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Cinema & TV
Por: Jefferson Victor / Fotos: Reprodução
E-mail: jeffersonvictor@revistafacil.net
Crítica
“Os Fabelmans”
Corajoso e emocionante,
Longa traz a alma de Steven Spielberg
Ao longo das duas horas e meia de duração
de “Os Fabelmans” (2022), de Steven
Spielberg, eu não conseguia parar de
exibir um sorriso de ponta a ponta no
rosto. E não é para menos. O próprio
Spielberg aparece no início da projeção e diz que
aquele filme é uma carta de amor à sua família e
à arte de fazer filmes, e também seu trabalho mais
pessoal. Após produzir diversas histórias, Spielberg
decidiu contar agora a sua própria história.
Para além dos dramas que vivenciou e que o inspiraram
diversas vezes em suas obras, Steven decide
nos fazer entender o que leva alguém a se apaixonar
pela sétima arte. Impossível não se identificar.
No longa, um coming of age (filme de amadurecimento)
situado no pós-Segunda Guerra Mundial,
acompanhamos a trajetória de Sam “Sammy”
Fabelman, que cresce apaixonando pelo cinema
e trocando de casa com a família sempre que seu
pai, um obstinado engenheiro elétrico, consegue
ascender profissionalmente. O protagonista é vivido
por Gabriel LaBelle com muita energia e carisma
quando jovem adulto e com uma graça infantil tipicamente
spielbergiana quando criança por Mateo
Zoryan (um parêntese: como Spielberg é bom em
encontrar excelentes atores-mirins!).
Filme marcado por fortes traços autobiográficos, a
magia de “Os Fabelmans” já começa pelo sobrenome
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