Revista Grãos Brasil 119
Edição nº 119 da Revista Grãos Brasil com as últimas notícias sobre a pós-colheita de grãos e sementes, nesta edição contamos com a colaboração de Eng. Nathan Levien Vanier e Enga. Franciene Almeida Villanova Inovação no Monitoramento de Grãos Armazenados Via Sensores de CO2; Eng. Adriano Mallet: Além da condensação!; PhD. Denize Tyska e Adriano Olnei Mallmann: Contaminação micotoxicológica em milho comercializado na América Latina Ano 2022; Ing. Martín Ramirez Falcón: CIGA Congreso Internacional de Granos Almacenados y muchos más!
Edição nº 119 da Revista Grãos Brasil com as últimas notícias sobre a pós-colheita de grãos e sementes, nesta edição contamos com a colaboração de Eng. Nathan Levien Vanier e Enga. Franciene Almeida Villanova Inovação no Monitoramento de Grãos Armazenados Via Sensores de CO2; Eng. Adriano Mallet: Além da condensação!; PhD. Denize Tyska e Adriano Olnei Mallmann: Contaminação micotoxicológica em milho comercializado na América Latina Ano 2022; Ing. Martín Ramirez Falcón: CIGA Congreso Internacional de Granos Almacenados y muchos más!
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Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
graosbrasil.com.br
04EDITORIAL
Caros Amigos e Leitores
Ano XX • nº 119
Abril / Maio 2023
www.graosbrasil.com.br
Diretor Executivo
Domingo Yanucci
Colaboradores
Antonio Painé Barrientos
Maria Cecília Yanucci
Victoria Yanucci
Matriz
Brasil
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CEP: 88053-565
Jurere - Florianópolis - Santa Catarina
Tel.: +55 48 99162.6522 / 48 99165.8222
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diretoria@graosbrasil.com.br
Sucursal
Argentina
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Villa Ballester - Buenos Aires
República Argentina
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Revista bimestral apoiada pela:
F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção
de Perdas de Alimentos -ABRAPOS
As opiniões contidas nas matérias
assinadas, correspondem
aos seus autores.
Conselho Editorial
Diretor Editor
Flávio Lazzari
Adriano D. L. Alfonso
Antônio Granado Martinez
Carlos Caneppele
Daniel Queiroz
Jamilton P. dos Santos
Maria A. Braga Caneppele
Marcia Bittar Atui
Maria Regina Sartori
Sonia Maria Noemberg Lazzari
Tetuo Hara
Valdecir Dalpasquale
Produção
Arte-final, Diagramação e Capa
MidiaLab Propaganda
44 99145-3873
Ligue e Assine:
48 99165.8222
Com grande alegria chegamos a vocês com a segunda edição do ano
da Grãos Brasil, da semente ao consumo, uma colheita mais e o Brasil
se consolida com um novo recorde produtivo, gerando grandes desafios
para nosso setor armazenista.
As contingências mundiais e o bom trabalho desenvolvido os últimos
anos estão dando a oportunidade de ter uma rentabilidade crescente.
Por isso temos a responsabilidade de trabalhar em duas grandes
frentes, por um lado a melhora das instalações e logísticas, em geral. Mais
e melhores armazéns, tecnologias e eficiência (menor perdas), por outro a
capacitação e atualização dos times de trabalho, funcionários espalhados
por todo o país. Ambas coisas estão sendo trabalhadas porque a melhora
permanente é uma demanda da atualização.
Aproveito está editorial para informar que retoma-se a formação da
Mesa Redonda Latino-americana, para os novos no assunto, comento
que nossa especialidade teve um grande desenvolvimento nas décadas de
70-80-90 quando a ONU e a FAO, onde ante as grandes perdas ajudaram
a impulsionar programas para nosso continente.
A partir dessa linha de trabalho surgem as redes de pós-colheita, as
associações (Ex: Abrapos - Aposgran), centros de pesquisa e capacitação
como CENTREINAR; o que com o desenvolvimento das empresas
provedoras de tecnologia fizeram possível criar a realidade que agora
vivenciamos. A ideia de reformular a Mesa redonda latino-americana,
está vez desde a ótica privada, autossustentável e integrando todos os
especialistas, dos distintos países, com uma ideai básica de cooperação.
Hoje temos tecnologia de comunicação de fácil acesso, além disso
compartilhamos problemáticas similares e resulta necessário um
trabalho mais ala das fronteiras. Brasil é a locomotora da produção,
industrialização e comercialização de grãos no continente, também é o
principal provedor de silos, secadores e outros equipamentos.
Nesta edição apresentamos variadas informações sobre diversos
assuntos de grande importância, falamos de monitoramento com sensor
de CO 2
, problemática da poeira, manutenção de instalações, tecnologia
de exaustores, controle de pragas, contaminação com micotoxinas,
compartilhamos o encontro do CIGA (México) onde participamos, também
presentamos informação do Porto de Paranaguá e de nossas parceiras
Astral e HmRubber. Sem dúvidas você poderá tirar muitos benefícios da
aplicação das informações compartilhadas.
Agradecemos profundamente aos nossos editorialistas, assim como as
empresas e instituições que apoiam a difusão
de informação para nossa especialidade
Que Deus abençoe suas famílias e trabalhos.
Domingo Yanucci
Diretor Executivo
Consulgran - Granos - Grãos Brasil
0055 48 9 9162-6522
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
04 - Inovação no Monitoramento de Grãos Armazenados Via Sensores de CO 2
– Eng. Nathan Levien
Vanier e Enga. Franciene Almeida Villanova
07 - Além da condensação! – Eng. Adriano Mallet
13 - Contaminação micotoxicológica em milho comercializado na América Latina Ano 2022 – PhD.
Denize Tyska e Adriano Olnei Mallmann
16 - Porto de Paranaguá conta com nova opção para classificação de grãos
18 - Explosão de Poeira: Regras para evitá-las– Eng. Domingo Yanucci
20 - CIGA Congreso Internacional de Granos Almacenados – Eng. Margarito Corral Valencia
24 - A Importância de Revestimentos Termoacústicos para o Agronegócio – HmRubber
26 - Mesa Redonda Latino-Americana
28 - Maizall em Missão na Europa – Maizall
30 - Manutenção e Gerenciamento de Silos – David B. WILLIAMS e Alfredo D. GRACEY
38 - Não só de pão…
40 - UTILÍSIMAS
SUMÁRIO 05
Críticas e Sugestões: diretoria@graosbrasil.com.br
NOSSOS ANUNCIANTES
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04MONITORAMENTO
Inovação No
Monitoramento De
Grãos Armazenados
Via Sensores De CO 2
Nathan Levien Vanier
Eng. Agrônomo, Dr.
Professor e Pesquisador na FAEM-UFPel
Especialista em Pós-Colheita,
Industrialização e Qualidade de Grãos
nathanvanier@hotmail.com
Franciene Almeida Villanova
Eng. Agrônoma, Dra.
Diretora de Operações Grano Safe
franciene@granosafe.com.br
O armazenamento de grãos seguro e lucrativo depende da manutenção da
qualidade e da integridade física do produto armazenado. Para que isso seja
possível, variáveis físicas, químicas e biológicas devem ser controladas ao longo
da estocagem.
A temperatura é uma variável física crucial para a manutenção da qualidade
dos grãos armazenados, pois interfere no desenvolvimento de insetos e fungos
na massa, além de afetar diretamente a taxa respiratória dos grãos. Quando o
armazenamento ocorre sob condições de alta temperatura, a deterioração do
produto é desencadeada com consequente liberação de CO 2
dentro do silo. Por
essa razão, a termometria é tradicionalmente utilizada como método de monitoramento
da qualidade do produto, embora esse procedimento apresente limitações
técnicas e precisão reduzida.
Pensando nisso, a tecnologia de monitoramento via dos sensores de CO 2
foi
desenvolvida para inspecionar a qualidade através da intensidade respiratória
dos grãos, o que reflete de forma rápida e precisa o estado do produto dentro
do silo.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
MONITORAMENTO 05
Entendendo a geração de CO 2
na massa de grãos
Os grãos são seres vivos e por esse motivo, mesmo
após a colheita, continuam respirando. Durante a respiração
os grãos consomem oxigênio atmosférico (O2) e liberam
dióxido de carbono (CO 2
), água e calor. Além disso, a
presença de outros organismos vivos, como microrganismos
associados e insetos, também resulta na intensificação
da respiração e aumento da liberação de CO 2
.
Em um sistema ideal de armazenamento, os grãos e
microrganismos estariam em um estado de "dormência",
onde as concentrações de O 2
/CO 2
mudam de forma lenta e
sem drásticas variações. Por outro lado, quando há alteração
no sistema devido à ocorrência de pragas e condições
adversas de armazenamento, o desenvolvimento e multiplicação
de organismos dormentes ocorre, ocasionando a
elevação da taxa respiratória e dos níveis de CO 2
.
Em condições atmosféricas, a concentração de CO2
é de aproximadamente 400 partes por milhão (ppm). No
entanto, essa concentração pode variar no interior das estruturas
de armazenamento em função do metabolismo
dos grãos e de organismos associados (insetos, fungos,
ácaros, etc).
Aumento na eficiência técnica de monitoramento
No monitoramento tradicional por termometria, a eficiência
técnica dos sensores termométricos se reduz à
pequenas áreas em torno dos cabos (raio de aproximadamente
40 cm), o que resulta em informações limitadas
sobre a qualidade da massa de grãos devido ao número
Figura 1: Sensor de CO 2
"Quando o armazenamento
ocorre sob condições de alta
temperatura, a deterioração do
produto é desencadeada com
consequente liberação de CO 2
dentro do silo."
restrito e padronizado de cabos instalados no interior dos
silos (normalmente estipulado em função da viabilidade financeira).
Como resultado, as áreas situadas mais distantes
dos cabos acabam sendo “descobertas” pelas leituras
de temperatura, o que reduz a eficiência da medição.
Além disso, por serem maus condutores de calor, os
grãos realizam trocas térmicas de forma lenta e desuniforme,
o que acarreta em variações de temperatura dentro
da massa de grãos e que, frequentemente, não podem ser
detectadas utilizando apenas essa técnica de monitoramento.
Neste cenário, a tecnologia de monitoramento por
níveis de CO 2
foi desenvolvida para superar as limitações
físicas da termometria e elevar a eficiência de inspeção
dos grãos, além de auxiliar na detecção prévia de alterações
semanas antes da ocorrência de perdas físicas significativas.
Sendo a respiração e a emissão de CO 2
um fator inerente
não só dos grãos, mas também do metabolismo de
organismos associados, os sensores de CO 2
são altamente
sensíveis e capazes de analisar a totalidade da massa
de grãos com apenas um sensor instalado por silo.
Isso é possível porque o equipamento é instalado na
parte superior da estrutura (chapéu), e o CO 2
gerado na
massa de grãos é transportado para parte superior do silo
via correntes de ar de convenção natural, possibilitando
assim a medição do gás acumulado e suas alterações ao
longo do armazenamento através do sensor único, sem
a necessidade de periféricos adicionais distribuídos na
massa de grãos.
Diferentemente dos relatórios de termometria, onde
observa-se os valores diretos para a temperatura da massa
de grãos e sua relação com a qualidade, o monitoramento
por sensor de CO 2
requer que as leituras (níveis de
CO 2
) obtidas sejam interpretadas. Uma forma usual é a
seguinte:
• 350 a 400 ppm: Níveis de CO 2
típicos do ar ambiente.
