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Revista Fácil - Edição 323 (FEV/2023)

Alagoas - Arte & Cultura

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Para que o público possa se aproximar do vocabulário

kuikuro, uma das línguas indígenas faladas no

território do Xingu, há ainda um mural composto

por palavras e ilustrações. As peças do painel têm

dois lados, podendo ser giradas e manuseadas. Em

uma das faces, há uma ilustração feita pela artista

danirampe e, na outra, a palavra correspondente

em kuikuro, português e braille.

De acordo com a Área de Educação do IMS, a motivação

do projeto decorre “da constatação de que

devemos como sociedade refletir cada vez mais

sobre a história e a realidade atual dos povos originários

do Brasil”. A coordenadoria de Diversidade e

Inclusão do IMS também complementa: “Ter a possibilidade

de vivenciar um pouco da cosmovisão indígena

é uma oportunidade para nos fortalecermos

em nossas conexões de alteridade, fundamental

para o reconhecimento do outro em sua inteireza,

dignidade e humanidade”.

Sobre a parceria, a Associação Vaga Lume revela:

“Estamos no chão das bibliotecas comunitárias da

Amazônia há mais de 20 anos e podemos perceber

o impacto da leitura na vida de crianças a mais velhos,

acessar a literatura de autoria indígena é ampliar

leitura de mundo e conhecer o que há de mais

rico da cultura originária e contemporânea.”

O espaço conta com mediadores disponíveis para

conversar com o público e incentivar a fruição, leitura

e interação.

A exposição Xingu: contatos está em cartaz desde

novembro de 2022, a mostra revisita a trajetória

de lutas e resistências do Xingu, primeiro grande

território indígena demarcado no Brasil, em 1961.

Exibida no 7º e no 8º andar do centro cultural,

a exposição apresenta múltiplas narrativas e olhares

em torno do território, tendo como destaque

a produção audiovisual indígena contemporânea,

que tem no Xingu um de seus principais

pólos. O conjunto inclui seis curtas-metragens,

feitos especialmente para a exposição,

de autoria de Divino Tserewahú, Kamatxi Ikpeng,

Kamikia Kisêdjê, Kujãesage Kaiabi, Piratá

Waurá e do Coletivo Kuikuro de Cinema.

A mostra traz ainda um trabalho inédito do artista

Denilson Baniwa, fotografias produzidas

pelos comunicadores indígenas da Rede Xingu

+, e um mural, com grafismos alto-xinguanos,

criado pelo artista Wally Amaru na empena de

um prédio na rua da Consolação. Em diálogo,

são exibidos imagens, reportagens e outros

documentos produzidos no Xingu por não indígenas

desde o final do século 19.

A equipe de curadoria é formada pelo cineasta

Takumã Kuikuro, diretor de documentários

como As hiper mulheres (2011), pelo jornalista

Guilherme Freitas, editor-assistente da serrote,

revista de ensaios do IMS, e pela assistente de

curadoria Marina Frúgoli.

39 FÁCIL | Lazer & Negócios

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