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JulieTTe iNspiRA
cOleçãO dA AvON
Ex-BBB selecionou
os produtos de
maquiagem da
nova linha Bonita,
que também terá
campanha criada
pela WT. pág. 27
MediNA ReAceNde debATe sObRe sAúde MeNTAl
Especialistas avaliam como marcas devem
se comportar em situações como a de Gabriel
Medina, que anunciou pausa na carreira. pág. 28
GeNeRAl Mills TeM
dia de mover
Dona de marcas como
Yoki e Häagen-Dazs
implanta programa
que, segundo Bruna
Gameiro, líder do RH,
incentiva equidade
social. pág. 16
propmark.com.br ANO 57 - Nº 2880 - 31 de jaNeiro de 2022 R$ 15,00
“Novo normal” do mercado
impôs habilidades diferentes
Na semana em que se comemora o dia do publicitário, pROpMARK ouviu diversos
gestores sobre como é estar no comando de uma agência hoje em dia em meio às
mudanças na rotina de trabalho trazidas pela pandemia - como a adoção do home
office e do sistema híbrido para as equipes de profissionais. eles revelam
os obstáculos enfrentados pelo setor da comunicação, mas também o
aprendizado adquirido nesse período e o que vem pela frente. pág. 19
Daniel Korpai/Unsplash
NOS ÚLTIMOS
ANOS,
MUDOU MUITA
COISA NO MUNDO.
E MUITA COISA
MUDOU NA
.
Escaneie e fale
com a Marcia Esteves
pra saber como
podemos fazer a diferença
para a sua marca.
@lewlaratbwa
lewlaratbwa.com.br
Neste ano, a lew’lara\TBWA
completa 30 anos totalmente
renovada. E sabe por quê?
Porque ela sabe se transformar
com a sociedade, deixando apenas
o essencial intacto: a paixão
pela criatividade e pelo negócio
dos nossos clientes.
Nesse mundo que mudou
em tempo recorde, principalmente
nos últimos dois anos, transformações
são mais que bem-vindas.
Por isso montamos uma nova liderança,
composta por Marcia Esteves,
Sheila Wakswaser, Elise Passamani,
Raquel Messias, Ricardo Munhoz,
Sleyman Khodor e Vicente Varela.
Criamos uma aceleradora
de negócios digitais, a e-Growth;
uma produtora in-house, a MOVE;
e uma unidade de negócios
de PR, a sPRead.
Conquistamos 17 novas marcas,
que se juntam às marcas
que já têm a lew’lara\TBWA
como parceira para o crescimento.
Desenvolvemos novos processos
de trabalho, mais ágeis e eficientes,
com uma nova missão e propósito
para a companhia.
E, enquanto você lê este texto,
pode ter certeza: já estamos
pensando em algo novo de novo.
Isso é
Isso é
editorial
Armando Ferrentini
aferrentini@editorareferencia.com.br
Profissionalismo público
gestão é uma questão de bom senso. Quando essa métrica não
A é seguida, o caminho da insensatez é pavimentado. Em simples
busca no Google logo descobrimos que a administração equilibrada
é uma ciência porque se orienta por métodos, pesquisas e
experimentos. As hipóteses podem levar a possíveis soluções, mas
só como base para insights.
O poder público, apesar do contorno técnico que deveria norteá-
-lo, na maioria das vezes é permeado pela subjetividade e não pela
ponderação prática. Nem sempre a técnica vai prevalecer. O improviso
é uma arte para solucionar algo inédito, inesperado ou desconhecido.
Assim sendo, o que justifica a tomada de uma decisão é a
necessidade de acabar com desconfortos.
Na administração pública, fica claro que é mais do que urgente revisar
sua estrutura. No caso brasileiro, o peso da máquina vem sufocando
a livre iniciativa. Hélio Beltrão cantou a bola quando foi
nomeado ministro da desburocratização. Houve avanços, mas a
passos de tartaruga.
Essa lentidão inviabiliza decisões que empacam no Legislativo devido
a interesses e falta de comprometimento público. A ideologia
política se faz presente nas emendas de relator, não identificadas, e
outros artifícios para nutrir bases eleitorais visando reeleições. É a
conduta do toma lá dá cá.
Nesse 2022, se celebram os 200 anos da Independência do Brasil.
Boa oportunidade para se jogar luz à necessidade premente de resgatarmos
o conceito de política de Estado e não do partido que está
no poder. O mérito de um bom gestor é não ignorar o que já foi feito
de bom por meio de teses que só aumentam a carga de empreendedores
e trabalhadores, forças motrizes indispensáveis a qualquer
nação desenvolvida.
O Brasil está precisando de gestões públicas menos dependentes de
cartilhas ideológicas que tanto atormentam povos. Apesar de visões
políticas antagônicas, Joe Biden assumiu a presidência dos Estados
Unidos sem desfazer decisões do ex-presidente Donald Trump.
Claro que houve decisões que precisaram de revisão. E sempre haverá.
Mas a tradição da administração pública americana impede
que acertos de um governo sejam desfeitos pelo próximo pelo simples
fato de estarem em lados políticos opostos.
Se o Brasil não é país para amadores, chegou a hora de cobrarmos
mais profissionalismo da administração pública para que não ocorram
retrocessos em alternâncias de poder.
Dia do Publicitário
Matéria de capa desta edição do PROPMARK traz uma reflexão sobre
como é liderar equipes frente aos desafios impostos pela nova
realidade pós-pandemia. Em especial em homenagem ao Dia do
Publicitário, comemorado em 1º de fevereiro, executivos de agências
falam dos impactos da nova realidade e as estratégias para comandar
no modelo híbrido de trabalho.
***
mento interpessoal serão fundamentais de agora em diante, acredita
Dani Ribeiro, ECD da Publicis: “Do ponto de vista da gestão,
ouvir, ouvir, ouvir e falar com clareza. Não estar presencialmente
no cenário das ações e questões quando elas ocorrem exige mais
empatia e muita escuta ativa. A gente controla o que diz e não o
que o outro escuta, e a comunicação eletrônica dá mais espaço para
mal-entendidos”.
Brasileiros no D&AD
***
A organização do D&AD Awards revelou na última semana os nomes
dos jurados no Brasil e na América Latina que vão compor os
júris da edição deste ano do festival, que mais uma vez será realizado
online “para garantir a segurança dos seus membros, júris
e participantes”, como pontua o comunicado do evento, que será
realizado em 25 e 26 de maio.
Há 22 brasileiros na lista, sendo dois deles presidentes de júri: Fabiano
Broki, da Lobo, que vai comandar o julgamento das peças
em Animation; e Diego Machado, da AKQA, que será presidente
do júri de Experiential. Entre os 22 selecionados, há muitos deles
que atuam fora do país e vão representar a região Latam e os mercados
onde trabalham. O número impressiona e demonstra como
o talento criativo brasileiro está realmente espalhado no mundo
todo.
A partir de fevereiro, o PROPMARK estreia uma série de podcasts
com os jurados brasileiros do festival, que inclui nomes como Mariana
Sá, CCO da WMcCann; Sophie Schonburg, diretora-executiva
de criação da Africa; e Sergio Mugnaini, CCO da SunsetDDB.
Metaverso
***
O universo do metaverso ainda está sendo tateado por marcas, mas
muitas delas estão correndo para sair na frente e explorar a nova
tendência virtual. A BMW é uma delas. A montadora apresentou o
carro inteligente BMW iX com test-drive ao vivo no metaverso, em
projeto cocriado com a Ogilvy Brasil.
A estreia do BMW iX foi realizada no Complexo, servidor de GTA
RolePlay da organização brasileira de eSports Fluxo, criada por Bruno
“Nobru” e Lúcio “Cerol”, dois dos principais nomes do Free Fire
brasileiro. A ação foi apresentada com live dirigida por Nobru e a
jornalista Cris Amaral na plataforma de vídeos Twitch.
“Quando o assunto é inovação, a BMW está na vanguarda e foca
não apenas nos clientes atuais, mas também nas gerações futuras
e fãs da marca, essa é a razão de lançarmos o carro no universo de
eSports”, explica Jorge Junior, head de marketing e CRM da BMW
Group Brasil.
Diversidade
***
Opinião praticamente unânime entre gestores de agências é que
liderar a distância exige habilidade para manter o foco dos colaboradores.
“No home office é preciso um controle maior sobre o que
está acontecendo e sobre o que é preciso fazer, porque as coisas se
perdem nas diferentes conexões. No presencial, esse follow up é
mais simples, mas exige um maior jogo de cintura e uma comunicação
mais fluida”, aponta Márcia Esteves, CEO da Lew’Lara\TBWA.
Boa comunicação, flexibilidade, postura colaborativa e relaciona-
A General Mills, dona de marcas como Yoki, Kitano e Häagen-Dazs,
é uma das 47 signatárias do Movimento pela Equidade Racial (Mover).
Entre as metas, o projeto prevê 10 mil cargos de liderança para
negros até 2030 e oportunidades de educação, empreendedorismo
e empregabilidade para mais de três milhões de pessoas. “Temos
metas próprias e específicas para contratação de negros e mulheres”,
afirma Bruna Gameiro, gerente de RH e D&I da multinacional,
em entrevista nesta edição.
4 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
Índice
Perfil do gestor
inclui postura
colaborativa
Em homenagem ao Dia do
Publicitário, em 1º de fevereiro,
PROPMARK ouviu executivos de
agências para falar sobre as novas
habilidades para liderar equipes.
cAPA
19
Fotos: Divulgação
Daniel Korpai/ Unsplash
ProdutorAs
Vati amplia sua
produção publicitária
Empresa de Leandro Burti passa a
se posicionar como one-stop-shop.
“O objetivo é reunir todas as tecnologias
para viabilizar a produção publicitária”,
diz ele, que tem projetos em parceria
com a FCB Brasil e a Galeria. pág. 18
MArcAs
digitAL
dailymotion pretende
avançar 50% no país
Companhia de vídeo da multinacional da
Vivendi mira o Brasil, já que, conforme
David Rios, head da empresa na América
Latina, o crescimento no país, entre 2020
e 2021, foi de 70%, e ocupa hoje a 21ª
posição no ranking da Comscore. pág. 8
AgênciAs
WMccann tem nova
diretora de criação
Com mais de 20 anos de carreira,
Alessandra Pereira, a Lelê, passa a
fazer parte do time da CCO da agência,
Mariana Sá. A meta é ajudar a impulsionar
os resultados de negócios dos clientes
com um pensamento criativo. pág. 23
A estratégia da BMW no metaverso
Ogilvy Brasil assina projeto para o carro inteligente BMW iX, lançado no Complexo, servidor
de GTA RP, de eSports Fluxo. “O metaverso faz parte dos demais touch points da era digital.
Ele é o sucessor da experiência 3D”, diz Jorge Junior, head da marca. pág. 25
editorial ................................................................4
conexões ...............................................................6
curtas ....................................................................7
digital ...................................................................8
Quem Fez ............................................................10
inspiração ..........................................................11
We Love MKt ......................................................12
Beyond the Line ................................................14
opinião ................................................................15
entrevista ...........................................................16
Produtoras ..........................................................18
especial dia do Publicitário ............................19
Agências .............................................................23
Marcas .................................................................25
supercenas .........................................................29
Última Página ....................................................30
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 5
conexões
Luciano e de Arthur geram
ações do McDonald’s
Também não posso comer pão!
hahahah!
Fernanda Rodrigues
última Hora
LinkedIn:
Post: Melissa Vogel assume presidência
do IAB Brasil
Parabéns, vc é um sucesso!
Juliana Luchiaro
Instagram:
Post: BBB: “características” de
dorinHo
Post: Com disco ao contrário e
Claudia, Xuxa canta o “de A a Z”
da Amazon
A vitrola foi o melhor, kkk. “Compre
na Amazon”, kkkk!!!!
Felipe Santana
Nuooossssa... Inacreditável! Ainda
penso que pior do que quem “cria”
é quem aprova. E ainda paga caro!
Marcos Caverzan
Post: BBB: participante chama
99 de Uber em ação patrocinada
e marcas reagem
Quem nunca?! Mas isso é passado
porque com a @voude99 foi amor
à primeira vista!
Rodrigo Mussi
“De vez em quando eu chamo um
Uber da 99”
Pierre | Mentoria
TRANS
Celebrado no dia 29 de janeiro, o Dia Nacional da
Visibilidade Trans mereceu campanha do Mercado Livre
como manifesto no formato de coreografia de voguing.
A ação Passos para a visibilidade (foto acima), criada
pela GUT São Paulo, transforma palavras-símbolos para
representar a luta trans e celebrar esta comunidade:
liberdade, cidadania, união, coragem e igualdade.
“Progresso é empoderar pessoas”, ressalta a executiva
Thais Nicolau, diretora de branding do Mercado Livre para
América Latina.
crescimento
A CNN teve 32 milhões de pessoas por mês sintonizadas na
sua grade em 2021, crescimento de 76% no faturamento.
Desempenho é resultado de aposta na inovação em formatos,
como enfatiza o VP comercial Maurício Kotait.
AJUSTE
Reforço do jornalismo da Band, a âncora Adriana Barbosa
(foto acima) vai comandar o novo telejornal da Band, que
será exibido na hora do almoço. Pilotos já estão sendo
gravados e a estreia está prevista para o mês de março. A
atração vai exigir mudança na grade esportiva da emissora,
dividida entre Renata Fan e Craque Neto, que atualmente
ocupam a faixa das 11h às 13h. Adriana também terá
projetos no canal BandNews TV e na BandNews FM.