• 400 a 600 ppm: Níveis considerados normais, com
metabolismo estável na massa de grãos.
• 600 a 1.100 ppm: Deterioração incipiente.
• 1.100 a 5.000 ppm: Níveis que sugerem ocorrência
de insetos e/ou microrganismos.
• Acima de 5.000 ppm: Perdas quali-quantitativas severas;
condições completamente inadequadas para
armazenagem.
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06MONITORAMENTO
Tecnologia preditiva e segura
Com os sensores de CO 2
é possível detectar alterações
na massa de grãos até 5 semanas antes do sistema de
termometria acusar aumentos de temperatura.
A existência de insetos e fungos na massa de grãos
pode ser detectada de forma prévia à ocorrência de perdas
qualitativas e quantitativas drásticas por meio dos sensores,
o que auxilia na tomada de decisão antecipada e no
manejo assertivo. Quando esses organismos associados
estão presentes, o aumento nos níveis de CO 2
tende a
ocorrer de forma drástica, sendo notoriamente perceptível
durante a observação de gráficos de leitura e histórico de
dados.
Com relação à instalação dos sensores, normalmente
o equipamento é instalado no alto da unidade armazenadora
e mensura o CO 2
presente em todo o interior do silo
de forma prática e em tempo real. Os dispositivos funcionam
através de sensores de CO 2
de alta precisão com a
tecnologia de infravermelho não dispersível. As medições
geralmente ocorrem via sucção de uma amostra de ar do
interior do silo com posterior mensuração pelo sensor. Os
dados coletados são enviados para um sistema eletrônico
de bordo, que é responsável pelo armazenamento e análise
das informações em um banco de dados.
Através dessas informações se faz o controle da aeração
visando manter sempre dentro do silo as condições
ambientais ideais para o armazenamento seguro dos
grãos.
Figura 2: Interior do Silo vazio
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
Além da
condensação!
AERAÇÃO 07
Eng. Adriano Mallet
Director Técnico
Agrocult.
Já está comprovado que o sistema de exaustão e iluminação natural elimina
a condensação através do processo de exaustão na cobertura do ambiente
armazenador. Vamos esclarecer como acontece o fenômeno da condensação
e o mais importante, esta situação é criada pela própria natureza dos grãos e
não por um mau armazenamento. A radiação solar provoca o aquecimento do
telhado do silo ou do armazém e, pela condução térmica, aquece o ar interno.
Esse ar com temperatura quente absorve a umidade liberada pelos grãos armazenados
pelo efeito da evaporação. Quando este ar quente e agora com umidade
entra em contato com o telhado frio – pela variação climática – noite ou
períodos frios – baixa a temperatura e eleva a umidade relativa (U.R.) podendo
ultrapassar o ponto de orvalho, condensar e gotejar sobre a massa de grãos
armazenados. Resumindo: O grão é um ser vivo e um dos fatores que acelera a
respiração é a temperatura do ambiente, quanto mais quente, maior será a atividade
respiratória liberando água para o ambiente. Entre o telhado e a massa de
grãos durante o dia, existe esta situação descrita acima, temperaturas elevadas
frequentes. Através das parcerias acadêmicas e de usuários que já investiram,
está comprovado que o Sistema de exaustão e iluminação natural instalado na
cobertura do ambiente armazenador renova o ar interno equilibrando as temperaturas
interna e externa (equilíbrio térmico), retirando o calor e a umidade
provenientes da respiração natural dos grãos, eliminando o fenômeno físico da
condensação sobre a massa, evitando a formação das crostas.
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08AERAÇÃO
Armazenagem sem Sistema de Exaustão
RESFRIAMENTO NATURAL DA MASSA ARMAZENADA:
Os grãos ao respirar, liberam gás carbônico, água e
calor (CO 2
+ H 2
O + Calor), estes dois últimos na forma de
vapor. Pela convecção natural, este vapor quente sobe
através dos espaços intergranulares da massa até o topo
da mesma, sendo removido pelo exaustor e gerando um
fluxo vertical de ar contínuo, promovendo uma troca de
ar quente por um ar com temperatura inferior (frio). Desta
forma, reduzirá tempo de aplicação da aeração forçada
(ventiladores), proporcionando menos horas de aeração,
consequentemente economia de energia elétrica e também
manutenção do peso inicial dos grãos, pois toda a
vez que ligamos a aeração estamos secando. Esta situação
foi comprovada pelo trabalho realizado pelo IF Goiano
– Campus Rio Verde/GO e publicado na Revista Global
Science and Technology - (ISSN 1984 – 3801) Edição:
maio/agosto 2013.
Armazenagem com Sistema de Exaustão
Porque além da condensação?
Estudos acadêmicos e comprovações de campo demonstraram
que existem muito mais benefícios que somente
a solução para condensação. Vamos nos aprofundar
nestes, onde alguns são perceptivos e outros não, mas
existem!
Fungos
Exaustores Cycloar
Redução da eficiencia da aeração
MANUTENÇÃO DO PESO DA MASSA DE GRÃOS:
A aeração forçada tem necessidade de ser realizada
devido atividades operacionais e também para manter a
segurança da massa de grãos. Mas esta atividade também
traz situações diferenciadas ao armazenador. Quando
realizada poderemos estar simultaneamente secando
a massa de grãos. O ar insuflado quando passa pelo ventilador
(rotor) sofre um aquecimento médio de 3ºC o que
altera todas as suas características iniciais (temperatura e
umidade relativa).
Exemplificando – Produto armazenado: Soja.
Realizando aeração!
Condições climáticas externas antes do ventilador:
Temperatura: 22ºC – U.R. (Umidade Relativa): 72 % - Equilíbrio
Higroscópico = 14,13%. Após a passagem do ar pelo
ventilador com aquecimento de 2ºC, teremos as seguintes
características: Temperatura de 24ºC e consequentemente
uma U.R. de 63,60% levando para um novo ponto de
Equilíbrio = 11,46 %.
Diferença de peso = 2,87%
Num silo de 100.000 Sacos esta diferença de umidade
gera uma perda de peso equivalente a 4.800 Sacos em
peso.
Como descrevemos no item anterior, um sistema de
exaustão e iluminação natural realiza de forma contínua
o resfriamento não tendo a necessidade de acionar o ventilador.
Menos horas de ventilação contribuirá para manutenção
do peso inicial armazenado.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
CONTROLE DE PRAGAS 09
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10AERAÇÃO
CARREGAMENTO COM UMIDADE DESUNIFORME:
Poderemos observar na imagem, efeito de uma operação
de carregamento do silo após passagem pelo secador
de grãos, onde foi colocado uma carga com umidade
acima do padrão especificado. Esta camada mais úmida
teve um processo metabólico de respiração e liberação de
água e calor maior que os demais grãos, gerando condensação
interna na chapa lateral do silo. Quando o ambiente
armazenador possui o sistema de exaustão e iluminação
natural, esta situação será minimizada, equalizando as
temperaturas com remoção da umidade e calor pela convecção
natural do ar quente (vapor).
Combate as pragas voadoras.
No ambiente de armazenagem este efeito luminoso
interfere na atividade metabólica de insetos e fungos de
superfície, inibindo o acasalamento e oviposição diurna
de traças voadoras (ephestia, plodia, sitotroga). Estas traças
atacam a superfícies da massa de grãos, formando
aglomerados sob uma espécie de teias, que dificultam a
aeração forçada proporcionando o ambiente ideal para
proliferação de fungos contaminantes e refúgio para outros
insetos.
Condensação na chapa do silo
FERRUGEM NAS CHAPAS LATERAIS E NAS ESTRUTU-
RAS DE ARMAZENS:
O efeito da condensação (água) junto as partes metálicas
do ambiente armazenador provoca oxidação (ferrugem),
reduzindo a vida útil e sendo necessário realizar
manutenção, reformas e reposição de peças com custos
elevados. Evitando a condensação, estará preservando as
estruturas metálicas.
Redução dos riscos de acidentes – Segurança do trabalho:
Os acidentes são evitados com aplicação de medidas
especificas de segurança, selecionadas de forma a estabelecer
maior eficácia na prática: Eliminação, neutralização
e sinalização do risco. Um ambiente iluminado possibilita
uma maior visualização por parte do operador, visualizando
equipamentos em funcionamento e em movimentação.
Exemplificando, nos silos temos a situação da rosca varredora,
que em alguns casos para ter um funcionamento
adequado, precisamos entrar no silo.
GANHOS DA ILUMINAÇÃO NATURAL NO AMBIENTE:
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
AERAÇÃO
11
Melhor eficiência da operação e manutenção:
Para atividades de operação da rosca varredora no interior
dos silos e acessórios das correias transportadoras,
como carro de descarga e carga da mesma, a iluminação
contribui para executar uma tarefa com qualidade e competência
com nenhum ou mínimos erros. Bem como para
os casos de manutenção e lubrificação de acionamentos,
troca de roletes, emenda de correia, limpeza de canaletas
de aeração, pisos e chapas laterais. Com um sistema de
exaustão e iluminação natural, a iluminação proporciona
um trabalho mais eficiente e ágil. Poderemos incluir também
como benefícios, a movimentação segura de pessoas
e facilidade visual para o operador de máquina (pá
carregadeira) no rechego da descarga e outras atividades.
Visualizar a cubagem e superfície da massa de grãos:
Proporcionar ao operador a identificação de pontos
de infiltração, acúmulo de impurezas, focos de insetos,
presença de roedores, pontos de deterioração e principalmente
a qualidade da massa armazenada. Em armazéns,
contribui para definir os pontos de carga e fluxo de descarga,
ajudando ao operador definir a abertura dos registros
no piso.
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12AERAÇÃO
Vedação do expurgo:
Na técnica de expurgo, tanto na preparação como
limpeza das chapas, colagem das lonas e aplicação do
produto, bem como remoção do fechamento, a iluminação
natural tem sua importância por serem atividades de
risco ao operador. O trabalho de expurgo exige precisão
na atividade de vedação e envelopamento da massa de
grãos. Com a iluminação, poderemos identificar pontos de
possíveis fuga de gás. Lembramos que para uma melhor
eficiência deste processo necessitamos: Vedação, tempo
de permanência do gás e dosagem correta, conforme especificação
do fornecedor. A condensação sobre a vedação,
acaba molhando os pontos de colagem das fitas nas
lonas, chapa do silo e cabos de termometria, ocasionando
o descolamento das mesmas e o vazamento do gás.
Sempre teremos como o principal objetivo ao instalar
o sistema de exaustão, a eliminação da condensação. No
entanto, a prática da aplicação no campo, demonstrou
outros benefícios, os quais alguns relacionados acima.
Numa segunda oportunidade, estaremos relatando outros
como redução dos efeitos da zona de transição da aeração,
contribuição na remoção da umidade residual após
resfriamento, condensação no interior dos transportadores,
ganhos na aplicação do sistema em silos pulmão, secagem
em coluna inteira e outros que contribuirão para
um processo de armazenagem segura, com qualidade e
rentável.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
PhD. Denize Tyska, Zootecnista
Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento
Pegasus Science
denize.tyska@pegasusscience.com.br
MICOTOXINAS 13
Contaminação
micotoxicológica em
milho comercializado
na América Latina
Ano 2022
Adriano Olnei Mallmann
Veterinário, PhD., Diretor Técnico
Pegasus Science
O milho é um dos cereais mais cultivados no mundo. Nas indústrias de nutrição
animal possui grande relevância devido ao seu alto valor nutricional. Porém,
é um cereal muito atacado por fungos que podem produzir as micotoxinas.
