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Revista Boas Práticas Cocamar 2016

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APRESENTAÇÃO<br />

SUMÁRIO<br />

O esforço contínuo pelo<br />

aumento da produtividade<br />

José Cícero Aderaldo<br />

Vice-presidente da <strong>Cocamar</strong><br />

Aprodutividade é um<br />

quesito básico para<br />

quem deseja prosperar<br />

em qualquer esfera econômica.<br />

E incrementá-la é indispensável,<br />

sob pena de o próprio negócio<br />

ser comprometido, uma vez que<br />

os custos não param de subir. E,<br />

para quem se dedica à produção<br />

agrícola, o desafio é igualmente<br />

grande, talvez até maior, pois ele<br />

trabalha com uma indústria a<br />

céu aberto, sujeita a toda a sorte<br />

de adversidades.<br />

No entanto, independente de<br />

sua exposição às chuvas excessivas<br />

e vendavais, a ventos<br />

fortes e granizo, às estiagens, ao<br />

ataque de pragas e doenças de<br />

difícil controle, o produtor sabe<br />

que precisa continuar evoluindo.<br />

E, lançando mão de modernas<br />

tecnologias, bem como da<br />

orientação técnica prestada por<br />

sua cooperativa, colocando<br />

em prática o que vê em dias de<br />

campo e palestras, bem como o<br />

resultado de suas experiências e<br />

troca de ideias com colegas de<br />

sua região, o produtor segue em<br />

frente.<br />

A <strong>Cocamar</strong> estabeleceu<br />

para os próximos anos a meta<br />

de se chegar, em sua região,<br />

a uma média de 100 sacas de<br />

soja por hectare. Para quem<br />

acha isso difícil, basta lembrar<br />

que num passado não muito<br />

recente, 50 sacas era um<br />

número que muitos consideravam<br />

improvável. No entanto,<br />

os avanços tecnológicos da<br />

produção agrícola indicam que<br />

o potencial a explorar é ainda<br />

muito grande e, sem dúvida,<br />

vamos chegar lá. Basta ver<br />

os resultados do Concurso<br />

da Máxima Produtividade da<br />

Soja promovidos pelo Comitê<br />

Estratégico Soja Brasil (Cesb).<br />

No ciclo 2014/15, o primeiro<br />

colocado alcançou nada menos<br />

que 141 sacas por hectare na<br />

área do concurso e uma média<br />

superior a 80 sacas/hectare. Os<br />

cinco primeiros colocados tiveram<br />

médias, da mesma forma,<br />

acima de 80 sacas/hectare.<br />

Eles desenvolvem boas<br />

práticas voltadas a um constante<br />

aprimoramento, incluindo<br />

a adoção de tecnologias recomendadas<br />

pela cooperativa,<br />

como o consórcio milho x braquiária,<br />

um bom manejo do solo<br />

e também sistemas inovadores,<br />

como a integração lavoura-pecuária-floresta.<br />

“O Rally <strong>Cocamar</strong> surge para valorizar<br />

as iniciativas de produtores que servem<br />

de referência, em sua região, nesse<br />

esforço constante para o aumento<br />

da produtividade”<br />

04 - 05


06 - 07


NOVOS TEMPOS<br />

Futuro promissor<br />

No Arenito Caiuá, equipe do Rally conheceu produtores, orientados pela<br />

<strong>Cocamar</strong>, que desenvolvem bem-sucedidos programas de Integração<br />

Lavoura-Pecuária-Floresta<br />

Uma grande reviravolta<br />

na economia do arenito<br />

caiuá, no noroeste paranaense,<br />

pode acontecer nos<br />

próximos anos se os produtores<br />

explorarem o grande potencial<br />

existente com a adoção<br />

de sistemas integrados, como<br />

lavoura-pecuária-floresta.<br />

Atualmente, o que mais se vê,<br />

em quase toda parte, são pastos<br />

degradados, com reduzida<br />

média de ocupação de animais<br />

e baixo retorno econômico.<br />

Mas uma revolução silenciosa<br />

vem acontecendo. A<br />

soja, que alguns ainda veem<br />

com estranheza em solos<br />

arenosos, avança sobre pastos<br />

degradados, enfrentando temperaturas<br />

elevadas durante o<br />

verão e, quase sempre, médias<br />

de precipitações inferiores a de<br />

outras regiões.<br />

12 - 13<br />

Cesar Vellini, proprietário da Fazenda<br />

Flor Roxa, em Jardim Olinda (PR)<br />

Quem vai à Fazenda Flor<br />

Roxa, em Jardim Olinda, pensa<br />

que está pisando os solos mais<br />

férteis do Paraná. São 600<br />

alqueires (1.452 hectares),<br />

dos quais 400 (968 hectares)<br />

ocupados pela cana-de-açúcar.<br />

Nos restantes, o proprietário<br />

Cesar Vellini desenvolve, há<br />

quase duas décadas, um programa<br />

de Integração Lavoura<br />

-Pecuária-Floresta (ILPF).


