY
X, estes dois últimos com uma ligação
direta no meu trabalho, tudo
DJ’s top mundial, dos anos 80. O
Ben Liebrand passou por mim em
momentos muito importantes da
minha carreira. O Ben Liebrand,
era e foi o melhor DJ da Europa,
nos anos 80, meu ídolo e enorme
referência para todos os grandes
DJ’s da minha geração. Em relação
aos discos que tenho e os que
mais valorizo, são sobretudo vinis, a
história praticamente toda da “Disco
Sound” e “Funk” discos originais
que me chegavam às mãos dos
Estados Unidos, que as editoras me
enviavam. Nos anos 80 com a minha
vida de DJ profissional na Europa,
na Alemanha, França e Espanha,
a coleção aumentou mas não
consigo quantificar. Em termos
pessoais, tenho uma ligação profissional
muito grande com a música
“Funk”.
Como define a música?
- Música é a forma mais próxima de
experienciarmos sentimentos, sensações,
emoções. É uma expressão
de arte, é cultura, aproxima os povos,
ultrapassa fronteiras e chega a
cada um de nós de forma diferente.
Os que gostam de música pimba,
acham o máximo, os que gostam
de “Rock” e “Heavy Metal”
sentem adrenalina, os que gostam
de música erudita, acham-se cultos,
os que gostam de música “House”
sentem dinâmicas, liberdade, energia
e assim sucessivamente...Ninguém
consegue ficar indiferente a
um som ou frequência, há estímulos
reativos e ninguém também pode
passar ou viver sem música, sem
estímulos. Não consigo ouvir música
sem distinguir o seu corpo e alma!
Ouço com muita atenção todos
os instrumentos. Adoro perceber a
forma como a música foi produzida.
6
O que ficou por fazer na música?
- Saber tocar piano – toco de ouvido,
e ter frequentado uma escola de
música.
É incontornável a sua ligação ao
desporto, nomeadamente ao futebol
e ao CS Marítimo. Como é
que aconteceu?
- Foi o meu pai que me levou pela
sua mão ao Estádio para ver jogar
o Marítimo, aí pelos meus 4,
5 anos. O Marítimo que os meus
olhos de menino viram jogar nos
Barreiros na década de 60 era um
Marítimo maravilhoso, cheio de
atletas de grande caráter e raça. O
esplendor do verde e encarnado,
calção branco e meias imaculadamente
brancas, as cores fascinavam-me…
Pratiquei atletismo no
Marítimo, fui campeão da Madeira
e também de Futebol pelo Marítimo,
na época de juvenil 1976/77, o
ano de subida da equipa principal e
cheguei a pisar a relva dos Barreiros
para receber a minha faixa de Campeão.
Mais tarde, o vice-presidente
Dr. Rui Sá convidou-me para ser o
“Speaker” do Marítimo, função que
desempenho desde 1998.
Como é que tem vivido este período
de pandemia? O que tem feito?
- A nível musical digamos que tenho
me divertido. Comecei a abrir
espetáculos pelo Facebook. Achei
interessante o que colegas meus estavam
a fazer lá fora. No meu primeiro
Live, tive quase 10.000 visualizações.
Todos os sábados às
21:30 apresento um novo Show. Para
quem quiser ter acesso, é este o
link: www.facebook.com/JoaoCanadaPaginaOficial/videos
Depois
de alguns desses lives, fui contactado
para trabalhar, alguns respondi
afirmativamente, outros deixei para
próxima oportunidade. De resto,
Já sou reformado e estou num
dos melhores momentos da minha
vida mas as minhas responsabilidades
e tarefas não diminuíram de intensidade.
Depois da minha licenciatura
em Turismo concluída há
3 anos, dediquei-me à àrea. A pandemia
trouxe cancelamentos mas
mais tempo para poder estar em
casa com a família, inventar trabalho,
estudar “softwares” a trabalhar
o meu Canal Youtube, preparar os
Lives, a fazer a manutenção da minha
unidade de turismo.
As discotecas irão desaparecer?
- Essa é uma pergunta interessante
e que tem uma resposta óbvia: sim
as discotecas irão desaparecer! A palavra
adaptação parece-me muito
correta e favorável para o que vem
aí e do que o futuro necessita. Não
acredito que a geração da minha filha,
ou futuras se queira meter em
sítios fechados, para ouvirem músicas
que eles próprios já ouvem na
sua pen, tablets e computadores.
Antigamente, não havia nada disso
e quem quisesse ouvir música tinha
de sair para usufruir ou desfrutar.
Haverá cada vez mais procura por
locais aprazíveis, junto à natureza.
O que faltou à Madeira para se
afirmar no plano internacional
como uma Ibiza ou um Algarve?
- Não falta nada e já muito foi feito.
A Madeira não é, nem pode ser
uma Ibiza ou um Algarve. Poderia
dizer aqui algumas coisas negativas
desses destinos, que se copiados,
deixariam um rasto de destruição
na nossa ilha, marcada pela oferta
de destino de Turismo de qualidade.
Temos que preservar o nosso
destino pela Natureza e nos livrarmos
de desgraças, que mais tarde irreversivelmente
se pagam caro. É
um destino que tem qualidade, tem
potencialidade, tem procura, tem
ganho prémios internacionais extraordinários,
tem recursos, mas podem
ser finitos, se não soubermos
preservá-lo. ••
7
Depressão ‘Filomena’ trouxe chuva forte e neve nos picos mais altos
Neve no Pico Ruivo
O
s primeiros dias de 2021
na Madeira vieram com
tempo severo – chuva e
vento forte, e baixas temperaturas,
consequência da massa de ar
frio originária de norte que atingiu
a Península Ibérica e interagiu
com a depressão ‘Filomena’,
esta que teve o seu auge no
arquipélago da Madeira. A depressão
carregada de muita humidade
e ar subtropical, ao colidir
com o ar frio, deu origem à
forte precipitação e também neve
nos pontos mais elevados do
sul da ilha da Madeira. O manto
branco da neve cobriu o Pico
Ruivo – a montanha mais alta da
Madeira e a terceira mais alta de
Portugal. ••
• Dulcina Branco • Fotos: Cícero Castro
8
9
10
Neve no Pico Ruivo
11
Num ano de pandemia, tudo é diferente...
Lisboa confinada
O
s números da pandemia
vieram sempre a agravar-se
em Portugal nos
últimos dias. O país quase inteiro
entrou num novo período de
recolher obrigatório. Foi o retrato,
a preto e branco, destes dias
que António Barroso Cruz registou
e nos enviou. Para memória
futura. ••
• Dulcina Branco • Fotos: gentilmente cedidas por António Barroso Cruz
12
13
“Existe um silêncio sepulcral nesta manhã de Janeiro
em que visito este lugar de tantas romarias e procissões.”
‘Fátima’
E
xiste um manto de tristeza
húmida e pegajosa que se
estende sobre o santuário
de Fátima.
Um manto gélido de 6° que embacia
os campos em redor, que
distorce as fachadas dos edifícios
a pouco mais de alguns metros de
invisibilidade.
Existe um silêncio sepulcral nesta
manhã de Janeiro em que visito
este lugar de tantas romarias e
procissões. De tantas promessas e
orações. De tantas fés e esperanças
e ilusões.
Existe uma ausência quase absoluta
de gente. Porque as gentes
estão confinadas (ou não…) algures
em lugares que os meus sentidos
não alcançam. Apenas percepcionam.