Essas toxinas podem estar presentes nas várias etapas de produção desse cereal,
desde o campo até a fase final do processo, tendo contato com os animais
ou humanos através da alimentação. Ao longo dos anos muitas micotoxinas
foram sendo descobertas e mais profundamente estudadas, assim como seus
mecanismos de toxicidade e comprometimento do sistema imunológico e gastrointestinal
dos animais. Dessa forma, o monitoramento dessas substâncias
tóxicas é fundamental para uma tomada de decisão rápida e assertiva. Isso somente
tornou-se possível com a adoção de ferramentas rápidas e que proporcionam
resultados imediatos e confiáveis. Esse sistema é realizado através da
tecnologia de reflectância no infravermelho próximo (NIRS). Dessa forma, esse
trabalho objetiva apresentar a prevalência e contaminação micotoxicólogica no
milho comercializado nos Países da América Latina, analisados pela Pegasus
Science no ano de 2022.
Materiais e métodos
Ao longo do ano de 2022 foram preditos 12.443 espectros de amostras de
milho. Esses espectros foram originados de amostras de rotina e enviados através
da Plataforma Olimpo, um serviço web da Pegasus Science, conectado a
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14MICOTOXINAS
diferentes equipamentos NIRS localizados em vários laboratórios
e indústrias da América Latina. Cada amostra
foi previamente moída em moedor com peneira de 1 mm,
homogeneizada e posteriormente lida no equipamento
NIRS. Em seguida, foi realizado o upload do espectro na
plataforma Olimpo (www.olimpo.pegasusscience.com)
e completadas as informações pertinentes sobre cada
amostra. Assim, as amostras foram preditas quanto à
presença e concentração de fumonisinas B1 e B2 (FBs),
aflatoxina B1 (AFB1), deoxinivalenol (DON) e zearalenona
(ZEA). Os espectros foram derivados de amostras de milho
comercializados nos seguintes países da América Latina:
Argentina (n=382), Bolívia (n=327), Brasil (n=10.645),
Colômbia (n=115), El Salvador (n=109), Equador (n=102),
México (n=121) e Peru (n=642) totalizando 44.874 análises.
O limite de quantificação (LOQ - em µg/kg ou ppb)
para FB1, FB2, AFB1, DON e ZEA foram 200, 200, 5, 350 e
30, respectivamente. As avaliações estatísticas foram realizadas
pela aplicação de estatísticas descritivas (média,
variação e prevalência) usando o software Statgraphics®
Centurion XV (Statgraphics Centurion 15.2.11, Manugistics
Inc., Rockville, MD).
Resultados e discussão
Fumonisinas B1 e B2 (FBs)
A toxina mais prevalente nos Países da América Latina
foi FBs (FB1+FB2), sendo detectada em 90,6% das amostras.
Sua média anual foi de 1.922 µg/kg, e a média das
amostras positivas foi de 2.097 µg/kg, respectivamente. A
Bolívia apresentou a menor média anual para FBs (1.130
µg/kg) e o Peru a maior média anual (2.690 µg/kg) (Figura
1). A concentração variou de 0 (zero) até 14.077 µg/kg. A
alta frequência de contaminação para FBs nas amostras
de milho é esperada já que o clima dos Países estudados
favorece o crescimento de fungos toxigênicos para essa
toxina.
Figura 1: Concentração média e prevalência de fumonisinas B1 e B2 (FBs) em
amostras de milho provenientes de Países da América Latina obtidas via NIRS
em 2022.
Zearalenona (ZEA)
A segunda toxina mais prevalente foi a ZEA, sendo observada
em 27% das amostras analisadas. A média anual
e a média das amostras positivas foram de 18 e 63 µg/kg,
respectivamente. Argentina e Bolívia apresentaram as menores
médias anuais para ZEA (7 µg/kg) enquanto o Brasil
obteve a maior média anual (38 µg/kg). A concentração
variou de 0 (zero) até 898 µg/kg (Figura 2). Historicamente,
a prevalência e médias de contaminação por ZEA no milho
eram baixas, porém no ano de 2022 houve um aumento
significativo nos níveis dessa micotoxina, principalmente
em algumas regiões do Brasil, o que explica a sua maior
média anual.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
Figura 2: Concentração média e prevalência de zearalenona (ZEA) em amostras
de milho provenientes de Países da América Latina obtidas via NIRS em
2022.
Deoxinivalenol (DON)
DON foi detectado em 21% das amostras, sendo a terceira
micotoxina mais prevalente neste levantamento. Sua
média anual foi de 109 µg/kg e a média das amostras positivas
foi de 423 µg/kg. El Salvador e Argentina apresentaram
as menores médias anuais para DON (0 e 19 µg/
kg), respectivamente, enquanto Colômbia, México e Peru
obtiveram as maiores médias anuais (186, 192 e 191 µg/
kg). A variação foi de 0 (zero) até 2.560 µg/kg (Figura 3).
Geralmente essa toxina é uma das menos prevalentes no
milho, porém no ano de 2022 foi observado um aumento
na sua prevalência e concentração, principalmente em algumas
regiões do Brasil.
Figura 3: Concentração média e prevalência de deoxinivalenol (DON) em
amostras de milho provenientes de Países da América Latina obtidas via NIRS
em 2022.
MICOTOXINAS 15
Aflatoxina B1 (AFB1)
A média anual de AFB1 e a média das amostras positivas
foram de 1,6 e 9,4 µg/kg, respectivamente. Portanto,
foi a micotoxina menos prevalente neste levantamento
(17,4%). O Equador apresentou a menor média anual para
AFB1 (0,4 µg/kg) enquanto o México obteve a maior média
anual (4,8 µg/kg). A concentração variou de 0 (zero)
até 37 µg/kg (Figura 4). Embora alguns Países (El Salvador
e México) tenham apresentado prevalência mais elevada
para AFB1 essa micotoxina vêm apresentando baixos níveis,
não sendo observadas altas prevalências e concentrações
devido a um melhor controle dos processos que
podem ocasionar a presença dessa toxina.
Conclusão
O risco que cada micotoxina oferece ao sistema de
produção deve ser medido por meio do monitoramento
contínuo das matérias-primas utilizadas na produção de
rações. O uso de tecnologias que sejam rápidas e confiáveis
auxiliam no processo de tomada de decisão mais
assertiva e econômica para a Empresa.
Além da concentração média e prevalência de cada
micotoxina, outros fatores devem ser observados para o
conhecimento do real grau de risco de exposição: ocorrência
simultânea de diferentes micotoxinas; sensibilidade
de cada espécie animal, em suas diferentes idades e
sexos, e fatores ambientais, sanitários, genéticos e nutricionais
aos quais os animais estão submetidos. Para
saber mais como avaliar todos esses fatores, contate a
equipe da Pegasus Science para ter acesso completo à
ferramenta de gestão do RISCO MICOTOXINAS disponível
em tempo real.
Figura 4: Concentração média e prevalência de aflatoxina B1 (AFB1) em amostras
de milho provenientes de Países da América Latina obtidas via NIRS em
2022.
O monitoramento de micotoxinas no milho deve ser
permanente, pois a a concentração pode variar muito entre
lotes de grãos. A utilização do NIRS para predição de
micotoxinas permite um feedback rápido, podendo ser realizada
uma quantidade maior e mais frequente de análises,
garantindo maior segurança para utilização do cereal
na alimentação animal e humana.
As micotoxinas mais importantes e prevalentes no
milho comercializado nos Países da América Latina apresentaram
algumas diferenças comumente observadas
ao longo dos últimos anos. Os principais achados do presente
levantamento foram a alta prevalência de FBs, um
aumento da prevalência e contaminação por ZEA e DON e
uma baixa a moderada prevalência de AFB 1
.
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16ATUALIDADE
Porto de Paranaguá conta com
nova opção para
classificação de grãos
Os transportadores rodoviários contam com uma nova
alternativa para realizar a classificação dos grãos destinados
à exportação, no Porto de Paranaguá, litoral do Paraná.
A FastFrete, primeira empresa de classificação privada
do Brasil, passa a oferecer o serviço em parceria com o
grupo Bureau Veritas, referência mundial no setor.
A estrutura tem capacidade para receber 500 caminhões,
aumentando o número de cotas distribuídas para
os terminais enviarem caminhões ao porto.
Segundo a diretora da FastFrete, Lígia Bombonatto, o
serviço soma com o que já é realizado pela empresa pública
Portos do Paraná. “Essa classificação é para terminais
privados, tendo como objetivo oferecer às empresas uma
opção a mais para seus veículos, ampliando o sistema logístico.
Somos um pátio alternativo e assim conseguimos
disponibilizar mais cotas para os exportadores que, muitas
vezes, têm um valor de frete bom e não conseguem
descer para o Porto porque não tem cotas disponíveis”,
destaca Lígia.
Classificação dos grãos
A classificação é um processo de controle de qualidade
das cargas de grãos destinadas à exportação. “É uma forma
de evitar fraudes e também a exportação de produtos
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
fora do padrão de qualidade ou contendo impurezas, por
exemplo”, explica Lígia.
A coleta de amostras é realizada na carroceria do caminhão
e encaminhada para análise, antes do grão ser armazenado
nos terminais ou encaminhado para os navios.
O material é analisado pelo Grupo Bureau Veritas, que
também é responsável pelo trabalho no pátio de triagem
administrado pela Portos do Paraná.
Aumento na demanda
O Porto de Paranaguá registra, ano a ano, o aumento
do fluxo de veículos e o crescimento das exportações.
De acordo com a Portos do Paraná, apenas em janeiro
de 2023, 1.240.560 toneladas de granéis sólidos vegetais
foram carregadas pelo Corredor Leste do Porto de Paranaguá
(Corex), volume 12,88% maior que o registrado no
mesmo período de 2022(1.099.044 toneladas).
A maior movimentação também impactou no pátio
de triagem do porto paranaense. Desde 2016, o local não
recebia tantos caminhões em janeiro. Neste ano, 29.639
veículos chegaram para descarregar soja, milho e farelo
de soja. O recorde para o mês na ocupação de vagas do
local, registrado há sete anos, foi de 30.064 caminhões. O
número de 2023 é quase 15% maior que o registrado em
ATUALIDADE 17
2022, quando foram 25.819 transportadores recebidos.
Outras vantagens
No pátio de classificação da FastFrete também estarão
disponíveis outros serviços ofertados pela empresa,
especializada na cotação e na gestão de frete rodoviário e
que também possui um pátio de caminhões.
Por meio da plataforma inteligente da FastFrete, que
conecta embarcadores, transportadoras e caminhoneiros
autônomos, o motorista descarrega e já pode negociar
carga para retornar. “O motorista que vai classificar já
pode oferecer carga retorno, via aplicativo FastFrete, onde
as transportadoras divulgam suas cargas na região, e já
fechar a carga para retornar”, lembra Lígia.
Na FastFrete Park o motorista
também conta com estacionamento
para aguardar os resultados da análise
da classificação dos grãos e local
para descanso.
Em Paranaguá, a FastFrete administra
um pátio com infraestrutura
completa para os caminhoneiros,
com barbearia, lavanderia, área de
conveniência e espaço kids. O local é
certificado pelo Ministério dos Transportes
como um Ponto de Parada e
Descanso (PPD), sendo reconhecido
pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) como um ambiente de descanso
adequado para caminhoneiros, atendendo requisitos importantes
em segurança, sanitários e conforto.
