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MATURAÇÃO DA GOIABA (Psidium guajava L.) MEDIANTE ... - Ufcg

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Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.85-94, 2003 85<br />

<strong>MATURAÇÃO</strong> <strong>DA</strong> <strong>GOIABA</strong> (<strong>Psidium</strong> <strong>guajava</strong> L.) <strong>MEDIANTE</strong> PARÂMETROS<br />

FÍSICO-QUÍMICOS<br />

Josivanda Palmeira Gomes de Gouveia 1 , Francisco de Assis Cardoso Almeida 1 , Bartolomeu<br />

Garcia de Souza Medeiros 2 , Carmelita de F. A. Ribeiro 2 , Manassés Mesquita da Silva 2<br />

RESUMO<br />

Objetivou-se, com o presente trabalho, determinar a maturação da goiaba (<strong>Psidium</strong> <strong>guajava</strong> L.)<br />

adubada com doses crescentes de nitrogênio mediante análise de suas características físicas e<br />

químicas. O experimento foi conduzido no Laboratório de Armazenamento e Processamento de<br />

Produtos Agrícolas, da Universidade Federal de Campina Grande, PB. As goiabas foram<br />

oriundas da Estação Experimental de Veludo, Itaporanga, PB. As análises físicas determinadas<br />

foram: peso do fruto, da casca e da polpa, diâmetro longitudinal e transversal, rendimento da<br />

casca e da polpa, consistência do fruto sem casca (polpa), espessura transversal e densidade; as<br />

análises químicas foram: pH, ºBrix, acidez titulável, e relação SST/ATT. Os dados foram<br />

submetidos à análise de variância utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado em<br />

esquema fatorial de 8 x 6 (colheita x adubação) com 4 repetições paras as características físicas<br />

e 5 x 6 (colheita x adubação) em triplicatas para as características químicas. A goiaba<br />

apresentou quatro fases distintas de crescimento quando analisadas através da evolução do seu<br />

peso e tamanho, os quais atingiram os seus maiores valores aos 157 dias da frutificação; o<br />

rendimento das casca, ºBrix, pH, relação SST/ATT e as espessuras do pericarpo aumentaram<br />

com o decorrer da maturação, entretanto, a consistência da polpa, densidade, rendimento de<br />

polpa e acidez titulável diminuíram com a mesma. Sendo assim, a goiaba pode ser colhida a<br />

partir dos 157 dias da frutificação momento em que apresentou uma densidade de 9,8 g cm -3 ,<br />

uma consistência de polpa de 75,02 N cm -2 e uma relação SST/ATT de 6,69.<br />

Palavras-chave: maturação, adubação e frutificação<br />

MATURATION OF THE GUAVA (<strong>Psidium</strong> <strong>guajava</strong> L.) BY PHYSICAL-CHEMISTRY<br />

PARAMETERS<br />

ABSTRACT<br />

This work had as objective to determine the maturation of the guava (<strong>Psidium</strong> <strong>guajava</strong> L.)<br />

manured with growing doses of nitrogen by the analysis of its physics and chemistries<br />

characteristics. The experiment was led at the Laboratory of Storage and Processing of<br />

Agricultural Products, of the Federal University of Campina Grande, PB. The guavas were from<br />

the Experimental Station of Veludo, Itaporanga, PB. The determined certain physical analyses<br />

were: the weigh of the fruit, of the peel and of the pulp, longitudinal and transverse diameter,<br />

revenue of the peel and of the pulp, consistency of the fruit without peel (pulp), transverse<br />

thickness and density; the chemistry analyses were: pH, ºBrix, titratable acidity, and relation<br />

SST/ATT. The data were submitted to the variance analysis of the completely randomized<br />

delineation in factorial scheme of 8 x 6 (crop x manuring) with 4 repetitions to the physical<br />

characteristics and 5 x 6 (crop x manuring) in triplicate for the chemistry characteristics. The<br />

guava presented four different phases of growth when they analyzed through the evolution of<br />

their weight and size, which reached their largest values in 157 days of the fructification; the<br />

revenue of the peel, ºBrix, pH, relation SST/ATT and the thickness increased with the<br />

maturation, however, the consistence of the pulp, density, pulp revenue and titratable acidity<br />

decreased with it. Then, the guava can be picked since 157 days of the fructification moment in<br />

what presented a density of 9.8 g cm -3 , a pulp consistency of 75.02 N cm -2 and a relation<br />