Existe uma palpável ausência
do deus em que tantos acreditam.
Que continuará a ser venerado
solitariamente, agora que
os ajuntamentos não são permitidos,
neste que é um espaço de
ajuntamentos por excelência.
Existe como que um poema lânguido
e sofrido nos movimentos
lentos dos poucos com que me
cruzo e que, de pé ou persignados,
deixam entre lábios rezas à
imagem santa que aqui os faz vir.
O santuário é, todo ele e hoje,
um espaço esborratado pela neblina
que se ajoelha e impede as
vistas largas, os ângulos arquitectónicos,
as imagens espalhadas
pelo recinto e à sua volta. É indistinguível
o todo que conseguimos
abranger em dias soalheiros.
São agora 11 horas desta manhã.
Soam as costumeiras badaladas.
Inicia-se um dos serviços de missa
diários para não mais que uma
trintena de crentes na Basílica da
Santíssima Trindade.
Neste lugar que pode albergar,
que já albergou, quase 9 mil pessoas.
Neste lugar que é verdadeiramente
fascinante do ponto de vista arquitectónico
e de engenharia. O
grego Alexandros Tombazis ficará
para sempre na história da arquitectura
religiosa com esta obra.
Assim com tantos artistas de várias
artes (escultura, pintura, gravura,
vitrais) que fazem deste, um
dos mais belos espaços religiosos
que conheço em todo o mundo.
Ficar-se-á sempre na dúvida se as
preces entregues à imagem da senhora
que fizeram santa lhe chegarão
aos ouvidos e, consequente
à alma piedosa. Porque nos tempos
que correm bem precisas são
as preces para quem nelas acredita.
Bem precisas são as fés para
quem por elas espera.
Porque deus, ao que parece, andará
por demais ocupado com assuntos
menores. Talvez dos céus
e dos anjos. Porque dos terrenos
parece ter-se distanciado. ••
• Dulcina Branco • Fotos: gentilmente cedidas por António Barroso Cruz
14
15
Acervo de natal da Casa-Museu Frederico de Freitas deu o mote a exposição temporária
‘O Natal na Casa da Calçada’
A
Casa da Calçada, hoje Casa-Museu
Frederico de
Freitas, abriu ao público
o seu acervo de natal e que apresentou,
entre outras peças, encantadores
e variados presépios
antigos. ‘O Natal na Casa da Calçada’,
assim se designou esta iniciativa
tem na origem o histórico
acervo de natal criado pelo Dr.
Frederico de Freitas na sua casa
de família, a Casa da Calçada. O
Natal é uma época especialmente
vivida pelos madeirenses e, na
Casa da Calçada, ganhava especial
fervor. O Dr. Frederico de
Freitas assumia a tradição com
rigor, por exemplo, distribuindo
pelos diferentes espaços da mesma
os seus diversos presépios de
origem regional e nacional, datados
dos séculos XVIII, XIX e XX.
O Menino Jesus entronizado em
escadinhas, as caixas de presépio
e o grande presépio de rochinha,
armado à imagem da orografia da
Ilha, com a gruta, poios, ribeiras
e vegetação abundante, enquadrando
a Sagrada Família, eram
outros elementos de destaque na
casa e que chegaram à atualidade
com a exposição temporária ‘O
Natal na Casa da Calçada’. A par
das imagens que retratam antigos
usos e costumes do quotidiano regional,
nas Salas de Jantar e do
Chá da casa foram expostos os belos
serviços de porcelana chinesa
e nacional, pratas e cristais. O
Presidente do Governo Regional,
Miguel Albuquerque, marcou
presença na abertura desta iniciativa
que esteve patente ao público
até ao dia 18 de janeiro. ••
• Dulcina Branco • Fotos: Cícero Castro
16
17
18
‘O Natal na Casa da Calçada’
Enfeites natalícios criados por crianças de estabelecimentos escolares
‘Vamos enfeitar a árvore de Natal’
I
nserida no âmbito das ‘Festas
de Natal e de Fim do ano’, a
iniciativa da Secretaria Regional
de Turismo e Cultura realizou
no Jardim Municipal a iniciativa
“Vamos enfeitar a árvore
de Natal”, a qual foi concretizada
com enfeites natalícios feitos por
crianças de estabelecimentos escolares
da Região. A sua colocação,
ao contrário dos anos anteriores,
devido aos cuidados de saúde
necessários resultantes da pandemia,
não contou este ano com as
crianças, que não se deslocaram
com os seus professores; ao invés,
teve o apoio na colocação dos colaboradores
da equipa da Secretaria
Regional de Turismo e Cultura,
através da Direção do Turismo
e Cultura, que não quis deixar
de realizar a iniciativa permitindo
o envolvimento da comunidade
escolar nas celebrações do
Natal. Foram nove as escolas participantes:
Infantário Academia
da Fantasia, Infantário Universo
dos Traquinas, Infantário Pirilampo
Mágico, Jardim Escola João de
Deus, Infantário Primaveras, Infantário
das Capuchinhas, Infantário
Princesa Dona Maria Amélia,
Garouta do Calhau, Colégio
do Marítimo. A iniciativa esteve
patente ao público até ao dia 10
de janeiro. ••
• Dulcina Branco • Fotos: gentilmente cedidas por Secretaria Regional
do Turismo e Cultura
19
Decorações e iluminação natalícias embelezaram a ilha dourada
Natal em Porto Santo
P
orto Santo já de si é uma
ilha bonita mas ficou ainda
mais bonita com as decorações
e a iluminação natalícias que
embelezaram as suas ruas e praças.
Num ano marcado pela pandemia
da covid-19, o natal não foi
adiado e tomaram-se as precauções
sanitárias obrigatórias e necessárias
para evitar os contágios.
Houve eventos que não se realizaram,
como o espetáculo de natal,
por exemplo, como aconteceria
num ano normal, mas houve belas
decorações e iluminação natalícias
nas ruas, o grande presépio
colocado no átrio exterior da Câmara
Municipal embelezou o espaço
e o sentimento de que a saúde
irá vencer a pandemia. ••
• Dulcina Branco • Fotos: Fábio Brito
20
21
22
Natal em Porto Santo
5.ª edição do evento voltou à Praça do Município
com homenagem aos artesãos madeirenses
Aldeia Natal 2020
E
sta edição foi dedicada às
fábricas de brinquedos e
homenageou os artesãos
da cidade. Para o efeito, estiveram
a trabalhar no espaço montado
na Praça do Município 12
artesãos que poderam vender os
seus produtos. Foi a 5.ª edição
da Aldeia Natal, evento organizado
pela autarquia em parceria
com a ACIF, como tal, foi inaugurada
pelo presidente da autarquia,
Miguel Silva Gouveia, com
o presidente da ACIF, Jorge Veiga
França, e o restante executivo
municipal. A dinamização do comércio
local no Natal foi objetivo
desta edição que foi adaptada
às circunstâncias atuais devido à
pandemia, garantindo os espaços
desimpedidos e uma circulação
mais fluída. ••
• Dulcina Branco • Fotos: Cícero Castro
23
“Temos passeios acessíveis
mas depois não conseguimos entrar nos restaurantes e nas lojas”
Tiago Camacho
Começou a trabalhar muito jovem
e na viragem que ditou o fim
do ciclo das grandes obras públicas
na Madeira, ficou sem trabalho.
Um dia, reparando nos turistas
que chegavam ao Funchal
em cadeira de rodas, teve a ideia
de criar uma empresa vocacionada
para o transporte destas pessoas.