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18SEGURANÇA
Explosão de Poeira:
Regras para evitá-las
Eng. Domingo Yanucci
Consulgran - Granos - Grãos Brasil
graosbr@gmail.com
Infelizmente, muitos armazéns, moinhos, etc., sofreram danos e até destruição
devido àse xplosões de pó que neles ocorreram, e mais lamentável ainda é
a perda de vidas humanas que estes acidentes acarretam.
Em todas as instalações ondeos grãos são manuseados, a produção de poeira
é normal, estimando-se que pelo menos 0,1% do peso dos grãos seja perdido
na forma de poeira.
Esta poeira pode sercombustível em caso de explosão. Para ocorrer uma
explosão é necessária a presença de poeira, em certas concentrações e preferencialmente
fina (menos de40 micrones), no ar, oxigênio e uma fonte de energia
para inflamar.
A poeira tem uma grande área de superfície exposta ao ar (quanto mais fina,
mais superfície exposta), por isso sua combustão é violenta.Especificamente,
podemosdizer que quanto mais fina a partícula de poeira em suspensão, menor
a energiade ignição necessária e mais violenta a explosão que ela consegue
produzir.
A fonte de ignição provoca uma explosão, que geralmente é pequena, isso
gera uma frente de chama, uma frente de pressão que agita o pó depositado
nas superfícies. Quando essa poeira, espalhada e suspensa, colide com a frente
da chama, uma segunda explosão é produzida e assim por diante, a onda de
choque se desenvolve.
Para ocorrer uma explosão, apoeira deve estar entre certos limites de concentração:
• Limite inferior: 20 – 60gr/m 3
• Limite superior: 1000 –6000 gr/m 3
Quando está abaixo do limite inferior, o calor de uma partícula não alcança
a mais próxima. Quando aconcentração excede o limite superior, ocorre a combustão
incompleta das partículase isso retarda a combustão e evita a explosão.
O diâmetro das partículas de poeira também é importante, com menos de
4 mícrons ocorre uma explosão ideal,com mais de 400 mícrons de diâmetro,
uma explosão não é possível.Como é lógico, uma massa depoeira em suspen-
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
SEGURANÇA 19
são possui uma grande variedade de partículas, embora
a maioriatenha mais de 400 mícrons de diâmetro, sendo
5-10% mais fina, é suficiente paracausar uma explosão.
O poder explosivo do pó fino em suspensão é muito
poderoso. Não só a concentração de partículas e seu diâmetro
são importantes, mas também sua umidade. Em
geral, os grãos em pó têm4-5% menos umidade do que o
grão. Essa baixa umidade favorece os processos deignição.
Umidade relativa menor de 50% facilita a explosão.
Outros fatores que afetam a probabilidade de uma explosão
são:
• Grau de turbulência da mistura pó-ar.
• Pressão inicial no momento da ignição.
• Concentração de oxigênio.
• Tamanho e temperatura da fonte de ignição.
• Volume encerrado e percentual ocupado pela mistura
explosiva e sua distribuição etc.
Quaissão as fontes de ignição mais comuns?
• Elementos para fumadores.
• Dispositivos de iluminação(fixos e portáteis).
• Calor gerado pelo deslizamento das correias do elevador.
• Rolamentos ausentes ou em mau estado, fricção excessiva.
• Faíscas produzidas por elementos rotativos.
• Instalações elétricas deficientes, contatos soltos, etc.
• Faíscas elétricas originadas por interruptores, quando
ocorre um incêndio, fusível ou equipamento com
defeito. Falta ou falha de aterramento.
• Eletricidade estática devido à indução de correias
móveis.
• Operações de soldagem ou corte.
• Falta ou proteção insuficiente contra descargas atmosféricas.
• Elementos metálicos que se desprendem das instalações
ou que tenham sido incorporado aos grãos
(parafusos,cavilhas, etc.).
AINSPEÇÃO É A REGRA BÁSICA PARA EVITAR PRO-
BLEMAS
Quais são as medidas necessárias para reduzir o risco
de explosões?
• Evite o vazamento de poeira do equipamento.
• Minimizar a acumulação de pó, utilizando materiais
totalmente lisos, tanto na construção de paredes
como de pavimentos.
• Proibir fumar em áreas críticas.
• Controle rigorosamente as operações de soldagem
ou corte.
• Utilizar somente motores elétricos, interruptores,
caixas de fusíveis e suportes, cuja construção e materiais
concordem com as normas.
• Use separadores magnéticos e pneumáticos (os
ímãs devem ser separados e limpos periodicamente).
• Proibir o uso de sapatos com pregos nas dependências.
• Evite o uso de tintas à base de metais leves (alumínio
– magnésio - etc.) nas instalações. Manchas de
alumínio em aço enferrujado podem causar faíscas
se forem atingidas por um objeto duro.
• Aterre todos os motores elétricos, coletores de pó,
dutos, recipientes de metal, etc.
• Limpe e inspecione os separadores magnéticos frequente-mente
e regularmente.
• Para a inspeção dos silos,utilizar preferencialmente
uma lanterna a bateria ao invés de lâmpadas elétricas.
• Estabelecer proteção contra descargas atmosféricas
e variações bruscas de tensão.
• Mantenha a tensão necessária na correia transportadora
das caçambas do elevador de canecas.
• Inspecione regularmente e com frequência as instalações
em busca de parafusos soltos.
• Garanta uma distância adequada entre a camisa do
elevador e a pólia.
• É aconselhável instalar na base do elevador equipamentos
automáticos, mecânico ou eletrônico para
interromper o movimento e simultaneamente soar
um alarme se a correia diminuir ou parar enquanto a
pólia continua a girar.
• Educar o pessoal sobre o risco de explosão e prevenção.
• Lubrifique os mancais regularmente, seguindo as
instruções do fabricante do equipamento.
• Assegurar a alimentação e manutenção convenientes
dos dutos das correias transportadoras.
• Use um formulário adequado para relatórios de inspeção
para garantir que a manutenção seja feita regularmente.
• Use água de baixa pressão ou aquecimento a vapor.
Localize o gerador em um local separado e isolado,
que deve ser construído com materiais resistentes
ao fogo e ser mantido livre de poeira ou outros materiais
combustíveis.
• Separe o máximo possívelos diferentes setores do
armazen.
• Remova com rapidez e regularidade qualquer acúmulo
de poeira, utilizando equipamento a vácuo, não
sendo recomendado o uso de vassouras de ar comprimido.
• Existem diversos dispositivos de prevenção e proteção
em função do tipo de máquina ou instalação
a proteger. Ex: monitores de velocidade / controles
de energia / termistores /detectores de fumaça /
etc.
SEM DÚVIDA, A PÓ SIGNIFICA UM PROBLEMA DE
HIGIENE (PESSOAL E VIZINHOS EXPOSTOS) E UM PRO-
BLEMA DE SEGURANÇA (PELA EXPLOSÃO QUE CAUSA),
INFELIZMENTE EXISTEM MUITOS ARMAZÉNS SEM OS
ADEQUADOS SISTEMAS DE ASPIRAÇÃO E GERENCIA-
MENTO DE PÓ. VEMOS TAMBÉM QUE NOVAS INSTALA-
ÇOES SÃO CONSTRUÍDOS, DEIXANDO PARA DEPOIS A
INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE VÁCUO, GERANDO RIS-
COS A VIDAS E INVESTIMENTOS.
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20ATUALIDADE
Eng. Margarito Corral Valencia
Em 2017, o Eng. Martín Ramírez Falcón foi convidado
a participar como palestrante do congresso Manejo
Integrado de Pragas Urbanas (MIPU), realizado no
Peru, onde conheceu outros especialistas da área, que
prestigiaram e alimentaram as cátedras do programa.
Oradores da estatura de Carlos Arturo Ruíz Martínez,
da Colômbia e Benjamín Gómez, do México. Mais tarde,
em um curso do INTA na Argentina, conheceu Ricardo
Bartosik, Domingo Yanucci, Mario López Massa, do Chile,
e outras personalidades da mídia.
Por sua vez, o Eng. Falcón já vinha organizando eventos
de treinamento em várias entidades da República
Mexicana há vários anos, e vendo que no país existem
poucos eventos de tal magnitude, como congressos
sobre grãos armazenados, ele teve o
prazer de organizar um encontro no
México. semelhantes às das pragas
do Peru e do INTA na Argentina,
convocando seus especialistas.
Assim, agindo nesse sentido,
procurou pessoalmente alguns
dos palestrantes mencionados,
com a intenção de propor que a
organização do próximo evento
fosse realizada no México. Não
é descabido comentar que os
referidos profissionais aceitaram
o seu atento convite mais cedo do
que de imediato. Foi assim o ing.
Martín decide realizar o primeiro
Congresso Internacional de Grãos
Armazenados (CIGA), na cidade de
Guadalajara, México.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
De volta à sua terra querida, discutiu o germe do
projeto que tinha pela frente com Briseira Mariela
Ramirez Minor, sua filha, e Alma Karina Martínez Muro,
sua assistente pessoal, que imediatamente iniciou os
preparativos, ou seja, seis meses antes da realização do
o evento. De momento, el incipiente comité organizador
de dicho evento sólo tenía una idea vaga del posible
número de personas que acudirían a su convocatoria,
como para pensar con más precisión en el tamaño del
escenario a contratar, pero dio la casualidad de que
por esas fechas Mariely asistió a una conferencia en
el Palacio de la Cultura y los Congresos (PALCCO), un
teatro muy moderno recientemente inaugurado en Av.
Central Guillermo Gonzalez Camarena 375,Poniente,
ATUALIDADE 21
45136 Zapopan, Jalisco, el cual le
pareció una sede excelente para
el congreso que estava pensando.
Assim, logo ali contactou a pessoa
que o ajudou a traçar com mais
precisão o plano e a logística
geral, sugerindo em primeiro lugar
o tema, o desenho dos stands e a
circulação de bilhetes tipo master.
Essa mesma pessoa então os
colocou em contato com o designer
do prêmio. Mariely, por sua vez,
foi ao Ministério da Cultura de
Jalisco para apresentar o projeto
que estavam desenvolvendo e
solicitar seu apoio. Como era de
esperar, esta unidade apoiou-os
com a participação de um grupo
de mariachis e outro de danças
folclóricas, que abrilhantaram o
encerramento do evento.
Para presidir o evento e para sua maior relevância, ing.
Martín estava acompanhado por algumas personalidades
como Biol Sergio Rojas López da FIRA na Presidência do
Estado de Jalisco, e os secretários de desenvolvimento
rural, ing. Rubén Medina Niño, representando o
governador institucional do estado de Michoacán e
Héctor Padilla Gutiérrez, representando o governador
institucional do estado de Jalisco; Eles deram as boasvindas
e quebraram a fita de abertura.
Neste primeiro congresso internacional sobre grãos
armazenados, houve um total de 12 palestrantes, do
México e da América Latina. Além dos já mencionados,
o Dr. Mario Ramírez Martínez, Eng. Benjamín Gómez
Guerrero, Eng. Olga Suarez (Argentina), Eng. Guillermo
Tarelli, Eng. Alejandra Zúñiga Vázquez, Dra. Dora Linda
A. Guzmán Ortiz, Gustavo Martínez, MBA Francisco
Vázquez, Lic. Carlos Hébert Gómez.
