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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 9

Modernamente, tem sido possível comprovar a origem judaica pela herança

dos cromossomos, mediante análise de DNA, acessível, inclusive, pela internet

através de sites de genealogia.

Já disse um estatístico que os judeus seriam o povo mais numeroso da Terra,

já que existem por tantos séculos, se muitos não tivessem se afastado das comunidades

judaicas, seja por abandono da religião, seja pelas sistemáticas campanhas

de extermínio ao longo da História Universal. É incrível que exista ainda

um povo judeu após tudo isso.

Na Alemanha e terras ocupadas pelos nazistas durante a 2.ª Guerra Mundial,

muitos descendentes de judeus nem sabiam mais que eram judeus, até que Hitler

os lembrou disso. As Leis de Nuremberg de 1935 estabeleciam que qualquer pessoa

que tivesse pelo menos três avós judeus era assim considerado, mesmo que

os pais já fossem batizados e tivessem esquecido o judaísmo. Deveriam, portanto,

pagar com a vida pelo “crime” de ser judeu. Apenas os que possuíam os

quatro avós alemães eram considerados de sangue puro. O mestiço (mischlinge),

descendente de apenas um ou dois judeus, era um elemento de segunda classe.

Já os eslavos, polacos e similares seriam deixados vivos apenas para servir como

escravos. Ciganos seriam também exterminados juntos com judeus, homossexuais

e doentes. Baseados nessa distinção, os nazistas determinaram leis de

segregação racial, que proibiam a união matrimonial, coabitação e relações sexuais

entre judeus e alemães.

Com efeito, no Gueto de Varsóvia havia igrejas para aqueles que já haviam

abandonado o judaísmo, mas mesmo assim não escaparam da armadilha mortal.

Incluiu-se na sentença cruel até mesmo uma Santa da Igreja Católica, uma personalidade

tão significativa que a humanidade reverencia pela sua bondade: Edith

Theresa Hedwing Stein ou Santa Teresa Benedita da Cruz (1891-1942), filósofa

e teóloga alemã. De origem judia, converteu-se posteriormente ao catolicismo,

tornando-se uma carmelita descalça. Primeira mulher a defender uma tese de

Filosofia na Alemanha, mártir, faleceu em 9 de agosto de 1942 no campo de

morte de Auschwitz. Beatificada em 1.º de maio de 1987, em Colônia, pelo Papa

João Paulo II, e canonizada pelo mesmo papa aos 11 de outubro de 1998, em

Roma. Padroeira dos hebreus católicos, dos judeus convertidos, do Dia Mundial

da Juventude e da Europa. 4

Deu no IBOPE: 37% dos entrevistados não gostariam de ter um vizinho

judeu. 5 Seria o antissemitismo uma realidade nesta terra? Ou teria a pesquisa

recolhido apenas uma falsa imagem estereotipada enraizada no inconsciente

imaginário do povão? Herança triste de um passado colonial, ou mesmo nem tão

remoto assim, que produziu conceitos deturpados como o verbete “judeu” dos

dicionários, até hoje utilizado pejorativamente, em que pese a lei. Luiz Gonzaga,

4

BLAJBERG, Israel, 1942 – Um ano singular – Os 70 anos dos torpedeamentos e da entrada

do Brasil na Segunda Guerra Mundial, Encontro de Historiadores Militares, 2012 – Academia

Militar das Agulhas Negras, Resende – RJ.

5

BLAJBERG, Israel. Artigo publicado em O Hebreu, 2002, São Paulo – SP.

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