BLoQUeio
Líder global em cibersegurança, a Trend Micro interrompeu
94,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos destinadas
a consumidores, governos e clientes empresariais em 2021.
6 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
curtas
melissa vOgel assume iab brasil
institutO aprOva 48 brasileiras
Ogilvy nOmeia presidente glObal
Executiva é CEO da Kantar Ibope Media
A CEO da Kantar Ibope Media, Melissa
Vogel, acaba de assumir a presidência do
IAB Brasil com a meta de continuar desenvolvendo
a publicidade digital e orientar
o planejamento de campanhas e negócios.
“Disponibilizaremos também capacitação
com cursos técnicos atualizados e a tratativa
de temas como o futuro da publicidade
digital pós-cookies de terceiros, além dos
que forem demandados pelos nossos associados”,
antecipa Melissa, que tem 25 anos
de carreira. A executiva ainda quer fortalecer
a imagem do IAB como referência no
digital e também nos mais diversos setores
da economia.
iFOOd patrOcina FluxO
gOOgle testa nOvO recursO
Devika Bulchandani assume nova posição
A Ogilvy acaba de anunciar a promoção
de Devika Bulchandani como presidente
global do grupo. Egressa da McCann
Worldgroup, a executiva chegou à agência
no último ano como global chairwoman of
advertising e CEO para a América do Norte.
Ela permanece à frente dos negócios da
companhia nos Estados Unidos e Canadá.
E, agora, deverá expandir as áreas de
publicidade, relações públicas, experiência,
saúde e inovação. O trabalho ganha a
parceria de líderes mundiais da rede a fim
de continuar modernizando habilidades
capazes de garantir o impacto esperado
por clientes e prospects.
d&ad awards revela juradOs
Arkan Perdana/Unsplash
Alex Kotliarskyi/Unsplash
Programa reuniu empresas de 15 setores
Dentsu, PepsiCo, TIM, Bradesco e
Volkswagen estão entre as 48 empresas
brasileiras certificadas pelo Top Employers
Institute, autoridade global que mede
a evolução das práticas no mercado de
trabalho. Estima-se que o reconhecimento
gere um impacto positivo na vida de mais
de oito milhões de pessoas. O programa
analisou empresas de 15 setores, incluindo
tecnologia, serviços financeiros, consumo,
saúde, energia e varejo. A avaliação considera
esforços de RH implementados ao
longo de 2021, momento em que a pandemia
da Covid-19 exigiu atenção às necessidades
particulares dos colaboradores.
Bruno “Nobru”, campeão brasileiro de Free Fire
No seu aniversário de um ano, o Fluxo,
organização de eSports criada por Bruno
“Nobru” e Lúcio “Cerol”, ganhou o patrocínio
do iFood, que estampará o uniforme
dos times de Free Fire Mobile e de Emuladores
(Crias), além de ter Nobru como seu
novo embaixador. O Fluxo ainda fechou
parceria com a gravadora de Rap MainStreet
Records, anunciou a criação do instituto
Fluxo, montou uma line-up de Free Fire
feminino, e apresentou o novo uniforme
das equipes em evento realizado no dia 26
de janeiro. Os patrocínios com banco next,
Razer Gold, TikTok, Casas Bahia, TNT e
BOOYAH também foram renovados.
Topics deve ajudar a otimizar campanhas
O Google testa um novo recurso, que
promete mais transparência e controle no
direcionamento da publicidade. O topics
deve substituir o Federated Learning of
Cohorts (FLoC) no Privacy Sandbox para
equilibrar os interesses e a privacidade
dos usuários, otimizando campanhas. A
solução surge como uma alternativa, já que
o Google adiou para 2023 o fim do acesso
aos dados de terceiros para a comercialização
de publicidade no Chrome. O Topics
permite que o navegador gere categorias
com base em hábitos de consumo e busca,
processados no próprio dispositivo, sem a
participação de um servidor externo.
Mariana Sá, CCO da WMcCann, é uma das juradas
O D&AD Awards 2022 terá 22 jurados
brasileiros. Dois são presidentes de júri:
Fabiano Broki, da Lobo, comandará a categoria
de Animation; e Diego Machado, da
AKQA, conduzirá a área Experiential. Profissionais
que atuam fora do país representarão
a América Latina e mercados onde
trabalham. Mariana Sá, CCO da WMcCann;
Sophie Schonburg, diretora-executiva
de criação da Africa; e Sergio Mugnaini,
CCO da SunsetDDB, estão entre os nomes
locais. Realizado entre os dias 25 e 26 de
maio, o festival abre as avaliações virtuais
no dia 6 de abril. O prazo para as inscrições
termina no dia 16 de março.
Diretor-presidente e jor na lis ta
res pon sá vel
Ar man do Fer ren ti ni
Editora-chefe: Kelly Dores
Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo
Macedo e Alê Oliveira (Fotografia)
Editores-assistentes: Janaina
Langsdorff e Jéssica Oliveira
Editor especial: Pedro Yves
Repórteres: Carolina Vilela e Vinícius
Novaes
Revisor: José Carlos Boanerges
Edição de Arte: Adunias Bispo da Luz
Assistente de Arte: Lucas Boccatto
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as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a
opi nião des te jor nal, po den do até mes mo ser con trá rias a ela.
IMPRESSO EM CASA
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 7
DIGITAL
Dailymotion cresce 70% e busca
avançar mais nos próximos 5 anos
Empresa europeia de vídeo ocupa a 21ª posição no ranking da Comscore
no Brasil; expectativa para este ano é ampliar a atuação em 50%
Neusa spaulucci
Dailymotion, empresa de
A vídeo bastante frequentada
na Europa, da Vivendi, multinacional
de mídia com sede
em Paris e escritórios em Nova
York, Cingapura e Marselha,
direciona ainda mais suas baterias,
agora, para o Brasil, já que,
segundo David Rios, head da
companhia na América Latina,
o crescimento no país, entre
2020 e 2021, foi de 70%, e ocupa
hoje a 21ª posição no ranking
da Comscore no Brasil.
E o plano da Dailymotion
para este ano é ampliar a atuação
em 50%. Conforme dados
da empresa, a Dailymotion,
fundada em 2005, fica atrás
apenas do YouTube, sendo “o
segundo maior destino online
para vídeos no mundo, com 3
bilhões de visualizações por
mês e mais de 350 milhões de
usuários ativos por mês”.
A Dailymotion trabalha com
dois modelos de negócios: tecnologia
gratuita de solução em
vídeos (semelhante ao YouTube
para criadores), que permite
aos parceiros usar sem custos
em seus sites o player de
vídeo da Dailymotion, e o ad
stack para entregar e monetizar
vídeos.
A Dailymotion hospeda e
entrega streaming ao vivo sem
custos. A empresa também distribui
o conteúdo do parceiro
sem cobrar, pelo próprio site.
Tudo dá à companhia a certeza
de que é “muito diferente do
YouTube”.
“Temos mais flexibilidade e
transparência, permitindo aos
publishers mais controle sobre
sua monetização, audiência e
conteúdo. E somos 100% sem
custo”, garante Rios.
A Dailymotion ampliou seus
parceiros no Brasil, entre eles,
Grupo Band, Correio Brasiliense,
Estado de Minas, TV Cultura,
98FM, RadioRock, NSC Total,
O Liberal e Portal iG.
Dailymotion conta hoje com
David Rios: mais flexibilidade e transparência, permitindo aos publishers maior controle sobre sua monetização, audiência e conteúdo
mais de 170 mil produtores/editores,
através de alianças internacionais
com agências como a
EFE e com os meios de comunicação
Vanity Fair, CNN, Allure,
UFC, The New Yorker, The
Hollywood Reporter, Billboard,
USA Today, Readers Digest,
Nascar e NBA, entre outros.
Na América Latina, a Dailymotion
possui conteúdo
dos principais
meios de
comunicação
como TV Azteca,
Caracol, Televisa,
Grupo Imagen,
Notmusa, Grupo
MVS, Milenio, Grupo
Discovery, TV Panamericana,
Artear, Grupo
Octubre, O Dia, TV
Cultura, Caras, Correio
Braziliense e Rádio 89.
Segundo a empresa,
a tecnologia está sempre
em evolução e oferece de graça
para todos os parceiros um
player de vídeo digital avançado,
com comportamentos já
configurados como picture in
picture, carrossel e stories, assim
como análises avançadas,
compartilhamento em mídia
social, edição de vídeo e streaming
ao vivo gratuito, entre
muitas outras funcionalidades.
Fotos: Divulgação
Em 2015, a Dailymotion foi
adquirida pela Vivendi e é conhecida
como o YouTube da
Europa. Desde a aquisição, foi
lançada formalmente fora da
Europa, cresceu e está disponível
em mais de 150 países,
incluindo todos da América
Latina, com mais de 2 mil parceiros
de conteúdo. “No Brasil
tem mais de mil parceiros
locais. E desde 2018, a Dailymotion
cresceu mais de
400% na América Latina
e no mercado brasileiro,
que duplicou,
crescendo 150% em
público e renda”.
E para os próximos
cinco anos, a
Dailymotion tem
um forte plano
de crescimento
no Brasil,
com a expectativa
de dobrar
novamente o tráfego
e a renda.
8 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
A primeira ideia
é grátis! (pena
que a gente nunca
apresenta a
primeira ideia).
quEm fEz
Paulo Macedo paulo@propmark.com.br
EXPERIÊNCIA
Casal está em dificuldades para assistir vídeo.
É hora de a cantora Iza, estrela das campanhas
da TIM, entrar em cena. Ela troca o
equipamento e logo o acesso acontece. Projeto
destaca que a tecnologia 5G e suas possibilidadees
vão estar disponíveis para seus
assinantes e turma do pré-pago. O filme terá
versões regionais, como para Pernambuco.
BETC HAVAS
Tim
Fotos: Divulgação
Título: A maior cobertura 4G do Brasil. Agora com
5G. Rede TIM. Pode contar; CEO e CCO: Erh Ray; VP
de criação: Alexandre Vilela; criação: Alexandre
Fernandes, Pedro Lenz e Bernardo Rego; produtora:
O2 filmes; diretor: Paulo Caruso; aprovação:
Ana Paula Castello Branco e Carolinne Spiegel.
PARALELO
Para ilustrar como tecnologia, inovação e
desempenho estão presentes nas sementes
de soja, a agência Ampfy levou um carro de
corrida da Stock Car para o meio de uma
plantação de soja. A ação, que vai ocupar o
ano de 2022 nos canais on e offline, enfatiza
o conceito Muito Além da Semente. A marca
é patrocinadora da Stock Car na Band.
AMPfy
ATTo SemenTeS
Título: Além da Curva; CCO: Fred Siqueira; ECD:
Dogura Kozonoe; diretor de criação: Maicon Pinheiro;
criação: Claudio H. Mendonça e Marcus
Vinicius; produtora de som: Carbono Sound
Lab; trilha: Zé Godoy; aprovação: Mariângela
Albuquerque.
LAR
Quem passou pela Avenida Paulista, mais
precisamente em frente ao Edifício Anchieta,
nos dias 21 e 22 de janeiro, contemplou projeção
visual para incentivar a adoção de cães e
gatos. Oito animais foram selecionados para
os vídeos. A ação, para os medicamentos antiparasitários
NexGard Spectra e Frontline,
contou com apoio da ONG Ampara Animal.
ALMAPBBDO
Boehringer ingelheim
Título: #AdoçãoProjetada; CCO: Luiz Sanches; diretor
de criação: Iron Brito; redator: Danilo Schiavon;
diretor de arte: Philipe Aquino; projeção: Visual
Farm; aprovação: Fabio Barone, Tatiana Zambon,
Bruno Gallerani, Fernanda Veleda, Lucas Iguchi
e Carolina Abreu.
10 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
inspiração
Eis a verdadeira questão!
Fotos: Arquivo Pessoal
“Escute sua prima tiktoker de 12 anos. Escute. Escute. Escute. Escute
e busque entender outros pontos de vista, outras necessidades”
GEORGIA REINÉS
Especial para o PROPMARK
Já me peguei abrindo o Instagram, o
Twitter e até mesmo portais de notícias
na busca por algo que pudesse me inspirar.
Mas estava pensando aqui… será que é realmente
possível achar inspiração se entupindo
de informações por todos os lados?
Talvez, no meio desse turbilhão de conteúdos
com que entramos em contato diariamente,
até seja possível, mas há uma diferença
enorme entre referência e inspiração.
Vamos lá: no meio do rolamento do seu
feed do Instagram, você viu uma foto da
casa de um conhecido com uma estante de
livros iluminada de um jeito diferente.
A iluminação te fascinou e te motivou
a mudar a estante da sua casa. Logo, essa
foto foi uma referência, não inspiração - ela
desencadeou um processo racional, te deu
uma ideia, você foi lá e executou.
Mesma coisa no TikTok, por alguns instantes
pensei que o TikTok poderia ser uma
das minhas fontes de inspiração, já que
lá aprendo novas receitas e coloco-as em
prática.
Mas não. O lugar a que chegamos é o
mesmo: de funcionalidade, de assimilação
de conteúdo x prática.
Referência e inspiração possuem poder
de influência, mas acontecem por meio de
processos distintos.
O verbo inspirar possui origem etimológica
do latim, do termo “inspirare”, que
remete ao sentido de ‘sopro’, ‘soprar’. Inspiração
não acontece na mente, acontece
no coração – diferentemente do exemplo
da estante. É algo quase que involuntário,
repentino, como uma rajada de vento inesperada,
que mexe com o emocional, impulsionando
uma vontade genuína de agir.
