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Epistasia e Cor

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A ampla escala de pigmentação dos olhos está entre os exemplos da variação fenotípica observada

nos humanos. Os genes OCA2 e HERC2 estão associados à variação normal da pigmentação dos

olhos. Foi realizado um estudo avaliando a relação de polimorfismos na codificação desses genes

com os fenótipos e estruturas que fazem parte da íris. Foram destacados diversos polimorfismos que,

quando analisados em conjunto, revelaram interações epistáticas, sendo uma possível explicação

para a variabilidade extensa desses fenótipos, principalmente as variações intermediárias - olhos

verdes intermediários e cor de mel.

Bases moleculares da pigmentação

A pigmentação nos humanos está estritamente relacionada aos melanossomos, que são

compartimentos produzidos pelos melanócitos e que sintetizam a melanina, além de armazená-la. As

variações fenotípicas resultam de duas formas de melanina que são depositadas nas estruturas, a

eumelanina, de pigmentação escura, e a feomelanina, de pigmentação mais clara.

Pigmentação dos olhos

Assim como outras estruturas humanas pigmentadas, o fator que explica a diversidade de tipos é a

quantidade e a classe de melanina presente na íris, assim podemos notar que olhos claros possuem

menor concentração de melanina quando comparados a olhos escuros.

A proporção entre eumelanina e feomelanina também deve ser ressaltada. A maioria das tonalidades

de olhos contém maior quantidade de eumelanina, enquanto a feomelanina apresenta concentrações

muito parecidas em olhos claros e escuros, o que define que a tonalidade clara é dada pela menor

concentração de eumelanina. Entretanto, no caso dos olhos verdes, descobriram que há uma maior

concentração de feomelanina, contrariando o padrão estabelecido.

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