Epistasia e Cor
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O estudo da definição da pelagem de ovinos da raça Santa Inês veio da curiosidade relacionada à alta
capacidade de sobrevivência desses animais em altas temperaturas, descobrindo-se que havia relação
entre ambas as características. Os mecanismos responsáveis pela variedade de coloração nesses
mamíferos são o receptor de Melanocortina-1 (MC1R) e a proteína sinalizadora de Agout (ASIP), os quais
têm um papel importante na síntese de melanina.
Os Santa Inês são naturalizados no Brasil e são descendentes do cruzamento de duas raças ovinas, por
isso, apresentam tanta variação da cor da pelagem. Devido à presença de tantas variações, torna-se
interessante estudar os efeitos dos polimorfismos dos genes que interferem nesse fenótipo.
A herança da cor da pelagem de mamíferos vem sendo estudada a partir de uma perspectiva qualitativa
com categorias distintas de fenótipos, controlados por poucos genes e mostrando uma relação epistática,
entretanto já se sabe que a variação da cor dos pelos é afetada por um grande número de genes.
Padrões de pelagem da raça Santa Inês
A raça Santa Inês possui dois tipos básicos de pelagens: a monocolorida e a multicolorida.
A pelagem monocolorida varia desde a branca-suja até a negra, com destaque para as pelagens
castanha (“pelo-de-boi”), vermelha e negra.
A pelagem multicolorida é caracterizada pela presença de manchas escuras sob um fundo mais claro de
pelagem, podendo ocorrer também o inverso. Os tipos multicoloridos são a pelagem malhada, que conta
com grandes manchas arredondadas e nítidas; a pelagem tartarugada, com pequenas manchas
arredondadas que podem ter bordas definidas ou não; a pelagem lavrada, que possui manchas retas e
muito definidas; a pelagem chitada, caracterizada por pingos e borrões sem contornos definidos; e a
pelagem chuviscada, apresentando pingos, salpicos e chuviscos com definidos contornos.
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