Média de soja na<br />

safra 2015/16 foi de<br />

180 sacas/alqueire<br />

(74,3/hectare)<br />

“<br />

Quando surgiu essa tecnologia de plantar o milho<br />

com braquiária no inverno, demorei dois anos<br />

vendo aquilo para começar a fazer na minha<br />

propriedade, porque eu achava que isso iria<br />

roubar produtividade do milho. Mas não foi<br />

bem assim. Quantas vezes eu colhi o milho e<br />

já tinha pasto para colocar o gado em julho<br />

ou agosto. Ou seja, você ganha seis meses.<br />

Para mim, a evolução da agropecuária é esse<br />

sistema de integração, incluindo a floresta<br />

de eucalipto que traz sombra para o gado.<br />

Quem começa a fazer, não para mais,<br />

a fazenda renova os pastos todos, a propriedade<br />

até parece que tem dono, né?<br />

Eu faço a ração com o meu milho e a minha soja.<br />

Coloco um quilo por dia para garrote, à tarde,<br />

e para boi eu ponho um quilo para cada 100 quilos<br />

de peso vivo. O resultado é fantástico: engorda<br />

rápido, mata rápido, o boi não passa de dois anos<br />

e oito meses, com acabamento de 19 arrobas.<br />

Agora eu quero acelerar mais um pouco, estou<br />

fazendo cruzamento das vacas com aberdeen angus.<br />

Quero antecipar em seis meses o abate”<br />

CÉSAR VELLINI - Jardim Olinda (PR)<br />

14 - 15


NOVOS TEMPOS<br />

16 - 17<br />

Ele colheu a safra de soja<br />

2015/16 com a média de 180<br />

sacas por alqueire (74,3 sacas/<br />

hectare), quantidade que faria<br />

brilhar os olhos dos produtores<br />

das regiões de Maringá e<br />

Londrina. “Em alguns talhões,<br />

passou de 200 sacas”, sorri<br />

Vellini, que conhece os caminhos<br />

da produtividade. “A soja<br />

tem que chegar pronta em janeiro,<br />

que é o nosso mês mais<br />

desafiador”, explica. A Flor<br />

Roxa se revela um oásis numa<br />

região do Paraná onde as propriedades,<br />

em sua maioria, têm<br />

incipiente retorno econômico.<br />

Além de faturar com a soja,<br />

Vellini mantém 800 cabeças<br />

de gado bem alimentado numa<br />

área de 100 alqueires (242<br />

hectares). Para isso, semeia<br />

capim braquiária no outono,<br />

após a colheita. Assim, quando<br />

chegar o inverno, o rebanho<br />

terá pasto em quantidade e<br />

qualidade. A braquiária vai<br />

viabilizar, também, a cobertura<br />

de palha para o plantio direto<br />

da soja do novo ciclo. “Sem<br />

braquiária, não tem conversa”,<br />

afirma o produtor.<br />

A Flor Roxa mantêm oito cabeças<br />

por alqueire (3,3/hectare), com<br />

comida à vontade. Na foto acima,<br />

com o agrônomo César Gesualdo,<br />

da <strong>Cocamar</strong>/Paranacity<br />

A possibilidade de um futuro<br />

próspero, com a ILPF, foi o que<br />

a equipe do Rally observou,<br />

também, ao percorrer a região<br />

de Umuarama.


NOVOS TEMPOS<br />

Em Maria Helena (PR), o<br />

produtor César Formigheri,<br />

faz ILPF desde 2001, “com<br />

palha, o solo fica protegido”<br />

“<br />

A fertilidade você vai construindo ano a ano. A gente<br />

tem trabalhado muito, também, a questão de perfil<br />

de solo. Todo ano fazemos a análise e observamos<br />

que a fertilidade vem aumentando em cada talhão.<br />

Buscamos o enraizamento maior da soja para<br />

mitigar o problema da seca. A nossa dificuldade<br />

ainda está sendo definir a época ideal de plantio,<br />

Estamos plantando a partir de 15 de setembro para<br />

tentar fugir da época mais crítica do verão, que é<br />

o mês de janeiro. Neste ano, por exemplo, mesmo<br />

com toda a chuvarada, 15 dias de sol forte acabaram<br />

trazendo problemas. Nossa maior média, nos últimos<br />

anos, foi 142 sacas por alqueire. Nosso objetivo,<br />

para um futuro breve, é chegar a 160 de média.<br />

A adubação é interessante frisar, a gente tem<br />

trabalhado numa adubação de sistema. Metade do<br />

adubo eu jogo agora no inverno, 500 quilos de<br />

supersimples, por alqueire, e o restante se usa<br />

depois, na base. A gente faz, ainda, entre a aplicação<br />

de várias outras tecnologias, um complemento<br />

nutricional com base na deficiência foliar”<br />

18 - 19<br />

CÉSAR FORMIGHERI, de Maria Helena (PR)


