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Obra Completa

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h<br />

Joam da Sylva trabalhara m.'° por elle;<br />

mas que eomo Regedor, não pudera<br />

obrar de outra man. ra<br />

Custumavam ambos ir a S. Domin<br />

gos de Lx a , e outros m. tos fidalgos. O<br />

pr. 0 domingo depois da s. na veyo o d.°<br />

D. Aff.° estava ía o Regedor no Coro;<br />

entrando o d.° D. Aff.° dice m. t0 alto<br />

p a o regedor, que estava da outra parte;<br />

Bejo as mãos do S. or Joam da Sylva;<br />

e m. ta m... p. a o regedor. Sic illa<br />

ferebat atas.<br />

Joam de Saa Panasco dizia q a<br />

felicid. 6 de hu Portuguez consistia<br />

destas couzas: Primeiram. te chamar se<br />

Vasconcellos; logo ter hua quinta; depois<br />

seis centos mil rs de renda; depois<br />

ser parvo, e não prestar p a nada.<br />

D. Martinho P. ra Vedor, que foi da<br />

fazenda perguntava a um homem, quem<br />

poria em hum off.° da Fazenda ? dice-<br />

Ihe q a hu certo.<br />

Respondeo D. Martinho: Esse não<br />

he fiel: melhor me parece fulano [este<br />

era bom homem, mas m. t0 tolo]: dice<br />

entam o outro: Senhor em húa horta,<br />

quando entram nella, mais dano fa\<br />

hú asno, que hum ladram.<br />

Dizia ao Cardeal Henrique hum<br />

Cavalh. 0 fallando dos P. 66 da Comp."<br />

[que entam era Ordem vinda de novo a<br />

este reyno] Estes P. es , Senhor, parecem<br />

me como aquelles que querem comer<br />

hum cardo; Porque ? perguntou o Cardeal:<br />

r Porq tiram húa penca de S. B. t0 ,<br />

e lançam-na fora, porq pica; outra de<br />

S. Dom.**, outra de S. Fr, c0 , e assim<br />

das mais Ordens, que ficam; e ficam.<br />

com o talinho que se pode comer com<br />

sal.<br />

Alludindo a que tudo era penit. a e<br />

trab. 0 nas Ordens; e estes faziam a sua<br />

de hua vida mais saborosa.<br />

E por aqui fico hoje na transcripção;<br />

que não posso achr outra, que mais<br />

gosto me dê.<br />

T. C.<br />

Parece que írám recomeçar em breve<br />

os trabalhos de restauração da Sé<br />

Velha, e que a câmara está disposta,<br />

como é de toda a justiça, a ajudar, no<br />

que puder, o justo empenho dos restauradores.<br />

A Sé-Velha era antigamente um<br />

edifício desaffrontado, rodeado de monumentos<br />

funerários, que deram o<br />

nome talvez á rua das Covas, alguns<br />

razos, outros elevando-se em constru<br />

cções, que, com o andar dos séculos,<br />

desappareceram, mas a que faz allusão<br />

frequente o livro da Kalenda da<br />

Sé de Coimbra.<br />

Ha até processos interessantes, em<br />

que os cónegos revindicavam o verem<br />

se desafogados, podendo estender a<br />

vista até ao rio.<br />

A Sé-Velha era então um edifício<br />

bello, duma linha acastellada, erguendo-se<br />

altiva sobre um monte que ao<br />

lado se despenhava nas fragas de Sub-rípas.<br />

Hoje a Sé-Velha est,á rodeada de<br />

edificações e a construcção viciosa<br />

do adro não permitte que o templo se<br />

possa admirar no seu conjuncto.<br />

Por proposta do sr. António Augusto<br />

Goncalvez, tenta se modificar a<br />

disposição do adro, removendo a fonte,<br />

fazendo' um córte nos terrenos, e construindo<br />

uma escadaria, com o que lucrará<br />

o templo ficàr a ver-se desde a<br />

base por quem passa no largo.<br />

Bom era que se fechasse o adro de<br />

modo a evitar que o templo fôsse deteriorado<br />

por garotos e gente de maior<br />

edade, que parece ignorar o seu dever.<br />

Ultimamente o adro tem sido bem<br />

policiado e a isso se deve o estado de<br />

limpêsa em que ainda se encontra.<br />