Os temas desta ocasião foram vários e diversos: manejo
integrado de pragas em plantas de armazenamento de
cereais, doenças transmitidas por roedores, uso de
ozônio em grãos armazenados, aspectos adaptativos
de pragas de grãos armazenados, riscos no manuseio
e armazenamento de grãos, tecnologia inibidora,
espantar e realocar pássaros, não errar no uso de
fosfina, gaseificador de fosfeto de alumínio, higiene e
segurança alimentar, gestão da segurança alimentar
em grãos, fraude alimentar e estratégias fiscais. Além
das apresentações, um total de 20 estandes de 3 x
2 m foram montados dentro da feira. Principalmente
para os patrocinadores, que foram considerados como
patrocínios ouro, prata e bronze.
Durante o passeio pelos estandes, patrocinadores
e empresas como Operadora de Granos y almacenes,
Innovaozono, Granissa, Econtrol, Degesh, OMG
Internacional, Sinergiaktiva, Corporativo Inagro, Urma
Logistic, entre outros, se encontraram.
Embora originalmente fosse planejado realizar esses
congressos a cada dois anos, em 2020 foi declarada a
emergência pandêmica. De fato, durante o tempo que
durou a emergência nacional, um grande número de
eventos massivos foi cancelado, por isso não foi possível
dar seguimento em tempo útil ao projeto, e só em março
de 2022 foi realizado o segundo Congresso Internacional
de Armazenados grãos, ainda com algumas restrições. O
ING. Martín recebeu sugestões de que neste congresso,
além dos temas de conservação, aeração, controle de
pragas, segurança, cálculo de perdas, futuro do setor
agrícola, etc., deveriam ser incluídos temas sobre o uso
de modernas tecnologias no campo. (uso de blockchain)
e questões atuais na exportação de grãos, como o
protocolo de exportação de sorgo bicolor para a China.
O ING. Martín, por sua vez, deu uma conferência especial
sobre tecnologias do ar para uma agricultura sustentável.
Nesta ocasião, considerando que o Ministério da Saúde,
por motivos de emergência sanitária, ainda mantinha em
vigor certas restrições para este tipo de reunião, algumas
das apresentações foram realizadas online; como foi o
caso dos palestrantes Tiago Conrado, do Brasil, Mario
López, do Chile, Carlos Arturo Ruíz, da Colômbia e
Benjamín Gómez, da Cidade do México. Este segundo
evento foi realizado na Câmara Nacional da Indústria
e Trabalho (CANACINTRA), em Los Mochis, Sinaloa, e
contou com o apoio da presidência municipal de Ahome,
bem como da Associação de Agricultores do Forte do
Rio Sul (AARFS).
Agora, em relação ao terceiro congresso internacional
de grãos armazenados CIGA 2023, não deixo de
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22ATUALIDADE
Para aproveitar a disponibilidade
das tecnologias virtuais, mais uma
vez foi organizado um evento em
modalidade híbrida (presencial/
virtual). A lista de palestrantes
presenciais do CIGA 2023 foi
composta por ing. Carlos Arturo
Ruiz, Eng. Jesús Hernán Barrera
Q. Eng. César Altamirano Lerma,
Dr. Mario Ramírez, Eng. Martín
Ramírez e Eng. Margarito Corral. Na
modalidade virtual, o Eng. Ricardo
Bartosik, o Eng. Domingo Yanucci
e o Eng. Benjamim Gomes. Como
convidados especiais estiveram o
Presidente Municipal de Gerardo
Vargas Landeros Ahome, César
Enrique Galaviz
mencionar que o ing. César Enrique Galaviz Lugo,
presidente da Associação de Agricultores do Rio Fuerte
Sur (AARFS), A.C. disponibilizou para o evento o auditório
ARRFS Venancio Hernández, localizado na Av. Lázaro
Cárdenas 345 Primera cuadro – Los Mochis Centro.
Assim foi realizado o Congresso Internacional de Grãos
Armazenados 2023 nos dias 8 e 9 de março de 2023.
O CIGA é um evento voltado para todos os profissionais
envolvidos desde a produção até a comercialização de
grãos. Incluindo empresários, profissionais, técnicos,
lojistas e feirantes interessados no melhor manejo dos
grãos, a fim de reduzir suas perdas, manter sua qualidade
e torná-los mais úteis para todos.
Do CIGA participam especialistas que apresentam os
avanços industriais, científicos e técnicos necessários,
para que o setor trabalhe dentro dos mais modernos
padrões de segurança industrial e alimentar que os grãos
requerem para sua produção, manuseio, comercialização
e consumo. É para todos nós que vivemos de grãos.
Desde a sua primeira edição, o CIGA tem sido um
dos congressos mais importantes a nível nacional e
internacional, porque participam as melhores empresas
e especialistas do México e da América Latina na área.
No CIGA são apresentadas apresentações inovadoras
de prestígio internacional com trajetória reconhecida,
de importantes empresas e órgãos públicos e privados
especializados na gestão de grãos armazenados.
O CIGA reúne todos os setores da cadeia produtiva,
comercial, educacional e consumidora de grãos, para
divulgar novos produtos, realizar negócios e trocar ideias,
resultados e projetos em comunicação direta e produtiva
do setor agroalimentar.
Um dos pontos centrais do CIGA são as contribuições
inovadoras que técnicos, cientistas, industriais,
comerciantes e organizações públicas e privadas dão
a conhecer, para que os grãos cheguem ao consumidor
final em ótimas condições, em benefício de sua saúde
e economia.
Lugo Presidente AARFS A.C. Manrique Nielsen Castro,
Presidente da Canacintra e LM Héctor Ibarra, Secretário
de Desenvolvimento Econômico.
Da mesma forma, estiveram presentes a diretora
da marinha mercante, capitã de alta altitude María
Marisa Abarca Hernández, e Carlos Meraz Zavala,
contra-almirante do porto de Topolobampo, Sinaloa.
Os que falaram da importância dos portos no país,
destacaram que o transporte de granéis por via
marítima é mínimo, no que diz respeito à mobilização
no transporte motorizado, apesar de as estradas
marítimas serem mais baratas, eficientes, limpas e
seguras. Nessa mesma fundamentação, mencionaram
o projeto do corredor interoceânico, que ligará o porto
de Coatzacoalcos ao de Salina Cruz, a fim de mobilizar
cargas de um dia, e que o desafio da Marinha Mercante
hoje é modernizar um Lei dos Portos que já tem mais
de 30 anos de vigência.
Na agenda do CIGA 2023, prevaleceram os temas de
segurança, habitat de pragas, conservação de grãos e
seus regulamentos (Norma Oficial Mexicana NOM-001-
SAGARPA/SCFI 2016 Anexo Técnico 3, Norma Oficial
Mexicana NOM-022-SAG /FITO-201 e outras NMX a
este respeito). As tecnologias para a conservação da
qualidade dos grãos, a pós-colheita de precisão nos
pontos mais críticos, bem como o uso e manejo do gás
fluoreto de enxofre no controle de pragas dos produtos
armazenados. O ING. Martín Ramírez Falcón, além de
presidir o evento e transmitir conhecimento sobre o
NOM-022-SAG/FITO-2016, disponibilizou ao público
literatura sobre grãos armazenados e seu livro: a solução
está no ar, biografia de ing. Martin Ramírez Falcón, Sr.
Ozônio. Ao final do evento, o Sr. Juan Carlos Anaya fez
uma palestra sobre o comportamento dos mercados
agrícolas. Em cuja exposição destaca como o câmbio
atual barateia as importações, o setor agroalimentar é
o terceiro setor que gera divisas no país, e que o México
produz 96% dos alimentos que consome.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
ATUALIDADE 23
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24INFORME EMPRESARIAL
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
CONTROLE DE PRAGAS 25
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26PÓS-COLHEITA LATINO AMERICANA
Mesa Redonda
Latino-Americana
Um grupo de técnicos especializados está trabalhando
para reativar a Rede Latino-Americana de Pós-colheita e a
MESA REDONDA.
Entendemos que os meios de comunicação atuais,
aliados à nossa realidade tecnológica e aos problemas
comuns de nossos países, além da facilidade de linguagem,
nos colocam em excelentes condições para obter
benefícios da interação de especialistas em pós-colheita
de grãos e sementes.
Para os mais novos, comentamos que se trata de uma
reedição das atividades que a FAO (oportunamente coordenada
pelo Dr. Ciro Arias do México) realizou nas décadas
de 80 e 90. Graças à preocupação da FAO em reduzir
perdas, uma série de atividades e instituições em vários
países de nossa região. Com isso, demos um passo à frente
em nossa especialidade. Dessas iniciativas nasceu a revista
Granos, De la Semilla al consumo, que inclusive foi
criada em uma Mesa Redonda em Lima (Peru) dentro da
Granos, encarte pós-colheita da América Latina e também
nace a Grãos Brasil.
Actualmente, detectamos que esta necessidade de
intercâmbio continua e tendo à nossa disposição meios
de comunicação e facilitadores muito mais potentes, entendemos
que seria possível reavivar aquele grupo de trabalho
e nele integrar especialistas em qualquer das suas
especialidades, sejam armazenamento, conservação, secagem,
classificação, transporte, qualidade, comercialização,
etc. A princípio montaríamos um grupo de WhatsApp
e a partir desses encontros agendaríamos as atividades
Online.
A ideia de cooperação a nível técnico entre países é
muito conveniente. Na região temos países produtores e
outros compradores de grãos e sementes, temos alguns
fortes fornecedores de tecnologia, com importantes empreendimentos
e fábricas. Por isso, um FÓRUM de encontro,
discussão e cooperação deve ser a base para gerar
uma série de atividades lucrativas.
Não devemos perder de vista a necessidade de treinamento
e atualização dos atuais e futuros gestores do
manejo pós-colheita, também é interessante entender e
adequar as normas técnicas que regem o nosso comércio
de grãos.
Os que concordarem com a iniciativa podem apresentar-se
como candidatos a integrar a Mesa Redonda e posteriormente
os grupos de trabalho que forem definidos.
Manteremos você informado sobre a iniciativa nas
próximas edições.
Atenciosamente
Eng. Agr. Ariel Bobliaccini (Uruguai)
Agr. Ing. Armando Casalins (Argentina)
Dr. Flavio Lazzari (Brasil)
Eng. Agr. Domingo Yanucci
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
27
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28ATUALIDADE
Maizall em Missão
na Europa
Produtores de milho do Brasil,
Argentina e EUA trabalham em
conjunto para livre comércio de
alimentos.
Países também pretendem
colaborar com Maizall
para defesa do acesso dos
agricultores à tecnologia e
inovação.
Produtores de milho do Brasil, Argentina e Estados Unidos
trabalharam em conjunto em defesa do acesso dos
agricultores à tecnologia e inovação, em especial à biotecnologia,
durante reunião técnica entre embaixadores dos
três países e representantes da Aliança Internacional do
Milho (Maizall), na sede da Organização Mundial do Comércio
(OMC), em Genebra, na Suíça, nesta semana.
Os representantes dos países também sinalizaram que
pretendem colaborar com a Aliança nas ações contra barreiras
que impeçam o livre comércio de alimentos do bloco
com o restante do mundo.
“Os três países possuem uma cultura em comum no
sistema produtivo, com uso de biotecnologia. Por isso, explicamos
para os outros países porque produzimos assim,
para derrubarmos travas que o mercado nos coloca”, indica
Federico Zerboni, presidente da Maizall.
Genebra
Líderes da Maizall integraram missão na Europa, entre
dias 2 e 6, e participaram de encontros com a equipe técnica
da OMC, na sede da entidade, para falar sobre segurança
alimentar, entre outros temas. Também tiveram uma
rodada de reuniões individuais com dez países-membros
da Organização, entre eles Ucrânia, Austrália, Coreia do
Sul, Paraguai e Canadá. O objetivo é compartilhar conhecimento,
informações, inovações tecnológicas além de
abordar as questões das restrições comerciais em relação
à inovação agrícola.