Mas, afinal, o que desperta isso em mim?
Normalmente acontece quando eu entro
em contato com um novo jeito de enxergar
coisas que antes via de outra forma, isto
é, quando experiencio ou vejo sob uma
nova perspectiva – o que me faz perder
um pouco o chão, sim – isso me inspira.
Eu acredito que a inspiração tem a ver com
desconforto.
Inspiração não é algo fácil de encontrar.
Vivemos em bolhas, solidificando nossas
crenças e visões a partir de uma rede que
pensa muito parecido.
No nosso contexto, expandimos nosso
repertório, trocamos e aprendemos, mas
não diria que esse seja o ambiente mais propício
para inspiração.
Até o algoritmo das redes sociais nos direciona
exatamente para o que queremos
ver – e não é vendo apenas o que queremos
(e esperamos) que vamos nos inspirar, não
é mesmo?
Precisamos nos esforçar para criar espaço
para novas perspectivas. Um bom
começo é escutar as pessoas – pessoas que
estão perto da gente, mas ao mesmo tempo
distantes, seja pela realidade ou pelo pensamento.
Escute o seu tio que tem opiniões
diferentes das suas. Escute o motorista de
Uber imigrante. Escute sua prima tiktoker
de 12 anos. Escute. Escute. Escute. Escute
e busque entender outros pontos de vista,
outras crenças, outras necessidades, dores
e sonhos.
Pode ser que a gente precise de metodologias
para nos inspirarmos. Se eu estou fazendo
um trabalho sobre alimentação, por
exemplo, eu vou na casa de diferentes pessoas
observar como elas comem, ver o que
tem dentro da geladeira delas, escutar o
que conversam enquanto comem e, o mais
importante, entrar em contato com novas
perspectivas sobre alimentação, capazes
de balançar meu chão, tocar meu coração
de um jeito diferente e, assim, me inspirar
(essa metodologia tem até nome, chama
home invasion).
A inspiração acontece sem aviso prévio
e pode vir das mais inusitadas fontes e formas,
mas, se tem uma coisa que é certa, é
que quando entramos em contato com novas
perspectivas criamos ambientes mais
favoráveis.
É possível, conscientemente, a partir de
mecanismos que nos tirem da zona de conforto,
criar situações que nos inspirem.
Quando queremos inspiração devemos
buscá-la.
Georgia Reinés é diretora de insights da DOJO
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 11
we
MkT
Chris Liverani/Unsplash
The Show
Must Go On
“Quem me dera viver pra ver.
E brincar outros carnavais...”.
Carlos Lyra e Vinicius de Moraes
Francisco alberto Madia de souza
Essa é uma expressão comum no meio
e na classe artística. O Show Não Pode
Parar. É verdade, mas, às vezes, impossível
não parar. Como agora, e há quase dois
anos, por exemplo. Numa de suas músicas
de grande sucesso, o Queen, Fred Mercury,
tomaram essa expressão emprestada e colocaram
no título. E nos versos descrevem,
de certa forma, premonitoriamente, o que
assistimos nos últimos meses, e nestes
tempos de pandemia.
“Empty spaces,
“Espaços vazios
What are we living for?
Pelo que estamos vivendo?
Abandoned places...
Lugares abandonados...
I guess we know the score
Acho que sabemos os resultados
On and on
De novo e de novo
Does anybody know what we are looking
for?”.
Alguém sabe o que nós estamos procurando...”.
Grosso modo... Procurando pela vida!
E, enquanto a vida não retorna em sua
plenitude, todos em busca de vacinas e de
remédios, para que se resgate um mínimo
de perspectiva da volta de uma normalidade,
ainda que seja uma nova e diferente
normalidade, qualquer normalidade...
E mesmo tendo que Must Go On, o Show
está absolutamente parado, ou funcionando
a baixíssima pressão, em todo o mundo.
Tipo, bandeira a meio pau... Quase no
chão... Conclusão, uma das empresas mais
bem-sucedidas nesse território em nosso
país, a T4F, que administra o UnimedHall,
antigo Credicard Hall e Citibank Hall, do
empresário Fernando Altério, segue vivendo
a sua maior e pior crise.
Em entrevista recente para Veja SP, Fer-
nando Altério declarou: “Jamais imaginei
viver algo assim em meus 40 anos de entretenimento...”.
Outros espaços da cidade
de São Paulo também mergulharam de
cabeça na crise. Na mesma matéria da Veja
SP, Marco Antônio Tobal Jr., dono do Espaço
das Américas e da Villa Country, comentava:
“Demitimos quase todos os funcionários,
mas, mesmo assim, seguimos pagando
aluguéis, cuidando da manutenção,
mais os impostos...”.
O jovem e talentoso empresário que se
notabilizou por resgatar espaços perdidos
ou esquecidos, mas com um saldo irrelevante
em termos de negócios em suas
iniciativas, Facundo Guerra, também na
mesma matéria, diz: “antecipamos receitas
e teremos de trabalhar sem lucros por
anos... precisei me endividar e atrasar impostos...”.
Por outro lado, o que parecia ser uma
solução, ainda que precária, no início, as lives
cansaram muito rapidamente, e jamais
deixaram qualquer lucro. A situação é tão
desesperadora que muitos dos empresários
do setor não veem nenhuma alternativa
pela frente que não seja jogar a toalha, desistir,
fechar as portas, e encarar a falência
e todas as suas decorrências.
Na música do Village People, Can’t Stop
the Music, cantavam: you can’t stop the
music, nobody can stop de music... O vírus
parou a música, ainda que provisoriamente.
E sabe-se lá quando voltará na intensidade
e volume de dois anos atrás...
Restam então os versos da canção de
Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, e independente
da crise: “E, no entanto, é preciso
cantar, mais que nunca é preciso cantar, é
preciso cantar e alegrar a cidade...”.
As pessoas, as cidades, o país, o mundo,
de tal forma que “a tristeza que a gente tem
qualquer dia vai se acabar...”. Quem sabe,
tomara, rezemos, cantemos, depois do Carnaval...
Comecinho de março...
Francisco Alberto Madia de Souza
é consultor de marketing
famadia@madiamm.com.br
12 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
PROPMARK DIGITAL
OU IMPRESSO. QUEM
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56 ANOS. DE VIDA.
eyond the lIne
Chun Kit Soo/Unsplash
Início de ano
na gangorra
Essa suposta dicotomia e
polarização aparece sempre na
vida de gestores e das pessoas
Alexis Thuller PAgliArini
Todos sabemos: a vida é cheia de pontos
e contrapontos. Nada é definitivo num
mundo em constante mutação. Quando pesamos
muito um lado da gangorra, lá vem o
contrapeso para equilibrar. E é uma busca de
equilíbrio constante, fazendo a gangorra balançar
o tempo todo, nos exigindo ações de
um lado para outro.
Faço essa abordagem após ter escrito
um artigo (Eventos seguros e sustentáveis –
PROPMARK da semana passada) tendo como
base uma situação que se apresentava na semana
passada.
Uma semana depois, o peso de aumento
de infecções e de mortes advindas da nova
fase da pandemia nos faz refletir e ponderar.
Não que eu deixe agora de defender a realização
de eventos com controle de acesso. Ao
contrário, as estatísticas demonstram que a
nova fase da pandemia penaliza aqueles que
insistem em não se vacinar ou não completar
o processo completo de vacinação.
Com uma vacinação mais ampla e cuidados
mantidos, estou convicto de que
podemos conviver com essa nova fase,
sem a interrupção de atividades. Quero
deixar bem claro que não estou do lado negacionista
da balança. Ao contrário, tenho
respeito total à ciência e ajudarei sempre
que possível no esforço de ampliar rapidamente
a vacinação.
O que defendo é a possibilidade de continuar
convivendo com a pandemia, realizando
eventos que permitam controle de acesso
e a prática de protocolos rigorosos. No outro
lado da balança, há a dinamização da economia
e empregos a serem gerados ou mantidos.
Mas a figura da gangorra apareceu forte
também em outro tema, objeto de outro artigo
meu, aqui no PROPMARK, duas semanas
atrás (Combinando propósito com ESG).
E aí, a gangorra apresenta, de um lado, o
peso da atuação respeitosa das empresas,
em compliance aos princípios ESG. Fortalecem
esse lado a tendência de se exigirem, por
parte de fundos de investimento e da sociedade,
das empresas a comprovação de ações
em benefício do meio ambiente e/ou social
e ainda de uma governança ética e transparente.
Do outro lado da gangorra, aparecem
os capitalistas reacionários, que julgam toda
essa atenção um desvio de foco das empresas
que deveriam, isso sim, estar preocupadas
em atacar o mercado com agressividade,
visando o lucro a qualquer custo.
Trago esse tema em função de uma matéria
que me foi enviada por um amigo, após ler
meu artigo. Trata-se de uma reação crítica de
acionistas da Unilever, que amarga perda de
lucratividade e de valor na bolsa.
Segundo esses acionistas, capitaneados
por Nelson Peltz, do Trian Fund Management,
a busca exagerada por propósito faz a
megaempresa perder foco nos produtos e no
mercado.
Ele foi seguido por um dos dez maiores
acionistas da companhia. O britânico Terry
Smith disse que a gigante estava “perdida”,
mais preocupada com o lustro conferido pelo
foco no ESG que com os rumos do negócio.
“Na nossa opinião, uma empresa que acha
que tem de definir o propósito da maionese
Hellmann’s claramente está perdida”, escreveu
ele em sua carta anual aos investidores.
“A marca Hellmann’s existe desde 1913, então
diríamos que a essa altura os consumidores
já entenderam qual é o propósito dela
(alerta de spoiler – saladas e sanduíches)”,
completou. Pois é... Olha a gangorra aí.
Essa suposta dicotomia e polarização
aparece sempre na vida de gestores e das
pessoas, de uma maneira geral. Estamos
vivendo uma gangorra também na política,
com a polarização entre direita e esquerda
na disputa pelo governo federal este ano. Da
minha parte, acho que deve haver sempre a
busca pelo equilíbrio, sem, porém, deixar
de colocar peso do lado em que sua convicção
seja mais forte.
No caso da pandemia, devemos nos preocupar
com a prevenção, mas também precisamos
ver formas de manter as atividades.
No caso do propósito e da fidelidade à agenda
ESG, devemos manter também o foco na
performance das empresas. Enfim, que tenhamos
habilidade e discernimento para nos
equilibrarmos nessa balança em 2022.
Alexis Thuller Pagliarini é presidente-executivo da
Ampro (Associação de Marketing Promocional)
alexis@ampro.com.br
14 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
opinião
Mufid Majnun/Unsplash
Uma injeção
de criatividade
Victor Afonso
Elvis Aaron Presley nasceu em 8 de janeiro
de 1935. No mesmo ano, foram
testadas nos EUA as duas primeiras vacinas
contra a poliomielite. Os dois testes,
um conduzido na Universidade de Temple
e outro na Universidade de Nova York,
foram desastrosos. Não só as vacinas não
funcionaram, como infectaram vários
participantes.
Naquela época, a pólio era a doença
mais temida nos Estados Unidos. Isso porque
deixava marcas muito visíveis: crianças
com muletas, em cadeiras de rodas e,
nos piores casos, presas a pulmões de aço.
Não havia tratamento, nem prevenção.
O que existia, aos montes,
era a desinformação. Acreditava-se
que o vírus era
transmitido por gatos, pulgas
e até por bananas importadas
da América do Sul.
O “kit-pólio” de então podia
incluir remédios à base
de plantas, serragem e até
bolas de naftalina, que as mães penduravam
no pescoço dos seus filhos. Entretanto,
não há notícia dos supostos remédios
terem sido defendidos pelos líderes políticos.
Aliás, o então presidente americano,
Franklin Delano Roosevelt, tinha contraído
a doença já adulto e era um dos maiores
defensores da busca por uma vacina
eficaz.
“o único
remédio foi
– e sempre
será – a
criatividade”
FDR estava por trás da March of Dimes,
uma campanha de arrecadação de
fundos organizada pelas mães americanas
em prol da pesquisa contra a pólio. O
dinheiro recolhido era, literalmente, enviado
em sacos para a Casa Branca, que
distribuía a verba para os cientistas. Tão
importante quanto os dólares era o engajamento
do público. As pessoas que contribuíam
para a March of Dimes sentiam
que faziam parte da criação da vacina.
Porém, além dos fundos, os cientistas sabiam
que precisavam de outra coisa da população:
confiança, que tinha sido perdida
nos testes malsucedidos de 1935. O dr. Jonas
Salk, que comandava um grupo de pesquisadores
na Universidade de Pittsburgh,
sabia da necessidade de convencer o público
a respeito da segurança da vacina. Salk
aproveitava toda e qualquer oportunidade
para falar a respeito do seu imunizante na
mídia. Chegou até a ser capa da revista Time.
Quando a vacina ficou pronta, aplicou
a injeção nos próprios filhos e em si. Mas
o alcance de comunicação de um cientista,
por melhor que seja, é limitado.
Em 1956, um Elvis de apenas 21 anos era
recebido no Ed Sullivan Show para tocar Love
me Tender, Hound Dog e Don’t
be Cruel. A apresentação ficou
marcada por ser a primeira vez
em que Elvis era filmado da cintura
para baixo (na outra ocasião em
que se apresentou no mesmo programa,
isso tinha sido proibido pelo
Ed Sullivan, por se tratar de “um
programa de família”) e também
ficou famosa por uma brilhante ação de PR
que aconteceu instantes antes de o Rei do
Rock subir ao palco.