20 - 21<br />

Assistido pela <strong>Cocamar</strong>, o<br />

produtor trabalha para<br />

chegar a uma média de<br />

160 sacas/alqueire<br />

(66/hectare) nos<br />

próximos anos


NOVOS TEMPOS<br />

No município de Maria Helena,<br />

o produtor César Formigheri<br />

apresentou aos visitantes os<br />

resultados da ILPF que desenvolve<br />

desde 2001. Em 363 hectares<br />

(150 alqueires), ele colheu<br />

uma média de 51 sacas por<br />

hectare (125/alqueire)na safra<br />

2015/16, quantidade que ficou<br />

abaixo de suas expectativas em<br />

razão de dez dias consecutivos<br />

de chuvas no estágio final do<br />

ciclo. “Não fosse pela umidade<br />

excessiva, certamente teríamos<br />

uma média maior”, afirma<br />

Formigheri. Mas ele não lamenta<br />

e lembra que, considerando<br />

um ano pelo outro, a soja tem<br />

sido um bom negócio. “Nessa<br />

mesma safra, em um dos<br />

talhões, colhemos 180 sacas<br />

por alqueire” – o equivalente a<br />

74 sacas/hectare.<br />

As 74 sacas/hectare ficaram<br />

perto do objetivo da <strong>Cocamar</strong>,<br />

para os próximos anos, de elevar<br />

a produtividade regional de<br />

soja para 100 sacas/hectare.<br />

MELHOR OPÇÃO – A exemplo<br />

de Vellini, de Jardim Olinda,<br />

Formigheri conta que não via<br />

futuro na pecuária mantida nos<br />

moldes tradicionais e, por isso,<br />

decidiu adotar a integração,<br />

sempre orientado pela <strong>Cocamar</strong>.<br />

“Os primeiros anos não foram<br />

fáceis, mas a experiência acumulada<br />

ao longo do tempo mostra<br />

que é, sem dúvida, a melhor<br />

opção para o arenito”, afirma.<br />

O segredo para produzir soja<br />

no arenito, segundo o produtor,<br />

é fazer uma boa cobertura de<br />

solo – o capim braquiária, cultivado<br />

após a colheita de soja,<br />

vai produzir pasto com grande<br />

volume de massa verde no inverno<br />

e, na primavera, após ser<br />

dessecado, gera cobertura para<br />

o plantio direto da nova safra de<br />

soja e protege o solo durante os<br />

meses de altas temperaturas.<br />

O principal efeito da ILPF para<br />

a pecuária é que Formigheri<br />

mantém 430 cabeças em uma<br />

área de 52 alqueires. Isso dá<br />

uma média de 8,2 cabeças por<br />

alqueire, sendo que na região<br />

do arenito, por causa dos pastos<br />

degradados, esse número<br />

não passa de 2.<br />

DEVAGAR - Formigheri, que<br />

é médico-veterinário, diz que<br />

os pecuaristas, de um modo<br />

geral, são resistentes a novas<br />

práticas e tecnologias. Por isso,<br />

segundo ele, a ILPF avança na<br />

região em ritmo menor que o<br />

desejado. Mas ele diz acreditar<br />

que o futuro é a integração, pois<br />

dinamiza os negócios e gera<br />

mais renda, além de valorizar o<br />

patrimônio.<br />

“Em pleno arenito, os níveis<br />

de fertilidade dessa propriedade,<br />

em termos gerais, podem<br />

ser comparados a de tradicionais<br />

produtoras de grãos”,<br />

comenta o engenheiro agrônomo<br />

da unidade da <strong>Cocamar</strong><br />

em Umuarama, Erick Zobioli. E,<br />

quanto aos níveis de nutrientes,<br />

essas terras são parecidas, por<br />

exemplo, com as de Maringá”,<br />

acrescenta.<br />

Isso se dá, segundo ele,<br />

em razão do profissionalismo<br />

do produtor, que investe em<br />

tecnologias de última geração<br />

e está sempre atento a novidades<br />

que possam auxiliá-lo<br />

no aumento da produtividade.<br />

“Está provado que podemos<br />

fazer muito mais no arenito”,<br />

finaliza Zobioli.<br />

22 - 23


24 - 25


NOVOS TEMPOS<br />

Albertino Afonso Branco, o “Tininho’’<br />

(direita), com o sogro Hélio Polo,<br />

na propriedade em Iporã (PR)<br />

DESAFIO - Os bons fluídos<br />

trazidos pela ILPF ao arenito<br />

paranaense também são<br />

percebidos pelo agropecuarista<br />

Albertino Afonso Branco, de<br />

Iporã, a 50 quilômetros de<br />

Umuarama. Além da sua propriedade,<br />

que fica em Guaiporã,<br />

Branco, que todos chamam<br />

de “Tininho”, faz integração<br />

em parceria com o sogro Hélio<br />

Polo, numa área de 96 hectares<br />

(40 alqueires) próximo a<br />

cidade. Em 24,2 hectares (10<br />

alqueires) eles implantaram 10<br />

de ILPF, cultivando soja pelo<br />

segundo ano na safra 2015/16.<br />

“Colhemos aqui a média de<br />

120 sacas por alqueire (49,5<br />

hectare)”, afirma “Tininho”,<br />

que pode ser considerado<br />

ainda um iniciante. Sua experiência<br />

com o cultivo de soja é<br />

de apenas quatro safras. “Tivemos<br />

uma experiência difícil<br />

nos primeiros anos, em razão<br />

da seca, mas não dá para<br />

desanimar”, afirma o produtor,<br />

que colheu em sua propriedade,<br />

neste ano, a média de 53,7<br />

sacas/hectare (130/alqueire).<br />

“Uma das grandes vantagens<br />

é que conseguimos melhorar<br />

a pecuária”, cita. Ele mantém<br />

vacas de cria para a venda<br />

de bezerros. “Já estamos em<br />

quatro UAs (unidades animais)<br />

por alqueire”, acrescenta,<br />

26 - 27


NOVOS TEMPOS<br />

lembrando não enxergar outra<br />

alternativa para o arenito que<br />

não seja a ILPF. A propósito,<br />

“Tininho” e o sogro possuem<br />

áreas com eucalipto. No sítio<br />

de Polo, há 10 alqueires culti-<br />

vados com esse tipo de floresta,<br />

destinados a comercialização.<br />

Polo se diz tão satisfeito<br />

com os rumos da propriedade<br />

que resolveu construir uma<br />

casa lá, para morar.<br />

Ele comprou as terras em 2010<br />

e não tem dúvida: “fiz um grande<br />

negócio”.<br />

28 - 29<br />

“<br />

Eu não vejo outra saída para o produtor, que não seja<br />

reformar a sua pastagem com soja. Eu acho que<br />

talvez seja a única ferramenta que possa ajudar os<br />

pecuaristas a vislumbrarem melhores horizontes.<br />

No meu caso, entrei com a soja, orientado pela<br />

<strong>Cocamar</strong>, para melhorar a minha produção na pecuária.<br />

Hoje eu vejo a soja, depois de quatro anos com essa<br />

experiência, como uma fonte de renda, e não mais<br />

apenas como aquela ferramenta do estágio inicial.<br />

Acho difícil abrir mão dela hoje, no manejo que faço<br />

em minha propriedade. Estou melhorando a pecuária,<br />

que é a minha fonte de renda principal. Quando eu<br />

comecei com soja, pensava apenas em melhorar a<br />

performance da pecuária. Hoje não: a soja é tão<br />

atrativa quanto a pecuária”<br />

ALBERTINO AFONSO BRANCO, ‘TININHO’, de Iporã (PR)


A saga de um desbravador<br />

Em Presidente Venceslau,<br />

que fica próximo a Presidente<br />

Prudente, no pontal do Paranapanema,<br />

o produtor Marcos<br />

Antonio de Almeida ainda é um<br />

iniciante no cultivo de soja.<br />

Para chegar até sua propriedade<br />

– ele possui 60 alqueires<br />

(145,2 hectares) e arrendou<br />

outros 120 (290,4 hectares)<br />

da vizinhança – é preciso<br />

andar quilômetros e mais quilômetros<br />

com pastos a perder<br />

de vista em ambos os lados<br />

da estrada. Numa parte do<br />

ano as terras são destinadas<br />

a produção de sementes de<br />

forrageiras. Em seguida, vem<br />

a soja para ocupar o mesmo<br />

espaço por duas temporadas.<br />

Almeida, que mora em Santo<br />

Anastácio, ali perto, se sente<br />

um desbravador. Nos primeiros<br />

talhões, colheu de 100 a 120<br />

sacas por alqueire (entre 41,3<br />

a 49,5 sacas/hectare), mas<br />

nos outros, a expectativa era<br />

chegar a 160 (66,1 sacas/hectare).<br />

Bem diferente de outros<br />

anos, quando perdeu tudo com<br />

a seca. “A soja é uma alternativa<br />

boa”, diz o produtor, que<br />

leva a produção para o entreposto<br />

da <strong>Cocamar</strong> em Iepê, a<br />

mais de 100 quilômetros de<br />

distância.<br />

Almeida acha que, no<br />

futuro, muito gente vai plantar<br />

soja por ali, como ele. “Não se<br />

pode ficar como está, é preciso<br />

produzir mais e mais”.<br />

30 - 31<br />

Marcos Antônio de Almeida,<br />

de Presidente Venceslau (SP)


32 - 33<br />

A Zacarias Chevrolet, de Maringá, cedeu dois veículos zero quilometro para o Rally,<br />

que fizeram sucesso por onde passaram. Abaixo, na Expolondrina <strong>2016</strong>


