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Estrela de David no Cruzeiro do Sul

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais. Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira. O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

Único livro que aborda a memória de judeus fardados no Brasil, desde Cabral até as Forças de Paz no Haiti, inclui os precursores cristãos-novos e descendentes, passando pelo Brasil Colônia, Bandeirantes, Império, Guarda Nacional, chegando aos dias atuais.

Um capítulo à parte é dedicado aos que deram a vida pelo Brasil e àqueles condecorados por bravura integrando a Marinha do Brasil, Marinha Mercante, Exército Brasileiro, FEB – Força Expedicionária Brasileira e FAB – Força Aérea Brasileira.

O lançamento nacional realizou-se no Museu Histórico do Exército e Forte Copacabana em 11 maio 2015.

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Estrela de David no Cruzeiro do Sul 11

Vinte séculos transcorreram antes que o seu representante na Terra se penitenciasse

porque os seus seguidores não Lhe deram ouvidos.

Já em tempos imemoriais, nossos sábios ensinavam a lavar as mãos antes

das refeições, assim a peste negra nos poupou na Idade Média, daí nos acusaram.

Hoje, não nos perseguem com as fogueiras, usam a internet.

A fé mosaica era professada pelo primeiro poeta nacional, Antônio José de

Oliveira, o Judeu. Fernando de Noronha foi um judeu, o primeiro português a

quem D. Manuel deu um título de donatário, pioneiro na extração de madeira.

Outro judeu, Garcia da Horta, foi médico de Martim Afonso, governador das

Índias. Antônio Raposo Tavares, o bandeirante caçador de esmeraldas, cristãonovo,

teve a madrasta presa pelo Santo Ofício. Os jesuítas quiseram entregá-lo à

Inquisição, mas ele os rechaçou e os fez saber que avançava em nome da Lei de

Moisés.

Ainda é pouco conhecida a história dos cristãos-novos que vieram por livre

vontade a um Brasil para onde El Rey mandava os criminosos de Portugal. Nos

500 anos, esqueceram deles, mais que dos índios e dos negros.

Um dia, nossos historiadores farão justiça aos que povoaram esta terra, e

nem tão longe, pois aqui perto, em São Gonçalo, no Engenho Columbandê e na

Baixada Fluminense, eles estiveram. Por coincidência, séculos depois campos

santos judaicos se estabeleceram nessas regiões.

Assim, sendo tudo isso verdade, seria bem possivel que muito dos 37%

jamais poderão ficar longe de judeus. Sim, pois o sangue judaico daqueles cristãos-novos

que produziram parte da nossa nacionalidade terá permeado gerações

e gerações e hoje flui, ainda que repartido em proporções milesimais, em

suas próprias veias...

É a herança do DNA...

Comentários 6

************************

Seria conveniente que o presente trabalho, como subconjunto de historiografia

militar inserindo-se no panorama geral da contribuição dos brasileiros de

origem judaica à nacionalidade, tivesse um breve introito sobre os respectivos

macroaspectos, como subsídio aos leitores que ainda não se debruçaram mais

amiúde sobre o tema.

Entretanto, não é objeto destas breves linhas detalhar a longa e rica história

judaica brasileira, já tão bem estudada por diversos autores, dentre os quais

podemos destacar a Prof.ª Anita Novinsky, a grande pesquisadora dedicada ao

estudo da contribuição dos cristãos-novos à formação da sociedade brasileira.

É animador constatar que a academia tem intensificado fortemente a pesquisa

de temas judaicos. A cada ano, novas teses abordam o papel dos judeus no

desenvolvimento do Brasil, seja no caso dos cristãos-novos, seja de épocas mais

6

Com subsídios da obra de Egon e Frieda Wolff.

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