Naquela noite, Elvis foi vacinado contra a
pólio nos bastidores do programa. A foto com
o médico e a funcionária do departamento
de saúde (Ruth Taber, a “criativa” por trás da
ideia) aplicando a vacina no sorridente ídolo
correu os Estados Unidos nos dias a seguir da
apresentação. O resultado é que a taxa de vacinação,
que antes era de 0,6%, saltou para
80%. Foi o começo do fim daquela epidemia.
A vacina criada pelo dr. Salk se mostrou
eficaz contra o vírus. Mas, para combater
a desinformação e a falta de confiança do
público, o único remédio foi – e sempre será
– a criatividade. Quando o assunto é saúde,
o poder de uma grande ideia, assim como o
Elvis, não morreu.
Victor Afonso é VP, associate creative director na
Area 23 NY
victor.afonso@area23hc.com
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 15
Por que a empresa abraçou essa causa?
A General Mills tem como propósito ser uma
“força para o bem”, criando meios para impactar
positivamente seus mercados e comunidades.
Sabemos que injustiças sociais e racismo
não são novos em nossa sociedade, que muito
ainda precisa ser feito e precisamos atuar
rápido para mudar essa realidade. Entendemos,
como empresa, que precisamos ouvir as
pessoas negras em primeiro lugar, para entenentrevista
Bruna Gameiro
gerente de RH e D&I da General Mills
É nossa
responsaBilidade
sermos aGentes
transformadores
Em novembro, mês da Consciência Negra, colaboradores da
General Mills fazem pausa de uma hora para falar sobre racismo
estrutural e a importância do engajamento no combate à
desigualdade racial na sociedade e no trabalho. Batizado como
Dia de Mover, ele se refere ao compromisso público assumido pelo
Movimento pela Equidade Racial (Mover), do qual a General Mills, dona
de marcas como Yoki, Kitano e Häagen-Dazs, é uma das 47 signatárias.
Nesta entrevista, Bruna Gameiro, gerente de RH e D&I, fala que o
propósito do programa é ser uma “força para o bem, criando meios
para impactar positivamente seus mercados e comunidades”. Entre as
metas, o projeto prevê 10 mil cargos de liderança para negros até 2030 e
oportunidades de educação, empreendedorismo e empregabilidade para
mais de 3 milhões de pessoas. “Temos metas próprias e específicas para
contratação de negros e mulheres”. Veja a seguir detalhes da entrevista.
Neusa spaulucci
Qual o resultado do Dia de Mover promovido pela
empresa em novembro?
Engajamento e conscientização de todos os
colaboradores sobre a importância de avançarmos
em temas relacionados à equidade racial.
O Dia de Mover foi a celebração do nosso compromisso
público em ser uma força para o bem
e em atuar tanto para criarmos um ambiente
de trabalho cada vez mais diverso e inclusivo,
mas também trabalharmos nas nossas relações
com fornecedores, clientes e consumidores.
A General Mills acredita que o movimento está ajudando
na conscientização sobre o racismo dentro
da empresa?
O Mover é importante para sensibilizar, especialmente
pela grandeza do movimento, que
conta com dezenas de empresas, sejam multinacionais
ou brasileiras, em diversos setores da
economia. Não existe, no Brasil, nenhum acordo
parecido até o momento, concentrando tanta
mobilização para avançarmos em equidade racial,
com uma meta arrojada de contratar 10 mil
pessoas negras em cargo de liderança até 2030. O
movimento está totalmente alinhado com o que
buscamos como empresa: atrair talentos negros
e promover ações efetivas na luta antirracismo.
Qual a mecânica do Mover?
O Dia de Mover buscou mobilizar os integrantes
de todas as empresas por meio de lives,
rodas de conversas, vídeos etc. com pessoas
que representam símbolos na luta antirracista
no Brasil e envolvendo todas as empresas
signatárias. Neste dia, para celebrar um ano
da criação do movimento, convidamos nossos
colaboradores para reflexão sobre o racismo
estrutural no Brasil. A ação vem totalmente
ao encontro do que temos buscado em nosso
pilar de engajamento, dentro de nossa nova
estratégia de D&I: promover meios para conversas,
desconstrução de vieses e discussões
sobre como combater o racismo e criar uma sociedade
mais igualitária e inclusiva para negros
e demais minorias, além do empoderamento
de vozes negras.
der que a mudança deve ocorrer de forma muito
mais ampla e em todos os lugares. É nossa
responsabilidade sermos agentes transformadores
para gerar mudanças efetivas e significativas.
Quais indícios indicam que ser uma das signatárias
do movimento é um caminho bom a ser seguido do
ponto de vista da marca?
O movimento representa uma mobilização
expressiva, com dezenas de empresas e metas
robustas para avançarmos em equidade racial.
Acreditamos que ao somarmos forças com
tantos players importantes, de diversos segmentos,
temos potencial único para promover
mudanças expressivas e efetivas no Brasil, tornando
esta coalizão um grande marco histórico
na luta antirracista no Brasil.
Quais outras ações a companhia desenvolve para
combater o racismo?
Temos uma nova estratégia de Diversidade
& Inclusão, contemplando quatro pilares para
guiar nossas ações: Engajamento, Desenvolvimento,
Governança e Protagonismo. Promovemos
diversas palestras, discussões e conversas
de coragem e protagonismo, onde damos voz
aos nossos colaboradores, em busca de gerarmos
conexão emocional para que todos contribuam
nessas iniciativas.
Vocês criaram um calendário?
Em novembro, mês da Consciência Negra,
criamos um calendário específico, com debates
e empoderamento de vozes negras com o
intuito de refletirmos sobre o racismo e entender
como cada um de nós pode ser um agente
transformador ao apoiar medidas antirracistas
em busca de mudanças efetivas. Outra ação
importante foi a realização de um treinamento
específico para letramento racial, que abordou
um conjunto de práticas para desconstrução
de formas de pensar e agir relacionadas a pessoas
negras ou brancas.
Vocês promovem treinamento interno para atingir
os objetivos do projeto?
Treinamos nossos líderes e colaboradores de
recursos humanos para realização de processos
de atração e seleção com desconstrução de vieses,
sob uma nova estratégia e governança para
contratação de pessoas; estamos promovendo
ainda processos seletivos atentos à diversidade,
além de termos finalizado recentemente um
censo interno sobre o perfil de nossos colaboradores,
que contou com 82% de participação e
nos trará dados importantes para entendermos
onde devemos focar nossos próximos passos.
Outra iniciativa de impacto que trouxemos recentemente
ao nosso ambiente foi a criação de
um guia de comunicação inclusiva, orientando
colaboradores sobre termos que devem ser evitados,
com orientações para algumas situações
específicas.
16 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
É muito grave a questão do preconceito racial dentro
da General Mills?
Na General Mills não toleramos nenhum
tipo de preconceito. Promovemos ações e
meios para que cada colaborador se sinta
confortável para expressar sua personalidade
livremente. Temos plena confiança que
a diversidade de perfis nos leva a visões de
mundo mais amplas, contribuindo também
para o sucesso dos nossos negócios. Por isso,
buscamos constantemente realizar ações de
orientação e sensibilização para criação de
um trabalho inclusivo. Temos ainda canais
de denúncia, totalmente anônimos, que são
amplamente divulgados e buscam trazer
envolvimento, inclusive, de nossos líderes
para tomada de ações para coibir atos de
preconceito em nossa companhia e acolher
qualquer pessoa que tenha passado por uma
situação desconfortável.
Em todos países a desigualdade racial é um problema
sério. Em quais regiões a questão é mais grave?
A General Mills busca atuar em todos os
mercados para promover medidas antirracistas,
mas hoje os maiores investimentos
têm ocorrido especialmente no Brasil e nos
Estados Unidos.
A General Mills acredita que a estratégia de marca
deve passar por compromissos sociais?
Há décadas ações sociais fazem parte de
nossa estratégia corporativa, em todos os
mercados onde a General Mills possui operação.
Acreditamos que devemos ser uma força
para o bem, promovendo o bem-estar de nossas
comunidades, atuando para promover sociedades
mais justas e cuidados com o meio
ambiente. Entendemos que, como empresa,
também somos responsáveis por promover
mudanças e, por isso, atuamos para liderar e
convidar outros agentes de nossas cadeias de
negócios para gerarmos impacto em compromissos
sociais e ambientais.
Divulgação
O consumidor do futuro vai cobrar das empresas
atitudes voltadas para a consciência antirracista?
Acreditamos que o consumidor esteja
também cada vez mais ciente de que nossa
sociedade precisa avançar em questões como
a equidade racial, entendendo que grandes,
médias ou pequenas empresas também são
agentes importantes e têm responsabilidade
em promover medidas antirracistas para
avançarmos em uma sociedade cada vez
mais justa e inclusiva.
A General Mills tem programa para contratação de
negros? Se sim, qual a meta?
Além da meta do Mover para gerarmos 10
mil posições de liderança para negros até 2030
e oportunidades de educação, empreendedorismo
e empregabilidade para mais de 3 milhões
de pessoas, temos metas próprias e específicas
para contratação de negros e mulheres.
Quantos funcionários pretos a empresa tem hoje
em seus quadros?
Recentemente realizamos um censo, que
contou com 82% de participação, para termos
dados para apoiar nossos pilares de Diversidade
& Inclusão e entendermos onde devemos
atuar para sermos uma empresa ainda mais
diversa quando falamos de raça, cor, pessoas
com deficiência, gênero e orientação sexual.
As informações estão sendo consolidadas e
vão nos auxiliar nos próximos passos para definição
de mais ações.
“NÃO EXISTE LÁ MAIS ALI”, Gertrude Stein
Foi bom, foi ótimo, enquanto durou. Agora existe um novo mundo
em construção. A tecnologia disruptou, deu fim, ao mundo velho.
“O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum.
REPOSICIONAR-SE OU MORRER”, JACK TROUT.
“Antes de colocar todos os novos e revolucionários gadgets nas
velhas molduras que carregamos em nossas cabeças, jogar a
moldura velha fora”, PETER DRUCKER.
Confie o reposicionamento de sua empresa, e a
travessia do VELHO para o NOVO a uma transportadora
de confiança. Há 41 anos preparando-se para este
momento único da história da humanidade.
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jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 17
produtoras
Vati faz aposta no audiovisual para
ampliar volume dos seus negócios
Empresa liderada pelo empresário Leandro Burti já tem parcerias com as
agências FCB Brasil e Galeria, mas quer estender expertise de produção
PAULO MACEDO
Filho de Luís Carlos Burti,
visionário da indústria e
acabamento gráficos, o empresário
Leandro Burti deu vida à
Casa do Vaticano, especialista
na produção de imagens. Nas
suas palavras, a imagem sempre
esteve no centro de tudo.
Por isso mesmo, buscou oferecer
soluções tecnológicas com
o propósito de trabalhar a produção
publicitária. “Do nascimento
do pixel à gestão dos
ativos digitais, produção das
peças e distribuição aos veículos
em qualquer formato e em
qualquer meio”, explica.
Agora à frente da Vati, que
remete à Casa do Vaticano, Burti
se propõe a ser um hub verticalizado
dentro do conceito
one-stop-shop. “Ou seja, reunir
todas as tecnologias para viabilizar
a produção publicitária,
seja para deixar as agências livres
para se concentrarem na
estratégia e criatividade. Ou
para tornar a área de marketing
de alguns anunciantes mais
competitiva, em meio à demanda
cada vez maior por peças
para atender à pluraridade de
canais”, detalha Burti, enfatizando
que a ideia é automatizar
a produção publicitária.
Por meio da plataforma digital
Jamworks, a Vati atende
mais de sete mil usuários como
se fosse extensão das agências
e anunciantes. “Com foco em
otimização de prazos e na oferta
de melhor custo-benefício”.
Para 2022, a grande aposta
de Burti é na produção audiovisual.
Esse novo horizonte ficou
claro no fim de 2021, quando
esteve à frente de campanhas
para AliExpress e Safra Pay,
em parceria com a FCB Brasil.
E cobranding entre TikTok &
Cheetos com a agência Galeria.
“Mesmo enfrentando diversos
empecilhos causados pela
pandemia, além da dificuldade
extra de lidar com prazos superapertados,
contamos com todo
o time da Vati atuando de forma
colaborativa e prática, do início
ao fim do trabalho. O resultado
foram filmes que elevaram a
percepção do AliExpress e nos
ajudaram a atingir nossos objetivos”,
justifica Jorge Gloss,
brand lead da Alibaba no Brasil.
Quem também endossa a relação
com a Vati é Fernanda Geraldini,
diretora de produção da
FCB Brasil. “É parceira de longa
data, sempre com atendimento
ágil e qualidade nas entregas.
Quando surgiu a possibilidade
de também abrirmos câmera,
não tive a menor dúvida de que
Divulgação
A Vati, de Leandro Burti, já contabiliza 12% do seu faturamento com filmes publicitários
“A ideiA é
AutomAtizAr
A produção
publicitáriA”
teria a mesma atenção e assim
tem sido. Fizemos duas campanhas
de AliExpress, com a
Ivete Sangalo, e uma da Safra
Pay. Mesmo com poucos dias
entre aprovação e cópias, tivemos
dedicação 24/7 da equipe
Vati e excelente resultado final.
Também destaco os filmes
em motion design, que sempre
chegam redondos já na primeira
rodada, com poucos ajustes
de animação. Seguiremos essa
parceria em 2022”.