EVOLUÇÃO<br />

Tecnologias<br />

para crescer<br />

Rally vai ao encontro de produtores que se destacam<br />

por seu trabalho na região de Maringá<br />

José Rogério Volpato,<br />

Ourizona (PR)<br />

ORally visitou quatro<br />

produtores associados<br />

da cooperativa na<br />

região de Maringá e manteve<br />

contato com vários outros,<br />

nas unidades de atendimento<br />

em Ourizona, São Jorge do<br />

Ivaí e Floraí. A equipe viajou<br />

cerca de 200 quilômetros por<br />

asfalto e estradas de terra para<br />

conhecer o trabalho que fazem<br />

deles uma referência por sua<br />

produtividade e uso de boas<br />

práticas.<br />

Em Ourizona, o produtor<br />

José Rogério Volpato, cuja<br />

família vive na região desde<br />

1948, deslocou-se com a equipe<br />

até a sua propriedade, onde<br />

cultiva soja no verão e milho<br />

no inverno.<br />

34 - 35<br />

Semeada nas entrelinhas do milho,<br />

a braquiária será dessecada na<br />

primavera para proteger o solo<br />

no verão e mantê-lo úmido por<br />

mais tempo após uma chuva


EVOLUÇÃO<br />

Soja cultivada sobre palhada<br />

de braquiária: sem risco de<br />

erosão e menor incidência<br />

de ervas daninhas<br />

“<br />

A produtividade da soja se dá a partir do preparo<br />

do solo. No pré-plantio a gente já vai escolher a<br />

variedade adequada para cada tipo de solo.<br />

Na nossa região, o solo tem muita variação.<br />

Você precisa acompanhar a evolução: uma<br />

variedade adequada para a propriedade.<br />

Como a <strong>Cocamar</strong> possui sementes de qualidade,<br />

terei certeza de seu vigor e de que irá produzir bem.<br />

Quanto ao consórcio milho e braquiária, a<br />

cooperativa trouxe um ganho tecnológico para<br />

a região, hoje já se achou o volume certo de<br />

sementes de braquiária, que não diminua a<br />

produtividade do milho e incremente, depois,<br />

com a cobertura de palha, a produtividade<br />

da soja. Na agricultura, há uma seleção<br />

natural: quem não busca a evolução e deixa<br />

de correr atrás de tecnologia, não vai a feiras<br />

e dias de campo para ver as novas tecnologias,<br />

infelizmente está ficando para trás”<br />

36 - 37<br />

JOSÉ ROGÉRIO VOLPATO, de Ourizona (PR)


EVOLUÇÃO<br />

Coordenador do Conselho<br />

Fiscal da <strong>Cocamar</strong>, Volpato<br />

apresentou aos visitantes o<br />

consórcio milho e braquiária,<br />

que adotou em 2009, orientado<br />

pela cooperativa. Segundo<br />

ele, a braquiária – plantada em<br />

linhas intercalares ao milho<br />

- ajuda a controlar a erosão,<br />

inibe o desenvolvimento de<br />

ervas daninhas e protege o<br />

solo ao formar uma camada<br />

de palha, após ser dessecada<br />

para o plantio direto da soja.<br />

“O consórcio milho e braquiária<br />

contribui para melhorar a<br />

produtividade da soja”, afirma<br />

Volpato, que na recente safra<br />

2015/16 obteve uma média<br />

geral de 147 sacas por<br />

alqueire (60,7 sacas/hectare).<br />

Da mesma forma, acrescenta<br />

ele, onde havia braquiária, o<br />

impacto das chuvas intensas<br />

dos últimos meses foi<br />

menor.<br />

Na propriedade de Antonio<br />

Crubelati (foto ao lado), em<br />

São Jorge do Ivaí, a equipe<br />

do Rally soube que a média<br />

da soja, na última colheita,<br />

chegou a 132 sacas/alqueire<br />

(54,5/hectare). Na safra<br />

2014/15, em um de seus<br />

lotes, ele atingiu 177 sacas/<br />

alqueire (73,1 sacas/hectare).<br />

Crubelati é de uma família que<br />

chegou à região em 1951.<br />

“Trata-se de um produtor<br />

muito atento às novas tecnologias”,<br />

afirma Gustavo da Silva<br />

Severiano Ferreira, da unidade<br />

local da <strong>Cocamar</strong>. A propriedade<br />

sedia vários projetos desenvolvidos<br />

pela cooperativa,<br />

entre eles o PAPS (Programa<br />

de Aumento de Produtividade<br />

Sustentável de Soja). “O solo<br />

é o nosso maior patrimônio e<br />

temos que cuidar bem dele”,<br />

comenta Crubelatti.<br />

Crubelatti: investir<br />

na fertilidade do solo<br />

“<br />

A gente procura conhecer melhor<br />

as tecnologias e adotar em pequenas<br />

áreas para ver se viabiliza na propriedade.<br />

Estamos sempre em busca de melhorar<br />

a produtividade e o manejo facilitou<br />

muito com os trabalhos que são<br />

prestados e também com os experimentos<br />

que são realizados pela <strong>Cocamar</strong>.<br />

Nós adotamos o consórcio milho e<br />

braquiária e agora vamos trabalhar<br />

com o solo mesmo. A gente precisa ter<br />

uma visão de futuro: e o mais importante<br />

para o produtor é o solo. A gente recebeu<br />

como herança e vamos deixar para as<br />

futuras gerações. Por isso, temos que<br />

preservá-lo”<br />

ANTONIO CRUBELATTI,<br />

de São Jorge do Ivaí (PR)<br />

38 - 39


EVOLUÇÃO<br />

SEMPRE O MELHOR - Em<br />

Floraí, o Rally passou pela propriedade<br />

de Cecília Falavigna, a<br />

campeã do Concurso de Produtividade<br />

de Soja (2014/15) da<br />

<strong>Cocamar</strong>. Ao lado do filho Paulo<br />

César, ela observa: “Queremos<br />

fazer sempre o melhor possível,<br />

evoluir cada vez mais em nossas<br />

médias de produtividade”.<br />

A produtora se diz orgulhosa<br />

e realizada: “Temos aqui uma<br />

equipe muito bem entrosada<br />

e os méritos são de todos”.<br />

Paulo César comenta que na<br />

recente safra 2015/16, foi dada<br />

especial atenção à correção do<br />

solo: “Foi o nosso diferencial”.<br />

“<br />

Nos propusemos a buscar essa produtividade,<br />

indo atrás de tecnologias. Estamos com o pessoal<br />

da <strong>Cocamar</strong> acompanhando tudo, para que os<br />

resultados sejam os melhores possíveis. É um<br />

desafio chegar a volumes cada vez maiores.<br />

Na cooperativa a gente fica sabendo o que há de<br />

melhor em produtos e vai conhecendo as<br />

possibilidades. Quando você se propõe a querer<br />

mais, e a gente deve querer produzir sempre mais,<br />

é preciso buscar as tecnologias, que estão<br />

disponíveis. Tem que usar, ver o que há de melhor em<br />

matéria de produtos, sementes, enfim. A cooperativa<br />

está aí para apoiar a todos. Só não produz mais<br />

quem não vai atrás. As coisas não vêm ao seu<br />

encontro, é preciso buscar”<br />

A produtora com o<br />

filho Paulo César:<br />

aprimoramento constante<br />

40 - 41<br />

CECÍLIA FALAVIGNA, de Floraí (PR)