Criou a Madeira Acessível
By Wheelchair que, apesar das dificuldades
iniciais e a pandemia,
mantém a atividade lançando novos
serviços e apostando na sensibilização
da sociedade para a
locomoção das pessoas com mobilidade
adaptada, a exemplo da
petição pública ‘Mais mobilidade
e menos mentalidade reduzida’ a
qual pretende levar à Assembleia
da República.
• Dulcina Branco
• Fotos: gentilmente cedidas por Tiago Camacho
Como surgiu a ideia de criar a
empresa?
- A ideia nasceu quando trabalhei
nas obras de construção do centro
comercial La Vie e no hotel The
Vine no Funchal. No descanso
do almoço, observava os cruzeiros
que traziam pessoas com mobilidade
reduzida, nomeadamente
em cadeira de rodas. Nessa altura,
a acessibilidade era um tabu -
e continua a ser. O autocarro da
Horários do Funchal fazia o ‘shuttle’
entre a Pontinha e o centro comercial
Marina Shopping e apercebi-me
que as pessoas em cadeira
de rodas ficavam por ali...Foi aí
que comecei a pensar se aquelas
pessoas não poderiam passear pela
ilha... Nessa altura, não havia
táxis adaptados. Entretanto, a vida
pregou-me uma partida. A minha
sogra amputou as duas pernas
por razões de saúde, pelo que,
o transporte era difícil. Foi assim
que, entre trabalhos temporários,
ser pai pela segunda vez e concorrer
a fundos, a criação da empresa
foi uma aventura. O projeto consistia
na possibilidade de tornar
o Caminho dos Balcões (levada)
acessível, usando para esse efeito,
uma cadeira específica (todo-
-o-terreno). Avancei com o projeto
e consegui que fosse aprovado
para colocar a empresa a funcionar.
A empresa levou cinco anos
a ser criada. O problema maior
era a parte monetária. Concorri
a fundos da União Europeia mas
o banco não quis emprestar o dinheiro.
O Turismo de Portugal
abriu uma linha específica para
a acessibilidade à qual concorri e
foi aceite. O projeto estava dependente
do principal equipamento
– a carrinha adaptada, o que levou
cerca de um ano a ser entregue.
Depois de testes nas levadas
e outros sítios, começamos a funcionar
e no final de 2019, recebemos
o primeiro cliente. Foi uma
fase complicada, com poucas pessoas
a aderir. Depois surgiu o Covid
e o mundo parou.
Em que é que a sua empresa se
distingue de outras do seu ramo
de atividade?
- Criamos uma ligação com as
pessoas e não fornecemos apenas
um serviço. Temos vindo a criar
espaço. Temos tido clientes que
gostam do nosso serviço pela sua
segurança e especificidade. Tendo
sido pensada para proporcionar
uma melhor experiência às
pessoas, principalmente em cadeira
de rodas, vamos a locais que
24
não estão adaptados, por exemplo,
ao Farol da Ponta do Pargo,
usando equipamento específico
(rampa). Outra diferença é que
fazemos as levadas com uma cadeira
de rodas única em Portugal
(todo-o-terreno). Devido às
suas caraterísticas, podemos fazer
o Caminho Para Todos (Queimadas)
e a Levada dos Balcões, esta
última, usando uma rampa para
acesso da cadeira à levada, conseguindo
ir até ao miradouro, algo
inédito. Para uma cadeira elétrica
normal, é um esforço grande
e por vezes não é possível. Temos
uma carrinha alta e grande, onde
as pessoas podem ir confortáveis
sem andar a bater com a cabeça
no teto.Todas as nossas tours
podem ser personalizadas. Costumo
acompanhar os clientes juntamente
com o guia. Todos os locais
que vamos são acessíveis. Se não
forem, fazemos por torná-los. Passamos
por ‘wcs’ adaptados. Fizemos
uma lista com as medidas das
portas dos locais aonde vamos, como
restaurantes e atrações, medidas
de elevadores, etc. Temos um
cuidado redobrado para proporcionar
a melhor experiência possível.
Usamos uma rampa para
ajudar os clientes a subir os passeios
ou degraus. Vamos a locais
como o Jardim Botânico, tornamo-o
um local acessível a pessoas
com mobilidade reduzida. Criámos
pacotes de ‘tours’ com hotel
incluído. Fazemos transporte para
consultas clínicas, fisioterapia,
etc. Temos uma versão das tours
em ‘low cost’ para o mercado português
porque, para alguns torna-se
caro viajar para a Madeira.
Começamos com as levadas mas
a ideia é fornecer serviços de maneira
que tudo passe a ser acessível,
seja uma viagem de barco, seja
um passeio de jipe na serra, etc.
Esquecer a ideia de que uma pessoa
em cadeira de rodas não consegue
viajar. O problema não é
conseguir viajar, o problema é o
que vamos encontrar quando chegamos
ao destino e é disto que
as pessoas têm receio. É isso que
queremos desmitificar. Mas a verdade
é que está muito complicado.
Existe muita falta de divulgação
e somos comparados com
serviços existentes. Empresas de
transporte sabem que nós existimos
mas preferem ignorar e fazer
as transferências para um carro
normal (não adaptado). É difícil
competir com os outros serviços.
Temos tentado trabalhar com
empresas de fora mas nem tudo é
mau. Aos poucos, vamos conseguindo
a comunicação com empresas
madeirenses. Estamos nas
plataformas eletrónicas como o
Trip Advisor, mas por vezes, é difícil
destacarmo-nos, porque temos
mais do que 400 empresas de animação
turística na Madeira. Para
quem trabalha com turismo, não
é uma cota de mercado apetecível,
mas se houver oferta, aumenta
a procura e conseguimos baixar
os custos da operação.
A cidade do Funchal está mais
aberta à pessoa com deficiência
e que barreiras à mobilidade
persistem?
- A cidade do Funchal está encaminhada
para a acessibilidade
mas não está ainda totalmente
preparada para isso. Por exemplo:
temos passeios acessíveis mas depois
não conseguimos entrar nos
restaurantes e lojas, não temos
espaço de manobra no interior,
com mesas ou expositores a bloquear.
Faltam mais casas de banho
públicas adaptadas. Existem
algumas espalhadas pelos vários
concelhos mas muitas estão danificadas
(barras partidas) ou fechadas.
Os passeios continuam a ser
altos. Ficamos reféns dos elevadores
e alguns são pequenos. Se for
uma cadeira manual, cabe, mas
se for uma cadeira elétrica/ scooter
elétrica maior, arrisca-se a não
caber. Muitos dos locais (atrações)
estão em edifícios antigos,
sem acesso para pessoas com mobilidade
reduzida. Existem poucos
estacionamentos grandes em
locais espaçosos para estacionar a
carrinha e tirar as pessoas em segurança.
Por vezes, temos que parar
à beira da estrada, interrompendo
o trânsito, o que complica
fazer a operação em segurança.
Os lugares de estacionamento
para pessoas com dístico de deficiente
muitas vezes estão ocupados
por carros sem o dístico, existindo
pouca fiscalização nesse
sentido. As mentalidades mudam
quando as pessoas passam pela situação
ou têm algum familiar na
situação de mobilidade reduzida.