Bernhard Kiep, representante da Associação Brasileira
de Produtores de Milho (Abramilho), conta que alguns
países ainda defendem uma agenda anterior à guerra da
Ucrânia e que não estão alertas para questões urgentes de
segurança alimentar. “Ficou claro que estão desconectados
da realidade e que esta é uma oportunidade muito boa
para defendermos nosso sistema produtivo”.
Representantes da Maizall em missão na Suíça participam de encontros com
países-membros da Organização Mundial do Comércio.
Coordenador da Maizall, Benno van der Laan avalia
que os encontros foram produtivos, pois representantes
dos países que participaram das reuniões bilaterais foram
receptivos às propostas da Aliança. “Foi uma agenda bem
cheia, positiva e construtiva. Todos agradeceram as informações
que nossos produtores trouxeram”.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
ATUALIDADE 29
Paris
A delegação da Maizall também participou em Paris,
na França, de reuniões com a Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e de um
workshop com a associação francesa de produtores de
milho. Em visita técnica a uma fazenda experimental francesa,
trocaram informações sobre a aplicação da tecnologia
no sistema produtivo.
A Maizall
A Maizall é uma aliança entre associações de produtores
de milho da Argentina, Brasil e os Estados Unidos,
países que cultivam 50% de todo o milho do mundo e 70%
do excedente exportável do planeta.
Pelo Brasil, participa da aliança a Associação Brasileira
de Produtores de Milho (Abramilho). Dos Estados Unidos
são duas associações: a The U.S. Grains Council e a National
Corn Growers Association (NCGA). Quem representa a
Argentina é a Associaón Maíz y Sorgo Argentino (Maizar).
Integraram a missão em Genebra e Paris, o presidente
da Maizall Federico Zerboni, e os integrantes da entidade,
Manuel Ron, John Linder, Darren Armstrong, Paulo Bertolini
e Bernhard Kiep.
Na França, grupo da Maizall visita fazenda-modelo para trocar informações
sobre tecnologia e inovação.
“O pessoal técnico que coordena a fazenda e faz os experimentos
é receptivo à tecnologia. Eles percebem que a
inovação faz diferença nos resultados da produtividade e
que biotecnologia também representa segurança alimentar”,
explica Paulo Bertolini, diretor financeiro Abramilho.
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30CONSERVAÇÃO
Manutenção e
Gerenciamento de
Silos
David B. WILLIAMS
Alfredo D. GRACEY
FAO
Manutenção é o trabalho que permite que os silos, edifícios, máquinas e
equipamentos de controle sejam mantidos em condições seguras e eficientes
de trabalho, de forma que desempenhem suas funções adequadamente.
A manutenção pode ser planejada ou não planejada. A manutenção planejada
pode ser preventiva ou corretiva. A manutenção geralmente é previsível e
algumas evitáveis.
A manutenção preventiva planejada é um trabalho que visa prevenir falhas.
É feito durante a vida útil prevista de uma instalação, de forma a garantir o seu
funcionamento contínuo. A manutenção corretiva planejada é o trabalho feito
para restaurar a operação de uma instalação (reabilitação) ou torná-la tão boa
quanto nova (reforma).
A manutenção previsível é o trabalho regular e periódico necessário para
manter algo funcionando corretamente, ou para repará-lo ou substituí-lo após
atingir sua vida útil. A manutenção evitável é o trabalho necessário para corrigir
falhas causadas por projeto ou instalação incorretos ou pelo uso de materiais
defeituosos. Isso mostra a necessidade de considerar a manutenção em todas
as fases, desde o projeto.
A manutenção não planejada é o trabalho resultante de paradas imprevistas
ou danos devido a causas externas. As peças quebradas são consertadas.
Finalidade da manutenção em armazéns de grãos
O objetivo da manutenção é proteger o grão durante o armazenamento e
transporte, e condicioná-lo para ser manuseado de forma eficiente e econômica.
A manutenção protege os grãos evitando danos devido a defeitos em
máquinas e edifícios. Promove uma direção eficiente, mantendo o maquinário
pronto para funcionar com capacidade máxima, sempre que necessário. Contribui
para os ganhos porque ajuda a recuperar o capital investido em um perío-
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
CONSERVAÇÃO 31
do de tempo razoável. Os custos contínuos relativamente
baixos incorridos são um investimento secundário e não
simplesmente uma despesa.
A manutenção inadequada põe em risco a vida humana,
os grãos e a lucratividade. Uma estrutura ou instalação
mal conservada pode entrar em colapso ou causar a ruptura
repentina de alguma parte mecânica. Alguns materiais
de limpeza e lubrificação são inflamáveis. Produtos
químicos para espurgos são venenosos. Grãos contaminados
com mofo contêm toxinas. Atmosferas poeirentas
causam doenças respiratórias e explosões. Tais riscos
são bastante reduzidos com a manutenção adequada.
Por que a manutenção é necessária?
Prédios e máquinas começam a se deteriorar a partir
do momento em que são construídos. Erosão, corrosão,
abrasão e envelhecimento são causados por flutuações
de temperatura e umidade, poeira, vento e processos químicos.
A limpeza e a pintura combatem essas forças naturais.
O desgaste durante a operação normal é o resultado
do fluxo de grãos, vibrações e tensões nos materiais. A
estrutura inicial pode ser projetada muito forte e difícil de
absorver essas cargas operacionais, mas seu custo inicial
deve ser tolerável.
Máquinas e sistemas tecnológicos se comportam de
maneira diferente à medida que envelhecem. Durante o
funcionamento inicial de uma nova máquina, as peças
fracas são identificadas e gradualmente substituídas.
Durante a operação normal, ocorrem falhas repentinas e
esporádicas (paradas), e durante a “velhice” as paradas
tornam-se mais frequentes, indicando que a máquina está
chegando ao fim de sua vida útil.
Se uma máquina é projetada para uma vida útil de 10
anos, seu primeiro ano é como o amaciamento sem problemas
de um veículo novo; os sinais de "velhice" são esperados
apenas quando ele estiver por volta dos 8 anos de
idade. Os silos de aço são freqüentemente projetados para
uma vida útil de 15 a 20 anos; mas edifícios de concreto e
estrutura de aço são projetados para uma vida útil de 40
a 50 anos. Na prática, a vida útil eficiente dependerá da
intensidade de uso e dos fatores de corrosão locais.
As falhas raramente são repentinas. Normalmente,
há um mau funcionamento durante o período anterior à
avaria final. A detecção precoce pode retardar ou prevenir
mais danos. As bandeiras vermelhas incluem evidências
de corrosão, fadiga do metal, fragilização, expansão ou
contração térmica e montagens ou fundações fraturadas.
Erros humanos, como operação descuidada, substituição
de peças mal ajustadas, lubrificação inadequada e soldas
defeituosas também levam a problemas.
A importância da manutenção
A manutenção é fundamental porque ajuda a agregar
valor ao capital investido na estrutura de movimentação e
armazenagem de grãos. O desejo de continuar a valorizar
o capital é o mesmo para o proprietário privado, uma em-
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32CONSERVAÇÃO
presa estatal ou uma empresa comercial.
Os proprietários geralmente se preocupam com a utilidade
e o valor de sua propriedade e geralmente desejam
melhorá-la gradualmente ao longo dos anos. As atividades
de manutenção respondem a esses interesses. Uma
tarefa óbvia é manter a propriedade limpa e atraente.
Muitos países têm requisitos legais que fornecem padrões
mínimos de manutenção para o trabalho, como padrões
relacionados à segurança, saúde, poluição ou conservação
de energia.
Gerencias de Recursos
A manutenção envolve a organização de pessoas, dinheiro,
materiais, ferramentas e informações. O gerente de
manutenção usa técnicas de gerenciamento como planejamento,
orçamento, comunicação e controle de estoque.
A manutenção eficaz requer artesãos com habilidades técnicas
em metalurgia, ajustes, medições, diagramas, distribuição
de energia elétrica, sistemas mecânicos, controles
elétricos, pintura, alvenaria e encanamento. A manutenção
eficiente requer informações detalhadas sobre cada edifício,
máquina, sistema de controle, material e risco.
O gerente de manutenção
O gestor de manutenção ideal é:
• Um engenheiro qualificado ou técnico qualificado
que tenha um bom desempenho no trabalho exigido
em várias funções.
• Uma pessoa que sabe que a atenção aos detalhes é
vital ao fazer um trabalho técnico, mas que pode ver
o quadro geral ao planejar ou cooperar com outros
gerentes (especialmente os encarregados de operações
e finanças).
• Consciente do custo e do tempo, mas forte e imune a
pressões comerciais ou funcionais que podem levar
a condições de trabalho perigosas.
• Claro e capaz de trabalhar com pessoas, dirigir e
organizar pessoal: disposto a delegar e treinar, autoconfiante
para representar o departamento para
gerentes e visitantes.
• Interessado em mudanças e melhorias tecnológicas,
atualizado sobre os avanços em equipamentos de
manuseio de grãos e técnicas de armazenamento,
especialmente em aspectos de manutenção.
O DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO
Um departamento de manutenção tradicionalmente
responsável por máquinas, eletricidade e edifícios. Um inventário
do local mostrará quão extensos são esses três
grandes grupos e sugerirá a gama de habilidades e talentos
necessários para manter cada peça de maquinário,
cada sistema elétrico, cada edifício e estrutura auxiliar em
boas condições.
Descrição do trabalho
As funções típicas do departamento de manutenção
serão:
• Planejar, organizar e executar a manutenção em toda
a propriedade.
• Gerenciar o orçamento do departamento e controlar
os gastos.
• Gerenciar a equipe do departamento e contratados.
• Controlar o armazém e a oficina.
• Controle de materiais e peças de reposição.
• Organizar a limpeza, lubrificação e pintura.
• Certifique-se de que a propriedade atende aos regulamentos
relevantes e requisitos de seguro.
• Apoiar novos projetos e melhorias.
• Coordenar totalmente com o departamento de operações.
Os aspectos de gestão que estas funções implicam serão
considerados mais detalhadamente a seguir.
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO
Planejamento e financiamento
Para manter adequadamente os ativos com os fundos
disponíveis, é essencial planejar, orçar e controlar os custos
de mão de obra.
O planejamento e o orçamento da manutenção devem
ocorrer simultaneamente.
A manutenção não pode ser planejada sem conhecer
os custos envolvidos. Os orçamentos não podem ser elaborados
sem a definição de um programa de trabalho eficaz.
Planos e orçamentos são mais fáceis de preparar
quando a política de manutenção foi acordada com a administração
central.
Política de manutenção
A política geral de manutenção terá em conta:
• Os propósitos do proprietário, como armazenamento
seguro e manuseio rápido de grãos em todas as
épocas do ano.
• Obrigações legais e requisitos de seguro, como segurança
(vestuário de proteção, campainhas de alarme
antes de ligar as máquinas); sobre incêndios (extintores);
no controle de tráfego nos locais de partida
(sinais de alarme).
• Padrões adequados para cada prédio e maquinário,
como evitar a todo momento a infiltração de água
nos silos, evitar confusões na passagem da movimentação
de grãos para moagem para grãos para
semente, ter todas as máquinas prontas para receber
os caminhões 20 horas por dia durante a época
da colheita.
• A força de trabalho, como a mistura de trabalhadores
contratados internos e externos, o efeito dos impasses
de manutenção na produção, treinamento cruzado
de operações e pessoal de manutenção.