SST/ATT of 6.69.<br />

Keywords: maturation, manuring, fructification<br />

________________________<br />

Protocolo 127 de 28/ 9 /2003<br />

1 Departamento de Engenharia Agrícola/CCT/UFCG, E-mail: josi@deag.ufcg.edu.br; diassis@deag.ufcg.edu.br<br />

2 Mestrando em Engenharia Agrícola/DEAg/CCT/UFCG, E-mail: manasses.m.s@bol.com.br


86<br />

INTRODUÇÃO<br />

O Brasil é um país que se destaca pelo<br />

grande potencial agrícola que possui devido às<br />

suas extensas faixas de terras férteis e também<br />

devido a boas condições climáticas, fato este,<br />

comprovado pela posição que ele ocupa no<br />

mercado internacional agrícola, produzindo, a<br />

cada ano, uma grande variedade de frutos<br />

apreciados, em todo o mundo. Dentre estas<br />

variedades de frutos, a goiaba vem ganhando<br />

grande destaque por ser um dos frutos mais<br />

apreciados, devido às suas características de<br />

sabor e aroma e pelo seu elevado valor nutritivo<br />

(Gongatti Neto et al., 1996). Ademais, assume a<br />

posição de primeiro produtor da fruta no mundo<br />

com uma área cultivada de 11.504 ha e uma<br />

produção de 256.616 ton, segundo dados<br />

publicados em Agrianual 2001, baseados nos<br />

levantamentos do IBGE (CATI, 2003). Apesar<br />

da importância econômica real e potencial da<br />

goiabeira, há falta de informações e de<br />

divulgação tecnológica conducente à<br />

otimização do seu cultivo. Este, quando<br />

fundamentado nos conhecimentos tecnológicos<br />

acumulados ao longo do tempo, constitui uma<br />

alternativa de produção não só atraente, mas<br />

adequada às excelentes condições<br />

edafoclimáticas dos principais pólos de<br />

irrigação do Nordeste do Brasil. Um dos fatores<br />

importantes para se obter sucesso em sua<br />

produção é saber o momento exato para dar<br />

início à colheita e com isso obter êxito nas<br />

exportações, oferecendo ao consumidor um<br />

fruto de alta qualidade, uma vez que a<br />

determinação da fase de maturação com base<br />

apenas na aparência do fruto é falha, por ser<br />

uma medida subjetiva, sujeita a erro humano; o<br />

que torna necessário o uso de métodos físicos e<br />

químicos para se conseguir determinar o ponto<br />

da colheita (Gongatti Neto et al., 1994). O<br />

processo de amadurecimento de frutos pode<br />

ocorrer antes ou depois da colheita. Todavia,<br />

em qualquer uma destas situações, inúmeras<br />

transformações na composição destes estão se<br />

realizando, principalmente, considerando-se a<br />

enorme variedade de compostos químicos que<br />

eles contêm. Essas alterações químicas nos<br />

frutos tropicais podem ser facilmente<br />

identificadas por serem as responsáveis pelas<br />

evidentes mudanças na coloração, textura, sabor<br />

e aroma (Bleinroth, 1998). Shimizu et al.<br />

(2002) caracterizando o ponto ideal de colheita<br />

do fruto do coqueiro anão verde (Cocos<br />

nucifera L.) mostraram que a colheita deve ser<br />

realizada no período do final do sexto até o<br />

sétimo mês, quando o crescimento em largura<br />

Maturação da goiaba mediante parâmetros físico-químicos Gouveia et al.<br />

mostrou-se mais efetivo, o que coincidiu com<br />

um maior acúmulo de água. Garcia (1980)<br />

preconiza a colheita no sexto mês, momento em<br />

que a quantidade de água e a concentração de<br />

açúcares são também mais elevadas. Mendonça<br />

et al. (2002) determinando características físicas<br />

e químicas de pitombas (Talisia esculenta<br />

Radek) do brejo paraibano observaram que o<br />

percentual de casca tendeu a aumentar à medida<br />

que o amadurecimento progredia, o rendimento<br />

em polpa foi baixo, embora com tendência a<br />

aumentar no decorrer do desenvolvimento dos<br />

frutos. Araújo Neto et al. (2000) determinando<br />

o ponto de colheita e índices de maturação para<br />

o sapoti (Manilkara achras (Mill.) Fosberg)<br />

afirmaram que os frutos nos 202 e 209 dias<br />

apresentaram menor firmeza, no dia da colheita<br />

e maior vida de prateleira. Santos et al. (2002),<br />

caracterizando frutos de pitangueira em<br />

diferentes estádios de maturação concluíram<br />

que o desenvolvimento dos dois tipos de<br />

pitanga resultou, no aumento do diâmetro,<br />

comprimento, matéria fresca e seca, e polpa até<br />

os estádios anteriores ao atingimento do<br />

amadurecimento pleno desses frutos. A firmeza<br />

desses frutos diminuiu progressivamente à<br />

medida que a maturação progredia, evidenciando<br />

o amadurecimento, assim como a acidez<br />

total titulável, em contraste com a grande parte<br />

dos frutos tropicais, e os sólidos solúveis totais<br />

aumentaram no decorrer da maturação. Desta<br />

forma, desenvolveu-se este trabalho, com o<br />

objetivo de se determinar o ponto ideal de<br />

maturação da goiaba mediante a análise das<br />

suas características físicas e químicas.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O trabalho foi desenvolvido no<br />

