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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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18 Israel Blajberg

O atlas cosmográfico foi confeccionado em Portugal, entre 1597 e 1612,

pelos cartógrafos judeus sefarditas portugueses Luís Teixeira e João Baptista

Lavanha (cosmógrafo real).

Cartógrafos judeus da ilha de Maiorca, especialmente Abraham Cresques,

elaboraram mapas, publicados entre 1375 e 1385, demonstrando extraordinário

conhecimento. Cresques publicou em 1376 um importante mapa-múndi.

Abraham Cresques (1325-1387), um judeu sefardita da ilha de Maiorca,

Espanha, era astrônomo, cartógrafo, relojoeiro e matemático, além de construtor

de bússolas, astrolábios e de instrumentos náuticos de precisão. Autor do Atlas

Catalão, publicado em 1375, encomendado pelo rei D. Pedro IV, de Aragão, para

presentear o rei Carlos V, da França. O Atlas apresenta o centro do mundo próximo

a Jerusalém e desenvolve-se em uma direção leste-oeste, em um conjunto de

12 folhas montadas em tábuas que se fecham como um biombo. É considerado o

fundador da Escola de Cartografia de Maiorca, sendo o seu maior representante.

Seu filho e sucessor, Jafud ou Judá Cresques, foi convertido à força, adotando

o cristianismo por ocasião dos massacres de 1391. Mais tarde, mudou-se

para Portugal, tornou-se o diretor da Academia Náutica de Sagres, prestando

serviços ao infante Dom Henrique, o Navegador. Ele sistematizou de forma coerente

os conhecimentos dispersos sobre Geografia, Cartografia, Astronomia e

Ciência Náutica.

Outro expoente foi o rabino, cosmógrafo real e astrônomo Abrahão ben

Shmuel Zacuto (1452-1515), de Salamanca, no Reino de Castilla, onde foi catedrático

emérito de Astronomia da universidade. Radicou-se em Portugal após a

expulsão da Espanha. Tornou-se íntimo de D. Manuel, o Venturoso. Como astrônomo

da Corte dos reis D. João II e D. Manuel, o Venturoso, planejou a viagem

de Vasco da Gama (1496) e forneceu instrumentos, tabelas e cartas de navegação

aperfeiçoadas – e diversas instruções detalhadas de navegação noturna, essencial

para a execução da extensa viagem das caravelas. Vasco da Gama viajou apoiado

pelo primeiro astrolábio de cobre, desenvolvido e aperfeiçoado por Zacuto, em

substituição aos tradicionais de madeira. Ele era amigo de Cristóvão Colombo

e acreditava no êxito de suas viagens. Inclusive, suas previsões de alta precisão

de eclipses foram usadas por Colombo para ameaçar os nativos em momentos

de perigo. É autor do Almanach Perpetuum, editado em 1496 em hebraico em

Leiria, mais tarde traduzido para o latim e castelhano pelo Mestre José Vizinho.

Com as novas perseguições aos judeus, devido à conversão forçada, por decreto

do rei D. Manuel I, e não desejando optar pelo catolicismo, preferiu deixar

Portugal em 1497, dirigindo-se a Tunis e de lá para a Terra de Israel. Faleceu em

Damasco, na Síria.

Também na matemática e unidades de medidas, fundamentais para a navegação,

judeus se destacaram. A palavra algarismo ou algoritmo é oriunda do

nome do matemático Al-Khwarizmi, tendo sido empregada pela primeira vez

pelo erudito judeu espanhol sefardita Juan ibn Daud na obra Liber Algorismi de

numero indorum de practica arithmetica, no século XII, como símbolo para a

representação dos números indo-arábicos.

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