Por Merhy SebaRibeirãoPretoSP - BRASILLei de Justiça,Amor e Caridade2ª ParteProfessor de Marketing e Propaganda e Publicitário – Vice-Presidente do CentroEspírita Meimei, Editor do jornal Roteiro Espírita - Ribeirão Preto-SPEm sequência às reflexões sobre As Leis Morais, Cap. XI– Lei de Justiça, Amor e Caridade, d’O Livro dos Espíritos, napresente edição, focalizaremos o item II sob o título:Direito de Propriedade. Roubo.O homem é, por natureza, um ser gregário e, para viver emsociedade, é imperioso que tenha um sentimento de justiça que regulamenteos direitos e deveres dos cidadãos – entendendo por justiça orespeito aos direitos de cada um 1 .A determinação desses direitos decorre de duas fontes: a leihumana e a lei natural 2 .No topo da lista de direitos naturais, está o direito de viver. Essedireito, associado ao direito à liberdade de pensar, permite ao homemdesenvolver a inteligência, de tal modo que se torne útil a si mesmoe à humanidade, fazendo jus aos objetivos essenciais dos princípiosque regem a Lei da reencarnação.Nesse processo de desenvolvimento, o direito de viver confereao ser humano outros direitos como, por exemplo, o de ajuntar bensmateriais dos quais necessite para se sustentar e repousar quandosuas forças forem insuficientes para trabalhar.Assim, cada país elege a sua legislação, adequada a seus costumese caráter e que, por ser humana, sofre constantes modificaçõesem função do adiantamento moral dos indivíduos.Muito oportuno o comentário de Allan Kardec sobre a questãode n° 795, de OLE:Mas, sob a influência das suas paixões, o homem crioumuitas vezes direitos e deveres imaginários, condenados pela Leinatural, e que os povos apagam de seus códigos à proporção queprogridem.E complementa:A Lei natural é imutável e sempre a mesma para todos. A leihumana é variável e progressiva: somente ela pode consagrar, nainfância da Humanidade, o direito do mais forte 3 .Como habitantes de um planeta em evolução, ainda titubeamosem compartilhar com o próximo os bens amealhados; mas é da Lei doprogresso que caminhemos em direção a um futuro promissor, no quala solidariedade tornar-se-á hábito comum à vida moral dos indivíduos.Comenta Allan Kardec:Aquilo que o homem ajunta por um trabalho honesto é umapropriedade legítima, que ele tem o direito de defender. Porque apropriedade é fruto do trabalho e constitui um direito natural, tãosagrado como o de trabalhar e viver 4 .Entendemos, pelos conceitos expostos, que tudo aquilo que ohomem adquire honestamente pelo seu trabalho é uma propriedadeque ele tem direito de ajuntar na medida, usufruir e defender enquantoestá na Terra e, ao repartir esses bens com o próximo, ele estarápraticando a Lei de amor e caridade.No tocante ao item Roubo, ato que se caracteriza pela apropriaçãoou favorecimento indébito de algo que não nos pertence 5 , é umainfração grave sob a ótica da Lei humana e da Lei natural. A primeirapune o infrator, cerceando-lhe a liberdade e tentando regenerá-lo;a segunda também não o deixará impune, uma vez que a voz daconsciência lembrá-lo-á de reparar a falta, onde quer que esteja, sobo olhar inexorável e justo da Lei de causa e efeito.Lembremos queA Lei de Amor e de justiça nos recomenda que não se faça a outro o quenão queremos que nos seja feito e condena, por esse mesmo princípio, todomeio de adquirir que o contrarie 6 .É o que nos ensinam os Espíritos da Codificação, tal como Jesusem Seu Evangelho, séculos atrás, e que a Doutrina Espírita revive nosdias atuais, com clareza e lógica.Pense nisso. Pense agora.1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Livro III, Cap. XI. 62. ed. São Paulo: Lake, 2001.2.Ibidem, Q. 875.3KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Livro III, Cap. XI. 62. ed. São Paulo: Lake, 2001, Q. 8824.Ibidem, p. 221.5. HOUAISS, Antonio. Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Objetiva, ano?, p. 339.6. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Livro III, Cap. XI - Direito de Propriedade. Roubo. 62. ed.São Paulo: Lake, 2001, p. 292, Q. 884.14 Atração_ outubro de 2021
A Lição de Arte e CulturaO SUCESSO que ficou namente de nossa gentedeixando saudadeshttps://www.capitaldosertao.com.br/flig-2021/A Festa Literária de Glória- FLIG, foi um sucesso e o Capital do Sertãoregistrou momentos, sorrisos, teatro, dança, livros, cordel e realizações.Parabéns a Academia Gloriense de Letras-AGL,pela realização deste grande evento.