Laboratório de Armazenamento e<br />

Processamento de Produtos Agrícolas (LAPPA)<br />

do Departamento de Engenharia Agrícola<br />

(DEAg), o qual faz parte do Centro de Ciências<br />

e Tecnologia (CCT), da Universidade Federal<br />

de Campina Grande (UFCG), Campina Grande,<br />

PB. As goiabas da variedade Paluma foram<br />

provenientes da Estação Experimental de<br />

Veludo, Itaporanga, PB, onde se utilizou um<br />

pomar que continha cinco tratamentos com<br />

doses crescentes de adubação (60, 120, 180,<br />

240 e 300 g cova -1 planta -1 ) nitrogenada na<br />

forma de sulfato de amônio e mais um<br />

tratamento sem adubação (testemunha). As<br />

amostras eram colhidas, acondicionadas em<br />

sacos de polietileno e, posteriormente, em<br />

caixas com orifícios laterais para que houvesse<br />

uma melhor ventilação durante o transporte. No<br />

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.85-94, 2003


laboratório, os frutos foram selecionados,<br />

descartando-se os danificados pelo atrito no<br />

transporte, os manchados, deformados com<br />

picadas de insetos ou com sintomas de doenças.<br />

Os frutos sadios foram separados, lavados e<br />

colocados em bandejas plásticas etiquetadas<br />

com o nome de cada nível de adubação. Em<br />

seguida, foram determinadas as características<br />

físicas e, posteriormente, as goiabas foram<br />

trituradas em um processador para obtenção da<br />

polpa. Depois de preparadas, foram colocadas<br />

em um freezer a 18 ºC para que se pudessem<br />

iniciar as determinações químicas. Esse<br />

procedimento foi repetido para as oito colheitas,<br />

sendo que as análises químicas só tiveram<br />

início a partir da quinta colheita. Na<br />

caracterização física, determinou-se o peso do<br />

fruto inteiro, utilizando-se uma balança semianalítica<br />

de marca Gehaka; o rendimento da<br />

casca, obtido pela diferença entre o peso do<br />

fruto inteiro e o peso dele sem casca e o<br />

rendimento da polpa, obtido, pesando-se o fruto<br />

sem casca; o tamanho do fruto foi determinado,<br />

medindo-se os diâmetros longitudinais e<br />

transversais, utilizando-se um paquímetro<br />

metálico de marca Mitutoyo; a densidade foi<br />

obtida pelo método do deslocamento de massa<br />

de água, quando a fruta foi submersa num<br />

recipiente com água destilada; a consistência da<br />

polpa foi determinada, usando-se um<br />

penetrômetro de mão, modelo FT011, cujas<br />

perfurações foram feitas na região equatorial de<br />

cada fruto, utilizando-se uma ponta cilíndrica<br />

de 0,4 cm de diâmetro. As espessuras<br />

transversais do pericarpo foram medidas na<br />

região equatorial dos frutos. Na caracterização<br />

química determinou-se o pH, por meio do<br />

método potenciométrico; os sólidos solúveis<br />

totais, determinados por leitura direta, utilizan-<br />

Tabela 1<br />

87<br />