Ducha Lopes, sócia e diretora
de produção integrada
da Galeria, ressalta os atributos
de serviços. “Tornam a jornada
da produção publicitária uma
experiência melhor para os
clientes. Trabalhar com a Vati
foi um processo muito tranquilo
e seguro. A empresa nos ofereceu
soluções criativas, ágeis
e com condução bem organizada.
A parceria de trabalho foi
excelente”.
Na avaliação de Marcel Crispin,
diretor de novos negócios
da Vati, a oferta de tecnologia
que liga todas as pontas e controle
de workflow traz resultados.
“Além da interação com o
cliente para eventuais ajustes e
aprovação no mesmo ambiente
proprietário em nuvem. Consolidar
essa vertente dentro do rol
de entregas não só faz sentido,
mas é essencial em nossa estratégia,
pois a produção audiovisual
já responde por 12% do
faturamento. Há todas as condições
de quadruplicarmos a
produção de filmes. Esse movimento
será determinante para
irmos ao encontro de nossas
projeções de 25% de aumento
em novos negócios no próximo
ano”, afirma.
Burti finaliza: “Além de ganhar
velocidade, melhorar a
gestão dos processos e reduzir
custos com a verticalização, a
Vati pode entregar em toda a
América Latina, que será determinante
para os anunciantes
multinacionais com operação
na região”.
18 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
EspEcial dia do publicitário
Habilidade em manter o foco da
equipe é fundamental para liderar
Qual deve ser o perfil do gestor frente aos desafios impostos pela realidade
pós-pandemia? Neste especial do Dia do Publicitário (comemorado em
1º de fevereiro), o PROPMARK traz, nas páginas a seguir, um painel, na
forma de depoimentos, no qual executivos de agências falam dos impactos
da nova realidade e as estratégias para comandar no modelo híbrido
Pedro yves
uma opinião praticamente
É unânime entre gestores de
agências que liderar a distância
exige habilidade para manter
o foco dos colaboradores. “Entendo
que gestão remota ainda
é gestão de pessoas, então se
essas habilidades já eram muito
relevantes antes, agora ganharam
ainda mais importância,”
situa Tatiana Magliari, diretora
de operações da Wunderman
Thompson
“No home office é preciso um
controle maior sobre o que está
acontecendo e sobre o que é preciso
fazer, porque as coisas se perdem
nas diferentes conexões. No
presencial, esse follow up é mais
simples, mas exige um maior
jogo de cintura e uma comunicação
mais fluida”, aponta Márcia
Esteves, CEO da Lew’Lara\TBWA.
Boa comunicação, flexibilidade,
postura colaborativa e relacionamento
interpessoal serão
fundamentais de agora em diante,
acredita Dani Ribeiro, ECD da
Publicis: “Do ponto de vista da
gestão, ouvir, ouvir, ouvir e falar
com clareza. Não estar presencialmente
no cenário das ações
e questões quando elas ocorrem
exige mais empatia e muita escuta
ativa. A gente controla o que
diz e não o que o outro escuta, e a
comunicação eletrônica dá mais
espaço para mal-entendidos”.
Com o home office, as hierarquias
rígidas se tornaram ineficientes
e manter o “Teams ligado/aberto”
para escutar o time
tornou-se essencial para liderar
a equipe, ressalta Marcio Toscani,
co-CEO e COO da Leo Burnett
TM. “Outra característica importante:
o senso de dono. No home
office, ninguém está ao seu lado
‘vendo’ você trabalhar, mas sim
sendo impactado pelo seu trabalho
e pela sua produtividade”,
completa Toscani.
Essa troca de vivências pode
também potencializar ainda
mais a criatividade. É o que acredita
Fernando Diniz, co-CEO
da DPZ&T. De acordo com ele,
quando todos estão vivendo na
mesma cidade, acabam tendo as
mesmas vivências e referências,
tornando a diversidade de pensamentos
menor.
Diniz cita como exemplo o
que acontece na sua equipe na
DPZ&T, que tem um diretor de
criação que reside na Bahia,
“tocando um job com uma dupla
em que o redator mora no
Rio de Janeiro, o diretor de arte
em São Paulo e o planejamento
em Minas Gerais. Isso sem falar
que em vários momentos,
eu trabalho diretamente da Base
Verde, propriedade localizada
em São José do Rio Pardo, no
tirachardz/Freepik
interior paulista”.
Para Felipe Silva, CEO da Gana,
agência com uma equipe 100%
formada por brasileiros afrodescendentes,
o formato a distância
ajuda na integração racial. “Hoje,
conseguimos conectar negros e
negras de todo o Brasil no mesmo
desafio. Isso enriquece o nosso
olhar para esse país e para os
desafios das marcas. Por isso, não
vejo como migrar para um modelo
apenas físico”, comenta ele.
Contudo, se por um lado a
tecnologia digital facilita a integração
entre o trabalho remoto
e o presencial, existe a preocupação
de como manter a cultura
da agência. Afinal, como destaca
Fernando Taralli, CEO da
VMLY&R, a sede física tem diversas
simbologias, que refletem o
DNA da agência.
Nessa mesma linha de pensamento,
Tatiana Magliari, diretora
de operações da Wunderman
Thompson, acredita que ficou
mais difícil construir vínculos,
“algo que presencialmente acontecia
mais naturalmente e – no
meu entender – será a principal
função do momento físico no trabalho
híbrido.”
Outro ponto destacado pelos
líderes é o aprendizado que ficou
da nova realidade imposta
pela pandemia. “Passados quase
dois anos, não vejo mais dificuldades
em liderar a equipe
remotamente. Foi um aprendizado
rico, tanto do ponto de
vista profissional quanto pessoal,
e significou também uma
evolução para os negócios”,
garante Dilma Campos, CEO da
Outra Praia. “É claro que o olho
no olho faz falta, mas nós somos
adaptáveis a qualquer situação”,
lembra Antonio Fadiga,
CEO da Artplan.
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 19
especial dia do publicitário
Gestores revelam suas estratégias
Mariana Neiame/Divulgação
O trabalho híbrido veio para ficar, por uma questão de
segurança e porque as pessoas não querem voltar à rotina
anterior. Por que gastar horas de locomoção numa cidade
caótica como São Paulo, se você pode investir esse tempo para
cuidar da sua saúde física e mental? Nos últimos dois anos, aprendemos
a trabalhar remotamente, com eficiência e responsabilidade.
Não podemos retroceder. Entretanto, sigo acreditando na importância
da presença física e apoio incondicionalmente o modelo
híbrido como forma sustentável de trabalho. Segundo pesquisa do
instituto Ipsos, realizada em 2021, 53% dos brasileiros declararam
que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito. A síndrome
de Burnout acomete 30% dos profissionais brasileiros. Portanto, tenho
focado em três habilidades para liderar meu time: observação,
comunicação e compaixão (empatia + ação). Colaboradores que se
sentem seguros, e acolhidos no trabalho, performam melhor. Está
sendo muito difícil para mim liderar a distância. Nada substitui as
pequenas conversas e as sutilezas nos rostos das pessoas. Observar
como elas se expressam através dos gestos, olhares, roupas ou até
mesmo durante o cafezinho. Sinto muita falta de abraços, e sei
que essa distância física afetou a minha performance como líder,
mas seguimos no desconforto da transformação dentro e fora.”
Luciana Rodrigues - CEO da Grey
O trabalho híbrido veio para ficar aqui na Outra
Praia. Na verdade, a pandemia de Covid-19 ampliou
ainda mais a atuação em rede. Aquela rede
tradicional formada por múltiplos stakeholders se desdobrou
ainda mais com cada colaborador na sua casa. Foi um
desafio e tanto, mas deu certo! Como muitas empresas em
todo o mundo, em 2020, abrimos mão do escritório físico.
Já havíamos encontrado nosso ‘novo normal’, nosso jeito
de trabalhar em equipe totalmente online. Criamos nossos
home offices, acomodamos as calls nas agendas e intensificamos
o uso da plataforma Slack para a gestão dos projetos.
Alguns colaboradores sentiram dificuldades para se
adaptar ao trabalho remoto. É compreensível, pois exige local
adequado, infraestrutura, disciplina e um esforço maior
para manter a comunicação fluida e atualizada. Liderar o
time também ficou mais desafiador. Foi um aprendizado
rico, tanto do ponto de vista profissional quanto pessoal, e
significou também uma evolução para os negócios.”
Dilma Campos - CEO da Outra Praia
Divulgação
Em fevereiro, começam a valer os modelos de trabalho
híbridos e flexíveis (sem tempo mínimo de trabalho
presencial). Essas duas formas suprem a necessidade
da agência e dos nossos colaboradores. Desse modo,
oferecemos confiança, liberdade e responsabilidade aos profissionais
na WT Brasil. Claro que o futuro pode trazer mudanças,
mas hoje acredito que esse modelo veio para ficar.
Depois dos aprendizados que o trabalho remoto ofereceu, os
líderes de todas as empresas tiveram o desafio de adaptar-se
e aprender um novo modelo de trabalho. Na minha visão, as
principais habilidades para conduzir times eficientes seguem
as mesmas: comunicação, liderança, empatia e transparência.
Entendo que gestão remota ainda é gestão de pessoas.
Então, se essas habilidades já eram muito relevantes antes,
agora ganharam ainda mais importância. Ferramentas e
contextos mudaram, mas depois de alguma adaptação acho
que não tem grande diferença do que era antes. O que ficou
mais difícil é construir vínculos, algo que presencialmente
acontecia mais naturalmente e – no meu entender – será a
principal função do momento físico no trabalho híbrido.”
Tatiana Magliari - Diretora de operações da Wunderman
Thompson
Vitor Bitencourt/Divulgação
Sim, o modelo híbrido
veio para ficar! Porque
as pessoas se sentem
melhores, mais felizes. Aliás,
não existe novo normal, vida é
transformação. É beta! Ainda
vamos aprender bastante com
isso. Estamos nos preparando
para converter aos
colaboradores os benefícios
que teremos a partir da
otimização de custos com a
estrutura fixa. Também vamos
dar início a um programa
para deixar ainda mais legal o
ambiente das pessoas em casa.
Queremos deixar um pouco
do nosso jeito, um ‘cheirinho’
da agência no trabalho
remoto. A habilidade mais
importante é a capacidade de
olhar a equipe de modo muito
especial. Sempre valorizamos
isso na Audaz. Ouvir os
colaboradores, entendêlos
e fazer com que suas
particularidades se integrem
de maneira harmoniosa aos
processos e a tecnologias
disponíveis no home office.
Não é mais difícil, mas faz
diferença! Muda a dinâmica
das agendas, por exemplo.
Temos mais reuniões online, e
elas precisam ser ainda mais
rápidas, objetivas, com pautas
e horários bem definidos.
O que trouxemos de novo foi
uma medição mais constante
do estado emocional das
pessoas. Como não temos
contato presencial com todos,
valorizamos ainda mais os
processos que nos permitem
saber o mood da equipe.
Temos uma plataforma de
relações humanas para aplicar
pesquisas, compartilhar
informações e identificar
o humor das pessoas.”
Alexandre Bassora -
Fundador e CEO da Audaz
20 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
Mudamos muito a
nossa forma de ver as
coisas e de vivenciar as
nossas experiências pessoais e
profissionais. O trabalho híbrido
é uma delas. Pensando em
um novo modelo de trabalho
muito mais ágil, colaborativo e
flexível, repaginamos os nossos
escritórios – com mais áreas
de convivência e espaçamentos
físicos – para recebermos
os nossos colaboradores que
desejarem ou precisarem ir à
empresa. Porém, entendemos
que, hoje, não é mais viável
termos 100% dos nossos colaboradores
na agência. É claro
que o olho no olho faz falta,
mas nós somos adaptáveis a
qualquer situação. Um fato é
certo: nossa prioridade sempre
será a saúde, o bem-estar e a
segurança das nossas pessoas.
A palavra de ordem para
mantermos o engajamento e a
produtividade de nossas equipes
é empatia. As pessoas são
o nosso principal ativo. Não
digo isso apenas no terreno do
discurso, mas se trata de uma
crença e uma vivência dos
nossos líderes. Trabalhamos
para manter nossas equipes
motivadas e confiantes em um
ambiente – ainda que virtual –
colaborativo e propício para
o desenvolvimento das ideias.
E, claro, tudo isso sem dar
autonomia para esses profissionais
não funciona. Sabemos
que cada formato de trabalho
tem o seu desafio, mas o ser
humano é mestre em se reinventar
e se superar.”
Antonio Fadiga - CEO da
Artplan
Na VMLY&R, acreditamos que o modelo híbrido
está alinhado às práticas de gestão que priorizam o
equilíbrio entre vida profissional e pessoal e ainda
nos permite avançar em um quesito tão fundamental quanto o da
diversidade. Por isso, ele será mantido na agência de forma perene
e adaptável, considerando o que é melhor para cada colaboradora
ou colaborador. É evidente que esse modelo traz novos desafios
para todos, inclusive para gestores. Como manter e propagar a
nossa cultura quando deixamos de nos encontrar diariamente em
uma sede que traz uma série de simbologias que refletem o DNA
de uma empresa ou agência? Como garantir que as trocas espontâneas
do dia a dia sigam existindo e contribuindo para fomentar
a criatividade? De que forma podemos assegurar que as pessoas
tenham controle sobre as suas horas de trabalho sem deixar que a
linha, agora mais tênue, entre pessoal e profissional tenha impactos
negativos em suas vidas? Todas essas questões precisam ser
endereçadas e cuidadas com os nossos times. E como o modelo é
novo, ele impõe um período de aprendizado também. Temos ainda
dúvidas em relação ao que vai funcionar ou não nesse modelo
híbrido. Mas as lideranças estão mais abertas a dizer ‘não sei, mas
vamos pensar em como evoluir nesse assunto’. E isso é muito bom.”