EVOLUÇÃO<br />

42 - 43<br />

Profissionais da <strong>Cocamar</strong> e de empresas patrocinadoras<br />

acompanharam a equipe do Rally em grande parte das viagens


EVOLUÇÃO<br />

“Nosso único caminho é<br />

batalhar pela produtividade”,<br />

afirma Pico, na foto com o<br />

agrônomo Valdecir Gasparello,<br />

da <strong>Cocamar</strong>/Floraí<br />

Ainda em Floraí, o produtor<br />

Luiz Antonio Cremoneze Gimenez,<br />

o “Pico”, recepcionou a<br />

equipe em sua propriedade. Além<br />

do trabalho que desenvolve em<br />

suas lavouras, chamou a atenção<br />

dos visitantes a sua iniciativa<br />

de investir na recuperação radical<br />

do solo em uma parte da fazenda.<br />

“Trata-se de uma mancha de<br />

solo com nítida deficiência, que<br />

sempre joga para baixo a média<br />

geral de produtividade”, explica<br />

“Pico”, lembrando: “já tentei de<br />

tudo aqui”. Com a assessoria<br />

de especialistas indicados pela<br />

<strong>Cocamar</strong>, ele foi orientado a<br />

fazer uma correção do solo mais<br />

profunda. Em seguida, semeou<br />

braquiária para que, na primavera,<br />

haja cobertura para o plantio<br />

direto da soja. “Temos que<br />

batalhar pela produtividade, é o<br />

nosso único caminho”, resume.<br />

“<br />

Você tem que explorar ao máximo o potencial que a<br />

planta oferece, porque precisa estar pensando sempre<br />

em aumentar a produtividade. O primeiro passo é adequar<br />

o solo e ter a melhor fertilidade possível para explorar o<br />

que as variedades oferecem. Fazer o plantio na época certa<br />

e ter uma condução correta, além de um bom<br />

assessoramento técnico. Eu sou assistido pela cooperativa,<br />

que está sempre preocupada em melhorar a produtividade<br />

dos associados. As ferramentas estão aí, é só querer usar.<br />

Potencial para elevar a produtividade ainda tem, mas não<br />

depende só da gente, pois há vários fatores em jogo que<br />

podem interferir. Mas a gente tem que pensar sempre na<br />

produtividade e buscar o melhor, principalmente eu, que<br />

tenho a maior parte das terras arrendada. O arrendatário<br />

não pode ter produção baixa, senão não ganha dinheiro”<br />

44 - 45<br />

LUIS A. CREMONEZE GIMENEZ, O “PICO”, de Floraí (PR)


