Romantismo Contextualização histórica e das artes - Repositório ...
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Raquel Ribeiro<br />
os sonhos e a morte. A personagem romântica, mergulhada nesta melancolia pessimista, procura<br />
evadir-se, umas vezes, para o além-morte, através do suicídio, outras vezes, para o convento, o<br />
sacerdócio, a solidão, a loucura;<br />
- O egocentrismo - como o nome diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas<br />
românticos colocam, nos seus poemas e textos, os seus sentimentos, destacando-os na sua obra.<br />
Pode dizer-se, talvez, que o egocentrismo é um subjectivismo exagerado;<br />
- A natureza interagindo com o eu lírico - a natureza, no <strong>Romantismo</strong>, expressa aquilo que o eu<br />
lírico está a sentir no momento narrado. Pode estar presente desde as estações do ano, às<br />
tempestades ou aos dias de muito sol. A natureza interage com o eu lírico, funciona como a<br />
expressão mais pura do estado de espírito do artista;<br />
- Novo conceito de beleza - o grotesco e o sublime – dá-se a fusão do belo e do feio que visa a<br />
idealização do personagem principal, moldando-o à imagem da perfeição. O belo, para os<br />
românticos, será revelado pela emoção - a beleza é algo divino;<br />
- O historicismo – culto da Idade Média - do mesmo modo que se desejava ardentemente regressar a<br />
um idealizado paraíso perdido e a uma simples vida pastoral, em finais do século XVIII começa a<br />
sentir-se a nostalgia pelos períodos do passado. Alguns românticos interessavam-se pela origem do<br />
seu povo, da sua língua e do seu próprio país. O <strong>Romantismo</strong> deixou de ter admiração pela era<br />
greco-romana e baniu de vez o uso da mitologia. A Idade Média, tempo em que o povo ajudava os<br />
reis a criar nações e em que os artifíces, organizados em corporações, tinham evidente valor<br />
político-social, seduziu os românticos. Esta evasão dos tempos medievais proporcionou aos<br />
escritores o contacto com castelos musgosos, len<strong>das</strong> e tradições, cavaleiros, monges, cruzados,<br />
mouros e judeus;<br />
- O byronismo - inspirado na vida e na obra de Lord Byron (1788-1824), poeta inglês com um estilo<br />
de vida boémio, voltado para vícios, bebida, fumo e sexo. O byronismo é caracterizado pelo<br />
narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo e pela angústia;<br />
- O nacionalismo - exaltação do que é nacional e popular - a cultura francesa do século XVIII tinha<br />
unificado espiritualmente a Europa. Napoleão Bonaparte (1769-1821) tentou a unificação política.<br />
Como reacção, os escritores românticos procuram exaltar tudo quanto é nacional e popular. A<br />
literatura romântica cedo adquiriu um carácter cívico e patriótico, tratando com muito carinho as<br />
figuras nacionais;<br />
- O Orientalismo - depois da Revolução francesa e <strong>das</strong> guerras que se seguiram, provoca<strong>das</strong> pela<br />
resistência <strong>das</strong> velhas potências e pela ambição de Napoleão, atingiu-se um período de cansaço, de<br />
esperanças frustra<strong>das</strong>, em que a sociedade, como para se desviar do presente, fomentava o gosto<br />
pela História. Esta atitude rapidamente ultrapassa os limites da Idade Média propriamente dita,<br />
para se orientar para todos os estilos, contrários ao classicismo, que tinham surgido em diversas<br />
p<strong>artes</strong> do mundo. O homem romântico olhará o mundo oriental e outros países exóticos. As imagens<br />
do mundo oriental, envoltas em fantasias, sugestionaram os artistas, os intelectuais e, também, os<br />
mecenas. (Acedido em 22 de Abril de 2010 em: http://pt.wikipedia.org/wiki/<strong>Romantismo</strong>)