Fernando Taralli - CEO da VMLY&R
O mundo não vai voltar a ser o que era, essa é a certeza
que temos agora. Aqui na Publicis, diversidade é um
dos principais pilares, porque acreditamos que mentes
diferentes criam trabalhos poderosos. Penso que o trabalho remoto
pode ser nosso grande atalho para a diversidade de verdade. Ele
possibilita acelerar a proporcionalidade no time, porque podemos,
por exemplo, contratar uma redatora negra de Salvador sem
tirá-la de sua estrutura familiar. Fica cada vez mais claro que soft
skills como boa comunicação, flexibilidade, postura colaborativa
e relacionamento interpessoal são fundamentais. Do ponto de
vista da gestão, ouvir, ouvir, ouvir e falar com clareza. Não estar
presencialmente no cenário das ações e questões quando elas
ocorrem, exige mais empatia e muita escuta ativa. A gente controla
o que diz e não o que o outro escuta, e a comunicação eletrônica dá
mais espaço para mal-entendidos. Sendo assim, clareza no que se
pede e no que se espera é fundamental.”
Dani Ribeiro - ECD da Publicis
O trabalho híbrido veio para ficar. Acho
que todos percebemos a importância de
conhecermos melhor nossa casa e o tempo
que muitas vezes desperdiçamos no trânsito.
E, ao mesmo tempo, o quanto o escritório é
importante para a troca entre as pessoas. O
modelo que junta as duas coisas, por ora, nos
parece o ideal. Mas este novo cenário exige
habilidades específicas por parte dos líderes,
como foco, follow up e empatia. Trabalhar em
casa dispersa.
Os processos muito facilmente se perdem. É
preciso ter habilidades diferentes em cada
ambiente. No home office, é preciso um controle
maior sobre o que está acontecendo e o que é
preciso fazer, porque as coisas se perdem nas
diferentes conexões. No presencial, isso é mais
simples, mas exige um maior jogo de cintura e
comunicação mais fluida.”
Márcia Esteves - CEO da Lew’Lara\TBWA
Fotos: Divulgação
A Gana é uma agência que já nasceu nesse mundo pós-pandemia. Então, o nosso formato é pensado
para ser híbrido. Acredito que a primeira habilidade exigida para comandar equipes em home office
é na verdade uma condição: entender a realidade do país que vivemos. Hoje, o líder precisa, antes de tudo,
entender de Brasil. A segunda coisa, é um desafio: controlar as longas jornadas de trabalho estando distante.
Acho que é um pouco mais difícil liderar equipes em home office, porque a proximidade física consegue
trazer muitos elementos que ajudam no dia a dia e no trabalho. E a rotina de calls desgasta muito a equipe.
Mas é um desafio que estou feliz em encarar. É uma nova condição deste modelo de trabalho, não vejo como
um problema. É um bom momento para repensar nosso modelo de liderança e chegar em um mercado mais
inclusivo e com mais empatia. Observar como elas se expressam através dos gestos, olhares, roupas ou até
mesmo durante o cafezinho. Sinto muita falta de abraços, e sei que essa distância física afetou minha performance
como líder, mas seguimos no desconforto da transformação dentro e fora.”
Felipe Silva - CEO da Gana
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 21
especial dia do publicitário
Maurício Nahas/Divulgação
Divulgação
Esta pandemia nos mostrou que precisamos estar
prontos para mudanças não planejadas. E o trabalho
híbrido, sem dúvida, é o modelo que mais
tem aderência com o momento do negócio. Não existe um único
modelo híbrido. Cada empresa terá de desenvolver o seu, conforme
a dinâmica de trabalho e a sua cultura. Na Leo Burnett, já tínhamos
o hábito de incentivar a troca de experiências das pessoas
através da conversa e da informalidade saudável. Com o home office,
as hierarquias rígidas se tornaram muito ineficientes e manter
o ‘Teams ligado/aberto’ para escutar o time sem dúvida se tornou
uma habilidade essencial para liderar a equipe. Outra característica
importante: o senso de dono. No home office, ninguém está ao
seu lado ‘vendo’ você trabalhar, mas sim sendo impactado pelo seu
trabalho e pela sua produtividade. Sem dúvida, o presencial, ao
menos parcialmente, ajuda na interação com as pessoas. Somos
seres humanos e temos a necessidade de socializar, e o trabalho é
uma importante forma de socialização. E liderar um time requer,
em certos momentos, o face to face, que o home office hoje dificulta
um pouco. Óbvio que nos adaptamos, mas o olho no olho ainda é
essencial para o engajamento e a motivação do time.”
Marcio Toscani - Co-CEO e COO da Leo Burnett Tailor Made
O modelo híbrido é um facilitador de integração e veio
para ficar, não só na WMcCann, mas acredito que no
mercado de trabalho como um todo. Quanto às habilidades
exigidas para comandar equipes em home office, o
primeiro ponto é entendermos o perfil de cada profissional,
a individualidade de cada um e as suas necessidades. Procuramos
assegurar um bom processo de integração e comunicação
interna, claro e assíncrono nas equipes, viabilizando
um home office com as condições apropriadas para todos os
nossos colaboradores. Foi um desafio para todos, mas, hoje,
22 meses depois, as equipes estão muito mais integradas e
o home office mais bem estabelecido. Enfrentamos desafios
pelo caminho, mas acredito que conseguimos agir rápido em
relação à tecnologia, com o acesso remoto de todos os colaboradores,
e o que certamente demorou um pouco mais foi o
entendimento das mudanças na maneira como nos relacionamos
e, especialmente, como trabalhamos. Hoje, vemos que
a flexibilidade do modelo híbrido traz muitas vantagens aos
colaboradores, facilitando até mesmo essa liderança. A estratégia
foi nos adaptarmos ao novo ritmo, e tem dado certo.”
Paula Molina - Diretora de RH da WMcCann
Ale Catan/Divulgação
Acredito que o trabalho
híbrido veio para ficar,
até porque conseguimos
entender que alguns trabalhos,
de alguns setores da agência,
regem até melhor quando a
pessoa está em home office.
Assim como entendemos que
existem momentos nos quais
é bom estarmos juntos, como
por exemplo para alinhar a
cultura da empresa e para
inícios ou fechamentos de
grandes projetos. A pandemia
nos ensinou que esta dinâmica
pode funcionar e funciona
superbem. E, mesmo depois
que tudo isso passar, porque
uma hora vai passar, nunca
mais será como antes. Esse
aprendizado influenciou o
dia a dia do nosso trabalho e
o transformou para sempre.
Liderar uma equipe é e sempre
será um desafio, tanto home
office como presencial. O papel
do líder, independentemente
da plataforma e da distância,
para mim, continua
exatamente o mesmo.
Incentivar as pessoas, passar
a cultura da empresa,
liderar pelo exemplo, tudo
isso permanece igual, tanto
no ambiente físico como no
digital.”
Marcio Santoro - Copresidente
e cofundador da Africa
Divulgação
A pandemia nos trouxe enfrentamentos até então inimagináveis e nos fez refletir sobre como
nos mantermos perto, apesar de distantes. Aprendizados importantes e novas conquistas
também marcam esse momento, pois não mais teremos de enfrentar voos e deslocamentos
longínquos, apenas para uma reunião. Hoje, mais do que nunca, sabemos quanto o ambiente
virtual nos auxilia no dia a dia de nossas realizações. Como vantagem, por exemplo, conseguimos
integrar em nossos times pessoas de diferentes estados, culturas e vivências que se somam nessa
proposta de diversidade que temos para a nova DPZ&T. Essa troca de vivências potencializa ainda
mais a criatividade, pois quando todos estão vivendo na mesma cidade acabam tendo as mesmas
vivências e referências tornando a diversidade de pensamentos menor. Na DPZ&T, o trabalho
permaneceu remoto desde que a pandemia de Covid-19 começou. Ainda não colocamos em prática
o modelo híbrido, nem temos previsão de quando isso vai ocorrer, pois queremos preservar a saúde
da nossa equipe e de seu entorno. Somando vivências que temos enquanto CEOs, estamos também
experenciando como as trocas virtuais ampliam nossos conhecimentos e, dessa forma, nos complementando,
contribuímos para que nossa gestão compartilhada atenda às expectativas de nosso
time, reverberando em resultados cada vez mais positivos para nossos clientes.”
Fernando Diniz e Benjamin Yung - CEOs da DPZ&T
22 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
AGênciAs
WMccann traz diretora de criação
para unir criatividade e negócios
Com mais de 20 anos de carreira, Alessandra Pereira, a Lelê, chega
para complementar uma visão multidisciplinar da comunicação
Alessandra Pereira é a nova
diretora de criação da
WMcCann. Com mais de 20
anos de carreira, Lelê passa a
fazer parte do time da CCO da
agência, Mariana Sá. “Estou
muito feliz com a chegada da
Lelê, além de uma profissional
com uma carreira sólida, ela
tem uma visão multidisciplinar
da comunicação e chega com o
objetivo de ajudar a impulsionar
os resultados de negócios
dos clientes com um pensamento
criativo”, diz Mariana.
A criativa começou a sua
trajetória como estagiária da
W/Brasil, nos anos 1990, depois
passou pela DM9DDB (atual
SunsetDDB), J. Walter Thompson
(Wunderman Thompson) e
Ogilvy. Em seguida, retornou à
DM9, passou pela AlmapBBDO,
GUT são Paulo apresenta os novos
sócios Bruno Brux e Valéria Barone
No escritório paulistano, equipe da agência cresceu 303% no último ano,
indo de 33 para 133 pessoas; cultura é baseada no conceito People first
Bruno Brux e Valéria Barone,
respectivamente ECD e
managing director, são os novos
sócios da GUT São Paulo,
agência fundada por Anselmo
Ramos e Gaston Bigio. Responsável
por contas de importantes
players, como Nestlé, Skol
e Quinto Andar, entre outras,
a agência conquistou seu primeiro
GP em Cannes no ano
passado, com o case Parada no
Feed para o Mercado Livre.
Brux, que começou sua carreira
em Londres, onde viveu
por dez anos, é um dos principais
criativos brasileiros na
atualidade. Entre suas conquistas,
estão dois Grand Prix
e mais de 35 Leões no Festival
de Cannes.
Alessandra Pereira passa a fazer parte do time da criação da WMcCann
Fotos: Divulgação
Bruno Brux e Valéria Barone, ECD e managing director, se tornaram sócios da agência
DPZ&T e Grupo Isobar, onde
aprofundou seu conhecimento
em digital. Como diretora
de criação, liderou equipes e
criou iniciativas icônicas para
os mais importantes players
do varejo de beleza e moda.
“Eu me sinto honrada e muito
preparada para estar em uma
agência com a importância da
WMcCann. Busco auxiliar no
crescimento dos negócios dos
clientes, com criatividade”,
conta Alessandra Pereira.
Lelê já foi premiada no Cannes
Lions, London Festival
Awards e New York Festival,
além de ter participado do júri
de vários festivais. A profissional
também é pintora e lançou
uma coleção de joias chamada
Tarot, em colaboração com
uma amiga.
Já Valéria tem mais de 20
anos de experiência, 13 deles
como head de atendimento
da Ogilvy Brasil. A executiva
também atuou como Business
Leader e Facilitadora na Hyper
Island.
Com cinco escritórios ao redor
do mundo - Miami, Buenos
Aires, Cidade do Mexico, Toronto
e São Paulo -, a missão
da GUT é se tornar uma das
redes de agências independentes
mais diversas e criativas
do mundo. Hoje, declara
que 58% do time é feminino
e elas lideram a maioria dos
departamentos da agência,
como produção, atendimento,
estratégia, financeiro, RH e
operações.
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 23
AGÊNCIAS
WTAG conquista conta da HSM para
coordenar sua brand performance
Lucas Feltes é fundador e CEO da agência WTAG
Divulgação
Equipes de planejamento, criação e conteúdo
já estão desenvolvendo as primeiras ações
Paulo Macedo
Com uma carteira de clientes que inclui
Unilever, Arezzo, Anacapri, Multiplan
Park Shopping Canoas, Carrano, NetBet,
Rissul e projetos para Closeup e Rexona, a
WTAG está com cliente novo: a HSM. A plataforma
de educação corporativa vai usar a
expertise de brand performance da agência
para disseminar seus cursos, programas,
soluções de treinamento e desenvolvimento.
O compromisso foi assinado em dezembro
do ano passado, mas as equipes de criação,
planejamento e geração de conteúdo
começaram a trabalhar as primeiras ações
neste mês de janeiro.
Do portfólio da Anima Educação, a HSM
começou a operar há 35 anos, período que
GRANDES NOMES DA PROPAGANDA
100% ONLINE
DIRETORES DE MARKETING, CRIATIVOS E PERSONALIDADES DA PROPAGANDA
ESTÃO AQUI. NOS ACOMPANHE EM NOSSOS CANAIS E FIQUE POR DENTRO
DOS ACONTECIMENTOS QUE MOVIMENTAM O MERCADO PUBLICITÁRIO.
grandesnomesdapropaganda.com.br
grandesnomesdapropaganda
/portalgnp
@ProgramaGNP
Apoio:
“A ideiA é AmpliAr o
poder de AlcAnce dessA
mArcA pioneirA e obter
resultAdos mAiores”
acumulou 16 mil cursos multidisciplinares,
400 eventos nas áreas de gestão e negócios
com impacto direto em 450 mil pessoas. A
WTAG vai oferecer suas estruturas de São
Paulo, Porto Alegre e Novo Hamburgo para
“suprir com agilidade” as necessidades de
comunicação do grupo e reputação da marca
e seus conteúdos.
