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Romantismo Contextualização histórica e das artes - Repositório ...

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Raquel Ribeiro<br />

Na maioria dos países europeus, o <strong>Romantismo</strong> será uma forma de expressão essencialmente<br />

literária e artística, e apenas na Alemanha se apresenta como uma procura conjunta, na qual os<br />

filósofos participam tanto como os poetas e os pintores. (Acedido em 15 de Abril de 2010 em<br />

http://pt.wikipedia.org/wiki/<strong>Romantismo</strong>)<br />

Na literatura, destacam-se William Blake (1753-1827), William Cowper (1731-1800), Robert<br />

Burns (1759-1796), Lord Byron (1788-1824), Percy Shelley (1791-1822), John Keats (1795-1821),<br />

Friedrich Schiller, Johann Herder, Johann Goethe, August Schlegel, Georg Hardenberg (1772 –1801)<br />

sob o pseudónimo de Novalis, entre outros.<br />

A música será também um claro expoente deste movimento com a obra de Franz Schubert<br />

(1797-1828), Felix Mendelssohn (1809-1847) e Robert Schumann (1810-1856), numa primeira etapa,<br />

como seguidores de Ludwing Beethoven (1770-1827) e, posteriormente, Franz Liszt (1811-1886),<br />

Johannes Brahms (1833-1897) e Frederic Chopin (1810-1849), entre outros.<br />

Com Théodore Géricault (1791-1824) e Eugène Delacroix (1798-1863), a pintura deixaria de<br />

seguir os cânones clássicos para procurar unicamente a expressão de um sentimento individual, ou<br />

então, no caso de Caspar Friedrich (1774-1840) e William Turner (1775-1851), ser um meio para<br />

integrar o homem e a natureza. (MORA; COLL, 1992. Pág. 160 e 161)<br />

Características<br />

O <strong>Romantismo</strong> caracterizou-se como uma visão do mundo contrária ao racionalismo, o qual<br />

marcou o período neoclássico, e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais<br />

na Europa.<br />

Inicialmente, era apenas uma atitude, um estado de espírito. Mais tarde, toma a forma de um<br />

movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão do mundo centrada no indivíduo.<br />

Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano,<br />

amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela<br />

objectividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela<br />

subjectividade, pela emoção e pelo eu. O que antes vivia no íntimo, envergonhadamente escondido,<br />

é agora confiado à obra, que é destinada ao próximo, ao amigo, à amada e, finalmente, a<br />

estranhos. A objectividade barroca e clássica transmuta-se em representação da expressão<br />

subjectiva da arte da confissão pessoal. (Acedido em 20 de Abril em:<br />

http://recanto<strong>das</strong>letras.uol.com.br/teorialiteraria/1893936)<br />

Dá-se então a democratização. Deixa a nova literatura de ser só para reis, fidalgos ou para<br />

círculos fechados de eruditos e torna-se a literatura do povo. O livro de cordel, o jornal e o<br />

romance cómico traçaram o caminho a seguir pela obra romântica, entusiasmando a burguesia. A<br />

esta classe, ávida de ler, se destina a literatura do romantismo. Os burgueses são os seus<br />

consumidores mais assíduos. O povo continuará analfabeto. A poesia <strong>das</strong> déca<strong>das</strong> de 1840, 1850 e<br />

sobretudo a ultra-romântica invadiu as famílias burguesas, ficando profundamente ligada ao<br />

mundanismo, à vida cívica - escreviam-se versos em álbuns, acompanhavam-se poemas a canto e

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