do um refratômetro de marca Guimis; a acidez<br />

titulável, determinada por titulação com NaOH,<br />

seguindo as regras da AOAC (1992) e a<br />

relação SST/ATT, obtida pela razão entre o teor<br />

de sólidos solúveis totais (SST) e da acidez<br />

titulável (ATT). Os dados foram submetidos à<br />

análise de variância, utilizando-se o software<br />

Assistat (Silva, 1996). Utilizou-se o delineamento<br />

experimental, inteiramente casualizado,<br />

em esquema fatorial de 8 x 6 (colheita x<br />

adubação) com 4 repetições para as<br />

características físicas e 5 x 6 (colheita x<br />

adubação) em triplicata para as características<br />

químicas. Dentro de cada fator quantitativo,<br />

foram testados modelos polinomiais para<br />

avaliar seus efeitos. O critério para a escolha do<br />

modelo foi a significância pelo teste F a 1 e 5%<br />

de probabilidade e com o maior coeficiente de<br />

determinação apresentado (R 2 ).<br />

Maturação da goiaba mediante parâmetros físico-químicos Gouveia et al.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Peso do fruto, diâmetro longitudinal e<br />

transversal, rendimento da casca e da polpa,<br />

resistência da casca e da polpa, espessura<br />

transversal 1 e 2, e, densidade<br />

Os dados da análise de variância<br />

mostraram efeito significativo dos fatores<br />

colheita e doses de nitrogênio, enquanto o<br />

desdobramento da análise de regressão indicou<br />

efeito linear e quadrático ao nível de 1% de<br />

probabilidade, para os parâmetros: peso,<br />

diâmetro longitudinal e transversal do fruto<br />

(Tabela 1) cuja representação gráfica expressa o<br />

crescimento da goiaba em quatro estádios<br />

durante o seu desenvolvimento (Figura 1).<br />

Síntese do quadrado médio das análises de variância e de regressão para os fatores peso,<br />

diâmetro longitudinal e transversal ao longo da maturação<br />

Fonte de Variação<br />

Análise de variância<br />

GL QM<br />

Peso total<br />

Diâmetro<br />

longitudinal<br />

Diâmetro<br />

transversal<br />

Colheita 7 76796,867** 23,856** 34,992**<br />

Doses de nitrogênio 5 504,975** 1,266** 0,152 ns<br />

Colheita x doses de nitrogênio 35 669,873** 0,374** 0,316**<br />

Resíduo 144 35,330 0,059 0,071<br />

CV (%) 5,800 3,930 5,110<br />

Regressão linear 1 119390,257** 42,716** 56,627**<br />

Regressão quadrática 1 4461,588** 3,060** 5,797**<br />

**significativo a 1% de probabilidade; *significativo a 5% de probabilidade; ns não significativo<br />

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.85-94, 2003


88<br />

(A)<br />

D iâ metro trasnversal (c m)<br />

Figura 1<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Maturação da goiaba mediante parâmetros físico-químicos Gouveia et al.<br />

y = -0,0002x 2 + 0,1049x - 4,3091<br />

P es o ( g )<br />

200<br />

160<br />

120<br />

Valores médios do diâmetro transversal (A), diâmetro longitudinal (B) e de peso total (C)<br />