• Os custos e métodos de financiamento como, por
exemplo, pagamentos em dinheiro ou cheque, assinaturas
de autoridades oficiais.
Para preparar uma política de manutenção detalhada
para cada local específico:
• Considere todos os prédios, máquinas e outras propriedades.
Analise seu uso, inspecione sua condição
atual e avalie sua expectativa de vida. Comece com
o edifício ou máquina mais importante. Mantenha a
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
CONSERVAÇÃO 33
análise simples e realista
• Esquema um programa de trabalho necessário
para: a) colocar as instalações em condições satisfatórias;
b) mantê-los em condições adequadas.
Estabelecer critérios para definir “satisfatório” e
“adequado”.
• Decidir como o programa pode ser executado. Mostre
a escala de tempo prevista e a mão de obra necessária.
• Calcule aproximadamente o custo anual total, separando
os custos correspondentes de a) e b).
• Compare o custo deste programa com o custo de
adiar uma parte dele, como comparar grandes reparos
mais tarde e mais grãos estragados agora.
Calcule os custos e benefícios relativos de cada
mudança no programa, levando em consideração
onde está de acordo ou em conflito com práticas
anteriores e políticas a serem seguidas.
• Obter a aprovação da direção central para a nova
política de manutenção, para o cronograma de trabalho
otimizado correspondente e para suas implicações
orçamentárias.
Regras de manutenção
Se as máquinas não tiverem manutenção adequada,
elas manuseiam os grãos com menos eficiência, consomem
mais energia, tornam-se difíceis de operar e até
mesmo perigosas. Edifícios com manutenção insuficiente
tornam-se pouco atraentes, inseguros para grãos e, em última
análise, perigosos.
"Planos e orçamentos são mais
fáceis de preparar quando a política
de manutenção foi acordada com a
administração central"
Para decidir os padrões de manutenção ideais:
• Divida máquinas ou edifícios em vários elementos,
como elementos estruturais, chapas metálicas leves,
peças móveis, eixos de transmissão, controles ou saída
de chuva, janelas, pintura, escadas de acesso.
• Reagrupar os itens nas seguintes categorias: a) aqueles
cujos padrões podem estar diretamente relacionados
aos custos, como o custo de cada dia de atraso
no descarregamento de um navio, ou a pintura de um
telhado a cada três anos, ao invés de deixá-lo deteriorar
até infiltrações aparecem (trocar um telhado custa
muito mais do que pintá-lo, e cada infiltração destrói
várias toneladas de grãos); b) aquelas em que o custo
de armazenamento não aumenta muito enquanto a
deterioração avança, como pintar o suporte de uma
máquina ou as paredes internas de um prédio a cada
cinco anos em vez de três.
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34CONSERVAÇÃO
• Estimar a taxa de deterioração de cada elemento e,
portanto, a soma de todos os elementos. Se esse
custo total puder ser coberto com os fundos disponíveis,
o programa poderá ser executado conforme
planejado. Mas se os fundos forem insuficientes, os
padrões serão rebaixados para encontrar um equilíbrio.
Orçamento de manutenção
Um orçamento é um plano de trabalho transferido para
termos monetários, que cobre um período de tempo específico.
O orçamento de manutenção deve ser feito considerando
os custos atuais e as necessidades futuras, e não
simplesmente com base nas despesas do ano anterior.
Estabelecer o orçamento à luz da política, regulamentos e
inspeção e cronograma de trabalho descritos acima. Isso
oferece argumentos fundamentados para justificar os requisitos
orçamentários dos fundos econômicos.
Os custos de manutenção geralmente aumentam. Isso
é inevitável, pois a manutenção é trabalhosa e muitas vezes
deve ser feita em horas extras, equipamentos antigos
sofrem mais desgaste e equipamentos novos são mais
complicados e requerem técnicos e instrumentos especializados.
Duas estratégias para combater esse fenômeno
são:
• Uma gestão de manutenção mais eficiente.
• Especificar manutenção de baixo custo com critérios
de projeto quando novos equipamentos são adquiridos.
O gerente de manutenção tem uma influência maior
nos custos operacionais do que em outros tipos de custos.
Os custos operacionais resultam de decisões sobre a
operação normal. Estes podem ser variáveis quando vinculados
ao nível de atividade (por exemplo, toneladas movimentadas
por estação), ou fixos (por exemplo, drenagem
do local, zelador).
Os custos de depreciação são os gastos que mantêm o
imóvel seguro e pronto para uso, seja ele operado ou não.
Os custos do projeto são aqueles que surgem de decisões
passadas sobre as quais a administração atual tem
pouco ou nenhum controle, como uma promessa legalizada
de manter uma estrada ou drenagem próximo ao
terreno. Em contraste, a gestão tem influência no nível dos
custos de gestão, como as condições de emprego.
Controle de custos
Os custos são preparados com base em:
• Mão de obra direta igual a: (custo salário/hora) x (horas
necessárias para realizar o trabalho).
• Materiais Diretos: Custos de peças, tintas ou outros
materiais usados no trabalho.
• Despesas Diretas: Custos de trabalhos específicos,
como a contratação de um instrumento especial.
• Despesas Gerais ou Administrativas: Custos que se
distribuem por muitas atividades, como salários de
gerentes e lojistas.
O conhecimento desses componentes de custo permite
que o custo do trabalho executado seja previsto com
mais precisão, especialmente quando comparado aos
custos do trabalho de rotina do ano anterior. Quando um
trabalho é concluído, o gerente pode verificar se demorou
mais ou usou mais materiais do que o esperado. Da mesma
forma, pode justificar uma remuneração maior para
um técnico especializado, ou algum treinamento para reduzir
o desperdício de material.
Os componentes de custo também auxiliam na análise
das mudanças propostas. Por exemplo, ao limpar o chão,
compare o custo de três pessoas com escovas e pás versus
uma pessoa com um aspirador. Que valor é atribuído a
uma atmosfera livre de poeira do ponto de vista da saúde
e dos seguros?
MANUTENÇÃO PREVENTIVA PLANEJADA
Vantagens
A manutenção preventiva planejada aumenta a confiabilidade
dos equipamentos e prolonga sua vida útil.
Quebras de máquinas são evitadas durante os períodos
de ocupação, resultando em melhor eficiência funcional.
Um bom sistema de manutenção preventiva planejada
muitas vezes pode reduzir os custos em cerca de 15%,
porque mão de obra especializada e materiais caros são
usados da maneira mais econômica. As perdas de tempo
e material em reparos de emergência são bastante reduzidas.
O gerente tem mais tempo para organizar, controlar
e treinar sua equipe e para se comunicar com outros departamentos.
A equipe responde produzindo um trabalho
de maior qualidade. A manutenção preventiva planejada é
eficaz mesmo quando limitada a equipamentos importantes,
cuja falha pode colocar em risco o pessoal ou causar
paralisações da planta.
O que significa manutenção preventiva planejada?
A estratégia de manutenção preventiva planejada tem
três etapas: inspeção, inventário e implementação.
Na primeira fase, são recolhidas informações e julgamentos
que servirão de base para o planejamento da
segunda. O inventário produz uma lista de trabalhos que
são executados e controlados sistematicamente no último
estágio.
A manutenção preventiva planeada exclui a reconstrução
de máquinas e reparações gerais e a renovação e
reabilitação de edifícios. Esse trabalho é feito quando uma
máquina ou edifício se deteriorou a tal ponto que a manutenção
preventiva não pode corrigir seu desempenho.
Após uma restauração completa (em um projeto de manutenção
corretiva), a máquina ou edifício pode ser incorporado
ao programa de manutenção preventiva planejado.
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
CONSERVAÇÃO 35
Primeira etapa: Inspeção
Caminhe pela instalação, seguindo uma rota metódica,
como a direção do fluxo de grãos. Leve um caderno,
uma fita métrica, um nível, algumas pequenas ferramentas
(para abertura de portas de inspeção) e instrumentos
como termômetro robusto, medidor de corrente elétrica e
analisador de vibração. Examine o estado de cada máquina,
tanto parada quanto em funcionamento (faça uma segunda
visita se necessário), pergunte ao responsável pela
máquina sobre facilidade de uso, frequência de uso, comportamento
ao parar ou ligar, confiabilidade, estabilidade e
segurança. Não se distraia com pequenas correções que
surgem (mas pequenos ajustes podem ser feitos).
Anote as condições da máquina e a necessidade de
manutenção e reparos. Em linhas gerais, classifique a urgência
dessas necessidades em, por exemplo, imediata,
logo, depois.
Consulte a literatura do fabricante para recomendações
de serviço, se tal literatura não estiver disponível, escreva
para o fabricante ou seu agente local, fornecendo o
tipo de máquina e seu número de série. Peça um manual,
lista de peças e lista de preços. Se você conhece o país de
onde a máquina foi importada, mas não sabe o endereço
do fabricante, solicite-o na seção comercial de sua embaixada.
Verifique quaisquer condições que afetem a manutenção,
como:
• Política, regulamentos e orçamento atuais; e a probabilidade
de que eles vão mudar.
• Relatórios de reparos antigos e os motivos da falha
do equipamento.
• Decisões atuais sobre revisão ou substituição do
equipamento.
• Mão de obra e especialistas disponíveis e possíveis
de serem obtidos.
• Materiais e equipamentos necessários e quanto
tempo leva para fornecê-los.
• Regulamentos de saúde e segurança, outras obrigações
legais e quaisquer condições de seguro comercial
contratado.
Decida quais recursos você precisa, mesmo que seja o
seu melhor palpite, em relação a:
• Mão-de-obra: pessoal a tempo inteiro e a tempo parcial;
tipos de artesãos especializados; empreiteiros.
• Materiais e equipamentos; especialmente quantidades
e datas que são necessárias.
• Dinheiro: quanto e quando será necessário.
• Tempo: quando uma máquina ou toda a planta deve
parar.
Os sinais a seguir são principalmente para máquinas.
Uma estratégia semelhante é usada em edifícios.
Segunda etapa: Programação
Divida os trabalhos em listas separadas de acordo com
as prioridades de tempo.
• Imediato: para trabalhos de emergência.
• Em 2 semanas: para evitar riscos de segurança ou
tempos reais.
• Dentro de 4 semanas: para serviços de rotina e outros
trabalhos de manutenção.
• Em 8 semanas: para outros trabalhos catalogados.
• Diferido: para trabalhos que devem ser executados
somente quando houver disponibilidade de mão de
obra.
Atribuir recursos de mão de obra, material e equipamento
aos trabalhos. Comece com os trabalhos imediatos
e trabalhe até os trabalhos agendados mais longos,
alocando recursos para os grandes trabalhos em vez dos
pequenos. Decida se os contratados devem ser usados
em vez dos recursos disponíveis em casa.
Detalhe a mão de obra e material em um calendário desenhado
em um grande quadro-negro ou alfinete de parede.
Este plano de tempo é a sua programação. Indique os
períodos de funcionamento e os de paragem. Indique as
últimas datas para encomendar materiais. Reserve algum
tempo livre para eventos não planejados, como emergências,
doenças ou partos atrasados. Trabalhos menores da
lista adiada podem ser inseridos no programa no último
minuto, para absorver o tempo vazio.
Oferecer períodos de treinamento para novos funcionários
conhecerem o ambiente, para trabalhadores não
qualificados aprenderem a realizar tarefas simples, como
lubrificação de rotina, e para funcionários especializados
aumentarem seus conhecimentos em suas especialidades
ou pesquisar novos equipamentos e fornecedores.