Se, porém, se descurar a polícia,<br />

tudo voltará ao antigo; porque o mau<br />

hábito está inveterado.<br />

Póneys, automóveis e burros<br />

O Tribuno Popular ainda e por<br />

último:<br />

«As insídias, como as dos póneys<br />

e a da honra e o proveito não<br />

caberem num sacco, de boa vontade<br />

as deixamos para os nossos contendores;<br />

nem como brincadeira<br />

nos servem.»<br />

A dos póneys é nossa.<br />

Responda collega, responda.<br />

E veja se nos trata mal, para lhe<br />

respondermos também á vontade.<br />

Que não ha coisa peior do que ter<br />

de tratar alguém com toda a consideração<br />

e respeito.<br />

' Bera basta a estima.<br />

A secularização do eosiao<br />

( Fnnda se em que só a educação da<br />

familia tem infiuéncia verdadeira sobre<br />

o individuo e pede por isso a liberdade<br />

de ensino.<br />

Transcrevemos a opinião fazendo<br />

notar que admittindo mesmo isso, os<br />

paes não têem direito de dar aos filhos<br />

uma educação viciosa, que os inutãise<br />

ou os torne prejudiciaes para o estado.<br />

D'alli a affirmação da necessidade<br />

da secularização do ensino.<br />

Jacques-Emile Blanche — Fui educa<br />

do no lyceu Condorcet, no espaço que<br />

vai da guerra a 1880. Não creio<br />

ter soffrido alli influencia alguma<br />

Nêsse tempo os professores, na maior<br />

parte bastante indifferentes, pouco occupados<br />

com questões moraes ou po<br />

liticas, não faziam mesmo allusões á<br />

desforra—que era a ideia fixa dos<br />

Francêses.<br />

Não procuravam dirigir nos para<br />

outro fim que nãs fosse o concurso geral<br />

ou o bacharelato. Tive os excedentes<br />

e tive-os maus. Um, professor de<br />

história, mais tarde deputado, tentou<br />

inflamar-nos pelos immortaes princípios<br />

da Revolução: o curso dividiu-se,<br />

houve ameaças na rua do Havre. —<br />

Victor Brochard, em philosophia, tratou-nos<br />

como homens e fez muito pela<br />

nossa cultura, deixando a cada um de<br />

nós inteira independência.<br />

Mas, em summa, para os externos,<br />

pelo menos, a direcção intellectual era<br />

quasi nulla.<br />

Parece que hoje é differente. Os<br />

curses orientados pelo espirito sectário<br />

e acanhado da nossa Universidade,<br />

quereriam ter tanta influencia sobre os<br />

collegiaes e tam apaixonada como a<br />

que os padres téem mostrado num sentido<br />

opposto. Orá eu conheço famílias<br />

cathólicas, cujos filhos vam, apezar<br />

disso, ao lyceu, e creanças, também,<br />

que paes anti clericaes confiam a reli<br />

giosos, mesmo até a jesuitas. Alem<br />

disso é raro que estes últimos não<br />

abandonem depressa as ideias de seus<br />

mestres, ao passo que muitos alumnos<br />

da Universidade andam exasperados<br />

pelo humanitarismo vago, e pelo sócia<br />

lismo pedante dos novos normalistas.<br />

Parece, em summa, que toda a<br />

pressão revolta os rapazes novos e que<br />

o melhor seria instruí los sem opiniões<br />

antecipadas. A edueação, fóra da fa<br />

milia, não tem a importancia que se<br />

lhe attribue. O espírito forma-se muito<br />

tempo depois da escola. Depois de se<br />

deixar, não se tarda a contrabalançar<br />

tudo o que se aprendeu.<br />

Os paes devem ser os único* juizes<br />

do modo do ensino que convém a seus<br />

filhos e seria intolerável não se lhes<br />

permittir educa-los como lhes parecer<br />

por padres ou seculares, em institui<br />

çÕes particulares ou em lyceus. — Não<br />

se percebe bem que homens, que não<br />

faliam senão de liberdade e de justiça,<br />

possam pensar em restringir a liberdade<br />

do ensino.<br />