do fruto da goiabeira do início da frutificação à maturação<br />

Mediante os valores médios obtidos<br />

para os parâmetros peso e diâmetro, os estádios<br />

de desenvolvimento (Figura 1), estão descritos<br />

a seguir: o primeiro, que vai do início da<br />

frutificação até os 105 dias, com um aumento<br />

lento; o segundo que vai dos 105 aos 135 dias,<br />

constatando-se um aumento considerável; o<br />

terceiro e último período, que vai dos 150 até o<br />

final da maturação, ocorrendo um aumento<br />

lento nesses parâmetros. Aos 157 dias, observase<br />

o maior valor de peso (161,77 g), diâmetro<br />

longitudinal (7,1 cm) e transversal (6,28 cm).<br />

Falcão et al. (2002) comentam que as frutas<br />

atingem o peso e o tamanho máximo antes do<br />

amadurecimento. Observação que se assemelha<br />

com a encontrada por Rathore (1976),<br />

entretanto, este caracterizou o desenvolvimento<br />

da goiaba em três estádios de crescimento<br />

distintos: o primeiro período de<br />

aproximadamente 45 dias, ocorrendo aumento<br />

considerável no peso e dimensões do fruto. O<br />

segundo, de crescimento relativamente lento,<br />

com duração aproximada de 30 dias. Nesse<br />

80<br />

40<br />

R 2 = 0,96**<br />

80 100 120 140 160 180<br />

Tempo (dias)<br />

(C)<br />

D iâmetro lo ngitud inal (cm)<br />

y = 0,0028x 2 + 1,1476x - 108,44<br />

R 2 = 0,94**<br />

0<br />

80 100 120 140 160 180<br />

Tempo<br />

(dias)<br />

8<br />

6<br />

5<br />

3<br />

2<br />

y = -0,0002x 2 + 0,091x - 2,0244<br />

R 2 = 0,96**<br />

0<br />

80 100 120 140 160 180<br />

Tempo<br />

(dias)<br />

(B)<br />

período ocorre o amadurecimento e<br />

endurecimento das sementes. No terceiro,<br />

observa-se um incremento exponencial da taxa<br />

de crescimento do fruto. Nessa fase, a altura e o<br />

diâmetro dos frutos aumentam acentuadamente,<br />

sendo sua duração de 30 dias. Pereira (1995)<br />

relata que frutos da goiabeira da variedade<br />

paluma devido às suas sucessivas floradas, são<br />

produzidos em amplo período de safra, podendo<br />

ser iniciada a colheita a partir dos 158 dias da<br />

floração.<br />

A resistência da casca e da polpa<br />

(Tabela 2) variou de 266,49 a 71,10 N cm -2 para<br />

o fruto com casca e de 231,29 a 70,0 N cm -2<br />

para o fruto sem casca (polpa), evidenciando-se<br />

que a resistência dele diminui progressivamente,<br />

com a sua maturação. Santos et al. (2002)<br />

caracterizando frutos de pitangueira<br />

encontraram resultados similares, assim como<br />

Araújo Neto et al. (2000), determinando o<br />

ponto de colheita para o sapoti. Gongatti Neto<br />

et al. (1996) afirmam que a goiaba pode ser<br />

colhida, quando a polpa apresentar uma<br />

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.85-94, 2003


consistência de 100 N cm -2 . No presente<br />

trabalho, este valor se encontra entre a terceira e<br />

quarta colheita e indicam que a goiaba pode ser<br />

colhida a partir dos 158 dias (sexta colheita).<br />

Ocorrência que, em parte, pode ser explicada<br />

pelo fato de que, normalmente, a resistência dos<br />

Tabela 2<br />

Colheita<br />

(dias)<br />

89<br />

frutos é medida através de um consistômetro<br />

cuja ponta apresenta um diâmetro de 8 mm e,<br />

no caso em estudo, adaptou-se o consistômetro<br />

com uma ponta de 4 mm de diâmetro a qual<br />

forneceu leituras menores, devido à menor área<br />

de perfuração.<br />

Maturação da goiaba mediante parâmetros físico-químicos Gouveia et al.<br />

Variação do peso da casca (PC) e da polpa (PP), rendimento de casca (RC) e polpa (RP),<br />

consistência da polpa (RP), espessura transversal 1 e 2 (ET1 e ET2) e a densidade da<br />

goiabeira tratada com seis níveis de adubação nitrogenada do início da frutificação a<br />

