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O OCR É UMA MODALIDADE RECENTE,DE QUE FORMA ENTROU NA SUA VIDA?À excepção da época da minha adolescência em quepraticava “dança” entre os 13 e os 18 anos, nunca fuiligada ao desporto. A “dança” fazia-me feliz, contrariamenteà vida de ginásio que não me atraía de todo.No início dos meus 40 anos de idade, estando eu comalgum peso a mais e o consequente cansaço ao subirescadas, decidi que teria de fazer algo por mim mesma.Em Setembro de 2017, o meu grande amigo Jorge Batista,agora também meu companheiro de equipa e deaventuras, me convidou para experimentar o “Cross-Fit’’. Gostei mesmo da modalidade, tanto que a praticodesde então até hoje! Foi precisamente com umgrupo da box que participei na minha primeira provade OCR, sem saber bem o que era ou do que é que setratava! Sempre fomos muito receptivos a aventurasradicais ou não, desde que passássemos um dia diferenteem boa companhia. Para nós, era apenas maisuma aventura, um domingo de diversão. Foi a “ScornioBattle Race”, prova inserida na “Xfittest”, destinadaa atletas de OCR e de Crossfit. Foi também aqui quetive o meu primeiro contacto com a “Scornio”.ÁUDIA BALONA , 46 ANOS DE IDADE,NATURAL DE LISBOAARQUITETA DE PROFISSÃOCOMO DECORREU A SUAPRIMEIRA PROVAEXPERIMENTAL DE OCR?A primeira prova, foi a “Scornio Battle Race”, na praiafluvial de Coruche, a 7/julho/2019, num percursocombinado entre areia e água, que rondava os 500m,com 12 obstáculos. Havia 2 escalões um de masculinosoutro de femininos, as saídas eram feitas com ummáximo de 20 atletas por cada heat e tínhamos umtempo limite para conclusão do percurso. Tinha umaparticularidade, que não voltei a encontrar nas provasseguintes, se não conseguíssemos transpor um obstáculonão podíamos continuar para o seguinte e a provaterminava ali. Após as várias rondas eliminatóriasvencia o mais rápido a completar o percurso.Fruto da inexperiência no primeiro heat, nem me sentinervosa. Simplesmente fui achando que ia conseguirmesmo que precisasse de mais que uma tentativa.-”Errado”! Tendo em conta a existência de, pelomenos, um obstáculo em que era preciso uma técnicaespecífica para o transpor, não tendo eu algumavez sequer experimentado, pois foi ali mesmo quefiquei, na subida da corda. Ainda assim fiquei apuradapara o segundo heat e aí já sentia algum nervoso,muita adrenalina, seguindo focada em conseguir deque maneira fosse, subir a bendita da corda! Quaseque consegui, sem técnica, apenas à base de força debraços, mas quando estava à distância apenas de doisdedos de tocar no sino, perdi por completo a forçanos braços e escorreguei praticamente 8m até aterrarno chão. E entristeceu-me não poder experienciar osrestantes obstáculos, inclusive os que se encontravamdentro de água. Tanto mais que, após a prova terminarfoi-nos permitido fazer o restante percurso e conseguiultrapassar os restantes obstáculos. Portanto, a frustraçãofoi essa, ter sido uma simples uma corda, que alémde força requeria técnica, que me impediu de fazer opercurso completo...Desse dia, guardo a simpatia, o profissionalismo dostaff da Scornio e os momentos de diversão e convíviopassados com os meus colegas. E foi aqui que nasceuo bichinho pelo mundo do OCR e que nos levou apesquisar onde e quando haveriam outras provas!