A Espanha é um bom exemplo
da acessibilidade, em que governo,
hotéis e empresas promovem
serviços conjuntos para as pessoas
com mobilidade reduzida, o que
não acontece em outros países. ••
25
Madeira foi eleito o destino mais seguro de 2020 para a celebração natalícia
Festas natalícias
adaptadas ao contexto pandémico
N
este ano tão atípico que
obrigou a mudar comportamentos,
as Festas de
Natal e de Fim de Ano na Madeira
foram adaptadas ao contexto
pandémico. O arquipélago da
Madeira foi eleito o destino mais
seguro de 2020 para a celebração
natalícia mas não deixou de
ter medidas sanitárias adaptadas
à atualidade. O Governo Regional
da Madeira não autorizou a
realização de algumas festas tradicionais
no período do Natal,
como as ‘noites do mercado’ no
entanto, avançou com as iluminações
e decorações natalícias e
o espetáculo pirotécnico no fim
do ano, este que também não escapou
às regras. Foram oito minutos
de fogo-de-artifício e milhares
de pessoas espalhadas por
diversos pontos da baía e anfiteatro
do Funchal, muitas ocupando
as “bolsas” nos miradouros e
praças. O espetáculo decorreu
sem incidentes, apesar da presença
reforçada de policiamento na
sequência da decisão do Governo
Regional de criar áreas traçadas
no chão, com limite de cinco
pessoas, para assistir ao fogo
de artifício. O objetivo visou garantir
o cumprimento das normas
de segurança em vigor relativas
à contenção da covid-19,
nomeadamente o distanciamento
físico e a proibição de concentrações,
que, de um modo geral,
foram acatadas pela população
e por turistas. Os eventos foram
adaptados e realizaram-se sem
incidentes, como o Mercado de
Natal na placa central da Avenida
Arriaga, a Aldeia de Natal na
Praça do Município, as ‘Mesas
de Natal com Bordado Madeira’
na loja da Bordal na rua Dr.
Fernão de Ornelas, a par das decorações
e iluminação natalícias
que não só embelezaram a capital
madeirense como as cidades e
vilas dos diferentes concelhos da
Região. ••
• Dulcina Branco • Fotos: Cícero Castro
26
27
28
Festas natalícias
adaptadas ao contexto pandémico
29
30
Festas natalícias
adaptadas ao contexto pandémico
Atelier de Isabel Borges decorou espaços do Funchal
A magia do Natal no Funchal
A
Secretaria Regional do Turismo
e Cultura atribuiu
ao gabinete da decoradora
Isabel Borges as decorações
de Natal das avenidas Arriaga, Sá
Carneiro e Zarco. O Mercado de
Natal na Avenida Arriaga foi um
desses espaços ‘mágicos’ saídos
do atelier da decoradora que contou
com a sua equipa para apresentar
belos quadros natalícios na
cidade. Os motivos natalícios, as
cores e a beleza e alegria das figurantes
conjugaram-se para oferecer
à cidade do Funchal, aos seus
residentes e visitantes, um ambiente
de Natal único e belo, e
que se adaptou ao atual contexto
pandémico para garantir a segurança
de todos. ••
• Nélio Olim • Fotos: Ricardo Meira e Proestudio
31
32
A magia do Natal no Funchal
33
Primeira concentração nacional de Vespas decorreu na Madeira
‘Madeira a Vespar 2020’
J
á tem algum tempo a realização
deste evento – decorreu
em outubro último, mas vale
a pena recordar este que foi um
grande momento de convívio na
Madeira, dos amantes das pequenas
motos iltalianas pelas estradas
da Região. O ‘Madeira a Vespar
2020’ constituiu a primeira
concentração nacional de Vespas
na Madeira, numa iniciativa da
Associação Vespas Maradas, sob o
lema ´Madeira a Vespar 2020´. A
iniciativa trouxe à Região 55 vespas
e 85 participantes de todo o
país, juntando-se aos 25 sócios e
25 vespas madeirenses que percorreram
todos os concelhos. ••
• Dulcina Branco • Fotos: DR/Mateus Santos
34
35
Sugestões da agenda cultural da Madeira
sÁBadO 09 JanEiRO | 18h00
sala azul Do cenTro De conGressos Da MaDeira
ORQUEsTRa dE cORdas
MadEiRa caMERaTa
Johann pachelbel [1653 - 1706] · cânone
Johann sebastian Bach [1865 – 1750] · Ária da suite
em ré
Georg friedrich Händel [1685 - 1759] / s.
aslamasian · passacaglia
arcangelo corelli [1653 - 1713] · concerto Grosso em
ré maior op.6 no.4
antónio Vivaldi [1678 - 1741] · concerto alla rustica
em sol maior rV.151
rui soares da costa [1958 - ] · Homenagem
SATURDAY, JANUARY 09 | 6:00p.m.
cenTro De conGressos Da MaDeira - Blue rooM
sTRing ORcHesTRa
caMeRaTa wOOd
Johann pachelbel [1653 - 1706] · canon
Johann sebastian Bach [1865 - 1750] · aria of the suite
in D
Georg friedrich Händel [1685 - 1759] / s. aslamasian ·
passacaglia
arcangelo corelli [1653 - 1713] · concerto Grosso in D
major op.6 no.4
antónio Vivaldi [1678 - 1741] · concert alla rustica in G
major rV.151
rui soares da costa [1958 -] · Tribute
sÁBadO 16 JanEiRO | 18h00
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira
Música dE câMaRa
MadBRass5
Tylman susato [1510-1570] – renaissance Dances
Malcolm arnold [1926-2006] – Brass quintet
Victor ewald [1860-1935] – quintet nº 1
richard rooble [*1943] – american images
SATURDAY, JANUARY 16 | 6:00p.m.
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira
cHaMbeR Music
MadbRass5
Tylman susato [1510-1570] - renaissance Dances
Malcolm arnold [1926-2006] - Brass quintet
Victor ewald [1860-1935] - quintet nº 1
richard rooble [* 1943] - american images
7
QUaRTa 20 JanEiRO | 21h30
HoTel BelMonD reiD’s palace
Música dE câMaRa
MadBRass5
Tylman susato [1510-1570] – renaissance Dances
Malcolm arnold [1926-2006] – Brass quintet
Victor ewald [1860-1935] – quintet nº 1
richard rooble [*1943] – american images
WEDNESDAY, JANUARY 20 | 9:30p.m.
BelMonD reiD’s palace HoTel
cHaMbeR Music
MadbRass5
Tylman susato [1510-1570] - renaissance Dances
Malcolm arnold [1926-2006] - Brass quintet
Victor ewald [1860-1935] - quintet nº 1
richard rooble [* 1943] - american images
sÁBadO 23 JanEiRO | 18h00
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira
Música dE câMaRa
QUinTETO dE sOPROs “aTLânTida”
W. a. Mozart [1756-1791] (arr. r. Maros) -
Divertimento K.V.270
Jorge Maggiore [n. ] - corale e Disintegrazione
Malcolm arnold [1921-2006] - Three shanties for
Wind quintet
paul Hindemith [1895-1963] - Kleine
Kammermusik für fünf Bläser (opus 24 n.º. 2)
SATURDAY, JANUARY 23 | 6:00p.m.
asseMBleia leGislaTiVa Da MaDeira
cHaMbeR Music
wind QuinTeT “aTlânTida”
W. a. Mozart [1756-1791] (arr. r. Maros) - Divertimento
K.V.270
Jorge Maggiore [n. ] - corale and Disintegrazione
Malcolm arnold [1921-2006] - Three shanties for Wind
quintet
paul Hindemith [1895-1963] - Kleine Kammermusik für
fünf Bläser (opus 24 no. 2) -
sÁBadO 30 JanEiRO | 18h00
auDiTório Do cenTro De conGressos Da MaDeira
ORQUEsTRa cLÁssica da MadEiRa
SATURDAY, JANUARY 30 | 6:00p.m.