“A ideia é ampliar o poder de alcance dessa
marca pioneira e obter resultados qualitativamente
e quantitativamente maiores.
A agência foi contratada para planejar e
operar a mídia performance dos canais digitais
da marca, que requer criatividade para
gerar a tão esperada assertividade. Estudamos
muito esse mercado para fortalecer
a operação da HSM. Em 2022, a WTAG vai
mergulhar no universo HSM com o objetivo
de encontrar as soluções que atraiam os
profissionais interessados na constante renovação
dos seus power skills e, também,
empresas com foco em inovação e capacitação
de times”, destaca o executivo Lucas
Feltes, fundador e CEO da agência.
“Uma das características a serem reforçadas
na comunicação da HSM é o seu poder
de oferecer uma jornada completa de
educação continuada, o lifelong learning,
principalmente neste cenário incerto e volante
da nova economia. Estamos na vanguarda
de temas importantes como ESG,
Liderança, e Tecnologias Exponenciais, por
exemplo, além de oferecermos a oportunidade
única de networking de alto nível em
nossos programas”, explica Paula Vargas,
head de marketing da marca educacional.
Parceira no Brasil da Singularity University
e fundadora do primeiro hub de inovação
focado em educação e desenvolvimento
de pessoas da América Latina, o Learning
Village, a marca edita a revista HSM Management
e organiza a HSM Expo. “Vamos investir
no awareness da marca e não apenas
na divulgação pontual de treinamentos e
cursos. A tática é potencializar a plataforma
de educação HSM, para torná-la ainda mais
desejada, sobretudo por quem não sabia o
quanto precisava do seu conhecimento e
estrutura para crescer”, finaliza Feltes.
24 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
MarCaS
BMW iX é apresentado com
test-drive ao vivo no metaverso
Ogilvy Brasil assina projeto para carro inteligente da BMW, lançado
no Complexo, servidor de GTA RP da organização de eSports Fluxo
Janaina Langsdorff
indústria automobilística corre para
A reinventar a roda. Com críticas cada
vez mais veementes à utilização de combustíveis
fósseis, as montadoras investem
em modelos elétricos capazes de mitigar os
efeitos poluentes na natureza. Em contrapartida,
encontram na tecnologia o motor
para impulsionar a nova era da mobilidade.
A BMW intensifica o seu propósito de
redefinir a relação entre veículos e pessoas
com o lançamento do modelo elétrico BMW
iX, carro inteligente com atualização remota
de software e recursos que combinam
machine learning e inteligência artificial.
Considerado o brand shaper da BMW, o
veículo “consegue se autorregenerar em
pequenos danos físicos. Já há filas de espera
na Europa e nos Estados Unidos. Esperamos
um sucesso no Brasil também”, diz
Jorge Junior, head de marketing e CRM da
BMW Group Brasil.
A estreia do BMW iX foi realizada no
Complexo, servidor de GTA RolePlay da
organização brasileira de eSports Fluxo,
criada por Bruno “Nobru” e Lúcio “Cerol”,
dois dos principais nomes do Free Fire brasileiro.
A ação foi apresentada com live dirigida
por Nobru e a jornalista Cris Amaral
na plataforma de vídeos Twitch, no dia 24
de janeiro.
“Quando o assunto é inovação, a BMW
está na vanguarda e foca não apenas nos
clientes atuais, mas também nas gerações
futuras e fãs da marca, essa é a razão de
lançarmos o carro no universo de eSports”,
explica Jorge Junior.
O caminho da marca no mundo dos games
começou em 2019, e inclui desde o patrocínio
da equipe paiN, uma das maiores
organizações de eSports da América Latina,
até o campeonato virtual BMW com corridas
virtuais, lançado em 2021.
Neste ano, o torneio ganha uma nova
temporada com quatro diferentes disputas
para celebrar os 50 anos do modelo BMW
M. “Consolidamos a estratégia com o lançamento
do BMW iX dentro do universo do
game e com transmissão pela Twitch”, frisa
Jorge Junior.
Na diaNteira
Cocriado entre a BMW e a Ogilvy Brasil,
o projeto conta também com uma concept
store da marca e test-drive do veículo. Recursos
visuais, de sustentabilidade e inovação
foram antecipados antes mesmo da
BMW iX vem com atualização remota de software e recursos que combinam machine learning e inteligência artificial
“a BMW foca não apenas
nos clientes atuais, Mas
taMBéM nas gerações
futuras. essa é a razão
de lançarMos o carro
no universo de esports”
Jorge Junior, head de marketing e CRM da BMW Brasil
Fotos: Divulgação
chegada do carro às concessionárias, prevista
para o segundo trimestre de 2022. A
estratégia ainda tem a produção conjunta
da 3C, parceira especializada na realização
de projetos gamers. Já no site da BMW, um
showroom virtual em 3D foi criado pela primeira
vez para receber pré-reserva do BMW
iX e possibilitar a compra.
Segundo Jorge Junior, vender veículo
sem mostrar o carro presencialmente funciona.
“Tivemos excelentes experiências de
vendas online com o BMW 320i na Rappi,
em 2019. E ainda com o BMW X7 Dark
Shadow Edition na Farfetch, e agora chegou
a hora de podermos vender através do
nosso site usando como apoio a live na Twitch”,
atesta.
Mas o executivo garante que “a rede de
concessionárias permanece como elo vital
entre a marca e o cliente, que conhece o
modelo em detalhes, explora cores, revestimentos,
sente o produto, testa, além de
conhecer condições comerciais e opções de
financiamento”, pondera.
Virtual e real se complementam em jornadas
imersivas. “O metaverso faz parte
dos demais touch points da era digital. Ele
é o sucessor da experiência 3D da internet,
e nos permite explorar o mundo virtual de
forma mais realista”, defende Junior. A comunicação
da BMW segue pilotando inovações
capazes de antecipar experiências
cada vez mais exclusivas.
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 25
marcas
Grupo Boticário
lança Diversa Beleza
Movimento se pauta em pesquisa
e assume compromisso até 2024
amazon explora
Abecedário da Xuxa
Estratégia da ação é reforçar
Tudo pra você, de A a Z
Boticário lança movimento Diversa Beleza
íam diversidade étnica ou tom
de pele e o mesmo percentual
se aplicou à diversidade de corpos
femininos. O dado é refletido
ainda em outra pesquisa da
Kantar, que revelou que as mulheres
não se identificam com a
publicidade direcionada a elas.
Xuxa em cena da ação da Amazon
Amazon se inspirou
no famoso A
Abecedário da Xuxa,
hit de 1988, para sua
nova campanha. O
vídeo embalado por
uma versão da música
começa com A de Alexa,
B de banquinho, C
de colchão... e segue
até a letra Z com diversos
tipos de produtos.
A ideia do marketplace
é reforçar a mensagem
Tudo pra você,
de A a Z e destacar
que a empresa tem mais de 50
milhões de itens em mais de 30
categorias, como eletrônicos,
itens de beleza e higiene pessoal,
alimentos, livros; até ferramentas,
produtos para pets, jardinagem,
escritório e esportes.
Além da melodia e letras inspiradas
no sucesso da apresentadora,
o material também traz
outras referências da carreira de
Xuxa. Uma delas é a “lenda” do
disco invertido que tocaria mensagens
subliminares. Outra é a
frase que “senta lá, Claudia”, que
virou meme na era da internet.
Olla tem nova linha
de preservativos
Prazer da pele tem campanha
digital assinada pela BETC Havas
Cena de campanha de Olla, que lança linha de preservativos premium
Para marcar o lançamento de
Prazer da pele, linha de preservativos
premium de Olla, a
BETC Havas assina a campanha.
A ideia é mostrar que o sexo
pode ser seguro e divertido
ao mesmo tempo.
Sob o conceito Viva Suas Ver-
Palmeiras estreia
uniforme em 2022
Puma é parceira do time e busca
valorizar a trajetória do clube
Puma Brasil e o Palmeiras
A lançaram uniforme para a
temporada 2022 do clube. Com
a campanha Quando Surge o
Palmeiras, a nova camisa comemora
a conquista do Campeonato
Paulista de 1942, há
80 anos, que ficou conhecida
como Arrancada Heroica.
“Desde o início da parceria entre
a Puma e o Palmeiras, procuramos
valorizar tanto a história
recente como também o passado
do clube. Passamos por homenagens
aos torcedores e seus sentimentos,
as origens italianas que
levaram à construção de um clube
plural e homenagens às conquistas
recentes que celebramos
juntos. Agora vamos relembrar e
comemorar um dos momentos
que construíram a história do
clube que conhecemos hoje”,
explicou Fabio Kadow, diretor de
Palmeiras mostra novo uniforme
Fotos: Divulgação
As marcas do Grupo Boticário
lançaram o movimento
Diversa Beleza, que deve
ressignificar os estereótipos
que se repetem na publicidade.
Elas assumiram o compromisso
de retirar termos que
impõem padrões estéticos,
como “normal” e “perfeito”,
das embalagens, rótulos e comunicações
até 2024, além de
cocriar uma edição inédita do
banco de imagens Mulheres
(In)Visíveis, em parceria com
a consultoria 65|10.
Pesquisa liderada pela
Aliança Sem Estereótipo e Kantar
analisou mais de 3.500 anúncios
em 56 países, 1.100 marcas,
de 29 categorias, entre 2019 e
2020, e mostrou que a diversidade
de pessoas na publicidade
é, ainda, muito limitada. Das
peças analisadas, só 22% includades,
filme explora diversos
recursos visuais e sensoriais para
reforçar a tecnologia da linha.
A estratégia de comunicação
é 100% digital, e contempla,
além do filme, conteúdos para
YouTube, Instagram e Facebook
de Olla.
marketing da Puma.
O filme traça um paralelo
com o primeiro momento em
que o clube surgiu em campo
como Sociedade Esportiva Palmeiras,
durante jogo que levou
à conquista do Campeonato
Paulista em 1942.
26 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
mArcAs
Avon lança collab de maquiagem
e campanha com a ex-BBB Juliette
A nova coleção Bonita é inspirada na mulher brasileira e teve os produtos
selecionados pela campeã do reality em 2021; WT assina comunicação
CAROLINA VILELA
relação entre Juliette e
A Avon continua rendendo
frutos. A marca acaba de lançar
uma coleção de maquiagem
inspirada na mulher brasileira
e com produtos selecionados
pela ex-BBB e campeã do reality
em 2021.
A campanha da coleção Bonita,
desenvolvida pela agência
Wunderman Thompson e chamada
Bonita de Tudo, mostra
que as mulheres são bonitas
não só pela beleza física, mas
também pela forma de cada
uma ser, em sua melhor versão.
“Essa é uma das grandes
campanhas que vamos fazer
neste ano e estamos muito empolgados
com a collab da Juliette”,
afirmou Danielle Bibas,
vice-presidente de marketing
da Avon.
No manifesto, a Avon convida
as mulheres a olharem de
novo com orgulho para suas
histórias, conquistas e seus
corpos, criando uma rede de
sororidade entre mulheres que
já escutaram comentários sobre
sua aparência.
“A campanha vai ser completa,
360º com online e offline,
temos bastante coisa planejada.
Neste começo de ano, com
o patrocínio do BBB, também
estaremos lá e os participantes
vão poder ver a coleção”, explicou
Danielle.
No filme de 30”, com estreia
marcada para o dia 12 de fevereiro,
as consumidoras serão
teletransportadas para um salão
de beleza Bonito de Tudo.
Em um ambiente descontraído,
uma representante de beleza
Avon e um grupo de mulheres
iniciam uma conversa sobre os
produtos da linha, celebrando
suas belezas únicas enquanto
se divertem e se maquiam
ao som da música Vem Bonita,
Vem de Avon.
A coleção é limitada e conta
com 11 produtos, incluindo alguns
que se tornaram a marca
Campanha criada pela Wunderman
Thompson com Juliette mostra que as
mulheres são bonitas não só pela beleza
física, mas também pela forma que são
“estamos muito
empolgados
com a collab
da Juliette”
registrada da Juliette, como o
delineador e o batom vermelho
da linha Power Stay.
De acordo com Juliana Barros,
diretora-executiva de marketing
da Avon, cerca de 7% das
vendas dos produtos da coleção
serão revertidas, por intermédio
do Instituto Avon, em ações
de apoio ao combate à violência
doméstica, treinamento e qualificação
em direitos humanos
com foco no desenvolvimento
pleno de mulheres dependentes
de cooperativas de cactos
no Nordeste.
Fotos: Divulgação
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 27
MarCas
Caso Gabriel Medina reacende
discussão sobre saúde mental
Especialistas avaliam como as marcas devem agir em situações como
a do surfista brasileiro, que não disputará as primeiras etapas do mundial
Divulgação
VINÍCIUS NOVAES
Gabriel Medina, tricampeão
mundial de surfe, anunciou
na semana passada que não
disputará as duas primeiras
etapas do WSL para cuidar de
sua saúde mental. “No ano passado,
vivi uma montanha-russa
de emoções dentro e fora da
água, o que afetou muito minha
saúde mental e física. Ao
final da temporada, eu estava
completamente esgotado”, escreveu
o surfista no Instagram.
