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V<br />
Mesmo nervoso, Philip lembrou-se de<br />
quantas vezes uma frase<br />
pode ser substituída<br />
por uma palavra.<br />
Pois bem, responda.<br />
Era de novo aquela voz intolerante.<br />
- Pensei que nunca fosse dizer isso – Philip parecia querer gaguejar.<br />
Posso apostar que suas perguntas não terminaram,<br />
mas, talvez, o que eu vou dizer economize seu tempo. Não sei<br />
onde estou, portanto, não fui mandado e não tenho objetivo.<br />
Porém, parece-me pouco digno receber estranhos presos a<br />
laço. Será que causa tanto perigo o que não se conhece?<br />
na sua inocência.<br />
Não acreditamos<br />
Por que um estranho viria até nós?<br />
- Por ser desconhecido não<br />
quer dizer que sou culpado<br />
nem, tampouco, inocente.<br />
Talvez eu possa trazer novo espírito e novas ideias, mas elas<br />
não podem ser julgadas previamente. Preciso antes apresentá-las.<br />
Não digo que suas armas não ganhem a guerra, apenas<br />
que posso trazer a solução para que a guerra termine sem luta.<br />
Não são importantes para<br />
Responda–nos quem és<br />
nós suas contestações.<br />
e só então libertaremos suas asas.<br />
Pois bem.<br />
- Está bem. Porém, confirmo meu pensamento:<br />
é preciso mais do que uma simples desconfiança para se<br />
proibir o voo de um pássaro. Já imaginou que dom devemos ter<br />
para reger o poder da liberdade?<br />
Philip procurou a resposta em cada rosto. Vendo que se mantinham<br />
impassíveis, resolveu continuar:<br />
- Vou dizer quem sou. Me chamo Philip e vivo além das montanhas.<br />
Estava fazendo meu passeio de sempre pelas manhãs e me<br />
perdi no espaço e no tempo. Agora, onde estou?<br />
Checaremos sua história.<br />
Enquanto isso estará livre.<br />
Philip sentiu desatar o forte nó de suas asas.