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Mediunidade com
o Esperanto (2)
No Brasil, muitos médiuns recepcionaram obras
variadas de grande valor para esclarecimento do
sentido da vida e do processo evolutivo das criaturas,
com foco nas vidas sucessivas, meio pelo qual
o homem trilha os caminhos de sua redenção sob
os fundamentos das leis morais e de ação e reação.
Embora o desenvolvimento das civilizações
tenha se dado em uma dolorosa sequência de lutas,
guerras e disputas pela supremacia de uns em
detrimento de outros, identificam-se momentos
especiais que estabeleceram diferentes paradigmas
para o amadurecimento moral e social, constituindo
avanços para a humanidade. O advento do Cristianismo,
a formação do pensamento científico e a Revelação
Espírita sem dúvida se destacam entre esses
avanços.
Na atualidade há reunir pontos de convergência
entre a ciência e a espiritualidade, considerandose
entre outros fatores as possibilidades abertas pela
teoria quântica e os indícios da interconectividade
de tudo no Universo.
Na busca da união para um mundo melhor,
prevê-se um papel especial para o Esperanto, o
“Evangelho das Línguas”, no dizer de alguns. Isso
foi bem realçado em muitas mensagens mediúnicas.
Surge então uma natural curiosidade: se o Esperanto
já é utilizado em muitas academias dos planos
espirituais, conforme assinalado em obras como
“Memórias de um Suicida”, da médium Yvonne
do Amaral Pereira, não seria plausível que muitas
“cartas do outro mundo” viessem na própria língua
Esperanto?
Pelas razões mostradas no artigo anterior, a
dificuldade se apresenta não do “lado de lá”, mas
entre nós, pois para tal manifestação os médiuns
deveriam ter profundo conhecimento e domínio do
Esperanto.
Foi assim que realmente aconteceu em relação
a dois médiuns que, a par de suas reconhecidas capacidades
mediúnicas, se destacaram entre os mais
eminentes esperantistas no Brasil: Luiz da Costa
Porto Carreiro Neto e Francisco Valdomiro Lorenz. O
primeiro traduziu obras de Allan Kardec diretamente
do original em francês para o idioma internacional,
e ficou conhecido pelo seu profundo domínio da
língua auxiliar. Reuniu poemas mediúnicos ditados
em Esperanto para a obra “Mediuma Poemaro”
(Coletânea Mediúnica). O segundo, grande pioneiro
do Esperanto no Brasil, foi um dos primeiros esperantistas
no mundo, tendo trocado correspondências
com o próprio criador do Esperanto. Autor de
inúmeras obras, traduziu o célebre Bhagavad Gita
diretamente do sânscrito para o Esperanto. É autor
de “Vocoj de Poetoj el la Spirita Mondo”, (Vozes
de Poetas do Mundo Espiritual) reconhecida como o
“Panasso de Além-Túmulo” esperantista.
Destacaremos no próximo artigo dois autores
espirituais, Cruz e Souza