auDiTório Do cenTro De conGressos Da MaDeira
classical MadeiRa ORcHesTRa
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JEsus
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para rEcupErar
Madeira
melhor destino insular
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N.º283 meNsAl dezembrO 2020
37
TRIBUNA DA MADEIRA | Sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
Semanário | Ano 20 | Nº 1100
Sexta-feira | 8 de janeiro de 2021
Luís Miguel Vieira Mão Cheia / 08 de janeiro de 2021
| Pág. 18 e 19
Director: Edgar R. Aguiar
tribunadamadeira.pt
Sugestões da agenda cultural da Madeira
“Ma”
aTÉ 14 JanEiRO 2021
Galeria resTocK
Mostra de desenho da artista japonesa Kazumi
Taketomo. “Ma” em japonês significa “um espaço
entre”. É um conceito japonês de relacionamento,
comunicação e espaço. Taketomo captura o
momento da vida diária, mas de alguma forma
o que aquele momento significou especialmente
para ela.
rua Do HospiTal VelHo, 28 - funcHal
arMazÉM Do MercaDo, loJa 8
segunda a sexta das 11h00 - 16h00
sábado das 11h00 - 13h00
“Ma”
UNTIL JANUARY 14, 2021
resTocK Gallery
Drawing show by Japanese artist Kazumi Taketomo.
“Ma” in Japanese means “a space between”. it is a
Japanese concept of relationship, communication and
space. Taketomo captures the moment of daily life, but
somehow what that moment meant especially to her.
“rua Do HospiTal VelHo”, 28 - funcHal
MercaDo WareHouse, sTore 8
Monday to Friday from 11a.m. – 4p.m.
Saturday from 11a.m. – 1p.m.
cOLETiVa “O VEnTRE dOs
sOnhOs”
aTÉ 20 MaRçO 2021
Galeria.a.
cine TeaTro sT. anTónio
curadoria: paulo sérgio BeJu
o projeto de manifesTação
surge num momento de
comemoração dos 45 anos da
companhia aTef. aos artistas
convidados, solicita-se um
modo de “representação”,
um testemunho, uma
manifesTação singular. o
projeto de manifesTação
define-se pelo mote: isto (a
obra), sou eu… esta é a minha
arte, culminando numa
exposição coletiva: “o Ventre
dos sonhos.
serviço Educativo | apoio à galeria.a:
Visitas Guiadas/Reservas: 933 369 136
2ª a 6ª feira | 10h00 às 13h00 | 15h00 às
18h00 | 19h00 às 21h00
Grupos | com marcação prévia
11
cOllecTiVe “THe wOMan
OF dReaMs”
UNTIL 20 MARCH 2021
Gallery.a.
cine TeaTro sT. anTónio
curator: paulo sérgio BeJu
The ManifesTaTion project celebrates
the 45 anniversary of the
aTef company. Defined by the
motto: This (the work), it’s me ...
this is my art, artists were asked
for a “representation” mode, a testimony,
a singular manifestation,
culminating in a collective exhibition:
“o Ventre dos sonhos.
Educational Service | Support to gallery.a:
Guided Tours / Reservations: 933 369 136
Monday to Friday | 10a.m. to 1p.m. |
3p.m. to 6p.m. | 7p.m. to 9.p.m.
Groups | by appointment
“cELEBRaçÃO E cORPO”
aTÉ 31 JanEiRO 2021
sala De eXposições Do Museu De arTe sacra Do funcHal
carmen (funchal, 1950) é uma das vozes mais
expressivas no panorama artístico madeirense
a explorar as complexas relações entre o ser
humano, a natureza e a cultura, registando-se uma
produção plástica diversa, com raízes na escultura,
na instalação e na performance, que se move entre
o campo da estética, da ética e do espiritual. esta
exposição constitui-se como proposta visual para
repensar, hoje, as relações humanas com o meio
ambiente, a partir de uma narrativa que retoma a
ligação do feminino com as forças da natureza e
tece diálogos com as obras, o espaço e a identidade
deste museu.
“celebRaçãO e cORPO”
UNTIL JANUARY 31, 2021
Museu De arTe sacra - eXHiBiTion Hall
carmen (funchal, 1950) is one of the most expressive
voices in the Madeiran artistic panorama to explore the
complex relationships between human beings, nature
and culture.
it registers a diverse plastic production, with roots in
sculpture, installation and performance, which moves
among the fields of aesthetics, ethics and the spiritual.
This exhibition is a visual proposal to rethink human
relations with the environment today.
“REcicLaR n’a FEsTa –
MOsTRa dE PREsÉPiOs
dE Escadinha”
15 dEZEMBRO a 16 JanEiRO 2021
ÁTrio Do Museu eTnoGrÁfico Da MaDeira
esta atividade insere-se no âmbito do projeto
“Museu sustentável”, que tem como objetivo
promover a consciência para os efeitos da atuação
humana sobre o ambiente e destacar o papel dos
museus no desenvolvimento de novos métodos de
pensar e de agir, que garantam o respeito pelos
limites e pela diversidade da natureza.
porque reutilizar é uma prioridade e porque o
museu pretende transmitir, aos mais jovens, a
necessidade de repensar a nossa forma de agir,
protegendo o ambiente e promovendo uma vida
sustentável, organizam-se, no seio deste projeto,
diferentes atividades, ao longo de todo o ano,
recorrendo à reutilização de materiais.
neste âmbito, na época natalícia, os serviços
educativos promovem uma mostra de presépios
elaborados pelas escolas, lares de idosos,
instituições do ensino especial, centros culturais,
centros de ocupação dos Tempos livres, casas do
povo e Juntas de freguesia.
a armação do presépio ou lapinha, como
é designado no arquipélago, constitui um
ritual simbólico com muita tradição no nosso
arquipélago. com a mostra deste ano, os serviços
educativos do museu pretendem manter viva a
tradição do presépio de escadinha, incentivando
a criatividade e educando para a reutilização de
materiais.
“RecYcling aT THe PaRTY -
sTaiRcase cRibs sHOw”
DECEMBER 15 TO JANUARY 16, 2021
áTrio Do Museu eTnoGráfico Da MaDeira
This activity is part of the “sustainable Museum” project,
which promotes awareness on the effects of human
activity on the environment, while highlighting the
role of museums in the development of new methods
of thinking and acting, to guarantee diversity and the
protection of nature.
in this context, during the christmas season, the
educational services promote a display of cribs prepared
by the schools, Homes for the elderly, special education
institutions, cultural centers, leisure Times occupation
centers, casas do povo and parish councils.