Um dos surfistas mais bem
pagos do planeta pelo seu desempenho
nas ondas, Medina
também é um nome bastante
requisitado para a publicidade.
No Brasil, o surfista protagonizou
campanhas para anunciantes
como Oi, Bradesco e Guaraná
Antarctica, entre outros.
No entanto, o episódio Gabriel
Medina reacendeu a
discussão sobre saúde mental
– afinal, como as marcas
devem se comportar diante
de uma situação como essa?
Especialista em marketing esportivo
e sócio da Sports Value
Marketing, Amir Sommogi garante
que o propósito de um
anunciante deve ser sempre
mais importante do que a simples
visibilidade.
“O patrocinador precisa en-
tender que a visibilidade que
tem durante uma competição
é pequena em relação a defender
um propósito maior”, afirma.
“E no caso do Medina, por
exemplo, (as marcas) poderiam
aproveitar a oportunidade para
se aprofundar no tema, de pedir
ao atleta para participar desse
momento”, completa.
Fábio Wolff, sócio-diretor da
Wolff Sports, também acredita
que este momento pode ser
oportuno para falar sobre um
assunto sério e, assim, apostar
em uma linha de comunicação
‘mais humana’.
“Uma marca pode entender
que essa é uma situação humana
e pode fazer uma comunicação
por esse lado, dizendo: ‘O
Medina é o nosso campeão e, independentemente
de qualquer
situação, a gente tá junto’, o que
acaba sendo uma linha de comunicação
independente e extremamente
eficiente”, ressalta.
Infelizmente, Gabriel Medina
não está sozinho quando o
assunto é saúde mental dentro
do mundo dos esportes. No ano
passado, durante as Olimpíadas,
a ginasta Simone Biles desistiu
de participar de algumas
provas pelo mesmo motivo do
surfista brasileiro.
À época, alguns dos patrocinadores
de Biles se manifestaram.
A Visa, por exemplo, chegou
a divulgar um comunicado
no qual classificou a decisão de
‘incrivelmente corajosa’. Core
Power, marca de proteína, disse
que a ginasta mostrou ‘coragem
e força’ na decisão.
Outra marca de peso, a aérea
United Airlines afirmou que
tem ‘uma grande admiração por
Simone Biles – não apenas por
seu talento de classe mundial
no tatame, mas, mais importante,
pelo indivíduo que ela é
todos os dias. Temos orgulho de
trabalhar com ela há anos e continuamos
a apoiá-la’, informou.
A tenista japonesa Naomi
Osaka também passou por situação
semelhante e, assim como
Biles, recebeu apoio dos patrocinadores,
como a Netflix.
MaIs aTITUDE
Professora de marketing na
Universidade Presbiteriana Mackenzie
de Campinas (SP), Mariana
Munis fala que os consumidores
querem atitudes das
marcas como as que patrocinam
tanto a tenista quanto a ginasta.
“Os consumidores esperam
de uma marca que atua em
pleno século 21 dê todo suporte
necessário ao atleta, auxiliando-o
em sua recuperação,
assim como funciona o afastamento
de um funcionário que
lida com depressão ou ansiedade”,
afirma.
Para o professor de publicidade
da Universidade Anhembi
Morumbi, Miguel Valione Junior,
os patrocinadores e suas marcas
estão intimamente ligados aos
atletas. “Por isso, manifestando-
-se ou não, as marcas mantêm
uma sinergia com os atletas. Foi
graças à pressão dos patrocinadores
que o Gabriel Medina aceitou
tomar a vacina da Covid-19”,
lembra o especialista.
No ano passado, Medina tinha
anunciado que não iria
participar da última etapa do
mundial por ter se recusado a
se vacinar. No entanto, dias depois,
ele admitiu o erro de não
ter ‘conseguido encaixar a imunização
na agenda’.
Fernando Trein, professor de
marketing esportivo da ESPM
Porto Alegre, vai mais além e
fala que a publicidade deveria
falar mais sobre saúde mental.
“É um momento oportuno para
que isso ocorra, lembrando que
quem consome os produtos de
diferentes marcas também passa
pela mesma situação”, diz.
No caso do surfista brasileiro
– até o fechamento desta matéria
–, nenhum dos patrocinadores
de Medina havia se manifestado
publicamente sobre a
decisão do atleta.
28 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
supercenas
Paulo Macedo paulo@propmark.com.br
COACH
Ad Junior, head de marketing da Trace Brasil, está listado entre
as sete personalidades pretas que estão fazendo a diferença no
mercado de comunicação. Na sua companhia estão Clariza Rosa,
estrategista criativa e inovadora social da produtora Silva; Kenya
Sade, chefe de programação do canal Trace Brazuca; Juliana Oliveira,
fundadora e CEO da agência Oliver Press; Felipe Silva, sócio
e CEO da Agência Gana; Levis Novaes, cofundador e diretor
estratégico da Mooc; e Alan Ferreiras, gestor de negócios digitais
e roteirista. A amostra reuniu clientes da Oliver e profissionais de
marketing e publicidade antenados com a questão da diversidade,
políticas públicas e inclusão. A inspiração veio de premiações da
Forbes e Mooc. A ideia é identificar o potencial dessa força motriz
em um país com 115 milhões de negros, mas ainda sem representatividade.
No setor de comunicação há avanços. Mas bem tímidos.
GÊNERO
Projeto liderado por Madonna Badger, CCO e fundadora da Badger
& Winters, o See It Be It do Cannes Lions 2022 vai ter cinco vagas
para mulheres, que podem ser CIS e trans. As inscrições gerais
para o projeto, cujo propósito é revelar talentos femininos criativos,
se encerram no dia 16 de fevereiro. A divulgação das vencedores
será em março. Esse grupo vai se juntar às 15 selecionadas
em 2020 e 2021, entre as quais a brasileira Letícia Rodrigues, diretora
de criação associada da FCB Brasil. A embaixadora deste ano
será Swati Bhattacharya, ECD da FCB Índia. “O gênero faz parte de
nós, mas não nos define. As mulheres podem e devem liderar, e a
necessidade do programa See It Be It é maior agora do que nunca.
O elemento mais importante do See It Be It é reunir as mulheres
mais brilhantes e apoiá-las para que assumam a liderança em suas
carreiras”, disse Swati. “Lançado em 2014, em resposta ao desequilíbrio
de gênero em todo o setor de comunicação criativa, o
programa fornece networking e uma variedade de suporte para talentos
femininos da indústria de todo o mundo em suas ambições
de carreira e liderança. Estamos muito satisfeitos em estendê-lo
em 2022 e apoiar mulheres criativas da indústria de todo o mundo
para alcançar o sucesso pessoal e profissional”, acrescenta Susie
Walker, vice-presidente de Awards e Insight do Cannes Lions.
42 KM
Agendada para 3 de
abril, a Maratona de
Paris está integrada
ao projeto Asics
Lume Club, composto
apenas por atletas
amadores. A relação
inclui a chef de cozinha
Gisa Oliveira,
cujo plano é fazer
sua primeira maratona
aos 42 anos; a
corredora Andressa
Lopes, que traçou o
objetivo de cumprir
o percurso abaixo
Estudar, trabalhar e atuar como influencer não é
empecilho para Paula Narvaez
das 3 horas; a influencer,
mãe e estudante
de nutrição Paula Narvaez quer inspirar corredores aos
40 anos a não desistir da prática mesmo com rotina de trabalho;
Fernanda Marques, do time Asics FrontRunner, que retoma às
maratonas após vencer luta contra o câncer; e Ludmilla Maschion,
outra Asics FrontRunner, que retorna às competições.
“Desde o momento dos convites, em que a emoção toma conta
do nosso time, percebemos o quão especial será a preparação
dessas mulheres para nos representar em uma prova tão significativa”,
explica Constanza Novillo, diretora de marketing da
Asics Brasil e América Latina.
Fotos: Divulgação/ Vitor Vieira
Ad Junior, head de marketing da Trace Brasil, é uma das personalidades pretas
Diogo Bonfim é o “Elvis de Bangu” dos diretores Marcio Trigo e Claudio Torres Gonzaga
HUMOR
Entrou em exibição no canal de humor Parafernalha, no YouTube,
na última sexta-feira (28) a série de três vídeos protagonizados
pelos vencedores do Festival de Teatro e Humor Ria Rio. O primeiro
traz à cena Diogo Bonfim, que interpreta com primor o imortal
Elvis. Ele ficou em segundo lugar na competição. O audiovisual
tem a assinatura de Marcio Trigo e Claudio Torres Gonzaga, que já
desenvolveram roteiros para Os Trapalhões, Os Caras de Pau, Sai
de Baixo e A Grande Família. Os vídeos são ambientados no bairro
carioca de Bangu. No caso, “Elvis de Bangu” é o acumulador de
artigos usados pelo original nascido no Mississipi (EUA).
jornal propmark - 31 de janeiro de 2022 29
última página
Beca
publicitários
no conselho
FLAVIO WAITEMAN
Todo CEO que deseja sucesso para a sua
empresa deveria convidar um publicitário
para o conselho de administração.
Publicitário é o generalista especialista em
pessoas. É o antropólogo, sociólogo e entendedor
da alma humana com décadas em
business e com uma qualidade que poucos
têm hoje em dia: sensibilidade.
O saudoso Júlio Ribeiro, fundador da Talent,
com o qual nunca trabalhei, mas que
sempre admirei pela educação, bom humor
e sucesso, escreveu o livro Fazer Acontecer
(Editora Saraiva, 2009). Esse livro possui o
inteligente e revelador subtítulo: Algumas
coisas que aprendi em propaganda investindo
1 bilhão de dólares para grandes
empresas. Na capa de fundo
branco, como sempre, o Júlio
aparece muito elegante e sorrindo
de maneira simpática, olhando
para o chão, tipo, dizendo:
desculpa aí, mas é isso mesmo,
todo esse conhecimento investindo
o dinheiro de clientes em
alto nível, vale muito.
Um publicitário com vasta experiência e
ótima reputação é craque em investir, colecionar
sucessos e algo pouco falado, mas
que gostaria de chamar a atenção: tem a humildade
de aprender rápido com os fracassos
sem perder a visão otimista da vida. E,
como tudo na vida, é simples e transparente
encontrar profissionais com essa reputação
e qualificação. Basta querer.
“A
comunicAção
precisA estAr
no plAno
estrAtégico
dA empresA”
mas hoje em dia, explicar o que essas contas
significam para investidores, funcionários,
acionistas, clientes, formadores de opinião
e pessoas em geral, também é. Mais do que
nunca a comunicação é a alma do negócio,
desde que seja psicografada.
As empresas não podem ser apenas um
boleto na vida das pessoas. E a batalha em
explicar isso para as empresas não pode ser
só dos CMOs e agências. Os distraídos não
vencem mais. Num mundo com mais pessoas,
conhecer sobre dinheiro é importante,
mas conhecer sobre quem ganha, investe,
gasta e faz dinheiro é fundamental.
Os publicitários, ainda mais os mais experientes,
são pessoas apaixonadas por resolver
problemas. Toda startup
precisa ter um no seu conselho.
E empresa grande e consolidada,
porém tímida, também. Essa
visão humanista e humanizada
pode levar empresas a errar menos,
pois tudo o que uma empresa
faz hoje virou uma mensagem
com uma garrafa aberta.
Esses profissionais, que hoje
já não possuem agências ou estão em níveis
não executivos, podem colaborar muito
com tudo o que fizeram de certo, mas
principalmente com todas as experiências
daquilo que viram que não funciona. Além
do que, as reuniões de conselho podem ter
outra cor, já que o publicitário consegue falar
sobre marketing e economia, enquanto
cita Chacrinha, por exemplo.
Uma ótima empresa precisa contar com
um ótimo profissional de marketing e uma
excelente agência de comunicação, mas
a estratégia muitas vezes começa no conselho
de administração, muito antes. É
por isso que, ter alguém assim lá, faz todo
sentido.
Alguns desses conselhos possuem às vezes
e ao mesmo tempo três ou quatro economistas,
advogados e engenheiros. São
fundamentais. Fazer contas é importante,
Percepção faz parte do negócio hoje
como nunca foi antes. A comunicação precisa
estar no plano estratégico da empresa,
mesmo que a melhor estratégia seja o silêncio.
E o melhor reforço ao seu time de estrategistas
é o publicitário que já fez no passado
o que você vai precisar fazer amanhã.
Comunicar-se faz toda diferença para os
grandes momentos, ou quando você pediu
sua cara-metade em casamento apresentou
uma planilha?
Flavio Waiteman é CCO-fundador da Tech and Soul
flavio.waiteman@techandsoul.com.br
30 31 de janeiro de 2022 - jornal propmark
Marcello Barbusci
Para toda boa criação
há uma referência.
We transforme your dream
Na
em
sua
in realidade a reality
impressão
on no paper. papel.
também.
Nós transformamos seu sonho
Nós We transformamos transforme your seu dream sonho
em in realidade a reality on no paper. papel.
“The “A qualidade quality do of paper papel e and o processo the printing de impressão process
são nossas are our prioridades priorities para for the a melhor best delivery.” entrega.”
Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director
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Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director
Targeted Revistas Newspapers Jornais e Didatic Livros Catalogs Catálogos and e Paper Papel
segmentadas magazines Tablóides Tabloids Didáticos books yearbooks anuários recycled reciclado
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in a reality on paper.
Newspapers
For Para For more maiores more information, informações call call us ligue us on on +55 para +55 11 11 2065 0766
ou envie or drop um or us drop e-mail an us email para an email orcamento@referenciagrafica.com.br
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