maturação<br />

PC<br />

(g)<br />

PP<br />

(g)<br />

RC<br />

(%)<br />

RP<br />

(%)<br />

RC<br />

(N cm -2 )<br />

RP<br />

(N cm -2 )<br />

ET1<br />

(cm)<br />

ET2<br />

(cm)<br />

Densidade<br />

(g cm -3 )<br />

90 2,86 25,90 9,95 90,05 - - 0,49 0,47 1,07<br />

105 2,96 26,36 9,76 90,24 - - 0,51 0,58 1,03<br />

120 7,37 46,06 13,10 86,9 266,49 231,29 0,73 0,72 1,00<br />

135 11,78 97,54 10,7 89,3 83,18 79,38 0,70 0,77 0,99<br />

150 16,2 104,7 13,39 85,94 79,6 79,10 0,77 0,82 0,98<br />

157 24,9 136,87 15,37 84,61 76,02 75,02 0,84 0,85 0,98<br />

164 26,27 133,06 16,50 83,50 71,26 70,80 0,84 0,80 0,97<br />

171 33,43 121,03 21,64 78,4 71,10 70,00 0,87 0,82 0,96<br />

Através da análise dos resultados<br />

contidos na Tabela 2, pode-se perceber que a<br />

densidade do fruto diminuiu com o avanço da<br />

maturação que variou de 1,07 a 0,96 g cm -3 dos<br />

90 aos 171 dias ao longo do período de<br />

colheitas. Gongatti Neto et al. (1994) comentam<br />

que a goiaba pode ser colhida, quando apresenta<br />

uma densidade de aproximadamente 0,98<br />

g.cm -3 . No presente estudo, a goiabeira<br />

apresenta tal valor a partir dos 150 aos 157 dias,<br />

correspondendo a quinta e sexta colheita,<br />

respectivamente. A espessura transversal 1 e 2<br />

variou de 0,49 a 0,87 cm e 0,47 a 0,82 cm,<br />

respectivamente, correspondendo a um aumento<br />

no decorrer da maturação, momento em que a<br />

goiaba apresentou os maiores valores de peso e<br />

tamanho.<br />

O rendimento de polpa e casca observado<br />

na Tabela 2, indicam que, à medida que o fruto<br />

vai se desenvolvendo, a casca começa a ocupar<br />

mais espaço, evidenciando-se um maior<br />

incremento, neste rendimento, quando ela está<br />

entre os períodos de 157 aos 171 dias (15,37;<br />

16,50 e 21,64%) e que se deu com a diminuição<br />

do rendimento da polpa que ao final do ciclo de<br />

desenvolvimento da goiaba, foi de 78,40% a<br />

sua participação. Tal comportamento foi<br />

observado por Mendonça et al. (2002) que, ao<br />

determinarem características químicas e físicoquímicas<br />

da pitomba, observaram que a<br />

participação da casca tendia a aumentar com o<br />

amadurecimento do fruto, assim como a polpa.<br />

Esteves et al. (1983) encontraram rendimento<br />

de polpa de quatro cultivares de goiaba,<br />

variando de 64, a 70,50% o qual foi inferior ao<br />

menor rendimento encontrado, no presente<br />

trabalho, comportamento que pode ser<br />

explicado pelo fato de que as goiabeiras foram<br />

adubadas com seis níveis distintos de<br />

nitrogênio.<br />

pH, acidez titulável, ºBrix e relação SST/ATT<br />

A análise de variância (Tabela 3) revelou<br />

efeito altamente significativo (a 1% de<br />

probabilidade) para os fatores colheitas e doses<br />

de nitrogênio, enquanto o desdobramento da<br />

análise de regressão indicou efeito linear para<br />

as variáveis acidez titulável e sólidos solúveis<br />

totais, e linear e quadrático para enquanto para<br />

pH e SST/ATT.<br />

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.85-94, 2003


90<br />

Maturação da goiaba mediante parâmetros físico-químicos Gouveia et al.<br />

Tabela 3 Síntese do quadrado médio das análises de variância e regressão para os fatores pH, acidez<br />