14
PUB
38
2 ,00 €
luís bettencourt tem usado a sátira e sido crítico na denúncia às situações problemáticas existentes no Porto santo.
a paragem do navio lobo marinho para manutenção foi a mais recente. luís afirma que não teme represálias. o
empresário, que é candidato às eleições autárquicas, define prioridades para a ilha dourada. | Pág. 4 a 6
Petição contra a limitação
de eventos culturais
‘excessos’ das festas
levam a medidas mais restritivas
nos próximos dois fins de semana é interdita a circulação na via pública,
entre as 18h00 e as 05h00 do dia seguinte, e haverá restrição da atividade comercial.
| Pág. 12 e 13
Tribuna diário www.tribunadamadeira.pt
Edição 1100
“Não se sai daqui a Nado”
navio da marinha
investiga e estuda
o mar da madeira
| Pág. 28
comissão
vai “inQuirir”
a concessão
da Zona franca
uma comissão Parlamentar de inquérito vai
analisar o contrato de concessão da Zona franca
e a aquisição pela região autónoma de parte do
capital social da sociedade de desenvolvimento
da madeira. a praça madeirense tem estado na
ordem do dia. | Pág. 8 e 9
insegurança
Quanto ao
regresso às aulas
| Pág. 20 e 21
Quebras em vários
indicadores da
atividade turística
| Pág. 29
ue Quer maior
resiliência a
futuras ameaças
a união europeia quer preparar-se para “futuras
ameaças” com a criação de um modelo comum de
vigilância epidemiológica, preparação e resposta
a crises sanitárias. sara cerdas, a eurodeputada
eleita pelo Ps-m, é a relatora do relatório do
Parlamento europeu. | Pág. 10 e 11
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tribuna da madeira
jornalismo com independência
CONTACTO LUÍSA AGRELA
PEZO - Socorridos - Lote 7 - 9304-006 Câmara de Lobos
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inFanTO / JUVEniL
cHildRen’s aRea
horário dos espetáculos:
Escolas:
3ª a 6ª feira | às 10h00 e às 15h00
Obs.: Estes espetáculos serão realizados no
cine Teatro santo antónio (até 65 lugares)
e nas Escolas, em modelo de mobilidade,
quando solicitado, para um mínimo de 100
alunos |4 turmas, aproximadamente.
VisiTas GUiadas EM diVERsOs idiOMas
PROMOVidas PELa assOciaçÃO
acadÉMica da MadEiRa:
VisiTas GUiadas À QUinTa ViGia -
REsidência OFiciaL dO GOVERnO
REGiOnaL da MadEiRa
quinzenalmente, à segunda | 16h00
Duração: 1 h/ 1 h e meia
s GUiadas aO cOLÉGiO dOs JEsUíTas dO
FUnchaL
rua dos ferreiros
291 209 495
segunda a sexta das 10h00 às 18h00
sábado das 10h00 às 12h30
VisiTas GUiadas aOs PaçOs dO
cOncELhO
segunda a sexta, 11h00 e às 15h00
Duração: 1 hora/1 hora e meia
VisiTas GUiadas À aLFândEGa nOVa
assembleia legislativa da Madeira
semanal, à sexta | 15h00
Duração: 1 hora/1 hora e meia
assOciaçãO acadéMica da MadeiRa
MulTi-lingual guided TOuRs:
QuinTa Vigia – MadeiRa RegiOnal
gOVeRnMenT Residence
on Mondays, every 15 days | 4p.m.
1 h/ 1 h and a half tour
cOlégiO dOs JesuíTas dO FuncHal (JesuiT
cOllege cHuRcH)
Monday to friday - 10a.m to 6p.m.
saturday- 10a.m to 12.30a.m
PaçOs dO cOncelHO (ciTY Hall)
Monday to friday – 11a.m to 3p.m.
1 h/1 h and a half tour
alFândega nOVa - asseMbleia legislaTiVa
da MadeiRa (RegiOnal PaRliaMenT)
every friday | 3p.m.
1 h / 1 h and a half tour
“as GUERRas
da canZOada
E da GaTaRia”
05 a 20 dEZEMBRO
05 JanEiRO a 28
FEVEREiRO 2021
cine TeaTro De sTº anTónio
produção: aTef companhia de
Teatro
Teatro para a infância | M/3
a partir de carlos Wallenstein
Texto e encenação: eduardo luíz
sinopse:
um país, dois reinos – o reino da
Gataria e o reino da canzoada
- um lugar próximo, onde os
animais adquiriram o dom da
fala e onde, durante milhares de
anos, reinou a paz e a concórdia
entre cães, gatos e ratos.
Mas, mesmo parecendo um
mundo ideal, há sempre alguém
insatisfeito com este modo de
viver porque isso não serve a
ambição e a sede de poder de
muitos. Daí que, num certo dia,
um desses habitantes se lembra
de mudar o rumo das coisas e
agitar esta tranquilidade. e é
então que, num clima de intriga
e conspiração, se cozinha e se
promove o regresso à guerra. e
isto acontece, perante a inércia
de uns e a prepotência de
outros, mesmo que a maioria
dos habitantes dos dois reinos
deseje continuar em paz e
tranquilidade, como garantia
de construção e crescimento de
valores maiores.
“as gueRRas da
canzOada e da
gaTaRia”
DECEMBER 5 TO 20
JANUARY 5 TO FEBRUARY
28, 2021
cine TeaTro De sTº anTónio
production: “aTef companhia de
Teatro”
Theater for children | M / 3
Based on carlos Wallenstein
Text and staging: eduardo luíz
synopsis:
one country, two kingdoms - the
Gataria kingdom and the canzoada
kingdom - a place nearby, where
animals acquired the gift of speech
and where, for thousands of
years, peace and harmony reigned
between dogs, cats and mice.
But even though it seems like an
ideal world, there is always someone
dissatisfied with this way of
living because it does not serve the
ambition and thirst for power of
many. That is why, on a certain day,
one of these inhabitants remembers
to change the course of things and
stir up this tranquility. and it is then
that, in an atmosphere of intrigue
and conspiracy, cooking and promoting
a return to war is promoted.
and this happens, in the face of the
inertia of some and the arrogance
of others, even if the majority of the
inhabitants of the two kingdoms
wish to continue in peace and
tranquility.
Público em Geral:
sábados | 18h00
domingos | 10h30 (até 20 dezembro)
calendarização:
05 dezembro | 18h00 | EsTREia
06 dezembro | 10h30
08, 09, 10, 11, 15, 16, 17 e 18 dezembro |
10h00 e 15h00
12 dezembro | 18h00
13 dezembro | 10h30
19 dezembro | 18h00
20 dezembro | 10h30 | EsPEciaL naTaL
JanEiRO 2021
05, 06, 07, 08, 12, 13, 14, 15, 22, 19, 20, 21,
22, 26, 27, 28 e 29 Janeiro | 10h00 e 15h00
09, 16, 23 e 30 Janeiro |18h00
Reservas e contactos :
segunda a sexta | 09h30 - 12h30 e 14h30
- 17h30
Telef.: 291 226 747 | 933 369 136
Email: info@atef.pt
Bilhetes à venda 1h30 antes do espetáculo,
no local de representação.
Show schedule:
Schools:
Tuesday to Friday | at 10a.m. - 3p.m.
Note: These shows will be held at the “Cine
Teatro Santo António” (up to 65 seats) and at
the Schools, when requested, for a minimum of
100 students | 4 classes, approximately.
General public:
Saturdays | 6p.m.
Sundays | 10:30a.m. (until December 20)
Timetable:
December 05 | 6p.m. | DEBUT
December 06 | 10:30a.m.
December 08, 09, 10, 11, 15, 16, 17 & 18 | 10a.m.
and 3p.m.
December 12 | 6:00p.m.
December 13 | 10:30a.m.
December 19 | 6:00p.m.
December 20 | 10:30a.m. | CHRISTMAS SPECIAL
JANUARY 2021
January 05, 06, 07, 08, 12, 13, 14, 15, 22, 19, 20,
21, 22, 26, 27, 28 & 29 | 10a.m. and 3p.m.