O NORTE<br />

Deve responder, no dia 28 do cor<br />

rente, em audiência de jury, pelo supposto<br />

crime de abuso de liberdade de<br />

imprensa, o nosso valente collega de<br />

O Norte sr. Alexandre-de Barros.<br />

Não bastavam aos assalariados do<br />

governo as succ ssivas apprehensões e<br />

vexames que imposeram áquelle jornal,<br />

prendendo até alguns dos seus redactores;<br />

era necessário mais, era necessário<br />

levar ao bmco dos reus aquelles<br />

que ousaram pelidar pela honra e líber<br />

dade do seu país.<br />

Não será, porem, ainda desta vez<br />

satisfeita a sua vingança, porque o julgamento<br />

é feito por meio de jury, que<br />

de forma alguma poderá dar um veredictum<br />

condemnatorio, contra jornalistas<br />

que cumprirem o seu dever, accusando<br />

os traidores que tentavam entregar<br />

a ni-ção aos extranjeiros.<br />

Ainda jury algum condemnou qualquer<br />

jornalista, que perante elle fosse<br />

accusado por abuso duma liberdade<br />

que só existe no nome e para os assalariados<br />

do poder.<br />

Certamente essa glória não estará<br />

reservai Dara 0 Porto, cidade fidalga<br />

e de nobres tradições, que as ha de<br />

honrar, fazendo uma imponente manifestação<br />

de solidariedade âôs jofnahs<br />

tas incriminados, perseguidos como se<br />

fossem criminosos, por amarem a patria,<br />

e dizerem alto a verdade.<br />

Para O Norte não é a hora de provação<br />

que chega, é a hora da justiça,<br />

porque a sentença que o ha de absolver,<br />

condemnará mais uma vez os partidos<br />

monárchicos de Portugal, e a sua<br />

obra desprezível de interesse mesquí<br />

nho e odio revoltante.<br />

RESISTENCIA-- Domingo, 20 de Julho de 1902<br />

14 f»JE JILIIO<br />

Data gloriosa, q ®e commemora uma<br />

das páginas mais brilhantes da história<br />

da Humanidade.<br />

Data immorredoura, que recordará<br />

sempre o heroísmo do pôvo, quando<br />

impulsionado pelos sacrosantos princípios<br />

da Liberdade.<br />

Dia festivo para todos quantos comprehenderem<br />

o alcance e o alto valor<br />

do feito, que assombrou o mundo e<br />

servirá para attestar aos vindouros que,<br />

acima do direito divino e do direito da<br />

fôrça, estám os direitos do pôvo, que<br />

tudo derroe e vence, quando a oppressão<br />

lhe cerceia as regalias e lhe tolhe as<br />

suas aspirações de bem estar.<br />

O pôvo francês, ao derruir as formidáveis<br />

muralhas da Bastilha, mostrou<br />

que nem sempre a fôrça das ar<br />

mas e o poder dos grandes vence. Os<br />

impulsos dum ideia grandiosa, a defêsados<br />

direitos individuaes, sám bastantes<br />

para, em dados momentos, realizarem<br />

commettimentos épicos.<br />

Foi desde a gloriosa jornada de 14<br />

de Julho, que o pôvo se convenceu da<br />

sua soberania, d'aí o accender-se êsse<br />

facho luminoso, que tem ido alumiando<br />

as consciências em trevas, apezar<br />

dos esforços desesperados da reacção<br />

para as conservar na ignorancia.<br />

Assim como o dia 1 de maio é consagrado<br />

pelo operariado para recordar<br />

a confraternização e a justiça da causa<br />

do elemento trabalhador, assim<br />

também a data de 14 de julho deve<br />

ser aquella que todos os amantes da<br />

liberdade devem solemnizar, para que<br />

se não esqueça a afiirmação da soberania<br />

popular, única que ha de ficar<br />

vencedora, num futuro mais ou menos<br />

distante.<br />

Saudando a gloriosa pátria francêsa,<br />

no dia da sua festa nacional, associamo<br />

nos de todo o coração ás demonstrações<br />

festivas, que cá e lá se<br />

fizeram, para commemor.ar tal data.<br />