DESAFIOS<br />

Sempre aprimorar<br />

Em Arapongas, Cambé, Rancho Alegre e Sabáudia, na região<br />

de Londrina, o trabalho incessante em busca de novas conquistas<br />

O produtor Waldir Waldrich (dir.) com o<br />

engenheiro agrônomo Emerson Nunes,<br />

coordenador técnico de culturas<br />

anuais da <strong>Cocamar</strong><br />

ORally <strong>Cocamar</strong> Bayer<br />

e Spraytec de Produtividade<br />

percorreu a<br />

região de Londrina. Esteve em<br />

Arapongas, Cambé, Rancho<br />

Alegre e Sabáudia.<br />

Em Arapongas, o produtor<br />

Waldir Eudes Waldrich, que<br />

cultiva 100 alqueires (242<br />

hectares) com culturas de<br />

grãos, colheu a média de<br />

140 sacas de soja (57,8 sacas/hectare)<br />

na safra recémconcluída.<br />

Segundo ele, não<br />

fosse pelo excesso de chuvas<br />

na colheita, a quantidade<br />

seria maior. Para demonstrar<br />

o potencial de produtividade<br />

que esperava atingir, em um<br />

dos talhões colhidos antes<br />

das chuvas intensas, o montante<br />

ficou em 180 sacas por<br />

alqueire (74,3 sacas/hectare).<br />

Waldrich adotou há alguns<br />

anos, também, o consórcio<br />

milho e braquiária para ter<br />

volume de palha para cobertura<br />

do solo no verão e, por<br />

isso, se tornou um produtor<br />

diversificado. Além de soja e<br />

milho, cultiva trigo e mantém<br />

pomar de laranja. “Quem quer<br />

se manter no campo tem que<br />

ir atrás de novas tecnologias<br />

para melhorar cada vez mais a<br />

produtividade”, conclui.<br />

46 - 47


Produtor mira uma média de<br />

200 sacas de soja por alqueire:<br />

“estamos fazendo todo o<br />

possível para isso”<br />

“<br />

A tecnologia está disponível e o produtor tem<br />

que ir melhorando a cada momento possível,<br />

um pouquinho ali, um pouquinho aqui, porque<br />

tudo de uma vez também é difícil de ser feito.<br />

Mas aos poucos se consegue melhorar bastante.<br />

A única coisa que incomoda são os custos, mas<br />

isto é revertido no futuro, com o aumento da<br />

produtividade. Se olharmos para trás, vamos<br />

ver que há alguns anos o teto máximo era 100<br />

sacas. Se usava uma baixa tecnologia, uma<br />

população alta de sementes, e também tínhamos<br />

custos menores, não havia ferrugem asiática,<br />

não tinha essa lagarta que nada consegue eliminar,<br />

entre outros problemas, como mofo branco e<br />

caramujinho. Ou seja, houve uma infinidade de<br />

acréscimo de problemas, mas mesmo assim<br />

conseguimos melhores produtividades.<br />

Estamos com uma média de 140 sacas por<br />

alqueire e o objetivo, com a ajuda da <strong>Cocamar</strong>,<br />

é chegar a 200”<br />

WALDIR EUDES WALDRICH, de Arapongas (PR)<br />

48 - 49


DESAFIOS<br />

PRECISÃO - Em seus 38,5<br />

alqueires (93,17 hectares), o<br />

produtor Sérgio Viúdes, que é<br />

engenheiro mecânico e passou<br />

a fazer parte, este ano, do<br />

Conselho Fiscal da <strong>Cocamar</strong>,<br />

colheu a média de 164 sacas<br />

de soja por alqueire (67,7/<br />

hectare), mas teve pico de 189<br />

sacas/alqueire (78/hectare).<br />

“Acredito que podemos evoluir<br />

muito mais”, ressalta Viúdes.<br />

“O tempo para o produtor é<br />

precioso”, cita, explicando<br />

que a incorporação de novos<br />

conhecimentos e tecnologias<br />

para impulsionar a produtividade<br />

das lavouras não pode ser<br />

morosa, sob pena de se perder<br />

competitividade. Para tanto,<br />

Viúdes vem implantando a<br />

agricultura de precisão, sendo<br />

um dos primeiros a tomar essa<br />

iniciativa em sua região.<br />

“Ampliar a propriedade<br />

é difícil. Temos que<br />

trabalhar a produtividade”,<br />

afirma Viúdes, que investe<br />

em agricultura de precisão<br />

“<br />

A agricultura é uma indústria a céu aberto e o produtor tem<br />

que minimizar os efeitos dessa exposição. Há ferramentas<br />

disponíveis, como a agricultura de precisão, que nos auxilia<br />

na identificação de problemas, bem como na busca de solução<br />

de alguns fatores que venham influenciando na<br />

produtividade. O preço da terra é muito alto e você tem que<br />

tirar o máximo possível desse investimento inicial para que<br />

se tenha resultados. Precisamos enxergar isso e tentar<br />

alcançar. A tecnologia não é algo opcional, mas obrigatória.<br />

Ela representa a melhoria contínua dentro da atividade rural,<br />

temos que usar todos os recursos disponíveis e acessíveis<br />

para que aconteça o aumento constante da produtividade.<br />

Essa tecnologia precisa do esforço do produtor também, para<br />

que ele alcance isso. Não cai na mão, ele tem que buscar”<br />

50 - 51<br />

SÉRGIO VIÚDES, de Cambé (PR)


POTENCIAL - Situado quase na<br />

divisa do Paraná com o estado<br />

de São Paulo, o município de<br />

Rancho Alegre foi o destino<br />

final da quarta etapa do Rally.<br />

Radicada há muitas décadas<br />

no lugar, a família Lingnau, de<br />

origem alemã, colheu uma safra<br />

que, devido aos problemas<br />

“<br />

climáticos, acabou ficando<br />

abaixo de suas expectativas.<br />

Em 104 alqueires (251,6<br />

hectares), onde são cultivados<br />

soja e milho, a média da<br />

oleaginosa foi de 119 sacas<br />

(49,1/hectare). No entanto,<br />

considerando um ano pelo<br />

outro, a média tem variado<br />

entre 130 e 140 sacas (de 53,7<br />

a 57,8/hectare). “Temos muito<br />

potencial a explorar”, comenta<br />

o proprietário José Bruno<br />

Lingnau, que liberou uma parte<br />

da fazenda para que a <strong>Cocamar</strong><br />

promova dias de campo e<br />

realize experimentos técnicos<br />

voltados a testar novas variedades,<br />

bem como tecnologias<br />

mais recentes para incrementar<br />

a produtividade das lavouras.<br />

A <strong>Cocamar</strong> trouxe o consórcio milho e braquiária para a região de<br />

Rancho Alegre, pensando na cobertura do solo e na maior produtividade<br />

da soja no verão. Em uma pequena área, o produtor conseguiu 9 sacas<br />

a mais por alqueire, assegurando um retorno financeiro muito atraente.<br />

Agora, estamos pensando em planejar na próxima safra esse<br />

consórcio em metade da propriedade. Esse último ano foi bem<br />

problemático, choveu muito, a umidade do solo era excessiva, houve<br />

a entrada de máquinas em momentos indevidos, e a saída que eu vejo<br />

é a braquiária solteira ou o milho com a braquiária. Aqui a gente tem<br />

de tudo para ser uma das melhores regiões do Brasil, basta saber<br />

adequar e manejar esse solo. O produtor aqui na região já chegou a<br />

170 sacas e a <strong>Cocamar</strong> está com essa perspectiva de chegar a<br />

250 sacas por alqueire e considero isso palpável aqui para a região”<br />

Yoshio e o produtor<br />

José Bruno Lingnau,<br />

de Rancho Alegre<br />

52 - 53<br />

YOSHIO B. KUMASSAKA JR., Agrônomo da<br />

<strong>Cocamar</strong> em Rancho Alegre (PR)