January 09, 16, 23 & 30 | 6p.m.
Reservations and contacts:
Monday to Friday | 9:30a.m. - 12:30p.m. and
2:30p.m. - 5:30p.m.
Phone: 291 226 747 | 933 369 136
E-mail: info@atef.pt
Tickets on sale 1h30 before the show, at the
venue.
hisTORy TELLERs
“nO cORaçÃO da cidadE”
segunda a sexta, das 10h00 às 18h00
sábados das 10h00 às 13h00
“Os MisTÉRiOs dO FUnchaL”
segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h00
sábados 10h00 às 13h00 (última visita às 11h00)
“VinhO E cULTURa”
segunda a sexta, das 10h00 às 18h00
Visitas guiadas com saída de hora em hora
(conforme disponibilidade).
Última visita às 16h00
Duração: 2 horas
Mais informação: www.madeiranheritage.pt
HisTORY TelleRs
“nO cORaçãO da cidade”
Monday to Friday – 10a.m to 6p.m.
Saturday – 10a.m. to 1p.m.
“Os MisTéRiOs dO FuncHal”
Monday to Friday – 10a.m to 6p.m.
Saturday – 10a.m. to 1p.m.
“VinHO e culTuRa”
Monday to Friday – 10a.m. to 6p.m.
2 hour guided tours every hour (according availability)
last visit at 4p.m.
Further information: www.madeiranheritage.pt
19
20
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AF_Reconquista_rodapé_265x50.pdf 1 19/11/2020 18:14
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Sugestões da agenda cultural da Madeira
aTiVidadEs anUais dO MUsEU ETnOGRÁFicO da MadEiRa:
Museu eTnOgRáFicO da MadeiRa - annual acTiViTies:
“MUsEU Vai À RUa”
Primeira quarta de cada mês | 14h30 - 17h00
promover a relação museu/escola/comunidade e
dar a conhecer de forma participativa o património
etnográfico regional.
são adequadas atividades e ações à faixa etária
dos participantes. cada ação visa dar a conhecer
o museu através de jogos didáticos, apresentação
de imagens e cartazes informativos e pequenas
sessões de trabalhos criativos.
público-alvo: escolas, bibliotecas, centros
ocupacionais e outras instituições interessadas.
inscrições:
a deslocação dos técnicos dos serviços educativos
deverá ser previamente marcada por telefone,
devendo ser ainda confirmada por correio
eletrónico: semuseuetnografico@gmail.com.
nota: Estão sujeitas a disponibilização de transporte.
“MUSEU VAI À RUA”
First Wednesday of the month | 2.30p.m. to 5p.m.
Varied activities, adequate to the age level and the public
interests, to promote and increase the relationship
between the museum and both the community and the
school.
it requires appointment by email: semuseuetnografico@
gmail.com.
OBS: The visits are subject to transport availability.
“O PUZZLE dO saRdas”
Terça a sexta | 09h30 - 12h30 e das 14h00 - 17h00
É um jogo criado para os mais pequeninos e com
esta atividade, pretende-se explorar as coleções do
museu, patentes ao público numa das suas salas
de exposição permanente, a sala da pesca. Trata-se
de um puzzle, ilustrado com a imagem de uma
perspetiva daquele espaço de exposição, onde se
destacam peças como o “xavelha”, a “cabrita”, o
“ceirão”, entre outras.
os participantes irão construir o seu puzzle e
poder jogar, fomentando o desenvolvimento de
diferentes habilidades e competências.
“saRdas´s Puzzle”
Tuesday to Friday | 9:30a.m. - 12:30p.m. and 2p.m. - 5p.m.
it is a game created for the little ones with the purpose
of exploring the museum’s collections, which are visible
to the public in one of its permanent exhibition rooms,
the fishing room. it is a puzzle, illustrated with an image
from a perspective of that exhibition space, where pieces
such as “xavelha”, “cabrita”, “ceirão”, among others,
stand out.
participants will build their own puzzle and while
playing, the development of different skills and
competences are encourged.
“POMBinhas dO EsPiRiTO sanTO”
Terça a sexta | 10h00 - 12h00
Dar a conhecer a história e a importância das
pombinhas do espírito santo (figurado em
maçapão), na cultura regional.
aprender os gestos e técnicas de execução em
terracota.
local: aTelier De eXpressão plÁsTica Do Museu.
Público-alvo: Público em geral
FEiRinha dOs EsTUdanTEs
Terça a sexta | 10h00 - 12h00
projeto dos serviços educativos oTl “Museu:
espaço de lazer”, tem como objetivos principais a
interação e socialização dos jovens e o usufruto por
parte do público em geral do espaço do jardim do
museu.
MUsEU/EscOLa/cOMUnidadE
cumprindo o seu papel social e educativo, o Museu
juntou-se aos jovens, no projeto “feirinha dos
estudantes”, que tem como objetivo a recolha
de fundos para desenvolvimento de projetos
pedagógicos e de apoio às despesas com o ensino
universitário.
sTudenTs FaiR
Tuesday to Friday | 10 a.m. to 12 a.m.
oTl educational services project “Museum: leisure
space”, whose main purpose is to promote the
interaction of young people with the museum collection
as well as the increasing of visits to the museum.
MuseuM / scHOOl / cOMMuniTY
fulfilling its social and educational function, the Museum
joined the project “student fair” whose purpose is the
raising of funds to support pedagogical projects and
university education expenses.
“O saRdas dEscOBRE O MUsEU”
Terça a sexta | 10h00 - 12h30 e das 14h00 - 17h00
Dar a conhecer a coleção permanente do museu,
que atravessa a história da cultura da Madeira,
desde os primórdios da ocupação até a atualidade,
constituindo um polo museológico incontornável
para o conhecimento dos costumes e tradições
locais.
o sardas, um ratinho residente, acompanha-nos
nesta viagem de perguntas e respostas sobre os
artefactos e tradições madeirenses, tornando a
aprendizagem lúdica e divertida.
local: salas De eXposição perManenTe
“O SARDAS DESCOBRE O MUSEU”
Tuesday to Friday | 10a.m. to 12.30a.m. & 2p.m. to 5p.m.
Based on the main character of the book “sardas e a
nave sacarina”, a small mousse and on his enquiries
about objects, events and traditions, this workshops
wishes to promote the museum collections that stand as
a crucial testimony of local traditions and ways of doing.
Venue: eXHiBiTion rooM
“POMBINHAS DO ESPIRITO SANTO”
From TUESDAY to FRIDAY | 10a.m. to 12a.m.
Workshop to promote the importance of the tradition
around the manufacturing of the holy spirit doves and
destined to the general public.
it includes the tecnhiques and procedures to work with
terracota.
Venue: MuseuM WorKsHop-rooM
22
Todas as atividades estão sujeitas a marcação prévia por 291 952
598, com confirmação através de correio eletrónico:
semeuseuetnografico@gmail.com
nota: Os materiais são cedidos pelo Museu Etnográfico da Madeira.
All activities are subject to prior appointment.
Phone: 291 952 598
Email: semeuseuetnografico@gmail.com
OBS: The materials will be provided by the Madeira Ethnographic
Museum.