titulável (ATT), ºBrix (SST) e proteína da goiaba ao longo da maturação<br />

Análise de variância<br />

Fonte de Variação GL QM<br />

pH ATT SST SST/ATT<br />

Colheita 4 1,273** 0,209** 44,534** 184,500**<br />

Níveis de colheita 5 0,016** 0,026** 5,882** 166,840**<br />

Colheita x adubação 20 0,016** 0,016** 3,221** 98,600**<br />

Resíduo 60 0,001 0,001 0,020 0,140<br />

CV % 0,603 3,120 2,840 1,230<br />

Regressão linear 1 1,468** 0,275** 57,253** 72,261**<br />

Regressão quadrática 1 0,535** 0,011 ns 1,060 ns 0,319**<br />

**significativo a 1% de probabilidade; *significativo a 5% de probabilidade; ns não significativo<br />

Mediante análise da Figura 2, percebese<br />

que a acidez titulável diminuiu ao longo da<br />

maturação de 0,89 a 0,63%. Este resultado pode<br />

ser explicado porque, ao passo que a fruta<br />

amadurece, o teor de açúcar vai aumentando e<br />

paralelamente ocorreu uma degradação de<br />

ácidos orgânicos. Comportamento similar foi<br />

encontrado por Argenta et al. (1995),<br />

determinando padrões de maturação e índices<br />

de colheita de maçãs (Pyrus malus L.). Lima et<br />

al. (2001) caracterizando frutos de goiabeira,<br />

Acidez titulável (%)<br />

0,996<br />

0,83<br />

0,664<br />

0,498<br />

0,332<br />

0,166<br />

0<br />

acharam uma acidez titulável de goiabas<br />

maduras variando de 0,40 a 1,04%. Entretanto,<br />

ITAL (1978) caracterizando goiabas vermelhas<br />

em três diferentes estádios de maturação achou<br />

valores de 0,39; 0,38 e 0,30% para os estágios<br />

verde de vez e maduro, respectivamente. Vale<br />

salientar que as amostras foram adubadas com<br />

doses crescentes de nitrogênio e podem ter<br />

causado aumento de sua acidez, considerandose<br />

também que esta é influenciada pelas<br />

condições de clima e solo.<br />

y = -0,0002x 2 + 0,0662x - 3,659<br />

R 2 = 0,98**<br />

130 140 150 160 170 180<br />

Tempo (dias)<br />

Figura 2 Valores médios da acidez titulável da goiaba ao longo da maturação<br />

A percentagem de sólidos solúveis<br />

(ºBrix) variou de 3,87 a 7,94% dos 135 aos 171<br />

dias, o que significa dizer que, à medida que o<br />

fruto foi amadurecendo, a quantidade do ºBrix<br />

aumenta de forma linear (Figura 3A), onde se<br />

observa um maior incremento destes no último<br />

estádio de maturação (aos 171 dias), que é<br />

aquele destinado ao consumo in natura, quando<br />

a goiaba está pronta para ser diretamente levada<br />

para alimentação. Almeida et al. (1999)<br />

observaram comportamento semelhante para o<br />

incremento de sólidos solúveis em manga<br />

espada, durante a maturação, assim como ITAL<br />

(1991) para a goiaba. Segundo Maia et al.<br />

(1998), determinando o ºBrix de quatro<br />

variedades de goiaba, acharam valores destes,<br />

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.85-94, 2003


variando de 11,00 a 12,10%. Por sua vez,<br />

Ferreira (2002) obteve um ºBrix de 4,8. ITAL<br />

(1978) relata que a goiaba apresentou<br />

porcentagens de ºBrix de 9,5; 10,30 e 11,30%<br />

para os estágios verde, de vez e maduro,<br />

respectivamente. Gongatti Neto et al. (1996)<br />

comentam que a goiaba pode ser colhida<br />

º Brix (%)<br />

pH<br />

91<br />

quando o seu ºBrix estiver próximo de 9,0%. A<br />

maior porcentagem de ºBrix encontrada não<br />

ultrapassou os 7,94%. Isto pode ser explicado<br />

por este valor ser o resultado da média de seis<br />

tratamentos com doses crescentes de adubação<br />

nitrogenada, o qual causou ao longo das<br />

mesmas uma diminuição em seu teor.<br />

Maturação da goiaba mediante parâmetros físico-químicos Gouveia et al.<br />

9,00<br />

8,00<br />

7,00<br />

6,00<br />

5,00<br />

4,00<br />

3,00<br />

2,00<br />

1,00<br />

y = 0,1089x - 11,236<br />

R 2 = 0,92**<br />

0,00<br />

130 140 150 160 170 180<br />

4,50<br />

4,40<br />

4,30<br />

4,20<br />

4,10<br />

4,00<br />

3,90<br />

3,80<br />

3,70<br />

Tempo (dias)<br />

(A)<br />

y = 0,001x 2 - 0,3029x + 25,782<br />

R 2 = 0,97**<br />

3,60<br />

130 140 150 160 170 180<br />

Tempo (dias)<br />

(B)<br />

Figura 3 Valores médios do ºBrix (A) e pH (B) da goiaba ao longo da sua maturação<br />