DESAFIO - Em sua última<br />

etapa, o Rally <strong>Cocamar</strong> Bayer<br />

e Spraytec de Produtividade<br />

esteve no dia 13 de abril em<br />

Sabáudia, a 77 quilômetros de<br />

Maringá, onde visitou os irmãos<br />

Jeferson e Alex Skraba,<br />

que trabalham na produção de<br />

soja, milho de inverno e trigo.<br />

Eles possuem 10,5 alqueires<br />

(25,4 hectares) e se estruturaram<br />

a partir de 2008 para<br />

trabalhar com o arrendamento<br />

de terras. Na safra 2015/16,<br />

cultivaram uma área de 100<br />

alqueires de terceiros (o equivalente<br />

a 242 hectares).<br />

Jeferson avaliou o desafio<br />

que ele e o irmão enfrentam a<br />

cada safra. Ao custo do arrendamento,<br />

que corresponde a<br />

30% do total da colheita de<br />

soja, por exemplo, se somam<br />

as despesas diretas com a<br />

aquisição de insumos, combustível<br />

e outras. A conclusão<br />

de ambos é simples: só vão<br />

conseguir ganhar dinheiro,<br />

mesmo, tendo uma boa produtividade.<br />

Na safra de soja<br />

2015/16, os dois já tinham<br />

praticamente certa uma média<br />

ao redor de 150 sacas/alqueire<br />

(62/hectare), mas o tempo<br />

não ajudou. As 240 horas seguidas<br />

de chuvas que sobrevieram<br />

quando as lavouras já<br />

estavam prontas para colher,<br />

acabaram reduzindo a média<br />

para 114 sacas/alqueire (47<br />

sacas/hectare).<br />

A partir da direita: Jéferson, Alex<br />

e o agrônomo Jacson Bennemann<br />

da <strong>Cocamar</strong><br />

Mas os Skraba não desanimam<br />

e graças ao bom<br />

trabalho que realizam, veem<br />

ampliar a oferta de terras<br />

para arrendar. No ciclo<br />

<strong>2016</strong>/17, serão 152 alqueires<br />

(367,8 hectares). “Mas<br />

nós não queremos aumentar<br />

muito mais”, avisou Jeferson,<br />

explicando que ambos<br />

querem cuidar bem do que<br />

já têm e aprimorar os resultados<br />

“Nós gostamos muito<br />

do que fazemos”, disse o<br />

produtor, que em outros anos<br />

atingiu médias ao redor de<br />

“<br />

Um dos segredos está na escolha das variedades<br />

certas, o que se consegue fazendo experiências e<br />

ouvindo a recomendação dos técnicos. Neste ano,<br />

as variedades que escolhemos aguentaram a<br />

chuvarada. Não fosse por isso, as perdas seriam<br />

ainda maiores. Para nós que somos arrendatários,<br />

a pressão pela produtividade é sempre muito<br />

grande, mas estamos conseguindo evoluir, porque<br />

gostamos muito do que fazemos e somos 100%<br />

<strong>Cocamar</strong> tanto na compra dos insumos quanto<br />

na entrega da produção”<br />

170 sacas por alqueire (70<br />

sacas/hectare). Para ele, é<br />

preciso mirar na meta estabelecida<br />

pela <strong>Cocamar</strong>, de<br />

250 sacas por alqueire (103<br />

sacas/hectare). “Há um potencial<br />

muito grande, ainda,<br />

a explorar”, frisa<br />

54 - 55<br />

JEFERSON SKRABA, de Sabáudia (PR)


56 - 57<br />

Belas paisagens, produtores muito receptivos: o Rally <strong>Cocamar</strong> Bayer e Spraytec<br />

de Produtividade deixou um saldo de grandes amizades e a certeza de novas<br />

edições para valorizar as boas práticas do campo


EVOLUIR<br />

Região tem potencial para<br />

produzir 100 sacas de soja,<br />

em média, por hectare<br />

<strong>Cocamar</strong> mantém equipe técnica preparada e uma série de iniciativas para<br />

oferecer todo o suporte aos cooperados, com foco no aumento da produtividade<br />

L<br />

evando em conta as<br />

tecnologias já disponíveis<br />

e o potencial<br />

existente para o aumento da<br />

produtividade de soja em sua<br />

região, a <strong>Cocamar</strong> fixou uma<br />

meta para os próximos anos:<br />

atingir a média, entre seus<br />

cooperados, de 250 sacas<br />

por alqueire (103 sacas/hectare).<br />

Ao projetar esse número<br />

como uma conquista a ser<br />

alcançada, a cooperativa<br />

estimula um ambiente<br />

de evolução entre os<br />

cooperados e se<br />

lança, ao mesmo<br />

tempo, a um<br />

desafio: continuar<br />

em posição<br />

de vanguarda, desenvolvendo<br />

ações e mecanismos possíveis<br />

no sentido de respaldá<br />

-los com informações e<br />

as orientações necessárias.<br />

“Um dos serviços de maior<br />

importância prestados pela <strong>Cocamar</strong><br />

é, justamente, a transferência<br />

de conhecimentos e<br />

tecnologias aos produtores”,<br />

frisa o presidente do Conselho<br />

de Administração da cooperativa,<br />

Luiz Lourenço. Ele observa:<br />

há uma grande variação de<br />

produtividade entre as regiões<br />

e lembra que as médias precisam<br />

continuar evoluindo para<br />

patamares que possibilitem<br />

aos produtores se manter competitivos<br />

em seus negócios”. E<br />

complementa: “o produtor não<br />

tem como interferir no mercado<br />

e nem no clima, mas pode<br />

melhorar a sua produtividade”.<br />

O presidente da Embrapa (o primeiro à direita), Maurício Lopes, com Luiz Lourenço e<br />

Divanir Higino da Silva, respectivamente presidente do Conselho de Administração e<br />

presidente-executivo da <strong>Cocamar</strong>, durante evento sobre ILPF em Ipameri (GO), no mês abril/<strong>2016</strong><br />

Para orientar o cooperado a<br />

incrementar a produtividade de<br />

soja, o Departamento Técnico<br />

da <strong>Cocamar</strong> implementa uma<br />

série de programas. Sob a<br />

gerência de Leandro Cezar Teixeira,<br />

a equipe é formada pelos<br />

coordenadores técnicos de culturas<br />

anuais, Emerson da Silva<br />

Nunes (Regiões I e II) e Rafael<br />

Herrig Furlanetto (Região III),<br />

do coordenador de Integração<br />

lavoura-Pecuária-Floresta<br />

(ILPF), Renato Watanabe, e do<br />

coordenador da Unidade de<br />

Difusão de Tecnologias (UDT),<br />

Edner Betioli Júnior.<br />

De acordo com Teixeira, a<br />

cooperativa está atenta às mais<br />

avançadas práticas e tecnologias,<br />

no país e no exterior, que<br />

contribuam para o aprimoramento<br />

da produtividade. Para<br />

isso, são desenvolvidas parcerias<br />

com as mais importantes<br />

instituições de pesquisa do<br />

Brasil, entre as quais a Empresa<br />

Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />

(Embrapa), a Escola<br />

Superior de Agricultura Luiz de<br />

Queiroz (Esalq/USP), diversas<br />

outras universidades brasileiras<br />

e o Instituto Agronômico do<br />

Paraná (Iapar), além de contar<br />

com consultores especializados<br />

em diferentes áreas. Sem<br />

esquecer que a cooperativa<br />

possui também, como parceiras,<br />

as maiores e mais conceituadas<br />

empresas produtoras de<br />

tecnologias para o agronegócio<br />

em todo o mundo.<br />

Teixeira observa ainda que a<br />

<strong>Cocamar</strong> investe na constante<br />

capacitação de sua equipe de<br />

mais de 100 engenheiros agrônomos<br />

e demais profissionais<br />

ligados ao atendimento aos<br />

produtores.<br />

58 - 59


REALIZAÇÕES<br />

• PAPS - PROGRAMA DE AUMENTO DE PRODUTIVIDADE<br />

DE SOJA COM SUSTENTABILIDADE<br />

A cooperativa estabeleceu 110 pequenas unidades demonstrativas em lavouras de soja de propriedades<br />

pertencentes a produtores cooperados, nas regiões noroeste e norte do Paraná. O objetivo é aplicar<br />

toda a tecnologia recomendada para uma boa produtividade no sentido de que, ao final, o local sirva de<br />

vitrine para a região.<br />

• PARCEIROS EM CAMPO<br />

Por iniciativa da <strong>Cocamar</strong>, 26 cooperados selecionados por já serem referência na utilização das tecnologias<br />

recomendadas pela cooperativa, participam de um grupo que se reúne periodicamente com consultores<br />

renomados, entre eles o prof. Antonio Luis Fancelli (Esalq/USP) para tratar de temas relacionados ao<br />

aprimoramento da produtividade. Com isso, suas propriedades se tornam, também, vitrines regionais.<br />