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40
Fiesta! Aconteceu
Forum Madeira Fashion’18
Em 2018, a placa central do centro comercial Fórum Madeira recebeu
a 12º edição do ‘Forum Madeira Fashion’. O evento iniciou-se
com um workshop de maquilhagem promovido Érica
Sousa e avançou para o ‘Stars Fashion Show’, desfile que apresentou na
passarele montada no centro da placa central do centro comercial, atores
e modelos como Pedro Teixeira, Luís Borges, Joana Aguiar, Joana
Freitas e Débora Monteiro. Na apresentação do desfile, a apresentadora
Iva Lamarão. Contou ainda com o showcase da voz feminina da hip-
-hop nacional, Capicua, o ‘Kids Fashion Show’, apresentado por Licínia
Macedo e as canções de Pedro Garcia, participante madeirense do ‘The
Voice Portugal’ 2014. ••
• Dulcina Branco
• Foto: gentilmente cedida pela direção do Fórum Madeira
41
Fiesta! Lifestyle
Beleza feminina
Esta é uma edição que resolvi dedicar à beleza feminina com que
me vou cruzando mundo fora. Temos por hábito especular acerca
do país onde elas são mais belas ou mais próximas de uma
fealdade que a nenhum povo escapa. Ainda que seja sempre uma opinião
subjectiva, há-as por tudo quanto é canto do mundo. Porque a beleza
é, também ela, adaptável aos contextos geográficos e genéticas culturais.
••
Em Anuradapura, Sri Lanka.
Maio de 2016.
• Texto & Fotos: António Cruz, autor e viajante
42
Fiesta! Sé7ima Arte
‘Migrantes do Espaço’
ganha menção honrosa
• Dulcina Branco
• Fonte & Foto: Gabinete de Comunicação, Edições e Formação do Conservatório
– Escola Profissional de Artes da Madeira
O
filme de animação ‘Migrantes do Espaço’, da atividade de Cinema
de Animação dos Cursos Livres do Conservatório - Escola
Profissional de Artes da Madeira, foi galardoado com uma
menção honrosa no Festival de Cinema Juvenil Stone Flower - festival
russo que procura selecionar, de entre os milhares de trabalhos recebidos,
as melhores curtas-metragens juvenis do mundo, numa coleção
diversa que inclui todos os gêneros. A principal missão deste festival,
sediado na cidade de Verkhnyaya Pyshma, é fornecer uma plataforma
para jovens cineastas emergentes de todo o mundo, com idades entre
os 7 e os 18 anos, que propicie ao diálogo internacional através do cinema,
inspirando os jovens a desenvolverem as suas habilidades técnicas
e criativas e a se tornarem verdadeiros embaixadores do respeito
e compreensão para o futuro. Agendado para agosto de 2020, teve
o seu formato alterado e a sua data adiada para o mês passado, dezembro,
dada a atual situação de pandemia e impossibilidade de o realizar
nos moldes programados. Segundo dados da organização do festival,
foram rececionados mais de 1400 trabalhos. ‘Migrantes do Espaço’ resulta
do projeto anual do Curso Livre de Cinema de Animação e a sua
pré-produção iniciou-se no início do ano letivo de 2019/2020, quando
ninguém ainda ouvira falar de Covid-19. Estávamos em setembro,
uma jovem ativista do ambiente discursara nas Nações Unidas e milhares
de jovens desfilavam pelas capitais de todo o mundo em protesto
contra a falta de medidas dos dirigentes mundiais face às evidentes alterações
climáticas. Um outro problema era noticiado recorrentemente
nos noticiários: as grandes vagas de migração que ocorriam por todo
o mundo. Foram esses os acontecimentos que inspiraram o grupo
de alunos do Conservatório a criar uma curta-metragem de animação.
O filme contou com a participação de 21 alunos na realização do argumento,
guião, storyboard, gráficos, animação, som e edição: Afonso
Vasconcelos, Alex Gomes, Alexandra Esteireiro, Clara Trindade, Bento
Ramos, Diana Nogueira, Diogo Barbosa, Diogo Silva, Eric Gomes,
Helena Teles, Javier Correia, João Silva, Lourenço Freitas, Lucas Waddell,
Margarida Teles, Martim Jardim, Ricardo Rojas, Rodrigo Pereira,
Salvador Marques, Tiago Nascimento, Tomás Neves. As vozes são
de Alexandra Esteireiro, Helena Teles e Rodrigo Pereira e a animação
3D de João Almeida. A atividade de Cinema de Animação, criada
em 2015, é atualmente uma das ofertas dos Cursos Livres em Artes do
Conservatório e conta, no presente ano letivo, com 18 alunos inscritos.
Desenvolve, desde o ano da sua implementação, curtas-metragens
de animação que já marcaram presença em 10 festivais nacionais e internacionais.
O responsável por esta atividade, desde a sua criação, é o
professor João Pedro Pereira. ••
43
Fiesta! Décor
‘So Natural’, o regresso ao essencial
A
Natureza irrompe pela casa com a tendência de decoração ‘So
Natural’ em que os materiais naturais conferem serenidade ao
ambiente. Fibras entrançadas, palhinha e rotim são algumas das
opções que, em tons terra claros e discretos contrastam na perfeição
com os tons de verde desta tendência natural. Combinando na perfeição
com o savoir-faire artesanal, os móveis em madeira clara casam
com o verde Natureza e dão origem a uma decoração autêntica e que
prima pela simplicidade. Para os fãs de ambientes leves, é esta a tendência
perfeita. Para quem gosta de arrojar, optar por uma peça de
maiores dimensões, como um sofá ou um cadeirão em verde, confere
personalidade ao espaço. Já para ambientes mais neutros, a La Redoute
apresenta uma imensa seleção de peças decorativas que dão o
apontamento de cor perfeito para recriar esta tendência em sua casa.
Jarras, bibelots, almofadas, mantinhas, loiça, entre outros são algumas
das muitas opções ‘So Natural’. Deixe-se levar por este estilo, que
é uma arte. ••
• Dulcina Branco
• Fonte & Fotos: Tânia Tadeu [taniatadeu@taylor365.pt] Dora Sousa [dorasousa@redoute.pt]
44
Cocktail
‘Queen’
CConfinados em casa, não
significa que tenhamos de
abdicar das nossas vidas.
Fazer um cocktail caseiro é uma
sugestão. Na internet, encontramos
uma infinidade de sites que
nos ensinam a criar um ‘drink’ ou
começar a aprender sobre a arte
da coquetelaria. Há também os
bares que tiveram que se adaptar
com a entrega dos cocktails em
casa dos clientes. ••
• Produção: Fernando Olim
• Foto: D.R.
Composição
• 60 ml Aguardente Cana Madeira
• 40 ml Licor de anis
• Folha de banan triturada
• Sumo de limão q.b.
• Xarope de açúcar
• Gelo q.b.
Preparação
Preparado no shaker.
Servido em copo largo.
Decoração
Decorado com banana da Madeira.
categoria
Long Drink. Cocktail refrescante.
Drink aperitivo.
2020 CUPÃO DE ASSINATURA
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Empresa
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Código Postal
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SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:
Cheque
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Pago por transferência Bancária/Multibanco
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9304-006 Câmara de Lobos • Madeira / Portugal
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MADEIRA € 24,00
EUROPA € 48,00
RESTO DO MUNDO € 111,00
* desconto sobre os valores da capa.
Os valores indicados incluem os portes do correio e I.V.A. à taxa em vigor
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Momentos
“Chuva”
– Imagem realizada pelos DDiArte com os modelos Igor e Marina.
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TODAS AS
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