Verifica-se, ainda, na Figura 3B, que os<br />

resultados de pH variaram de 3,82 a 4,40 no<br />

período compreendido entre 157 a 171 dias do<br />

início de frutificação. Comparando estes dados<br />

com os da acidez presentes na Figura 2, têm-se<br />

que o pH está relacionado diretamente com o<br />

decréscimo da acidez do fruto, observação que<br />

concorda com os estudados por Nogueira et al.<br />

(2002) para acerola. Lima et al. (2001)<br />

caracterizando goiabas na região do Submédio<br />

São Francisco obtiveram pH na faixa de 3,72 a<br />

4,22. Considerando o pH para os estágios:<br />

verde, de vez, e, maduro, ITAL (1978)<br />

encontrou valores para a goiabeira de 3,90; 3,85<br />

e 4,00, respectivamente, valores que estão de<br />

acordo com os obtidos por Ferreira (2002) ao<br />

afirmar ter obtido pH de 3,96 para este fruto.<br />

Assim, mediante os resultados obtidos e os<br />

encontrados na literatura, pode-se concluir que<br />

a colheita da goiaba possa ter início a partir dos<br />

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, Especial, n.1, p.85-94, 2003


92<br />

157 dias depois da frutificação para a condição<br />

do presente trabalho ou quando o pH se<br />

encontrar entre 3,87 e 4,4.<br />

A relação SST/ATT variou de 4,34 e 12,6<br />

(Figura 4). Comportamento explicado pela<br />

.<br />

Relação SST/ATT<br />

Maturação da goiaba mediante parâmetros físico-químicos Gouveia et al.<br />

14,00<br />

11,20<br />

8,40<br />

5,60<br />

2,80<br />

0,00<br />

relação deste fator com o ºBrix o qual diminui,<br />

quando a acidez aumenta, provocando assim,<br />

um aumento ou diminuição nessa relação<br />

(SST/ATT), mostrando as tendências de<br />

comportamento quadrático.<br />

y = 0,008x 2 - 2,2164x + 158,24<br />

R 2 = 0,99**<br />

130 140 150 160 170 180<br />

Tempo (dias)<br />

Figura 4 Valores médios de SST/ATT da goiaba ao longo da maturação<br />

Estes resultados estão de acordo com os<br />

observados por ITAL (1991) ao caracterizarem<br />

cultivar de goiaba vermelha e Santos et al.<br />

(2002) estudando frutos de pitanga. Ademais,<br />

Nogueira et al. (2002) afirmam que os teores<br />

mais elevados de SST são reduzidos pela chuva<br />

ou irrigação excessiva, em virtude da diluição<br />

do suco celular, e variam, também, de acordo<br />

com o genótipo, assim como são elevados pela<br />

temperatura média, no período de alta<br />

luminosidade, em razão de elevar a atividade<br />

fotossintética, causando um maior acúmulo de<br />

carboidratos nos frutos (Dhillon et al., 1990).<br />

CONCLUSÕES<br />

De acordo com os dados obtidos e<br />

discutidos, pode-se concluir que:<br />

A colheita pode se iniciada quando, ela<br />

estiver com 157 dias da frutificação que é<br />

o momento em que a goiaba apresenta<br />

uma densidade de 0,98 g cm -3 , um pH de<br />

3,8, resistência da polpa de 75,62 N cm -2 ,<br />

ºBrix de 5,49% e uma relação SST/ATT<br />

de 6,69;<br />

O comportamento do crescimento da<br />

goiaba em relação ao peso e tamanho<br />

seguiu um padrão polinomial quadrático<br />

com quatro fases;<br />

Tanto a consistência da casca como da<br />

polpa diminuíram com o avanço da<br />

maturação;<br />

A participação da polpa decresceu com a<br />

maturação fechando o ciclo com 78,4%, já<br />

a participação da casca aumentou<br />

finalizando o mesmo com 21,6%;<br />

As variáveis pH, sólidos solúveis totais e<br />

relação SST/ATT aumentaram com a<br />

maturação, caso contrário ocorreu com a<br />

acidez titulável.<br />

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