60 - 61<br />

• CONSÓRCIO MILHO X BRAQUIÁRIA<br />

A <strong>Cocamar</strong> foi pioneira na introdução desse consórcio em sua região, no final da década passada.<br />

A proposta tem dois objetivos: o primeiro, produzir cobertura para proteção do solo durante os meses<br />

quentes, o que ajuda também a inibir o desenvolvimento de ervas daninhas. O segundo é que a<br />

braquiária, em razão de seu intenso enraizamento, que pode passar de dois metros de profundidade,<br />

contribui para romper a compactação do solo.


• PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA (ILPF)<br />

Desde 1997 a <strong>Cocamar</strong> é incentivadora da ILPF em sua região, sendo também uma das protagonistas<br />

desse sistema inovador e sustentável em nível nacional. Por meio da integração se faz o<br />

aproveitamento de pastagens degradadas, que são abundantes na região e no Brasil, marcadas pela<br />

baixa produtividade e o incipiente retorno econômico. A mudança se dá com o plantio de soja, sem<br />

revolvimento do solo, seguida do cultivo de capim braquiária, cuja função é garantir alimento para o<br />

gado no inverno e cobertura para o solo no verão. A ILPF diversifica os negócios, moderniza a gestão<br />

potencializa a atividade pecuária, valoriza a propriedade e se completa com o plantio eucaliptos, em<br />

espaços intercalares, que oferece conforto térmico aos animais e uma renda adicional com a produção<br />

de madeira.<br />

62 - 63<br />

• MANEJO DO SOLO<br />

A produtividade depende, basicamente, da qualidade do solo. Pensando nisso, a <strong>Cocamar</strong><br />

desenvolve uma série de trabalhos na Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) em Floresta, região<br />

de Maringá, em parceria com a Embrapa e a Universidade Estadual de Maringá (UEM), no caso dessa<br />

última, por orientação do prof. Cássio Tormena. Entre outros itens, é avaliada a compactação do solo.<br />

Ao mesmo tempo, são realizados experimentos com calagem e gessagem, orientados pelo prof.<br />

Marcelo Augusto Batista, também da UEM. A propósito, <strong>Cocamar</strong> e Embrapa uniram esforços, ainda,<br />

para avaliar os níveis de compactação do solo em todas as regiões de atuação da cooperativa,<br />

trabalho que está sendo conduzido pelos especialistas Henrique De Biasi e Júlio Franchini, ambos<br />

daquela instituição.


• EVENTOS TÉCNICOS<br />

Em 2015, a <strong>Cocamar</strong> promoveu um total de 366 eventos técnicos para tratar de diversos temas, com<br />

21.007 participantes. O principal deles é a Safratec, uma mostra tecnológica organizada na Unidade de<br />

Difusão de Tecnologias (UDT) da cooperativa em Floresta, região de Maringá. São duas edições anuais,<br />

uma no verão e outra no inverno, reunindo empresas fabricantes de produtos químicos, sementes, fertilizantes,<br />

maquinários agrícolas e outros produtos. Outro evento de especial relevância é o Dia de Campo<br />

sobre ILPF na UDT da própria <strong>Cocamar</strong> em Iporã, região de Umuarama.<br />

64 - 65<br />

A partir da direita: Emerson da Silva Nunes, coordenador técnico de Culturas<br />

Anuais Regiões I e II, Rafael Herrig Furlanetto, coordenador técnico de Culturas<br />

Anuais Região III, Leandro Cezar Teixeira, Gerente Técnico, Renato Hobold<br />

Watanabe, coordenador de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF),<br />

e Edner Betioli Júnior, coordenador da Unidade de Difusão<br />

de Tecnologias (UDT) em Floresta


Divulgação John Deere<br />

A <strong>Revista</strong> do Rally <strong>Cocamar</strong> Bayer<br />

e Spraytec de Produtividade<br />

Realização: março, abril e maio de <strong>2016</strong><br />

Editor e coordenador: Rogério Recco<br />

Fotografia: Equipe Flamma<br />

Programação visual: André Bacarin<br />

Comercialização: Luiz Lyra<br />

Imagens em vídeo: Juarez Alves<br />

Operador de drone: Eduardo Perenha<br />

Editora Flamma<br />

Av. Carneiro Leão, 135, 9º andar,<br />

sala 902 – tel (44) 3028-5005<br />

Maringá (PR)<br />

<strong>Cocamar</strong> Cooperativa Agroindustrial<br />

Equipe técnica participante<br />

Engenheiro agrônomo Leandro<br />

Cezar Teixeira - gerente técnico<br />

Engenheiro agrônomo Emerson<br />

Nunes - Coordenador técnico de<br />

Culturas Anuais Regiões I e II<br />

Engenheiro Agrônomo Rafael<br />

Furlanetto - Coordenador técnico<br />

de Culturas Anuais Regiões III<br />

Engenheiro Agrônomo Renato<br />

Watanabe - Coordenador de ILPF<br />

66 - 67<br />

Marketing e Comunicação<br />

Cristiane Noda Kondo - Coordenadora<br />

Geral de Marketing<br />

Denise R. Silva - Coordenadora de<br />

Marcas, Comunicação e Social<br />

Sabrina R. Morello - Analista de<br />

Comunicação Organizacional<br />

Agradecimentos a todos os<br />

profissionais da <strong>Cocamar</strong> e das<br />

empresas Bayer, Spraytec,<br />

Sancor Seguros, BRDE e<br />

Zacarias Chevrolet, que contribuíram<br />

com seu apoio e iniciativas<br />

para o sucesso deste evento.

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