Use relatórios de atividades para corrigir ou melhorar
o planejamento, por exemplo, em relação ao tempo necessário
para o trabalho rotineiro. Envolva técnicos experientes
e o gerente de operações em suas sessões de
planejamento e revisão. Procure padrões e tendências no
comportamento da máquina e na qualidade do trabalho
do técnico. Esteja alerta para uma diminuição gradual na
atenção aos regulamentos de segurança.
Controle de trabalho de emergência
Todo o pessoal de operação e manutenção deve ter
uma compreensão clara do que constitui uma situação de
emergência, para evitar falsos alarmes e interrupção da
manutenção eficiente. Uma dificuldade de trabalho rotineiro
ou um problema para o qual um trabalhador solicita
atenção imediata não é uma emergência.
Uma definição adequada considera os riscos de saúde
e segurança; perigo para os vizinhos; o risco de paralisação
prolongada da planta ou reparos caros e substituição
de equipamentos. Outros pontos possíveis são a probabilidade
de altos custos de horas extras e violações de regras.
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36CONSERVAÇÃO
Um arquivo de emergências graves deve ser mantido
para permitir a análise após a correção da situação. Muitas
emergências são pequenas e podem ser controladas
rapidamente com o uso de poucos recursos. Tudo isso
deve ser arquivado após o evento nos formulários de Ordem
de Serviço Padrão.
Terceira etapa: Implementação
A implementação envolve a preparação e edição de
ordens de serviço por meio do monitoramento da qualidade
do trabalho já realizado e da atualização dos arquivos.
Muitos dos trabalhos envolvem limpeza, lubrificação,
substituição de componentes, ajuste de máquinas e testes
de desempenho. Essas atividades serão abordadas em
outros capítulos.
Ordens de trabalho
Uma ordem de serviço é um documento que autoriza
a execução de um trabalho e registra seu custo. O pedido
é preparado por um técnico experiente ou gerente de
manutenção e atribuído a um técnico ou artesão. Ao mesmo
tempo que a confere, o gestor ou técnico experiente
também irá descrever oralmente a tarefa e discutir com
o responsável a forma como a mesma será realizada. O
documento geralmente é um cartão tamanho A5, que cabe
no bolso e é resistente a mãos sujas. Pode ser feito em triplicado
e utilizar as cópias para controle de almoxarifado
e registro de custos.
A revisão periódica das ordens de serviço ajuda a avaliar
a eficácia das inspeções planejadas de manutenção
preventiva na requisição de materiais, na avaliação do uso
efetivo da mão-de-obra e no planejamento de melhorias.
Como iniciar a manutenção preventiva planejada
O sucesso de um programa de manutenção preventiva
planejada geralmente é determinado por como ele é iniciado.
Explique a estratégia ao seu diretor, gerentes associados,
técnicos de manutenção e pessoal operacional. Retire
os comentários para enriquecer e ajustar seu programa
inicial. Enfatize como a manutenção preventiva planejada
reduzirá riscos, atrasos, tempo de inatividade excessivo e
emergências caras. Se você conseguir localizar uma ou
duas pessoas com experiência nesse tipo de manutenção
em outras organizações, aproveite suas experiências.
Comece simples. Inspecione algumas máquinas e use
os resultados iniciais para manter o entusiasmo. Não espere
listas detalhadas para tudo. Minimize o arquivo de
log. Expanda o alcance do programa conforme você ganha
experiência e os fundos são alocados. Aumente as habilidades
e qualificações dos trabalhadores de manutenção
por meio de treinamento eficaz, supervisão e revisão conjunta
dos trabalhos concluídos.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
À medida que se ganha experiência em manutenção
preventiva, deve ser possível prever com mais precisão o
comportamento das máquinas e seus componentes. Isso
pode gerar economia e reduzir a mão-de-obra e os materiais
de supervisão, além de reduzir o desperdício de tempo
em estações operacionais importantes.
A manutenção preditiva enfatiza o seguinte:
• Estudar o histórico de reparos de uma máquina, para
prever sua vida útil econômica.
• Colocar sensores para monitorar o desempenho das
máquinas e dar aviso automático de falhas.
• Use ferramentas de diagnóstico para detectar condições
anormais.
• Substitua seletivamente os componentes defeituosos,
antes que eles falhem.
DIRETORIA DE PESSOAL E PRESTADORAS DE SERVI-
ÇOS
O emprego direto de mão de obra tem como vantagem
o controle total de suas atividades, resposta rápida a emergências
e flexibilidade de pessoal por meio de treinamento
cruzado. Os funcionários que gozam de continuidade no
emprego devem ter um bom nível de desempenho. Mais
esquemas de incentivos podem ser introduzidos para
aumentar ainda mais a produtividade. O planejamento é
mais simples, pois os funcionários fornecem um complemento
de mão de obra.
No entanto, recrutar bons trabalhadores e remover
maus trabalhadores pode ser difícil às vezes. Os trabalhadores
empregados diretamente precisam de infraestrutura
de apoio, como armazéns, oficinas, transporte e serviços
de contabilidade.
Para alcançar alta produtividade e eficiência dos funcionários,
são necessários um gerenciamento forte e uma
boa comunicação.
A contratação de algum trabalho externo aumenta com
eficiência a força de trabalho e as ferramentas internas. É
particularmente adequado para trabalhos sazonais, como
construção e manutenção do local. Também é adequado
para grandes projetos de reparação, como revisões totais
de máquinas ou renovações de edifícios.
Os empreiteiros podem ter equipamentos especiais
caros. Exemplos incluem máquinas de pavimentação
asfáltica, levantamentos difíceis ou medições de precisão.
Empreiteiros especializados são necessários para
tarefas sofisticadas, como calibração de equipamentos
pesados, reprogramação e manutenção de sistemas de
controle elétrico ou teste de recipientes pressurizados.
Um pequeno empreiteiro pode fazer manutenção e consertar
equipamentos em um local remoto de forma mais
barata e rápida do que os técnicos enviados do escritório
central.
Licitações competitivas de dois ou três empreiteiros
em potencial é a maneira usual de obter um preço barato
por um trabalho. Isso é particularmente adequado para
projetos discretos em que regras e termos de contrato
claros precisam ser estabelecidos. Ao revisar as ofertas,
deve-se tomar cuidado para “comparar coisas semelhantes”,
principalmente no que diz respeito aos padrões de
qualidade e confiabilidade.
Contratos de longo prazo também podem ser organizados
para cobrir tarefas ocasionais, mas repetitivas.
Nesse caso, as ofertas são baseadas em preços unitários
por hora de trabalho e custo dos materiais.
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38CONSERVAÇÃO
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
UTILÍSSIMAS 39
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40UTILISSIMAS
Trigo Bioceres HB4
Obtém Aprovação no Brasil Arvin Donley
ROSÁRIO, ARGENTINA — A Bioceres Crop Solutions
Corp., sediada na Argentina, anunciou em 3 de março
que a CTNBio, a Comissão Nacional de Biossegurança
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil,
concluiu a avaliação de segurança do trigo HB4 da Bioceres,
concedendo total aprovação para sua comercialização e
cultivo no Brasil.
O Brasil é o segundo país onde as agências reguladoras
aprovaram o cultivo do trigo HB4, depois da Argentina, e
conclui os processos de aprovação para os mercados-alvo
de trigo da empresa na América Latina. O Brasil planta de 2
a 3 milhões de hectares de trigo por ano e, juntos, os dois
países respondem por 90% da área cultivada com trigo na
América do Sul.
A aprovação da variedade de trigo geneticamente
modificada segue a aprovação anterior do Brasil para
o uso da farinha de trigo HB4 em alimentos e rações em
novembro de 2021. Além de abrir o mercado brasileiro para a
tecnologia, a decisão abre caminho para a comercialização
na Argentina por meio de canais além do Programa de
Identidade Preservada Bioceres HB4.
A Bioceres destacou que a aprovação também permite
acelerar sua colaboração com a EMBRAPA (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para desenvolver
variedades subtropicais de trigo para aumentar a oferta
de materiais locais nesta geografia. O trigo HB4 oferece
potencial para cultivo duplo (trigo rotativo com uma
leguminosa de verão) em regiões do país que atualmente
são limitadas pela disponibilidade de água, disse a empresa.
A tecnologia HB4 é uma ferramenta chave na adaptação de
sistemas agrícolas a climas mais extremos, e já demonstrou
aumentos de rendimento de mais de 40% em ambientes
com estresse hídrico severo, com base nos resultados da
recente safra afetada pela seca na Argentina.
O trigo HB4 também é aprovado para uso em alimentos
e rações nos Estados Unidos, Colômbia, Nova Zelândia,
Austrália, África do Sul e Nigéria, e para uso em rações na
Indonésia.
A Bioceres disse à World Grain em agosto passado sobre
os planos para realizar testes de campo de seu trigo GM na
Austrália e buscará aprovações de plantio em 2023. Se a
Bioceres conseguir obter aprovações de plantio na Austrália,
poderá abrir as portas para aceitação em outros grandes
produtores e exportadores de trigo. países como os Estados
Unidos.
Fonte: https://www.world-grain.com/articles/18191-
bioceres-hb4-wheat-gains-approval-in-brazil
Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023
Conferencia IGC 2023
O Conselho Internacional de Grãos organizará sua
conferência nos dias 12 e 13 de junho de 2023 em
Londres, após um ano de comercialização muito specifica
22/23, concentrando sua agenda nos desafios dos países
importadores em mercados voláteis. Os desafios foram
dominados pelas renovações do corredor de trigo na mar
negra, limitações financeiras dos países importadores e
um recesso global dos preços do trigo. Uma mesa redonda
com ministros da agricultura, comércio e os organismos
internacionais mais relevantes ajudará a fortalecer o diálogo
entre produtores e importadores. As 3 áreas de discussão
serão a digitalização do comércio, finanças comerciais
e o nexo produtividade/sustentabilidade. Visite o site da
conferência para saber mais sobre ela: https://www.igc.int/
en/conference/programme.aspx
A Conferência IGC está sendo organizada no âmbito da
London Grains Week, apoiada por IGTC, GAFTA, AHDB e IGC.
Esta conferência traz mais de 350 delegados de mais de 60
países para compartilhar visão e experiência no comércio
de grãos. É também uma plataforma única de networking
para operadores do comércio de grãos, setor financeiro e
setor público.
Agora você pode encomendar Granos 152
Apresentamos a última edição de nossa revista Granos
em espanhol.
Entre outros temas, são apresentadas informações sobre:
Inovação no Monitoramento De Grãos Armazenados Via
Sensores De CO 2
; Contaminação micotoxicológica em milho
comercializado na América Latina – Ano 2022; A contribuição
significativa da manipulação a graneis na cadeia alimentar
mundial; Diminuição devido ao manuseio. Estamos aplicando
certo? Quando devemos aplicá-lo?; Contêineres marítimos
contaminados fitossanitários; EXPLOSÃO DE POEIRA: regras
para evitá-los; Mesa Redonda Latino-Americana; CIGA
Congresso Internacional de Grãos Armazenados; O Trem
como Fator Chave de Desenvolvimento; Na corda bamba;
Além da condensação! Seca Histórica Ameaça a Economia
Agrícola, Que Consequências
Pode Ter na Cultura da
Soja?Prestigiosas empresas do
Brasil, Turquia, Canadá, Bélgica
e de outras partes do mundo
participam desta publicação,
que já cumpriu 27 anos e chega
a todos os países de língua
espanhola.
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Revista Grãos Brasil - Abril / Maio 2023