oA. c B.<br />

Fomos visitados por mais um collega<br />

intitulado Unhaes da Serra, que se<br />

publica na terra do mesmo nome do<br />

seu titulo.<br />

Vamos retribuir a visita do estimável<br />

collega.<br />

A ultima delle<br />

Muitas sám-lhe apenas attribuidas ;<br />

mas esta é dêlle.<br />

Disse o dr. Assis Teixeira : ham de<br />

ser classificados em direito:<br />

1anno—Distinctos sem gradação:<br />

José Ribeiro Cardoso e Manuel dos<br />

Santos Lourenço.<br />

2. 0 anno—Distinctos sem gradação:<br />

Arthur de Moraes Carvalho, Gastão<br />

Randolpho Neves Correia Mendes, José<br />

Belleza dos Santos e Vasco Borges.<br />

3.° anno —Premio: José Caeiro da<br />

Matta.—Accessit: Ruy Ennes Ulrich.<br />

— i. os distinctos sem gradação: Alberto<br />

Pinto Gouveia, António Francisco Cordeiro,<br />

Francisco Correia Pinto, José<br />

Bernardo d'Almada e Salvador Manuel<br />

Bruno do Canto.—2. 0 * distinctos sem<br />

gradação: Alfredo Pinto da Cruz da<br />

Rocha Peixoto e Manuel Carreiro do<br />

Rego—3.° 3 distinctos sem gradação:<br />

António Fonseca d'Almeida Cardoso,<br />

António Vianna Ferreira Roquette, Arnaldo<br />

de Almeida Vidal, Gustavo de<br />

Miranda Martins de Carvalho e Joaquim<br />

António Pereira.<br />

4. 0 anno—i- 0 ' distinctos sem gradação:<br />

António de Mattos Cid, António<br />

de Sousa Horto Sarmento Osório,<br />

Francisco Xavier Canavarro de Valladares<br />

e José Eugénio Ferreira.—2. 0S<br />

distinctos sem gradação: António Nobre<br />

de Mello, João dos Santos Monteiro,<br />

Amadeu da Siiva e José Francisco<br />

Teixeira d'Azevedo.<br />

5.° anno—1.° accessit: Armando<br />

Vieira de Castro.—?.. 0 accçssit: João<br />

Henrique Ulrich.—3- 9 accessit; José<br />

Sumaviclle Soares,— 1. 08 distinctos:<br />

Augusto de Castro Sampaio Corte<br />

Real e José Maria d'Andrade Saraiva.<br />

—2. 0 ' distinctos: Albino de Seiça Mon<br />

cada, António Augusto Pires de Lima,<br />

Artónio Cândido d'Almeida Leitão,<br />

Humberto Montenegro Fernandes e<br />

Eurico do Couto Nogueira de Seabra.<br />

E' os ditos de mais espírito, que<br />

s. ex. ? tem tido êste anno.<br />

Eé dêlle..,<br />

O nosso illustrado collega de O<br />

Liberal, sr. Fausto de Quadros, fez<br />

acto do 4, 0 anno jurídico, ficando approvado.<br />

Por tal motivo cumprimentamo-lo. j<br />

Tufão<br />

Na sexta-feira passada, depois da 1<br />

hora da tarde, passou por ésta cidade<br />

um violento tufão, que amedrontou devéras<br />

as muitas pessoas que o presencearam.<br />

Na sua marcha destruidora vários<br />

prejuízos deixou, sendo acompanhado<br />

de alguns trovões e forte granizo que<br />

deu cabo de muitos fructos, derrubando<br />

postes telegraphicos, açoitando os<br />

milharaes n'algumas propriedades, partindo<br />

vidros e fazendo vários estragos<br />

de mais ou menos importância.<br />

A essa hora algumas lavandeiras<br />

que se achavam descuidadas, cantando,<br />

talvez, virám-se e desejaram-se, clamando<br />

em altos gritos, vendo a roupa,<br />

que tinham a córar no areal do rio,<br />

por ares e nuvens, a caminho do Choupal<br />

e visinhanças!<br />

A cidade cobriu-se dúma neblina<br />

espessa e pardacenta e por vezes o ar<br />

era suffocante 1<br />

Vinte minutos depois serenava tudo<br />

e a chuva acabou deixando uma temperatura<br />

própria de estufã.<br />

De noite fuzilavam os relampagos<br />

ao longe, para os lados de Santo António,<br />

para onde o ar se conservava<br />

carregado, mas não cahiu sobre a cidade<br />

a trovoada que se esperava.<br />

Na freguezia do Botão, quando uns<br />

