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Romantismo Contextualização histórica e das artes - Repositório ...

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Raquel Ribeiro<br />

(1783-1842), Victor-Marie Hugo (1802-1885) e Alfred Musset (1810-1857); em Itália, Giacomo<br />

Leopardi (1798-1837) e Alessandro Manzoni (1785-1873); em Portugal, Almeida Garrett (1799-1854)<br />

e Alexandre Herculano (1810-1877); em Espanha, José Espronceda (1808-1842) e José Zorilla (1817-<br />

1893).<br />

Tendo o liberalismo como referência ideológica, o <strong>Romantismo</strong> renega as formas rígi<strong>das</strong> da<br />

literatura, como versos de métrica exacta. O romance torna-se o género narrativo preferencial, em<br />

oposição à epopeia.<br />

Os aspectos fundamentais da temática romântica são o historicismo e o individualismo. O<br />

historicismo está representado nas obras de Walter Scott (Inglaterra), Vitor Hugo (França), Almeida<br />

Garrett (Portugal) e José de Alencar (1829-1877, Brasil), entre tantos outros. São resgates históricos<br />

apaixonados e saudosos ou observações sobre o momento histórico da época. A vertente, focada no<br />

individualismo, traz consigo o culto do egocentrismo, vazado de melancolia e pessimismo. Pelo<br />

apego ao intimismo e a valores extremados, foram chamados de Ultra-Românticos. (Acedido em 2<br />

de Agosto de 2010 em: http://pt.wikipedia.org/wiki/<strong>Romantismo</strong>)<br />

O romantismo não pretende destruir a razão, mas procura uma consciência clara, perdendo a<br />

veneração pelo sentimento. Representa a superioridade do génio em busca do infinito. A primeira<br />

escola romântica apresenta características marcadamente filosóficas com Friedrich Schelling (1775-<br />

1854), Georg Hegel (1770-1831), Johann Fichte (1762-1814), Novalis, Wilhelm Wackenroder (1773-<br />

1798), Ludwing Tieck (1773-1853), Adelbert Chamisso (1781-1838) e Ernst Hoffmann (1776-1822),<br />

que têm um interesse mórbido pelo fantástico e sobrenatural. A escola romântica posterior, com os<br />

irmãos Jacob Grimm (1785-1863) e Wilhelm Grimm (1786-1859), Clemens Brentano (1778-1842),<br />

Joseph Eichendorff (1788-1857), Friedrich Fouqué (1777-1843), Ludwing Arnim (1781-1831) e Johann<br />

Görres (1776-1848), cultiva a poesia e o conto, especialmente os irmãos Grimm, que fizeram uma<br />

colectânea de contos, conservando-lhes a frescura e sabor popular. O drama é representado por<br />

Henrich Kleist (1777-1811), que, embora contemporâneo do primeiro movimento, não tem relações<br />

com ele. Escreveu uma <strong>das</strong> melhores comédias alemãs, Der Zerbrochene Krug (O jarro quebrado,<br />

1806) e é autor de dramas, sendo o de maior valor Prinz Friedrich von Homburg (1809-1810). Existe<br />

ainda um terceiro grupo, chamado a Escola da Suábia, à qual pertencem Ludwing Uhland (1787-<br />

1862), Körner e Wilhelm Hauff (1802-1827).<br />

A decadência do romantismo assinala-se com a introdução do realismo cínico. Uma <strong>das</strong> causas<br />

que contribuíram para o declínio romântico foi de carácter político: a reacção ao decreto de<br />

Karlsbad (1819) e a Revolução Francesa. Daqui nasceu o grupo chamado “Jovem Alemanha”,<br />

constituído por Heinrich Heine (1797-1856), Carl Börne (1786-1837) e Karl Gutzkow (1811-1878).<br />

Este grupo pretendeu reformar o mundo social e industrial e com ele entrou na literatura a<br />

polémica e a política. Começa a era do realismo, em que não se procura mais uma doutrina de vida.<br />

Os novos poderes da técnica e da indústria, do dinheiro, do nacionalismo e socialismo contribuíram<br />

para uma nova visão do mundo. (GUEDES, 1963, pág.1054 a 1060)

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