policias civis ali foram para fazerem<br />

transportar para a Morgue, afim de<br />

ser autopsiado, o cadaver dum filho do<br />

sr. Antonio Pinto, de 10 annos de edade<br />

e que morreu afogado num poço, a<br />

população oppoz-se, tendo a policia de<br />

retirar para não dar lugar a um grave<br />

conflicto.<br />

Foi participado superiormente o caso,<br />

constando-nos que as auctoridades<br />

vam indagar, afim de punir os bellicosos<br />

moradores do Botão, que tentaram<br />

aggredir os guardas, impedindo-os de<br />

cumprir as ordens que levavam.<br />

Subsídios<br />

Em virtude do disposto no artigo<br />

i.°, § 4. 0 da lei de 14 de maio último,<br />

foram concedidos subsídios a vários<br />

estabelecimentos pios deste districto.<br />

Coimbra: Misericórdia, 1:471 $400<br />

réis; Asylo de Infância Desvalida, réis<br />

524®88o; Ordem Terceira, i3o»oco<br />

réis; As^io de Mendicidade, 40626800<br />

réis.<br />

Misericórdias, de Arganil, 747^815<br />

réis; da Figueira da Foz, 39936260 réis;<br />

de Penelia, 322685o réis; de Soure,<br />

14026400 réis. Ao Hospital da Louzã,<br />

26036200 réis; ao de Montemór-o-Velho,<br />

50026400 réis; ao de Cantanhede,<br />

1:01936000 réis.<br />

O Syndicato agrícola de Coimbra<br />

procedeu á eleição dos corpos gerentes,<br />

sendo eleitos os srs. drs. Chaves<br />

e Castro e Maximino de Carvalho para<br />

os logares de presidente da assembleia<br />

geral, e presidente da direcção, respectivamente.<br />

Hoje é a romaria ao pequeno sanctuário<br />

de Sania Comba, em Valle<br />

Meão, aros desta cidade.<br />

A commissão promotora destas festas<br />

é composta dos srs. Joaquim Teixeira<br />

de Sá, Joaquim Mesquita, José<br />

da Encarnação, Viriato da Costa e Almeida<br />

e José Pereira da Motta.<br />

Transcrevêmos o curioso programma<br />

das festas.<br />

Dia 19. — A's 8 e pico — principiam<br />

as festas fazendo-se ouvir a sineta da<br />

Capella á chegada do Zé-Pereira da<br />

Granja; subindo ao ar uma enormíssima<br />

gírandola de foguetes d'assobio, brilhantíssimas<br />

illuminações em todas as<br />

ruas; — ás io horas, mais coisa menos<br />

Coisa, sahirá proximo da Corrente uma<br />

grande flotilha de barcos embandeirados<br />

e iiluminados, que virám pela Ribeira<br />

de Cosellías conduzindo os di<br />

versos ranchos de Valle Meão que desembarcarám<br />

ao Promotor sendo recebidos<br />

pela Câmara Municipal de Coselhas<br />

onde seguirám á frente do Cor<br />

tejo para suas casas; os ranchos dançam<br />

até á madrugada num pavilhãocubata<br />

generosamente cedido pelos pretos<br />

do Alexandre Horta — Segue-se o<br />

tradiccional Banho Santo na fonte onde<br />

Santa Comba appareceu ç assim<br />

terminam muito bem, julgamos nós, os<br />

grandiosos festejos deste dia.<br />

Dia 20. — A's... (não se sabe bem<br />

a hora) — alvoradas pelo Zé Pereira da<br />

Granja, repiayes de sineta, foguetes de<br />

assobio e salvas reaes pela artilharia<br />

da Figueira; — ás 7 Apouco mais ou<br />

menos) missa solemne no real mosteiro<br />

de Santa Comba;—entre as 10 e as<br />

11 apparecerám os judeus de Santo<br />

António exhibindo a sua tradiccional<br />

Dansa do Rei da Vida; —pela hora de<br />

maior calor chegada dos festeiros e<br />

romeiros da cidade acompanhados pela<br />

musica de Ançã para êsse fim contractada;<br />

corrida de bicycletes promovidas<br />

pelo campeão conimbricense Mannel<br />

Mesquita no hyppodromo de Rangel<br />

com permissão do Photo-Vello; —<br />

á hora que convier, entrada do Imperador<br />

d'Eiras e a sua regia comitiva;<br />

arrematação de arrufadas e assim terminará<br />

esta grandiosa festa á nossa<br />

Santa Comba, que ficará para sempre<br />

gravada em letras de ouro, prata, cobre<br />

e algum nickel, no coração de<br />

todos os romeiros.<br />

P. S. — Se êste programma fôr<br />

altarado ninguém tem nada com isso.<br />

Pediu a demissão de professor de<br />

língua allemã, no lyceu desta cidade, o<br />

sr. dr. Augusto Barbosa.<br />

Para aquelle logar foi nomeado o<br />

sr. E. Gruneberg, que ha tempo lecciona<br />

nesta cidade essa disciplina.<br />

Previsão do tempo<br />

O meteorologista espanhol faz as<br />

seguintes previsões com relação ao<br />

tempo provável que haverá durante a<br />

segunda quinzena de julho:<br />

De 16 a 18 - Bom tempo. No Levante<br />

e outros pontos da península,<br />

trovoadas. Ao centro e zonas vizinhas,<br />

chuveiros e tempo fresco.<br />

De 19 a 20 - Regimen do oéste e<br />

fresco. Em seguida, movimento no Cantábrico<br />

e ventos do noroéste e sudoéste<br />

encontrados.<br />

De 21 a 23—Bom tempo e vento<br />

noroéste frouxo para mudar para sueste<br />

e tornar-se vário.<br />

De 24 a 26 —Regimen do sueste e<br />

tempo revolto. A' tarde, calor intenso,<br />

ameaçando trovoada,<br />

- De 27 a 28 — Vento sudoéste e trovoadas,<br />

que se tornam geraes.<br />

De 29 a 3i — Ceu nublado e trovoadas;<br />

em seguida, humidade e ventania<br />

Violenta na Andaluzia, Algarve e<br />

Portugal, para terminar com regimen<br />

chuvoso e revolto.<br />

Foram vendidos ultimamente, pela<br />

Câmara Municipal desta cidade, mais<br />

4:060 metros de terreno, na Quinta de<br />

Santa Cruz, pela quantia de t:286$685<br />

reis.<br />

Pela direcção geral de instrucçao<br />

publica foi enviada á reitoria do lyceu<br />

de Coimbra a circular seguinte:<br />

«Sendo necessário, como elemento<br />

imprescindível para completa execucão<br />

dum trabalho sobre instrucção secundária<br />

a que se está procedendo nesta<br />

direcção geral, que a secretaria desse<br />

iyceu forneça diversas indicacões referentes<br />

a alumnos que têem frequentado<br />

o ensino secundário conforme o regimen<br />

orgânico regulamentado por decreto<br />

de 14 de agosto de 1895, determina<br />

o sr. ministro do reino que apenas<br />

termine o serviço de examfrs dêsse<br />

estabelecimento mande confeccionar<br />

com a possível urge'ncia o seguinte:<br />

1.° —Estatisca numérica dos alumnos<br />

internos matriculados em cada<br />

uma das classes com a indicação dos<br />

que provaram o anno, especificados<br />

aquelles que obtiveram as notas que<br />

os dispensam do exame de passagem<br />

e os que foram admittidos ao respectivo<br />

exame com indicação dos resultados<br />

respectivos.<br />

2.° —Idem de alumnos externos<br />

matriculados em institutos particulares<br />

nas diversas classes do novo regimen<br />

relacionando os que foram admittidos<br />

a exames e respectivos resultados.<br />

3.° — Idem de alumnos, que frequentaram<br />

o ensino doméstico, instruída<br />

com os elementos pedidos no numero<br />

antecedente.<br />

Esses dados estatísticos devem constar<br />

de 3 mappas isolados e referentes<br />

a o C c d o um dos annos Activos desde<br />

i8 9 ó até hoje, não deixando de<br />

serem especificados com clarêsa os elementos<br />

respeitantes aos exames de saídas.<br />

O magnifico artigo editorial, que<br />

hoje publicamos, é transcrípto do nosso<br />

illustrado collega A Vo$ Publica, do<br />

Porto.<br />

Fez na sexta feira exame de pharmacia,<br />

ficando approvado, o sr. Anthe-<br />

TO dos Reis Gomes.

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